Eu sou aquilo que Perdi Fernando Pessoa
O que eu sou?!?!?!
Sou a única estrela de um céu estrelado que não brilhou...
Sou a única flor de um jardim florido que murchou...
Sou a única palavra de um poema que não rimou...
Sou a mulher que nunca beijou...
O homem que nunca amou...
A esposa que nunca engravidou...
O sonho que não se realizou...
O que eu sou????
Sou o único erro em uma centena de acertos...
Sou o único idoso que dançou...
A única gestante que rebolou...
A esperança que restou...
Sou o único defeito, o único erro...
O que estragou — é o que sou...
Sou a poesia não terminada...
A fantasia não realizada...
A matéria que não passei...
A roupa que não usei...
A louça que não lavei...
A planta que não plantei...
De tudo...
Sou o que não sei...
Não é desabafo, nem depressão...
É como nos veem...
É a nossa impressão...
Somos o lado ruim da questão...
O que fazemos de bom, de perfeito — ninguém vê...
Vamos olhar o céu estrelado...
Vamos agradecer pelo jardim florido...
Pelo que no poema foi dito...
Temos que aprender a falar de coisas boas,
A elogiar,
A dizer o quanto amamos...
Que tipo de pessoa só enxerga a perfeição?
Que diminui o outro por puro prazer?!
E não pelo tanto que cada um tem a oferecer...?!
Sou mais que a estrela que não brilhou...
Sou mais do que a flor que murchou...
Sou mais... sou mais...
E sei o meu valor.
VERBO SER
Eu sou ou vou ser?
Questão. Qual conjugação?
É ter, crescer, florecer?
Então, onde o sim e o não?
Se para ser, tem de ter!
Dói? Corrói? É bom? É triste?
Faz parte de escolher.
Ser, ter, crescer, na vida existe...
Não se pode esquecer.
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
19 de março de 2018
Cerrado goiano
Os gangsters não vão para o céu
Nem vão ver a face ou a glória de Deus
O rei é Cristo, eu não sou ninguém
Abram-me a porta, eu porto-me bem
Sou feito de verdades e mentiras.
Muitas verdades que eu gostaria que fossem mentiras e muitas mentiras que eu gostaria que fossem verdades.
Eu sou das poucas vontades e dos muitos desejos. Eu sou aquela multidão que passa distraída pelos próprios problemas nas avenidas das grandes cidades. Eu sou uma cidade em chamas. Sinto comigo todos os gostos e, por desgosto, já não amo mais como antes. Só que ainda amo, pois, quando morreu, o amor renasceu através dos meus muitos desejos, apesar da pouca vontade de fazê-lo crescer de novo. Sou essa loucura insana das tardes de quinta-feira passando pelas lembranças alheias em posts do Instagram. Sou a própria saudade do que sou, a própria vida que observa o sol se pôr. Sou tudo enquanto nado no meio dos vários nadas de gente que acha que não tem nada a perde enquanto se perdem de si. Sou o sonho que me faz acordar pra vida. E a vida quando me perco dos sonhos. Só não saio dos trilhos. Eu sou o próprio trilho.
"Fé é ouvir Deus. Crer é comportar-se com o que eu ouvir dEle.
Fé é Deus falando. Crer sou eu falando."
—By Coelhinha
Você me diz que eu nasci no pecado,
Oh meu Deus! eu sou o demônio encorporado.
Um ser de luz condenado ao mundo
em busca de si em um vazio profundo
Eu sou de Aries ela é escorpião. Eu amo filme romântico e ela prefere ação.
Eu tenho dezessete e ela já com seus dezoito. Eu amo ler e ela nem tanto.
Eu quero fazer tatuagem ela prefere melhor não. Eu sou um escritor e ela é minha inspiração.
Ela tem carro e eu ando a pé. Tanto eu quanto ela temos muita fé.
Eu não uso óculos ela usa um colorido. Se eu vou desistir dela? Eu duvido.
Eu desejo ter um casal ela prefere dois meninos. Eu a amo e ela diz que somos apenas amigos.
Há uma rosa que visitou o meu coração , ignorou os meus sentimentos, partiu e voltou, agora sou eu entre as minhas asas que vou ignora-lá e desistir dela.
Eu não sou pessimista, apenas evito cultivar esperanças. A realidade pode doer, mas ela sempre é o que espero dela, e assim sigo vivendo.
Eu sou ousada, corajosa e guerreira, mas também sou muito faceira.
Eu sou o vento que sacode a Palmeira.
Eu sou o ribombar do trovão na cachoeira.
Eu sou o raio que te desnorteia.
Eu sou aquela que vai fazer você se perder para, depois então, se achar.
Acho que não sou deste mundo. A falar a verdade, eu sempre me senti estranhamente deslocado neste aqui. Sou de outro, só posso concluir.
Tenho dificuldades, confesso, de conviver com as perversidades deste planeta – as grandes e as pequenas. Fico confuso com os jogos de poder. Pergunto: o que é mesmo que se ganha? E carrego, agarrada e apertada no peito, esta saudade esmagadora do bem que eu queria pra mim... Do bem que eu queria em mim...
Quem sabe, também no afã desta saudade, não se orou “Pai, leva-nos ao teu reino”, mas, inversamente, “Pai, venha o teu reino”. Porque não está fora, nalgum lugar distante, este outro mundo que tanto anseio, mas lá dentro, à espera da minha coragem e disposição de reconhecer que, no fundo, sou eu o estrangeiro aos olhos de mim mesmo.
Eu sou bom o bastante?
Para fazer você sorrir
Para fazer você cantar
Para fazer você dormir
Para fazer você dançar
Eu sou bom o bastante?
Para mover montanhas
Para quebrar trovões ao meio
Para dobrar pestanas
E cortar a moral do errado e do direito
Eu sou bom o bastante?
Para ressuscitar aqueles que se perderam
Para tornar vivo aquele que já morreu
Para te livrar de teus devaneios
E para resgatar-te das dividas em que se meteu
Eu sou bom o bastante?
Para me fazer feliz
Para te fazer chorar
Para me fazer dormir
Para te fazer sonhar
Eu sou bom o bastante?
Para dividir a sociedade em três quartos
Para manter a sanidade dos loucos do internato
Para matar a tua paixão com um palmo
Para estourar seus olhos em uma finitude abaixo do horizonte
Eu sou bom o bastante?
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