Eu Sonho o que eu quero Pedro Bandeira
"NÃO: Não quero nada.
Já disse que não quero nada.
Não me venham com conclusões!
A única conclusão é morrer.
(...)
Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade.
Assim, como sou, tenham paciência!
Vão para o diabo sem mim,
Ou deixem-me ir sozinho para o diabo!
Para que havemos de ir juntos?"
LISBON REVISITED (1926)
Nada me prende a nada.
Quero cinqüenta coisas ao mesmo tempo.
Anseio com uma angústia de fome de carne
O que não sei que seja -
Definidamente pelo indefinido...
Durmo irrequieto, e vivo num sonhar irrequieto
De quem dorme irrequieto, metade a sonhar.
Fecharam-me todas as portas abstratas e necessárias.
Correram cortinas de todas as hipóteses que eu poderia ver da rua.
Não há na travessa achada o número da porta que me deram.
Acordei para a mesma vida para que tinha adormecido.
Até os meus exércitos sonhados sofreram derrota.
Até os meus sonhos se sentiram falsos ao serem sonhados.
Até a vida só desejada me farta - até essa vida...
Compreendo a intervalos desconexos;
Escrevo por lapsos de cansaço;
E um tédio que é até do tédio arroja-me à praia.
Não sei que destino ou futuro compete à minha angústia sem leme;
Não sei que ilhas do sul impossível aguardam-me naufrago;
ou que palmares de literatura me darão ao menos um verso.
Não, não sei isto, nem outra coisa, nem coisa nenhuma...
E, no fundo do meu espírito, onde sonho o que sonhei,
Nos campos últimos da alma, onde memoro sem causa
(E o passado é uma névoa natural de lágrimas falsas),
Nas estradas e atalhos das florestas longínquas
Onde supus o meu ser,
Fogem desmantelados, últimos restos
Da ilusão final,
Os meus exércitos sonhados, derrotados sem ter sido,
As minhas cortes por existir, esfaceladas em Deus.
Outra vez te revejo,
Cidade da minha infância pavorosamente perdida...
Cidade triste e alegre, outra vez sonho aqui...
Eu? Mas sou eu o mesmo que aqui vivi, e aqui voltei,
E aqui tornei a voltar, e a voltar.
E aqui de novo tornei a voltar?
Ou somos todos os Eu que estive aqui ou estiveram,
Uma série de contas-entes ligados por um fio-memória,
Uma série de sonhos de mim de alguém de fora de mim?
Outra vez te revejo,
Com o coração mais longínquo, a alma menos minha.
Outra vez te revejo - Lisboa e Tejo e tudo -,
Transeunte inútil de ti e de mim,
Estrangeiro aqui como em toda a parte,
Casual na vida como na alma,
Fantasma a errar em salas de recordações,
Ao ruído dos ratos e das tábuas que rangem
No castelo maldito de ter que viver...
Outra vez te revejo,
Sombra que passa através das sombras, e brilha
Um momento a uma luz fúnebre desconhecida,
E entra na noite como um rastro de barco se perde
Na água que deixa de se ouvir...
Outra vez te revejo,
Mas, ai, a mim não me revejo!
Partiu-se o espelho mágico em que me revia idêntico,
E em cada fragmento fatídico vejo só um bocado de mim -
Um bocado de ti e de mim!
(Heterônimo de Fernando Pessoa)
Quero acolher com generosidade o que em mim se manifesta de forma incorreta. Não vou pedir permissão aos outros para desenvolver a mim mesma, mando no meu corpo e em tudo o que ele confina, coração incluído, consciência incluída.
Talvez eu esteja com receio de ter ido longe demais desta vez e esteja preparando a minha defesa, caso alguma coisa não saia como esperado. O que eu espero? Não espero nada, espero tudo, estou à deriva nessa aventura. Eu queria cristalizar esse momento da minha vida, mas estou em alta velocidade, e não sei se quero ir adiante, só que eu não tenho opção. Acho que é isso. Eu tinha opções, agora não tenho. Não consigo parar esse trem."
