Eu sei Dividir os Dons que Deus me Deu
Acróstico Janilma
Jamais pense que eu viverei pleno, sem sua companhia, que ficarei tranquilo em te deixar, ou satisfeito por ter sido sua decisão.
Ainda existirá algo bom, pra me sentir encorajado a te reconquistar, a te fazer sentir que não estou farto de você.
Nunca foi tão óbvio que vc foi a melhor pessoa a quem pude compartilhar momentos únicos, projetos maravilhosos.
Imagino que daqui pra diante, se for de sua vontade, superar desafios, celebrar conquistas, e viver ao seu lado, e envelhecemos juntos.
Logo, todos esses desafios serão vencidos, novos haverão de vir. Não sei os quais seriam, porém certamente estaremos mais fortes e motivados.
Merecemos sim, esquecer o que passou, passar uma régua, e delimitar: "esse foi um tempo, entraremos em outro".
Apesar de tudo, saiba que eu estou sofrendo muito sem seu olhar penetrando em meus olhos, que segundo você, é aqueles olhos "âmbar" ao qual você fez aquele acróstico, quando nos conhecemos.
RECORDAÇÃO DO MEU TEMPO NO SERTÃO
Versão Urbana ou Pardal
Eu já fui Curió,
Que só vive no mato,
Não vive na cidade.
Hoje sou Pardal,
Que não vive no mato,
Só vive na cidade,
Por circunstâncias,
Ou por necessidade.
Acho que sou um Curial,
Mistura de Curió com Pardal.
Acho que sou um Pardió,
Mistura de Pardal com Curió.
Como não consigo definir,
Deixa assim que é melhor.
Vez em quando dói o coração,
Na cabeça vem recordação,
Do meu tempo no Sertão.
Quando não aguento a saudade,
Junto vara de pesca e carabina,
Deixo a cidade e vou pro sertão,
Pescá recordação e matá saudade.
Minhas filhas me dão tanta alegria,
Enviando fotos e vídeos de pescaria,
Ver os nétos aprendendo a usar vara,
Prá pesca lambari, bagre, lobó, piapara...
Não importa tipo e modelo de vara.
Nem espécie e tamanho de peixe,
Mas só a alegria de pescar,
Escutando seus pais falar:
Sobre catar e chupar guavira,
Guabiróba, guapeva, jaracatiá,
Coquinho pindó, macaúba, bocajá,
Comer marolo, goiabinha do campo,
Comer ariticum cagão,
Pouco prá não dar diarréia,
Comer jabuticaba do mato,
Pouca prá não entupir,
Tirar palmito, mel de európa e jatei...
Essas e muitas coisas que eu vivi...
Por isso é tanta recordação...
Quanta saudade do sertão...
Saudades dos parentes,
Povo bom e boa gente,
A grande maioria vivia,
Em sítios e fazendas,
Dentro dos sertões.
Longe das cidades.
Tantas recordações,
Quantas saudades...
Marsciano
Minha avó ... minha mãe -
Quando eu era pequenino
e me sentia triste e só
agradecia ao destino
ter-me dado aquela Avó!
Nas varzeas do caminho
adormecia nos seus braços
e os medos de menino
desfaziam- se em abraços!
Sinto o toque da sua mão
de quando era pequenino,
oiço o bater do coração,
ao colo - na pele - o carinho!
Hoje a vida é diferente:
já não sou tão pequenino
a Avó partiu p'ra sempre
quem me dera ser menino!
Meu poema, minha mágoa,
minha estrela, também,
a saudade fica, trago-a,
minha Avó ... minha Mãe!
Em memória da minha querida Avó Clarisse.
Rússian Roulette
A aparência ingénua que me adornava fez com que eu, desavisada, adentrasse no pérfido jogo da roleta-russa da vida. Quantas vezes, em busca de paz, não puxei o gatilho, ciente de que sempre tive razão em meu íntimo?
Com o passar do tempo, notei a marca do egoísmo estampada em teu semblante, nas palavras que proferias como lâminas afiadas. Contudo, ao lançar meu olhar nas profundezas de teus olhos, percebo um bloqueio sombrio; cada vez que te encontras mergulhado em teu próprio jogo, tentas mudar a estratégia, mas a essência permanece.
Compreende, ó ser enigmático, que agora sou eu quem joga. Aprendi contigo os ardis desta dança cruel. O fato de desconhecer os labirintos da minha mente te angustia; essa é a intenção que almejo, pois este é o teu jogo.
E ao final, já conheço o desfecho: rodarás o tambor com uma risada sarcástica, embriagada pelo teu ego inflado. Será nesse momento fatídico que se dará o fim do jogo,do seu jogo para sempre.
