Eu Sonho o que eu quero Pedro Bandeira

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Não sei se ela entendeu. Isabel já não me entendia, nem eu a ela: era um mistério para mim. Eu não sabia se ela havia mudado, ou se eu é que ia me tornando outro homem.

Às vezes eu falo pra mim mesma: isso não pode estar acontecendo comigo, definitivamente.

O que eu tenho não me pertence, embora faça parte de mim. Ninguém cruza nosso caminho por acaso e nós não entramos na vida de alguém sem nenhuma razão. Há muito o que dar e o que recebe. Há muito o que aprender. Seja bom, tente dar sempre o primeiro passo para a reconciliação, nunca negue uma ajuda ao seu alcance, perdoe. Viva de maneira honrada, para que você possa falar só coisas boas do passado e ter a certeza de que quando se for, muito de você ainda fique naqueles que tiveram a boa ventura de te encontrar.

Letícia Thompson

Nota: Trecho de um texto de Letícia Thompson, cuja autoria tem vindo a ser erroneamente atribuída a Chico Xavier.

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Sem que eu soubesse, as coisas não ditas haviam crescido como cogumelos venenosos nas paredes do silêncio, enquanto ele ficava acordado na cama, fitando o teto, com o branco dos olhos reluzindo na penumbra. Se eu interrogava, o que você tem amor? Ele respondia que não era nada, estava pensando no trabalho. A gente sabia que era mentira, ele sabia que eu sabia, mas nenhum de nós rompeu aquele acordo sem palavras.
Nunca imaginei o mal que o roía.

É aquela história: eu tenho paranóia de não dizer para uma pessoa o que eu sinto por ela, e essa pessoa, por algum motivo, sair da minha vida. Então eu sempre falo. Quando eu gosto da pessoa, eu chego e falo assim: “Olha, eu gosto de você pra caramba”. Mas é muito difícil você falar isso. Às vezes, é muito difícil.

Eu compus metamorfose ambulante aos 12 anos de idade ou menos.

É óbvio que eu não sou quem você quer, senão seria igual a muitas outras.

Decidi então tomar como guia de minha nova análise a atração que eu senti por certas fotos. Pois pelo menos dessa atração eu estava certo. Como chamá-la? Fascinação? Não, tal fotografia que destaco e de que gosto não tem nada do ponto brilhante que balança diante dos olhos e que faz a cabeça oscilar; o que ela produz em mim é exatamente o contrário do estupor; antes uma agitação interior, uma festa, um trabalho também, a pressão do indizível que quer se dizer. Então? Interesse? Isso é insuficiente; não tenho necessidade de interrogar minha comoção para enumerar as diferentes razões que temos para nos interessarmos por uma foto; podemos: seja desejar o objetovo, a paisagem, o corpo que ela representa; seja amar ou ter amado o ser que ela nos dá a conhecer; seja espartamo-nos com o que vemos; seja admirar ou discutir o desempenho do fotógrafo, etc.; mas esses interesses são frouxos, heterogêneos; tal foto pode satisfazer a um deles e me interessar pouco; e se tal outra me interessa muito, eu gostaria de saber o que, nessa foto, me dá estalo. Assim, parecia-me que a palavra mais adequada para designar (provisoriamente) a atração que sobre mim exercem certas fotos era "aventura". Tal foto me advém, tal outra não.
O princípio da aventura permite-me fazer a Fotografia existir. De modo inverso, sem aventura, nada de foto. Cito Sartre: "As fotos d eum jonal podem muito bem 'nada dizer-me', o que quer dizer eu eu as olho sem pô-las em posição de existência. Assim as pessoas cuja fotografia vejo são bem alcançadas através dessa fotografia, mas sem posição existencial, exatamente como o Cavaleiro e a Morte, que são alcançados através da gravura de Dürer, mas sem que eu os ponha. Podemos, aliás, deparar com casos em que a fotografia me deixa em um tal estado de indiferença, que não efetuo nem mesmo a 'colação em imagem'. A fotografia está vagamente constituída como objeto, e os personagens que nela figuram estãos constituídos como personagens, mas apenas por causa de sua semelhança com seres humanos, sem intencionalidade particular. Flutuam entre a margem da percepção , a do signo e a da imagem, sem jamais abordar qualquer uma delas".
Nesse deserto lúgrube, me surge, de repente, tal foto; ela me anima e eu a animo. Portanto, é assim que devo nomear a atração que a faz existir: uma animação. A própria foto não é em nada animada (não acredito nas fotos "vivas") mas ela me anima: é o que toda aventura produz.

