Eu sou aquilo que Perdi Fernando Pessoa
Air air, o povo é doido e colocaram na cabeça que eu sou doido nunca briguei nunca surtei não guardo raiva de ngm, se me conhecessem por dentro iriam me pedir perdão por pensarem isso de mim eu sou normal, tenho defeitos como qualquer um, não tenham medo como eu vou agir, eu sou paz e amor!
Preciso sim, preciso tanto de alguém que aceite tanto meus sonos demorados quanto minhas insônias insuportáveis. Tanto meu ciclo ascético Francisco de Assis quanto meu ciclo etílico bukovskiano. Que me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra. Tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser ao conjunto teu, mas não sou tu, e quero adoçar tua vida. Preciso do teu beijo de mel na minha boca de areia seca, preciso da tua mão de seda no couro da minha mão crispada de solidão. Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho carente, tigre e lótus.
... tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não me venha com essa história de atraiçoamos todos os nossos ideais, nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser feliz, cara.
Quando alguém, no plano real, toma forma, a gente imediatamente projeta toda aquela emoção presa na garganta do sonho. E fatalmente se fode.
Nos dias seguintes ao dia em que estivera deitada no ombro dele tão proximamente nu também, no fundo de um sonho, conseguia reencontrá-lo. Pois havia outros detalhes, semanas depois ainda tentava lembrar. Havia um cheiro, por exemplo. Tênue, quase perverso. Intimidade úmida, limpa, nas dobras da carne suada, preservada na própria pele.
Terça-Feira Gorda
De repente ele começou a sambar bonito e veio vindo para mim. Me olhava nos olhos quase sorrindo, uma ruga tensa entre as sobrancelhas, pedindo confirmação. Confirmei, quase sorrindo também, a boca gosmenta de tanta cerveja morna, vodca com coca-cola, uísque nacional, gostos que eu nem identificava mais, passando de mão em mão dentro dos copos de plástico. Usava uma tanga vermelha e branca, Xangô, pensei, Iansã com purpurina na cara, Oxaguiã segurando a espada no braço levantado, Ogum Beira-Mar sambando bonito e bandido. Um movimento que descia feito onda dos quadris pelas coxas, até os pés, ondulado, então olhava para baixo e o movimento subia outra vez, onda ao contrário, voltando pela cintura até os ombros. Era então que sacudia a cabeça olhando para mim, cada vez mais perto.
Eu estava todo suado. Todos estavam suados, mas eu não via mais ninguém além dele. Eu já o tinha visto antes, não ali. Fazia tempo, não sabia onde. Eu tinha andado por muitos lugares. Ele tinha um jeito de quem também tinha andado por muitos lugares. Num desses lugares, quem sabe. Aqui, ali. Mas não lembraríamos antes de falar, talvez também nem depois. Só que não havia palavras. havia o movimento, a dança, o suor, os corpos meu e dele se aproximando mornos, sem querer mais nada além daquele chegar cada vez mais perto.
Na minha frente, ficamos nos olhando. Eu também dançava agora, acompanhando o movimento dele. Assim: quadris, coxas, pés, onda que desce, olhar para baixo, voltando pela cintura até os ombros, onda que sobe, então sacudir os cabelos molhados, levantar a cabeça e encarar sorrindo. Ele encostou o peito suado no meu. Tínhamos pêlos, os dois. Os pêlos molhados se misturavam. Ele estendeu a mão aberta, passou no meu rosto, falou qualquer coisa. O quê, perguntei. Você é gostoso, ele disse. E não parecia bicha nem nada: apenas um corpo que por acaso era de homem gostando de outro corpo, o meu, que por acaso era de homem também. Eu estendi a mão aberta, passei no rosto dele, falei qualquer coisa. O quê, perguntou. Você é gostoso, eu disse. Eu era apenas um corpo que por acaso era de homem gostando de outro corpo, o dele, que por acaso era de homem também.
Eu queria aquele corpo de homem sambando suado bonito ali na minha frente. Quero você, ele disse. Eu disse quero você também. Mas quero agora já neste instante imediato, ele disse e eu repeti quase ao mesmo tempo também, também eu quero. Sorriu mais largo, uns dentes claros. Passou a mão pela minha barriga. Passei a mão pela barriga dele. Apertou, apertamos. As nossas carnes duras tinham pêlos na superfície e músculos sob as peles morenas de sol. Ai-ai, alguém falou em falsete, olha as loucas, e foi embora. Em volta, olhavam.
Entreaberta, a boca dele veio se aproximando da minha. Parecia um figo maduro quando a gente faz com a ponta da faca uma cruz na extremidade mais redonda e rasga devagar a polpa, revelando o interior rosado cheio de grãos. Você sabia, eu falei, que o figo não é uma fruta mas uma flor que abre pra dentro. O quê, ele gritou. O figo, repeti, o figo é uma flor. Mas não tinha importância. Ele enfiou a mão dentro da sunga, tirou duas bolinhas num envelope metálico. Tomou uma e me estendeu a outra. Não, eu disse, eu quero minha lucidez de qualquer jeito. Mas estava completamente louco. E queria, como queria aquela bolinha química quente vinda direto do meio dos pentelhos dele. Estendi a língua, engoli. Nos empurravam em volta, tentei protegê-lo com meu corpo, mas ai-ai repetiam empurrando, olha as loucas, vamos embora daqui, ele disse. E fomos saindo colados pelo meio do salão, a purpurina da cara dele cintilando no meio dos gritos.