Abandone os antes. Chame do que quiser. Mas venha. Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates...
Canto porque cantar me dá um sentido. Mas penso sempre que cantar é inútil. Não quero nenhuma das coisas que o canto poderia me dar. Quero encontrar outra coisa. Outra coisa que nem sei o nome, maior que eu mesma ou que qualquer canção.
Só quero ir indo junto com as coisas, ir sendo junto com elas, ao mesmo tempo, até um lugar que não sei onde fica, e que você até pode chamar de morte, mas eu chamo apenas de porto.
Sim
eu quero te ver quando o sol nascer
ver o seu sorriso se abrir
e quando o sol se pôr
poder te beijar
Vendo o Deus do fogo mergulhar
no mar
Hoje eu me lembro das coisas
que você me falou, não
não me arrependo de nada (quase nada)
do que eu te disse
Acreditava no amor
em viver com você
caminhar lado a lado
construir nossos sonhos
pra depois mergulhar
mergulhar
Mas nada
vai me fazer voltar atrás
mas nada
vai me fazer
tudo passará
Mas é tão difícil de esquecer os erros
teus e meus
e é quase impossível
Sigo a vida com a cabeça erguida
trago no corpo feridas
que com o tempo
fingem parar de doer
Sigo a vida com a cabeça erguida
trago no corpo feridas
que com o tempo
Mas quando eu olho pra você
os teus olhos ainda me iludem
Mas nada
vai me fazer
voltar atrás
Mas nada
vai me fazer
tudo passará
Se a paz não começar em mim, não começará. Se eu levantar a bandeira da paz em desafio, não será paz. É preciso erguer as bandeiras brancas com o coração de harmonia, respeito, compaixão.
Quando percebi do que é capaz, um ser humano que compreende e se transforma em agente da paz, pensei que era revolucionário demais.
Agora sigo o caminho e sempre me perguntando: como é que posso fazer para conduzir o maior número de seres à Iluminação, à Verdade e á Vida em comunidade?
Está na hora do despertar da humanidade.
Ergo minha bandeira, tinjo minhas roupas
É uma revolução, eu suponho
Estamos pintados de vermelho para nos encaixarmos
O que mexe com a libido das mulheres não é a beleza física, é a inteligência. Tanto que revista de homem nu só vende para gays.
Escreva a Sua História
Escreva a sua história na areia da praia,
Para que as ondas a levem através dos 7 mares;
Até tornar-se lenda na boca de estrelas cadentes.
Conte a sua história ao vento,
Cante aos mares para os muitos marujos;
Cujos olhos são faróis sujos e sem brilho.
Escreva no asfalto com sangue,
Grite bem alto a sua história antes que ela seja varrida na
Manhã seguinte pelos garis.
Abra o peito em direção dos canhões,
Suba nos tanques de Pequim,
Derrube os muros de Berlim,
Destrua as cátedras de Paris.
Defenda a sua palavra,
A vida não vale nada se você não tem uma boa história para contar.
Quer saber de uma coisa?
Tudo pode ser bom, ruim e principalmente assim assim.
Tudo ao mesmo tempo ou não, e não necessariamente nessa ordem.
Bom é chegar na praia à tardinha, anúncio de por de Sol, a água de ondas mansinhas.
Jogar bola na espuma e sob o céu encaixa como se fora Tafaréu.
É bom também quando começa a chover e as gotas fazem cócegas na superfície do mar.
Como se um cardume infinito prometesse matar a fome de todo o Vidigal, Rocinha, Cidade de Deus e Vigário Geral.
Ruim é lembrar daquele amigo que de prancha na mão morreu de um beijo roubado de um raio, da lembrança a correria.
O medo... o medo... medo é bom, ruim é o medo de ter medo!
Bom voltar trocar chuva por chopp e passar atrás da pelada.
A bola vai pra fora e como na crônica de Rubem Braga sobra pra você.
