Eu sou o Homem Certo pra Voce
'Quisera eu ser os ponteiros de um velho relógio, os atrasaria e a vida aumentaria. Quisera ser algum perfume de aroma doce, ser dança, algo que nunca se cansa. Quisera não ser uma cópia mal feita do mundo, da vida. Quisera ser noite, ser dia, ser nuvem, e no céu ficaria. Quisera ser frio, ser calor, fazer-te sentir a mim, o meu amor."
Porque eu tô conseguindo tudo o que eu sempre quis. Tudo o que eu pedi baixinho a Deus antes de dormir. E não precisei invejar ninguém, passar por cima de ninguém, mentir e muito menos tratar mal ninguém pra conseguir isso. É que eu sempre tive caráter e força de vontade. E, acima de tudo, aprendi que o que é meu chega na hora certa.
Embora eu quisesse sair gritando com essa gente que me enche o saco, dizer tudo o que está entalado na garganta e sair dando as costas pra todo mundo que me faz mal, eu vou me segurar, tentar ser forte e um pouquinho mais educado. Afinal, tive que aprender a viver de aparências com essa gente cretina.
Eu ficava acompanhando a direção de seus olhos, e achava a coisa mais linda do mundo quando delicadamente eles encontravam os meus.
Mas tá tudo bem, sério. Eu acordo todo dia lá pras 6 horas, tomo o meu café, como qualquer coisa na cozinha e saio. Tenho meu dia normal, até demais pro meu gosto, durmo um pouco à tarde, leio uma dessas revistas, como um pouco quando acordo e penso um pouco na vida. É sempre assim. Aí lá pras 7 horas da noite, enquanto eu tô sentado assistindo algo completamente imbecil na televisão, ou vendo um desses posts chatos na internet, dá aquela saudade, sabe? Sei lá, aquela vontade de te apertar, de mandar qualquer coisa besta no celular, de te gritar, ou ligar e dizer que foi sem querer. Sei lá, só pra você falar alguma coisa comigo e eu ficar lembrando dessa coisa o resto da noite. Qualquer coisa que fosse uma coisa inexplicável. nem sei que coisa seria essa. É que, eu disse que tá tudo bem, mas tá tudo bem mesmo, é só que, eu acho, sei lá, que com você provavelmente estaria muito melhor, só tenho vergonha de dizer.
É que eu nunca acho o que eu queria. E nunca quero o que eu acho que queria, sabe? Nunca me basto, nunca me bastam. Nunca me completam. Tem sempre algo faltando quando nada deveria estar faltando. Às vezes é milímetros pra preencher, mas falta. Eu quero mais, eu quero tudo, eu quero o mundo, eu quero nem que seja um pouquinho a mais. Não só a metade de alguma coisa, um sentimento morno, algo normal, eu quero o que mereço. Quero o que eu ainda nem sei se existe, talvez pra poder inventar. E, de vez em quando, dá um desânimo de tanto procurar. E se no final for só isso mesmo? Essa busca inalcançável por algo que não tem nome, nem endereço, telefone, algo que seja suficiente pra mim, que baste.
Tava com vontade de fazer doce de abóbora e acabei me queimando no fogão. Minha mãe falou que eu emagreci mais, que meus olhos estão sempre entupidos de lágrimas e meu rendimento nos estudos continua piorando. Não sei o que anda acontecendo comigo. É algo bem grave, mas realmente não sei. Só sei que desde que você se foi minha vida se tornou uma coisa insuportável, repleta de bagunça, e olha que ela nunca foi arrumadinha.
Na terça-feira, eu acordei às 3 da manhã e sai andando pelas ruas, rindo, cantando, reclamando, vendendo dor. Na quarta, eu amanheci de porre, interpretando as músicas da Maysa, ainda com os olhos fechados, com o copo de vodca na mão, cercado de livros de astronomia e brasas de cigarro espalhadas pela cama. Mas foi na quarta-feira que me dei conta: eu realmente estava perdidamente louco, desequilibrado e que isso não teria volta.
Eu tô andando feito um louco pelas ruas. Eu não penteio mais os cabelos, pego qualquer coisa no armário, mal sei se é dia ou noite. Simplesmente saio por aí. E tô pouco me lixando se andam me olhando atravessado ou não, se vão comentar ou rir de mim. Tô fazendo tudo errado, eu sei. Mas também tô com uma dor tão profunda que só Shakespeare entenderia.
Ele tá lá fora bebendo vodca, falando besteira e sorrindo com os amigos. E eu tô cá dentro, trancado, levando as coisas a sério, reclamando de tudo e escrevendo tanto (...)
Chorei porque eu não fazia ideia que eu me machucaria tanto, porque ao chegar em casa e abrir a droga da porta do meu quarto eu fiquei parado ali, remoendo. E chorei, porque voltei a lembrar daquelas coisas todas que eu prometi esquecer.
E sabe aquelas amizades que nem parecem amizade? Então, eu tenho uma dessa, é como se a palavra que nos uni não existisse no dicionario. Ela não se compara ao amor, paixão ou qualquer tipo de sentimento relacionado. É como se tivessem arrancado um pedaço da minha alma e dessem pra ele. Oque nos uni vai além de qualquer realidade, vai além do tangível. Nossa ligação é tão forte que até nos sonhos nos encontramos. Mesmo não lembrando do sonho, sei que toda vez que acordo sorrindo, o motivo é ele, o motivo é nós. Me sentiria muito triste se algo acontecesse à ele, acho que me sentiria pior que ele. Meu medo é que tudo isso que sinto acabe, acabe mais rápido do que o tempo que você demoraria pra ler esse texto, que acaba por um motivo bobo ou sem qualquer motivo. Mais nessas horas lembro que o que nos uni vai além do infinito, vai além do que eu entendo, e eu nem preciso entender. Só preciso sentir, sentir bem forte.
Eu queria ter o poder de controlar as minhas lágrimas, porque elas insistem em cair, quando não devem.
Acredite! Se eu caio não foi por querer para a alegria de quem não me tem carinhos, mas quando caio ao me erguer minha força pode ir além;
Não sei vocês, mas eu já andei por um caminho que não estava reto, e ele estava me levando a um abismo. No trajeto era difícil perceber que o fim seria trágico, pois o inimigo mascarava a estrada de todas as maneiras.
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