Veados, a gente ainda ouviu, recebendo na cara o vento frio do mar. A música era só um tumtumtum de pés e tambores batendo. Eu olhei para cima e mostrei olha lá as Plêiades, só o que eu sabia ver, que nem raquete de tênis suspensa no céu. Você vai pegar um resfriado, ele falou com a mão no meu ombro. Foi então que percebi que não usávamos máscara. Lembrei que tinha lido em algum lugar que a dor é a única emoção que não usa máscara. Não sentíamos dor, mas aquela emoção daquela hora ali sobre nós, eu nem sei se era alegria, também não usava máscara. Então pensei devagar que era proibido ou perigoso não usar máscara, ainda mais no Carnaval.
A mão dele apertou meu ombro. Minha mão apertou a cintura dele. sentado na areia, ele tirou da sunga mágica um pequeno envelope, um espelho redondo, uma gilette. Bateu quatro carreiras, cheirou duas, me estendeu a nota enroladinha de cem. Cheirei fundo, uma em cada narina. Lambeu o vidro, molhei as gengivas. Joga o espelho no mar pra Iemanjá, me disse. O espelho brilhou rodando no ar, e enquanto acompanhava o vôo fiquei com medo de olhar outra vez para ele. Porque se você pisca, quando torna a abrir os olhos o lindo pode ficar feio. Ou vice-versa. Olha pra mim, ele pediu. E eu olhei.
Brilhávamos, os dois, nos olhando sobre a areia. Te conheço de algum lugar, cara, ele disse, mas acho que é da minha cabeça mesmo. Não tem importância, eu falei. Ele falou não fale, depois me abraçou forte. Bem de perto, olhei a cara dele, que olhada assim não era bonita nem feia: de poros e pêlos, uma cara de verdade olhando bem de perto a cara de verdade que era a minha. A língua dele lambeu meu pescoço, minha língua entrou na orelha dele, depois se misturaram molhadas. Feito dois figos maduros apertados um contra o outro, as sementes vermelhas chocando-se com um ruído de dente contra dente.
Tiramos as roupas um do outro, depois rolamos na areia. Não vou perguntar teu nome, nem tua idade, teu telefone, teu signo ou endereço, ele disse. O mamilo duro dele na minha boca, a cabeça dura do meu pau dentro da mão dele. O que você mentir eu acredito, eu disse, que nem na marcha antiga de Carnaval. A gente foi rolando até onde as ondas quebravam para que a água lavasse e levasse o suor e a areia e a purpurina dos nossos corpos. A gente se apertou um conta o outro. A gente queria ficar apertado assim porque nos completávamos desse jeito, o corpo de um sendo a metade perdida do corpo do outro. Tão simples, tão clássico. A gente se afastou um pouco, só para ver melhor como eram bonitos nossos corpos nus de homens estendidos um ao lado do outro, iluminados pela fosforescência das ondas do mar. Plâncton, ele disse, é um bicho que brilha quando faz amor.
E brilhamos.
Mas vieram vindo, então, e eram muitos. Foge, gritei, estendendo o braço. Minha mão agarrou um espaço vazio. O pontapé nas costas fez com que me levantasse. Ele ficou no chão. Estavam todos em volta. Ai-ai, gritavam, olha as loucas. Olhando para baixo, vi os olhos dele muito abertos e sem nenhuma culpa entre as outras caras dos homens. A boca molhada afundando no meio duma massa escura, o brilho de um dente caído na areia. Quis tomá-lo pela mão, protegê-lo com meu corpo, mas sem querer estava sozinho e nu correndo pela areia molhada, os outros todos em volta, muito próximos.
Fechando os olhos então, como um filme contra as pálpebras, eu conseguia ver três imagens se sobrepondo. Primeiro o corpo suado dele, sambando, vindo em minha direção. Depois as Plêiades, feito uma raquete de tênis suspensa no céu lá em cima. E finalmente a queda lenta de um figo muito maduro, até esborrachar-se contra o chão em mil pedaços sangrentos.
Não me venha com essa história de atraiçoamos-todos-os-nossos-ideais! Nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha história, veja só que coisa mais individualista elitista, capitalista - só quero ser feliz, cara!
Tem muita gente contaminada pela mais grave manifestação do vírus - a aids psicológica... Do corpo, você sabe, tomamos certos cuidados, o vírus pode ser mantido a distância. E da mente? Porque uma vez instalado lá, o htlv-3 não vai acabar com as suas defesas imunológicas, mas com suas emoções, seu gosto de viver, seu sorriso, sua capacidade de encantar-se. Sem isso, não tem graça viver, concorda?
