Eu sou Praia eu sou Montanha
"Mesmo que um exército com tantos homens quantos são os grãos da areia da praia do mar se levante contra o povo de Deus; se essas pessoas estiverem em obediência ao Senhor, a tropa será derrotada".
Anderson Silva
Comprei um par de cadeiras de praia
Na sala vazia, sem propósito, caiu bem seu lugar no cenário
Fiz o convite.
Elas vieram, sentaram-se confortavelmente, sem cruzar as pernas, e…
tomando banho de lua, no reflexo da porta de vidro,
decidiram deitar ao chão.
Lunáticas que são, era de se esperar.
A conversa deu lugar ao silêncio que escutava a música
Minha playlist "23:45" ecoava na sala cheia de vazios
Elas, as cadeiras vazias, os corpos no chão, o brilho lunar invadindo a sala…
Contemplamos, existimos, sem função, a sala não tinha propósito
Da gente, só se esperava existir…
livres, descruzadas, juntas, deitadas e enroscando as mãos em nosso cabelos
Elas foram embora.
Comprei uma poltrona caríssima para duas deitarem
A poltrona se acostumou, e eu me acostumei com seu conforto vazio, também sem propósito
Era ela para nada.
Para o mesmo que as cadeiras de praia
Mas para ser nada, custou muito e fiquei brava.
Comprei uma luminária, para iluminar seu costume na sala.
Agora existia um propósito…
a luminária, clarear a poltrona
a poltrona, ser iluminada
Mas também era para nada
Comprei uma vitrola, e era para ecoar sons na sala que já não estava vazia.
E percebi que também era para nada se não houvesse nela um vinil cambaleando
Comprei o vinil, e este era para alguma coisa.
Era para fazer funcionar a vitrola e dar a ela propósito.
E, cambaleando, percebi que também me acostumava.
Comprei um vinho para encher a taça
E enchendo a taça, a esvaziava em mim, que agora cheia dele, via alguma proposta
Eu é que estava iluminada, mesmo sem ligar a luminária na tomada.
Olhando para a sala, desci os degraus saindo de casa.
Deitei na rede, e olhando para a sala cheia, percebi que não me cabia lá.
Era tudo para nada.
Todos nós estávamos acostumados.
Tudo era para nada.
Então, desistindo de ter, existi!
Criticar aquele que fala com sabedoria é o mesmo que ignorar o aviso de tubarão na praia e pula no mar.
Tu me disse uma vez que não gostava de praia agora dia sim dia não tem uma foto nova nas praias daí, aliás as mais lindas do mundo, fico feliz que tenha mudado a respeito disso, mudou-se mudada, diferente agora.
A lua!
Nosso mar azul celeste
nossa praia é infinta
onde a natureza veste
o que o tempo reedita
e faz a lua do nordeste
nascer sempre mais bonita.
Um dia sentado a beira da praia,
Avistando a beleza do mar,
Percebi algo se aproximar,
Senti uma enorme força,
E fiquei ali pra ver no que ia dar,
Um jovem homem aproximou-se de mim,
Ainda não sabia o que fazer,
E então ele veio me falar:
Com a voz mansa até de admirar,
Disse-me:
Preciso conversar com você,
Foi um caminho de aprendizado,
De uns tempos pra cá,
Leve esse ensinamento guardado,
Porque um dia ainda pode usar,
Seus olhos brilhavam como o azul do mar,
Com a voz serena continuou,
Mantenha o coração calmo,
Para seguir em sua busca,
Nem tudo parece o que é,
As pessoas podem se camuflar,
Agora cabe a você,
Homem,
Saber quando se afastar,
Carregue esse cajado contigo,
Com a simbologia do amor protetor,
Não se esqueça dos seus amigos,
E nunca guarde rancor,
Desatar nós é preciso,
E você já desatou,
Admiro sua leveza em seu riso,
De quem tudo superou,
Aceitei o cajado que ele me ofereceu,
E assim ele sumiu,
Simplesmente desapareceu,
Mas não senti que ele partiu,
Fui pra casa guardar o cajado
Fiquei admirado com o que aconteceu
Nada é por acaso,
Nem mesmo o que se perdeu,
Isso aconteceu há alguns anos
E ainda não esqueci esse caso
Seja algo espiritual ou humano
Aquele cajado,
Guardo ele aqui em meu coração.