Que mata no peito faz embaixadinha e devolve redondo...
Num chute perfeito.
Ruim é a fisgada na coxa sair mancando disfarçadamente...
A vergonha de ta decadente não é ruim, ruim é o orgulho que se nega a reconhecer a decadência.
É bom a cidade estranha em que você nunca esteve e sabe que nunca mais vai voltar.
E nesse lugar você tem uma obrigação sem graça que cumpre com estilo e precisão traçando um dia perfeito no arco do tempo.
Quando cai a noite é bom tomar um banho e sob o chuveiro é bom sentir saudade, ruim é não ter saudade, e como é bom sair sem direção pelas ruas da cidade pensando no que você fez da sua vida e no que a vida fez em você.
Bom é sonhar, realizar não é tão bom, mas ruim mesmo é não realizar.
O fim de um grande amor é muito, muito ruim, um grande amor não tem fim!
Bom é amar, ruim é amar...
Bom é encarar a vida com fantasia.
Quando um poeta desaparece é bom colocar chapéu de Bogar que tudo pode solucionar...
Ruim é encontrar o precipício, morrer não deve ser tão ruim assim...
E pode ser bom falar sobre bom e ruim, e pode ser pior assim assim... Bom!
viver em busca de auto-entendimento
é tentar conhecer
o difícil de esclarecer.
Compreender a si mesmo
não é fácil,
mas a melhor resposta
é o que dizem a seu respeito
desde que não seja só defeito
pois em alguma coisa somos perfeitos
Seu príncipe
Se você se acha infeliz,
sempre a procura de um namorado,
escute seu coração que lhe diz:
- Ele está ao seu lado,
- Ele é seu príncipe encantado.
Às vezes, procuramos longe
e a felicidade está tão perto,
parece que ele se esconde,
precisa ser descoberto.
Seu príncipe você conhece,
sempre esteve contigo,
Só você não percebe,
é um de seus amigos!
Conquistar
No começo da adolescência, lendo um catálogo de livros, fiquei encantado com um título: Como conquistar mulheres sem fazer força.
Com certeza não resisti e comprei: Poderia haver coisa melhor, eu pensava, à época? Se “dar” bem com um monte de mulheres.
Evidente que era uma “bobagem só”. Algo equivalente poderia ser: como aprender a dirigir lendo um livro apenas e sem aula prática nenhuma. Bastaria lê-lo, e “tchan”, como que por magia você sairia dirigindo.
Acho que a gente precisa de tempos assim...Ingênuos e simplórios.
Mas passam se algumas tantas estações, e quando a gente se lembra de fatos assim, percebe o quão superficiais eram as idéias da época.
O que pode haver de melhor que encontrar alguém que efetivamente atende, ou até transborda às nossas expectativas? Alguém que não é só uma conquista de uma noite ou duas.
É uma pessoa assim que faz valer o dia, os meses e os anos que passam. Que é amiga, companheira, cúmplice, amada. Alguém que dá conselhos, afagos, broncas e carinhos.
No entanto é preciso ter “olhos” para ver, e coração pra sentir. Consciência e percepção para se perceber o que de fato se precisa, e o que se tem diante de si.
É fácil hoje encontrar pessoas que “não crescem”. Ficam paralisadas naquela visão imatura. Presas na superficialidade, focadas na exterioridade, no consumismo e na individualidade, no ciúme e na falta de cumplicidade.
Incapazes de perceber o verdadeiro valor de si e dos outros. Incapazes de serem felizes e de fazerem alguém feliz também.
Não apenas aquela felicidade fugaz e passageira do sexo casual. Mas aquele encontro que “sacia” mais do que a carne e atinge a plenitude da alma e do espírito. Aquilo que completa.
Por que só conquistar, se eu posso amar?
Portanto, um brinde, a quem ama e outro a quem sabe valorizar um grande amor.
Paz é o amor humanizado,
Amor é a paz dos namorados,
sinta num aperto de um abraço!
ame! e terás a paz ao teu lado.
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