Mesmo que seja estranho e complicado, eu não trocaria essa história por nenhum conto de fadas.

Se a dor tiver que vir, que venha rápido”, eu disse. “Porque tenho uma vida pela frente, e preciso usá-la da melhor maneira possível.

Ele era o tipo de homem que eu jamais poderia me apaixonar e então, eu me apaixonei.

Edward: Será que você poderia por favor me dizer o que você está pensando? Antes que eu fique louco?

Hoje, depois desse tempo todo que passou, eu paro pra pensar e vejo, que realmente o problema devia ser eu, o problema devia ser: Eu dar amor demais pra você, e esquecer de mim. Cuidar demais de você, e ir me deixando de lado.
O verdadeiro problema, era o amor próprio que estava me faltando. O amor próprio, que eu deixei de lado, pra me dedicar inteiramente a você.
Acho, que você nem imagina, quantos sábados eu passei em casa, sozinha, à noite, vendo as fotos que você postava, fazendo questão de mostrar que estava feliz, estava em outra. Você também deve não saber, até porque eu nunca te falei, o quanto isso me machucava. Sim, você leu certo, machucava. Passado!
Hoje, não me atinge mais. Hoje, eu passo por você, e você é apenas mais uma pessoa no mundo.
E desde o dia que eu realmente te esqueci, levanto cedo, e agradeço a Deus, por ter tirado aquele tormento do meu coração! Que era você.
Agradeço a Deus, por ter me dado o amor próprio que me faltava.
E também sei, que um dia, você vai estar aí, nessa sua vidinha idealizada, pensando como faz falta ter alguém que goste realmente de você, pelo que você é, não pelo que você tem. Talvez, nesse momento você lembre de mim. Mas, pode ter a certeza, que a minha porta estará fechada, sua oportunidade simplesmente passou.

Uma coisa é você dizer eu te amo, outra coisa é você amar.

Se fosse uma comédia-romântica-americana, a gente se encontraria daqui a um tempo e eu diria a ele, que mesmo depois de ter conhecido homens que não gritavam quando eu acendia a luz do quarto, não faziam uso de um cigarro que me irritava profundamente e sobretudo minha rinite alérgica, não usavam cueca rosa, não cantavam tão mal e tampouco cismavam de imitar o Led Zeppelin, era ele que eu amava [...], era ele que eu queria. E ele me diria que, mesmo depois de ter conhecido mulheres que arrumavam a cama e não demoravam tanto para sentir prazer, não tinham uma blusa ridícula com uma rajada de dourado, não eram dentuças e tampouco testudas, não cantavam tão mal [...], era eu que ele amava, era eu que ele queria. Mas a realidade é que não gostamos desses tipos de filme fraco com final feliz, gostamos dos europeus "cult" onde na maioria das vezes as pessoas sofrem e perdem, assim como aconteceu com a gente.

Agora eu conheço esse grande susto de estar viva, tendo como único amparo exatamente o desamparo de estar viva. De estar viva – senti – terei que fazer o meu motivo e tema. Com delicada curiosidade, atenta à fome e à própria atenção, passei então a comer delicadamente viva os pedaços de pão.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Crônica Trecho.

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E eu vou estar te esperando
Nem que já esteja velhinha gagá
Com noventa, viúva, sozinha
Não vou me importar

Vou ligar, te chamar pra sair
Namorar no sofá
Nem que seja além dessa vida
Eu vou estar
Te esperando

Luan Santana

Nota: Trecho da música Te esperando.

Eu tentei não me apaixonar, não me importar, não pensar e não chorar. Mas foi mais forte que eu.

Pensei na palavra desajustado um momento. Talvez fosse a melhor descrição de mim mesma que eu já tivesse ouvido. Onde foi que um dia eu me encaixei?

E porque minha alma é tão ilimitada que já não é eu, e porque ela está tão além de mim – é que sempre sou remota a mim mesma, sou-me inalcançável como me é inalcançável um astro.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

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