Eu sei Dividir os Dons que Deus me Deu

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Fernando Anitelli - "Nunca fiz música sem motivo. Sei o que quero"
Fernando Anitelli fala sobre os quatro anos de O Teatro Mágico, mensagem subliminar e grana

Por: Fabiana Faria


Quem é o Fernando Anitelli, afinal? Existe uma aura de mistério ao seu redor, não?!
Bom, tenho 33 anos, sou formado em comunicação social e comecei a fazer teatro muito cedo. Já fiz o Vale Encantando, do Oswaldo Montenegro. Já fui caricaturista de um jornal diário de Osasco, já trabalhei na área de produção visual de um banco, usava crachá de bancário e tudo. Acabei aprendendo no banco a organizar, administrar um negócio.

Como foi o início do Teatro Mágico? Foi você quem inventou esse conceito?
Eu tinha um trio de música brasileira chamado Madalena 19 que acabou porque cada um tomou seu rumo. Eu acabei indo trabalhar ilegalmente como garçom nos Estados Unidos durante um ano. Lá eu comecei a ler o livro "O lobo da estepe", de um alemão. Tinha uma passagem que dizia que as pessoas têm muitos personagens dentro de si e, ao mesmo tempo, todo mundo está em extinção. Isso tinha tudo a ver com o que eu imaginava para um projeto musical e decidi nomear o CD como "O Teatro Mágico - entrada para raros".

Você fez o CD com a grana que ganhou nos Estados Unidos?
Eu usei a grana de lá, vendi metade de um apartamento, meu carro e tive ajuda do meu pai. Também juntei uma grana de uns shows que a gente fez.

Então você já sabia o que queria a partir da concepção do projeto?
Nunca fiz nada para atingir um público específico. Eu vomitei o Teatro Mágico em cima das pessoas e elas aceitaram. Tem famílias que deixam de ir ao zoológico para verem o Teatro Mágico. Isso é ótimo.

Você imaginava que fosse fazer tanto sucesso?
As coisas foram acontecendo aos poucos, mas eu sempre tive muita organização. Eu sabia que o projeto tinha força para crescer, amadurecer e se manter. É legal porque tudo aconteceu no boca a boca, pela internet e é muito bacana ver que tem um público ansioso pela gente.

Mas vocês não fazem propaganda, a música de vocês não toca no rádio... Por que isso?
Sobreviver da arte independente no Brasil é uma guerra. Tem que ter humildade e cabeça fria. No rádio, a gente não toca porque tem que pagar jabá (dinheiro em troca da execução das músicas). E, como a gente não é gravadora nem pretende ser, a gente não toca. A gente acaba tendo divulgação melhor em cidades pequenas e em jornais regionais. Os artistas acham que tocar no rádio e na televisão são as únicas formas de ganhar dinheiro e fazer seu trabalho. Mas isso não é verdade.

Vocês já tiveram proposta de gravadora?
A gente já teve convite de todas as gravadoras multinacionais para comprar o projeto, fazer CD, DVD... Eles oferecem uma Ferrari e você só tem uma bicicleta. Mas, como eu acredito no ET, faço minha bicicleta voar.

E o Teatro já dá uma grana?
Hoje ele se auto-sustenta. Se você tem um trabalho bem feito e responsável, o dinheiro vem naturalmente. Mas é uma luta constante para não faltar dinheiro e continuarmos levando o projeto.

A Veja publicou que vocês ganham 40 mil reais por show. É verdade?
Imagina! Tem show que a gente ganha 500 reais. Muito pouco. Alguns músicos ainda tocam em projetos paralelos para completar a renda.

