Eu sei Dividir os Dons que Deus me Deu
Vale da Solidão
Olá, solidão…
como te chamas no vale do amor?
Sei que teu nome é vaio,
sussurro antigo que ninguém ouve mais,
um sopro frio que caiu do céu.
É tão difícil dizer essas palavras,
porque amar — ah, amar —
é caminhar descalço em chão quebrado,
é dar esperança a quem só quer partir.
Quem quer apenas ser feliz,
não entende a dor de ficar.
Ser amado…
de que serve, se a ausência pesa mais?
Meus sonhos eram teus,
meu corpo, tua casa.
Mas partiste.
E deixaste em mim os escombros do que fomos.
No vale da solidão,
teu nome ainda me chama.
E eu respondo,
com a voz trêmula de quem perdeu tudo.
ALMA PERDIDA
Caiu-me a alma.
Não sei se dentro de um rio,
Ou na turbulência do mar.
Talvez na montanha
Tamanha de frio,
No calor do estio,
Quente de enregelar.
Será que ela fugiu de mim
E se esconde na cidade imensa
À espera da recompensa,
Numa espécie de arlequim
De rir pelas ruas
Sujas e nuas.
O que é que minha alma pensa?
Fartei-me dela, tão tensa
E cada vez mais pretensa
Gozando comigo sem par,
Que não perco mais um minuto
Em absoluto,
Para a encontrar!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 23-09-2022)
NÃO SEI
Não sei
O porquê
Da tua altivez.
Da tua barriga
De rei.
Só sei,
Que uma rosa
Com espinhos
É mais apetecível que tu.
Ela,
Tem flor
E espinhos.
Tu,
Só tens espinhos.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 04-10-2022)
FRUSTRAÇÃO
Já não sei escrever...
Deixei de saber pensar.
A poesia deixou de me amar
E fugiu de mim sem eu ver
Nem poder mais versos ditar.
Que tábua agora para me agarrar
Nas ondas alterosas deste mar,
Se ela foi para não mais voltar
À inspiração dorida do meu penar?
Poesia vagabunda, iracunda, reles
A minha, que só contemplas aqueles
De sacrossanto nome já firmado
Nos anais dos teus egrégios brasões
E afundas sem mais remissões,
Os que querem só escrever um fado.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 16-01-2023)
POEMA LAMENTO
Um mau poema
Sem tema
Alcance ou lema,
É tudo o que te posso dar.
Não sei mais.
Ela não quer nada comigo
E como castigo...
Também não quero ir mais longe
Não quero levar vida de monge
Porque monge
Sem capuz,
Já o sou nesta minha cruz.
Não pretendo nome
Ou cognome,
Estejam descansados
Para vosso bem.
Se o quisesse, alcançaria
Mesmo da noite para o dia!
Um bom poema
Para minha pena
Mas sem vontade de chorar,
É coisa que não te posso dar.
Lamento!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 22-04-2023)
O HOMEM E O URSO
Gostam de me chamar o velho,
Por este corpo desfigurado;
Sei que inflamo por capricho
Como urso branco sem brado,
Pelo destino de ser bicho.
Sou aquele pequeno grão
De areia,
Plebeia,
Nesta teia de ilusão,
Quase no fim do percurso.
Então em último recurso
E em termos de simpatia,
Prefiro mil vezes ser urso,
Que velho por analogia.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 18-11-2023)
RESISTÊNCIAS sei lá quantas já escrevi
Resisto,
Porque quero
E não por acaso mero,
Porque sou tão teimoso
Que até as pedras da rua
Quando me sentem mancando
Pelas dores negras e cruas
Que me vão martirizando,
E mostrando que nada valho,
Dizem em jeito jocoso:
- Que resistente bandalho!
Resisti,
A promessas de riquezas vãs,
Prometidas por gentalhas
Canalhas, com olhos de rãs;
Seres avaros, repugnantes
Com cartões de governantes,
Sei lá por graça de quem
Foi o santo que os pôs na cripta
De donos de tantas parvónias
Que mencioná-las irrita
E revolta até também
Algumas orquestras sinfónicas.
