Eu sou tudo e nada
Eu serei o maior espadachim do mundo! Tudo o que me resta é meu destino! Meu nome pode ser infame, mas vai abalar o mundo!
Mas deixa isso tudo pra lá, eu e a minha estranhice, estranheza, estranhagem, estranhamento, estranhação. Estranha ação. É isso aí, sou cheia de estranhas ações.
Eu peço a Deus tudo o que eu quero e preciso. É o que me cabe. Ser ou não ser atendida – isso não me cabe a mim, isto já é matéria-mágica que se me dá ou se retrai. Obstinada, eu rezo. Eu não tenho o poder. Tenho a prece.
Escrevo tudo o que diz a voz do meu interior. Depois até chego a pensar que eu já tinha lido isso antes.
Você é importante para mim sem saber
Embora eu te diga: amo você.
Mas tudo que eu te digo faz lembrar a você
Que eu sempre te amei e vou amar!
Veja o quanto eu te amei
E o quanto ainda vou amar.
É a verdade o que assombra
O descaso que condena
A estupidez o que destrói
Eu vejo tudo que se foi
E o que não existe mais
Tenho os sentidos já dormentes
O corpo quer, a alma entende
Esta é a terra-de-ninguém
Sei que devo resistir
Eu quero a espada em minhas mãos...
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara
Necessidade
(30/09/2007)
Eu tenho uma necessidade intrínseca de entender tudo.
Preciso que tudo seja dito nos mínimos detalhes,
Para que eu entenda da forma real tal como ela é
E não da forma que eu quero que seja.
Porque, confesso, tenho uma tendência nata de entender tudo pelo meu próprio prisma.
A minha mente é fértil, muito fértil,
Então me bastam poucas palavras, gestos e atos
Para eu interpretar tudo à minha maneira,
Que nem sempre é a certa,
Que geralmente não é a certa.
Mas, provavelmente, é a que eu quero que seja...
Como já dizia Renato Russo:
“Às vezes o que eu vejo quase ninguém vê...”.
Assim acontece também comigo.
Vejo coisas em frases, em atitudes, em olhares...
Faço a minha própria interpretação
E tomo quase como uma verdade absoluta.
Isso é terrível!
Mas é assim que frequentemente sou.
Por isso é que aqui em casa eu sou conhecida como a menina dos “porquês”
Pois não há uma conversa, pergunta ou situação em que eu não entoe um “por quê?”.
E toda vez que se irritam com isso,
Eu logo explico:
É melhor que você diga realmente o que é do que eu interprete do jeito que eu quiser.
Sou naturalmente fantasiosa e romântica
Então uma simples palavra pode ser fatal para a minha cabeça.
Pode elevar o meu encanto ou destruí-lo por completo.
É terrível viver assim,
Mas é assim que eu sou.
Tenho essa necessidade irritante de entender,
Que ninguém entende...
Por que você fez assim? Me iludiu, me machucou, me fez mal, mas mesmo depois de tudo eu ainda te quero, te espero e te amo. Mesmo depois das discussões, do seu jeito um pouco grosso, depois de tudo de ruim que aconteceu, mesmo assim eu ainda me lembro das coisas boas e sorrio as risadas, as brincadeiras, os passeios, o namoro escondido, os beijos, os abraços. Enfim tudo isso é uma coisa que vai ficar marcada para sempre em mim.
Hoje eu acordei com saudade de mim, saudade do menino Alegre que não via um lado ruim em tudo, saudade de quem se foi e não voltará do que passou e não se repetiram!!!
Eu acredito em DEUS mesmo sem escutar sua voz, porque mesmo com tudo isso Ele ainda dá outra chance pra nós.
Testamento de um Cão
Minhas posses materiais são poucas
e eu deixo tudo para você...
Uma coleira mastigada em uma das extremidades,
faltando dois botões, uma desajeitada cama de cachorro
e uma vasilha de água que se encontra rachada na borda.
Deixo para você a metade de uma bola de borracha,
uma boneca rasgada que você vai encontrar
debaixo da geladeira, um ratinho de borracha sem apito
que está debaixo do fogão da cozinha
e uma porção de ossos enterrados no canteiro de rosas
e sob o assoalho da minha casinha.
Além disso, eu deixo para você a memória, que aliás são muitas.
Deixo para você a memória de dois enormes
e meigos olhos cor de mel, de um nariz molhado
e de choradeiras atrás da porta.
Deixo para você uma mancha no tapete da sala de estar
junto à janela, quando nas tardes de inverno
eu me apropriava daquele lugar, como se fosse meu,
e me enrolava feito uma bolinha para pegar um pouco de sol.
Deixo para você um tapete esfarrapado
em frente de sua cadeira preferida,
o qual nunca foi consertado com o tipo de linha certo....isso é verdade.
Eu o mastiguei todinho, quando ainda tinha
cinco meses de idade, lembra-se?
Também deixo para para você
as memórias da primeira surra que levei quando comi seu celular
e também todo o meu esquecimento ...
Deixo para você um esconderijo que fiz no jardim
debaixo dos arbustos perto da varanda da frente,
onde eu costumava me esconder do sol nos dias de verão.
Ele deve estar cheio de folhas agora
e por isso talvez você tenha dificuldades em encontrá-lo.
Sinto muito!
Deixo também só para você, o barulho que eu fazia
ao sair correndo sobre as folhas de abril,
quando vagabundeávamos pelo sítio.
Deixo ainda, a lembrança de momentos pelas manhãs,
quando saíamos junto pela margem das lagoas do condomínio
e você me dava aqueles biscrocks coloridos.
Recordo-me das suas risadas, porque eu não consegui
alcançar aquele coelho impertinente.
Deixo-lhe como herança minha devoção, minha simpatia,
meu apoio quando as coisas não andavam bem,
meus latidos quando você levantava a voz aborrecido...
e minha frustração por você ter ralhado comigo
todas as vezes que eu colocava o nariz debaixo da cauda.
Eu nunca fui à igreja, nunca escutei um sermão,
e sem ter dito sequer uma palavra em minha vida,
deixo para você lições de paciência, de tolerância,
e amor e compreensão.
Sua vida tem sido mais rica porque eu vivi.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp