Eu sei Dividir os Dons que Deus me Deu
' COMO FLORES EM SETEMBRO '
Nos cantos e desencantos,
Nos desencontros da vida,
Alegre eu levo meu canto,
Meu recomeço de cada dia.
Canto e danço nessa vida,
Tranquila em passos lentos,
amanhã é chama que guia,
a caminhada com alento,
A vida hoje é o que importa,
E Deus proverá o amanhã,
Num aroma suave de rosa ,
cheirando como maçã .
Longe deixei a vida passada,
Tanto, que nem me lembro,
Broto nas manhãs sossegada,
Como flores em setembro !
Maria Francisca Leite
Direitos Autorais Reservados Sob a Lei -9.610/98
Registro: 122958067065
A verdade é...
É que eu quero alguém.
Quero viver uma vida com esse alguém.
Quero abraçá-la,
beijá-la,
fazê-la feliz.
Quero escrever versos com ela,
ver filmes, séries e animes —
com a cabeça encostada no ombro dela.
Quero tirar fotos dela quando não estiver olhando,
e guardar cada sorriso como se fosse ouro.
Quero me levantar antes,
só pra acordá-la com beijos.
Curtir nossas músicas preferidas
enquanto o mundo lá fora se esquece de nós.
Quero ter filhos,
uma casa simples,
um cachorro bobo,
e um jardim que floresça com o tempo.
Queria viver cada segundo ao lado dela,
nessa vida que às vezes corre e às vezes pesa.
Mas esse sonho...
esse sonho vai se apagando aos poucos.
Como quem desliga as luzes de um quarto vazio
.
Vai virando só isso:
um sonho.
Uma ideia bonita que mora na mente,
mas que o coração já nem sabe se espera.
Afinal,
nem toda história tem final feliz.
Mas toda história tem verdade.
E essa é a minha.
Luta Interna
Quantas vezes eu tentei lutar contra?
Muito lutei sem saber.
Hoje luto por um espaço,
não perto, mas dentro de você.
Vivemos a vida de outros
e esquecemos de viver a nossa.
E o que somos por dentro se perde,
não luta e se acomoda.
Canto para esvaziar
o que dentro de mim transborda.
Se fico em silêncio, a madeira racha
e estouram as cordas.
Para quê tentar lutar contra quem somos,
contra o pranto, contra a dor?
Nos esquecemos que sempre perdemos
ao lutar contra o amor.
O Eco do seu Olhar
Eu ainda sinto o gosto daquelas tardes,
o vento no teu cabelo, a risada que vinha sem aviso.
Nossos caminhos se cruzaram por um instante,
mas você seguiu em frente,
e eu fiquei parado no mesmo lugar.
Não era só paixão,
era uma canção que eu ouvia só de olhar pra você.
E eu me entreguei a essa melodia,
com o coração aberto, sem ensaio.
Você era o sol no meu céu,
e eu era só um espectador,
assistindo de longe a sua luz.
Eu era um porto seguro,
e você, uma embarcação que não parava em lugar nenhum.
Hoje, quando me pego distraído,
meu pensamento ainda te busca.
O tempo passou, as estações mudaram,
e a vida seguiu seu curso.
Mas a imagem do seu rosto
ainda é a paisagem mais nítida
na minha memória.
E o que mais me dói não é a falta do seu amor,
mas a certeza de que mesmo com o passar dos anos,
a minha alma ainda está lá, parada,
naquele instante em que o meu amor
e a sua indiferença se encontraram.
Eu, sinceramente, volto a dizer que este negócio de viver é muito estranho e muito legal ao mesmo tempo.
A liberdade sempre foi meu ponto de partida
E por isso eu mudei várias vezes
Não aceitava ficar onde minhas assas eram podadas
Em função disso deixei para trás pessoas, amores, lugares, trabalhos
Talvez não seja motivo de orgulho mas de amor próprio
Para alguns fuga, para outros coragem
Minha própria companhia me bastava e continua me bastando
Não tente me entender, estou em constante transformação
Parafraseando Clarice Lispector: Liberdade é pouco. O que desejo ainda não tem nome.
Entre o Reencontro e o Silêncio
para quem reacendeu a chama e depois partiu
Eu não te busquei,
foi você quem voltou,
cinco anos se passaram,
e a chama, de repente, brilhou.
Teu olhar reacendeu
a esperança que eu já tinha deixado pra trás,
mas, num piscar, você sumiu,
deixando a dúvida na beira.