E o que acha da internet?
A internet é uma ferramenta poderosa. Eu disponibilizo tudo de graça mesmo, esse processo de comunicação novo é sensacional. O nosso objetivo é tocar em Marte, se for possível e só a internet pra divulgar o nosso trabalho tão bem. Você lembra que existiam as fitas cassete e todo mundo gravava música pra todo mundo? Era a mesma coisa, mas em uma mídia diferente. O You Tube acabou com a MTV. Nós temos mais de 1700 vídeos publicados lá, mas só fizemos dois. É muito louco isso. As gravadoras querem pegar nosso dinheiro e a internet, não...

Assistindo ao show de vocês, tive a impressão de que os fãs idolatram a trupe toda, especialmente você. As meninas gritam histericamente...
Eu acho um absurdo isso. Meu cabelo está caindo e eu sou a cara do palhaço Bozo!

Mas, então, de onde você acha que vêm essa paixão toda dos fãs?
De alguma maneira, o projeto tocou cada pessoa que gosta da gente. Eles sabem que o nosso som não está sendo empurrado goela abaixo como é feito com a música do rádio. É um projeto de verdade, em que eles podem mostrar sua arte, discutir o assunto de verdade. Tem gente que faz tatuagem das letras, dos personagens... Eu não acho que isso seja tanta loucura. Se eu fosse um adolescente descobrindo Secos e Molhados, por exemplo, eu também faria o mesmo.

Por que você citou Secos e Molhados? Você se compara a eles?
É uma referência e uma comparação, sim. Sempre gostei do Ney Matogrosso, ele tem uma coisa meio menestrel. Meu pai diz que eu danço como ele.

Algumas pessoas comentaram comigo que acham que as músicas de vocês têm mensagem subliminar (mensagens não captadas conscientemente pelos sentidos humanos) para meio que hipnotizar as pessoas. E aí, tem ou não tem?
Olha, eu nunca fiz música aleatoriamente. A mensagem que a gente passa é a da arte livre, independente. Mas tem uma porção de mensagens em várias músicas. Se você escutar com fone de ouvido, vai ver que tem sons acontecendo do lado direito e esquerdo do fone. Se você escutar em disco e rodar ao contrário, vai escutar vozes do meu avô. Na música Separo, tem um riff de guitarra no final. Quando a gente estava gravando, na hora do riff, entrou a freqüência de um rádio e acabou gravando a voz de um cara falando "uma lembrança que você vai ter". Nós deixamos. Essas coisas não são coincidências, são providências. Tudo o que é subliminar, soma.

Ainda não sei o meu destino, nem cabe a mim saber...
Talvez,
é melhor deixar oculto,
só assim dói menos.

⁠Quando sei que estão ouvindo… Quando sei que tenho a atenção deles… Não consigo desafinar nem se eu quisesse. Sou exatamente a pessoa que sempre fui destinado a ser. Não tenho medo de nada.

Ontem foi você que não me quis...Hoje, agradeço e fico feliz com sua decisão! Pois, sei agora que tudo que sou e consegui, com um homem como você ao meu lado, eu "jamais" teria conseguido!

Vivo sonhando, em todos os sentidos; só não sei se isso é bom ou ruim.

Isso é amor. / — Será? Tem coisas, tem coisas que ele escreve que parecem. Não sei, parecem verdade, entende? Ele me toca, mexe comigo.

Já disse que não sei ser metade... Que me queiras por inteiro. Ou não me queiras, pois!

Ele é de um jeito que ainda não sei, porque nem vi.

Sentimentos opostos, amor às vezes é algo catastrófico, não sei se a vida faz isso de propósito, mas o que eu quero com você é lógico, eu te chamo de pequena, ou de princesa, fecho os olhos quando a gente se beija, sinto a sensação de paz, e longe de você a saudade aumenta mais, pequena dama romântica, você veio e me deu uma esperança, que tudo pode melhorar, então me deixe te proteger e cuidar de você como o céu cuida do mar.