Você gostaria de viver num mundo de zumbis? Eu, decididamente não. Então pela nossa sobrevivência afetiva - com carinho, com cuidado, com sentimento de dignidade - ó gente, vamos continuar namorando. Era tão bom, não era?
Se queres ser feliz, auxilia.
Se desejas que te ouçam, ouve.
Se queres ser amado, ame.
Quando descobrires o verdadeiro caminho e ao indicá-lo fores desacreditado,
crê em ti e segue, pois algum dia vislumbrarás bem distante a despontar pequenas luzes na estrada.
Assim é a vida meus amigos. Um longo caminho, um grande aprendizado, onde o correto, o verdadeiro por vezes começa só. Mas um dia perceberá um séquito a segui-lo.
Portanto, não te afastes de tuas verdadeiras convicções pautadas pelo teu Deus Superior e não questiones se foste ouvido, seguido, amado!
Esta estrada precisa ser achada e a descoberta é individual.
É longa, cheia de percalços e, para muitos, continua bloqueada.
Procura afastar as pedras, as tuas pedras, e se conseguires afasta também as do teu próximo.
E, se for de teu alcance, transforme-as em grãos diminutos, por onde tu e ele possam transitar.
Sem ele perceber, propicia-lhe um atalho sólido. Deixa o caminho pronto e segue.
Completa a tua obra e crê naqueles que te enviam luzes.
"O Amor acontece de forma involuntária,não se pode cobrar ou exigir amor de ninguém ele simplesmente acontece ou não. Se acontecer com você a única coisa que pode fazer,é torcer para que também aconteça com a outra pessoa."
Sou Mario Quintana, Sou Pablo Nerruda, Sou Vinícius de Moraes, Sou Fernando Pessoa e tantos em um
Mas sou singular
Sou a noite em silêncio perverso
Sou a intensidade da linhas
Sou a pluralidade caótica da minha personalidade
Sou vastidão do mares
Sou maresias das aventuras mais loucas.
Quando você sente saudade demais de uma pessoa, então começa a vê-la nas outras, em todos os lugares, de costas, por um jeito de andar, de sorrir ou virar a cabeça de lado...
se eu sou eu nao sou outra pessoa sou eu e nao voce por que se sou voce nao sou eu mas seria eu mas eu nao sou voce entao sou eu so eu e mais ninguem
Não me faço de alguém que eu não sou
para te ver sorrindo.
Sou uma pessoa calma e flexível. Intensa nas minhas relaçoes.Sou contra qualquer tipo de preconceitos e radicalismos.Adoro curtir a vida,de todas as formas possíveis.Amo o que faço!Busco sempre a harmonia e a paz...mas nem sempre é facil,pois tb sou cíumenta e sentimental... acho que sou mais ou menos assim...estou sempre na busca do meu crescimento pessoal e na melhoria da qualidade das minhas relações...busco sempre EVOLUIR,CRESCER,AMADURECER E ME APERFEIÇOAR!!!
A VIDA E A AUTO REFLEXÃO SÃO MEUS MAIORES PROFESSORES!
ODEIO MENTIRAS E FALSIDADES...acho q essa é a solução e o caminho q os covardes buscam,e este caminho só leva ao empobrecimento do espirito e da alma.Certamente a pior verdade sempre é melhor do q a melhor mentira!!!
"A VERDADE DÓI,MAS A MENTIRA MATA"
Luz!!!
É tão mais fácil do que escuridão. Luz se esgueira rapidinho por qualquer fresta.
Escuridão só entra depois de fecharmos todas as janelas ou apagarmos todas as luzes, ainda assim se ficar uma fresta a insistente luzinha entra.
SEJA LUZ.
Se não achar um bom motivo para ser, faça-o nem que seja porque dá menos trabalho
Mesmo quando tudo for difícil, se tratar as pessoas com gentileza, então a felicidade vai chegar até você.
Não sou muito boa com palavras mais, oque eu faria se você morresse
Iria se a pior noticia eu iria receber, pois eu não iria te a oportunidade de te conhecer direito, é te dar um abraço bem apertado e nos seu piores momentos iria esta lá do seu lado de consolando,então só queria te dizer que, se eu nunca mais tivesse a oportunidade falar com você em minha vida, você é muito especial para mim. E tenho que agradecer a Deus por você fazer uma grande diferença em minha vida, você e uma pessoa muito especial e tenho um grande carinho por você, não importa quanto tempo estamos sem conversar, ou quanto longe estamos um do outro nunca vou esquecer você, lembre-se, que tudo que você tive dificuldade de fala pra os outros fale para mim ou para seus amigos você confia mais não guarde coisas que machuca você lembre-se todos nós precisamos de amigos e se algum dia você sentir que não tem ninguém,mais apenas lembre-se dessa mensagem e se conforte sabendo quem tem alguém em algum lugar que gosta de ti,ok eu ainda vou ter a oportunidade de conhecer você pessoalmente
Te amo