No dia em que te vi, sem saber o porquê,
Palavras flutuaram no ar sem eu perceber,
Cada gesto teu, um novo amanhecer,
E o coração, sem aviso, começou a bater.
Falar contigo era tão simples,tão normal,
Mais aos poucos, sem saber, foi fatal,
Me peguei amando, de forma surreal,
Você, sem saber, virou meu bem essencial.
Reflexos de nós dançam no meu olhar,
Sem querer você saiba, sem eu te contar,
Esse amor em silêncio me faz sonhar,
De um dia, quem sabe, te poder abraçar.
Agora sigo, sem coragem de dizer,
Que ao te conhecer, eu comecei a entender,
Que sem esperar, sem ao menos querer,
Meu coração escolheu, e só por você, vai bater.
O "não consigo" é o conforto mais desconfortável do auto claustro. E o "eu sou assim" o alimento do que te enclausura.
DEFECAÇÕES DE OUTRORA E DE AGORA
Eu era um poeta
Pateta
Sem saber
Como defecar a poesia.
Agora, que julgo saber,
Escrevo sem ser poeta
Só de ver e ler
Como escrevem a poesia,
Defecada,
Com cheiro
Por inteiro,
A nada.
Salvam-se alguns da fornada.
Quase como fúnebre elegia,
A mim, só me apetece dizer:
Ó arte da fantasia
Do pensar e escrever,
Minha irmã poesia,
Diz-me: se és tudo, ou nada!
(Carlos de Castro, in Há um Livro Triste Por Escrever, em 23-09-2024)
Me desculpe por ser exagerado, é que eu nunca soube gostar pouco, ou amar pouco, vivo de exageros, sinto muito.
Não sintam pena de mim. Em nada! Tudo o que eu mais odiaria é precisar da compaixão alheia. No matadouro, as vacas não se apiedam uma das outras quando estão para serem abatidas.
Certo dia, comprei dois doces de um sabor que eu não conhecia. Pensei comigo: "Comprarei dois porquê se for bom poderei repetir." Não gostei e tive de comê-lo. Lição: nunca peça bis de algo que você não conhece.
Preciso de espaço para ser eu. Não quero explicar minhas ações. Nem meu modo crédulo de ver a vida.
Eu posso até querer olhar para o futuro e ficar dando cutucadas no passado, mas é o presente que exige minha atenção.
Certo dia escutando a conversa de dois homens, ouvi um deles dizer: "Eu conheço fulano de tal, topei com ele na cadeia". O ambiente que você frequenta diz muito sobre quem você é ou já foi um dia...
Mesmo depois de tanto tempo
Eu me pergunto o por que
Por que tivemos que nos conhecer, senão faríamos parte da vida um do outro por muito tempo?
Por que teve que partir?
Por que não fui o suficiente pra que você ficasse?
O que eu fiz de errado, pra contribuir com o nosso fim?
Por que eu não vi que estava prestes a ir embora?
Por que Tudo aconteceu?
Por que eu sinto esse vazio ficou maior?
Desde que você decidiu que era melhor seguirmos por caminhos diferentes
Melhor só se foi pra você
Porque até hoje, não sinto que faço parte de nada
Não me sinto eu mesma há tanto tempo
Você era Tudo pra mim
Você era o meu mundo
E o meu mundo ruiu quando você me deixou
E até hoje, a minha vida não faz sentido
Procurei as respostas em todos os lugares
Mas, acho que só você poderia responder as minhas perguntas
Porém, estou chegando a conclusão de que na próxima encarnação
Eu terei as respostas que me assombram e me fazem perder o sono
Que na próxima vida, nos reencontraremos e quem sabe Tudo possa ser diferente
Que nossa Jornada seja melhor que essa
Que eu e você, talvez iremos percorrer o mesmo caminho
E que você possa cumprir todas as promessas que fez para mim
E teremos o nosso "felizes para sempre"
- 23 de setembro de 2024
fiz um poema sobre voce,
gostaria que voce tivesse lido...
mas voce foi viver, foi nisso
que eu esqueci de viver
foi assim que me lembrava de voce
e esquecia de mim...
porém, a vida é assim
uns esquece, e outros lembram
mas os que lembram são os
que mais amaram, e osque mais
sentiram...
senti a sua partida
e a te hoje sinto ela
Hoje eu vi uma desconhecida,
O estranho é que eu sabia sua comida favorita, sua música favorita, seus segredos e medos,
Suas avenças com o pai, que ela tem uma mãe maravilhosa e que ela sente falta da avó materna
E que... aquele cheirinho dela de body splash me era familiar
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