Estou cuidando mais de mim, não sei exatamente se poderíamos chamar isso de amadurecimento ou evolução, mas a verdade é que sonhos e grandes projetos já não me fascinam mais, busco pela simplicidade e, reconheço hoje que apenas no sorriso da criança encontrei a sinceridade, pois que os adultos, riem ou choram com a mesma facilidade.
Hoje vivo de pequenos momentos e na verdade, nem a tal felicidade me inspira como dantes e nem busco mais saber se ela ao menos existe. Procuro ler mais e por vezes, assuntos que nem me importam e, interessante, os erros na escrita já não me chamam tanto a atenção, preciso sim, urgentemente corrigir os meus, também não me preocupo com o alimento para o corpo, entendo que apenas a alma é eterna e é dela que tenho de cuidar, e por isso hoje eu oro mais, muito mais; caminho sem ilusões, já não importa mais se ganhei ou se perdi, me atenho à apenas na retidão do caminhar; de resto, sei que desenfreada a vida segue, mas será apenas até onde ela realmente deve ir; sem temores, sem angustias e sem dúvidas; pois que só teme pela morte, aquele que não sabe para onde vai, sinto que já vivi tudo o que tinha pra viver; sorri tudo o que tinha pra sorrir e já sofri tudo o que tinha que sofrer, sigo a ti de olhos fechados, e, sim, pode vir buscar-me , que eu estou pronto.

Paz e que Deus abençoe...

⁠De repente encontrei a Gratidão
abraçada à Fé e ao Amor...
Não sei bem como ali cresceu,
pois não foi plantada.
Simplesmente nasceu!
Agora é só cultivar,
para que nunca esqueça o solo
que um dia a permitiu brotar.

Sei muito bem do
drama dos pássaros,
a disputar audiência
com os grandes ruídos do tráfego.

Sei que não sou o primeiro nem o último dela, mas sou aquele que está arrancando sorrisos bobos com lembranças avassaladoras.

Descobri que não importa na vida o que você oferece e sim para QUEM você oferece..
Sei que dei o melhor de mim em cada momento independente deste melhor ter sido pouco, mas sei também que este melhor sempre será diferente.

Corrente amorosa

A gente se entrega
É só fechar a porta
Olho para ti e sei o que queres
Um beijo ardente com sabor alucinante
O teu toque me diz que o dia está para começar
Eu não nego já não sei mais como fugir
Todas as horas estão interligadas ao meu coração
È tão verdadeiro que só vejo você
Um parque aberto, um banco de praça
Uma linha imaginária a nos afastar
Se vou embora quero retornar
Mas, já está na hora de tudo terminar
Pois, me envolvi a tal ponto que,
Entonteço só ao me deitar
O travesseiro respira e sussurra um nome
Eu me agarro ao lençól para não me contrariar
A parede estala e forma um desenho
Estou louca ou a paixão quer me domar?
Você mudou o curso do meu rio e agora em ti terei de desaguar
Aguenta firme estou indo
Levando comigo tudo que encontrar
Presenteando-te com meu olhar
Uma maneira fácil de lhe amar

Pra falar a verdade, não sei bem cuidar de minhas dúvidas, minhas angústias. Sei apenas que preciso todos os dias me reinventar para defender sem nenhum heroísmo aquilo que boto fé. Sinceramente, dou uma de amadora, mas acredite, eu mergulho com toda força. Tenho tido a sorte de conseguir fazer a viagem. Só ainda não fiz upgrade da saudade que você deixou.

Sou aquele que com palavras sei fazer amar

Não sei o que estou esperando. Mas talvez tenha chegado.

Nem sei o que estou fazendo nesta viagem de trem... agora mesmo estava num bosque... e gostaria de poder voltar para lá!

Gosto dele, acho, não sei mais. Conheço fatos sobre ele, não ele. Faço histórias em que ele possa caber, todas um pouco falsas, como são as histórias. Não sei quem ele é. Acho que, enquanto não souber e precisar portanto fazer histórias, fico com ele. Quando não houver mais nada a adivinhar, tirar, vou embora. Talvez nunca vá. Talvez eu me engane. E nunca acabem, as histórias.