Autor:José Ricardo
CONCHA DE RETALHOS
Entre o fluxo e o refluxo das ondas
Muitos cascos a vagar na linda praia
Ali porém a beleza é diferente
E saltaram lascas em suas árduas rondas
Protegendo a vida sem fugir da raia
Marcas de Glória: evolução ingente!
Nordeste puro!
O nordeste é abençoado
obra prima que Deus fez
tem praia pra todo lado
pra surf, pesca e nudez
que o turista encantado
vem passar um feriado
e já pensa em ficar de vez.
Apanha sol, leva a prancha de surf, bebe uma minis, mergulha no mar, mas não morras na praia. Persiste e desfruta.
Aprendendo com um pescador
Cheguei de madrugada na praia... Queria ver o sol nascer no litoral alagoano, o que me surpreendeu, mais que o próprio nascer do dia, foi esse senhor.
Quando eu cheguei havia pouca luz, mas luz suficiente pra ver ele puxar sua canoa e partir sozinho em direção a água.
Por alguns instantes me distraí com a beleza da aurora, e ao procurar pelo pescador, ele já estava retornando à praia.
Me aproximei e reparei na destreza das mãos daquele senhor, que sem perder o ritmo me explicava sobre cada espécie de peixe que havia em sua rede, me contava sobre como e à quanto eram vendidos os peixes por ele e como o preço subia até chegar na mão do consumidor. Me mostrou os caranguejos que se prendiam e rasgavam a rede e explicou como era o conserto depois, tudo isso sem perder o ritmo do seu trabalho.
Quando o sol apontou no mar, ele estava finalizando o serviço, já havia separado os peixes, retirado os caranguejos e organizava a rede para a pesca do dia seguinte.
Passei o resto do dia pensando no pescador, pelo visto, até hoje penso.
Algo que até agora eu não sabia direito explicar me encantou naquela experiência.
Mas a gente aprende muita coisa com um pescador.
Dentre elas, que não precisamos esperar o sol para começar, que não devemos nos prender ao que rasga nossa rede, a gente arranca e conserta depois, que não devemos perder o ritmo quando precisamos lidar com outras interferências além das que estamos acostumados, que enquanto os outros dormem a gente luta e que mesmo sozinhos, somos capazes de fazer trabalhos excelentes.
Talvez o pescador nunca tenha refletido sobre como um dia de trabalho seu podia inspirar alguém, aparentemente, ele só realizava o que devia ser realizado, sem os floreios de uma garota com insônia.
Pra ele talvez fosse só trabalho.
Carla Makycyny
Meire Perola Santos
GOSTEI...
Fui a praia no domingo
Sem ter nenhum compromisso
Joquei bola, caminhei
Fiz tudo que foi preciso
Depois sorrir e falei
Gostei de ter feito isso.
Viajei para Lisboa
Nunca me senti omisso
Fui ao museu, belas artes
Assim abrir meu sorriso
Depois falei pra quem vi
Gostei de ter feito isso.
Voei para a Argentina
Nunca fui de andar liso
Fui um passeio em Górdoba
Fiz ali um compromisso
Voltei, sorrir e falei
Gostei de ter feito isso.
Esta chuva vai passar, olha para o céu, lá no horizonte; amanhã fará sol e vai dar praia.
Ricardo Baeta.
Não olhe para trás
Não cutuque a ferida.
Não afogue na dor
Não morra na praia .
Tenha coragem
Seja forte.
Sempre, sempre
Siga em frente .
Sempre estará ali
No seu coração
Que te motiva
E um dia, segurou sua mão.
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