Continuo a resistir,
Ao meu relógio sem horas
Porque só me traz a desoras,
Sem saber que mal lhe fiz,
As notícias mais pandoras
Deste meu ledo País.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Triste Por Escrever, em 17-11-2024)
Não sei se existem mais pedras ou flores em nosso caminho, mas o importante é não parar para contar e sim seguir sempre em frente...com pedras ou flores pois o que realmente importa é a caminhada.
Sei que a vida sempre sopra como uma brisa suave e nos faz refletir o que somos ou que deixamos de ser mas neste momento sabemos que aquele que partiu foi o maior significado da nossa vida.
Nada sei
O conhecimento é infindável
Quanto mais se absolve do conhecimento
Se conclui que a muito mais pra aprender sobre tudo o todo é infinitamente imensurável
A tanto no universo na filosofia a ciência não tocou nem uma fração de tudo que ainda nem chegamos a explorar
É sábio reconhecer que nada sabemos do que é possível conhecer
Porisso é compreensível dizer que
"Só sei que nada sei"
Isso é reconhecer que por mais que passemos a vida inteira aprendendo sobre tudo na expansão do todo nunca chegaríamos a conhecer esta infinitude
Por isso o conhecimento é infindável
E a sabedoria está em reconhecer que por mais que sabemos, nunca saberíamos tudo.
OUTRO DIA ACORDO
Outro dia acordo
Não sei o que dizer
Tomo meu café
E coloco o sapado no pé
Se acho menor que tudo
Mas não sou maior que ninguém
Muito menos menor que alguém
Pra se dizer
Não é nessesario conhecimento
Pra se dizer
Só é nessesario algum modelo lento
Pra se dizer
Só precisa de um lamento
Estudar é algo bom
Não tem o que fazer
Se essa é a nossa liberdade
Não temos tempo pra viver
Queria que alguém ler-se
Queria que você
Mas não tenho o que quero
Porque se tivesse
Você já iria me ter
Mas acordei e estava tudo fora do lugar
Eu dormindo, e você sem par
Eu ímpar, e ele te atraindo pra lá
Meu medo não é te perder
É um dia não te conquistar
Porque ainda não te conheço
Hoje encerro minhas buscas
Passo apenas a contemplar
Um não sei o que
de um vazio total
Fugindo da sombra
que me alcançou
Devo ter tropeçado
estava tão forte
O alimento de minha alma
Ilusão
Se acabou
Não sou nada
Nem ninguém
Além desse extremo
cançasso
Oh Anne. O que é? Anne. Não sei, tem graça. Esses teus olhos escuros e misteriosos como os mistérios do universo. Gosto das vossas covinhas quando vos rides, Anne.
Era ele? Era.
Perdoamos-lhe, porque é um génio e uma lenda.
O que quer que isso signifique. Porquê?
Porque não pode ele ser como os outros?
Porque tem de me contrariar e fazer tudo à maneira dele?
Porquê pode a sua vaidade e orgulho ser maior do que a de um Rei? Perturba-me. Pesa-me na consciência a força da natureza que tem dentro dele.
Amo-o e odeio-o.
Odeio-o tanto quanto o amo, pois ele é o espírito que nega e vence tudo à sua maneira. Já conheci muita gente extraordinária na vida, mas você....
Sois um espírito livre e puro.
Gosto disso.
Uma leve onde me leva a descobrir os mistérios do mundo, pois sei q há muitos, sei q há mistérios ocultos e por propósito próprio de governos, estados e de desenganados que por proposito deste principio de engajamento global, nós sabemos existir, a existência humana se baseiam em historias esquecidas porem estamos vivenciando causas que dificilmente seriam enganadas por esses estados, mas temos culhao pra sabermos da mentira por trás disso tudo." não sabeis que sois deuses" .. Salmo
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