Por que voltar, se não quer ficar?
Acender a chama só para apagar,
deixar perguntas no ar,
sem resposta, sem explicar.
Fico com o reflexo do teu olhar,
a saudade do que parecia recomeçar,
e a dúvida que insiste em ficar:
foi falta de tempo ou de querer estar?
— Mykesio Max
Contos sobre mim parte 44 - A beleza do envelhecer…
Sobre quem eu sou, de marcas latentes, forjado em batalhas, com choro e dores, sorrisos que atraem, certeza de ir quando não mais quero ser, solitude de mim e do que quero fazer, sou cheio de graça, sinceros abraços, sou tido por muitos de poucos eu sou, nascente poente, ouvir o som das águas e aqui me encontrei.
Sobre quem quero ser, não mais água ardente, um pouco de tudo, não tudo de vez, quero andar entre as águas, cria brio e coragem pra nascer e crescer, quero ouvir som de pássaros, andar em seus braços, jamais perecer, a paz das montanhas, amores me ganham e vim pra vencer. Vencer meu passado, vencer o outro lado, vencer, só vencer, e aqui já me basta, se lá estarei, terei a certeza de que entre belas as feras desceu e eu flor que nasce, desboto entre laços pra ser cor de vida, naturalidade me encontro em meus passos pra ser quem eu sei.
Sobre quem eu fui, não sei, não recordo, só sei que discordo, pois, não o quis ser, encontro outro mundo, desvio, vagabundo, ali não sou eu, a fé me abraça e eu todo dela sou feito de luz, prazer que me toma, cintila, retoma, me enche de risos por ter bem crescido sabendo que sou, quem eu quero ser, mas, profundamente quem fui não me lembro, se fui já não sou e isso me basta, pra ter um abraço “do eu que tornou”, de tudo um pouco, calado, translouco, fadado e romântico, me torno galante sem lembrança alguma do ser que eu fui.
Márcio Ribeiro
Sobre o tempo
O tempo me perguntou: O que tem feito? E em resposta eu respondi: Nada, além de te acompanhar.
Ele que é impiedoso, conduz a nossa vida de forma demarcada, seja, segundos, minutos, horas, dias, semanas, meses, anos e até décadas, ele nos aprisiona do seu jeito e nós somos levados a quebrar essas grades que nos aprisiona e soltar-nos, livre, leve e cheio de amor nossos melhores sonhos, por fim, uma resposta, em meio a todas as barreiras que o o tempo nos impôs.
Amadurecemos e o tempo não se dá conta, podemos ser e nos fazer melhores, podemos reinventar a vida e a forma com que lidamos com fracassos, com ilusões, com choro, com dor, com a esperança, podemos amar a mesma pessoa várias, diversas vezes da mesma forma, do mesmo jeito, com o mesmo olhar do primeiro encontro, com o mesmo gosto do primeiro beijo, com a mesma vontade, intensidade de viver pra sempre, não sabemos até onde vamos, mas, podemos escolher com quem ir.
Eu evolucionei
Eu evolvi, quando deixei de me cortar
Eu evolvi, quando deixei de me importar
Eu evolvi, quando deixei de me aportar
Eu evolvi, quando deixei de me doar
Eu evolvi, quando deixei de desfazer-me
Eu evolvi, quando a "mim" foi dado zelo
Eu evolvi, quando a "mim" veio o amor
Eu evolvi, quando a "mim" vieram inteiros
Eu evolvi, quando a "mim" não era dolo
Eu evolvi, quando a "mim" pairava sonhos
Eu evolvi, quando não mais ali fiquei
Eu evolvi, quando não mais ali “quietei”
Eu evolvi, quando não mais ali fui porto
Eu evolvi quando não mais me veio abuso
Eu evolvi, quando não mais me era só
Eu evolvi, quando minha alma foi meu corpo
Eu evolvi, quando minha dor já era extinta
Eu evolvi, quando minha mão se fez abraço
Eu evolvi, quando minha calma foi bastante
Eu evolvi, quando minha paz se fez completa
E eu tão solto, mente aberta, me fiz mais dono de mim.
Sinal da Cruz
Senhor, abençoe minha mente
Que eu tenha bons pensamentos e liberte-me do mal.
Senhor, abençoe minha boca
Que dela saiam palavras que sejam
De agradecimentos e propagação dos seus ensinamentos.
Senhor, abençoe meu coração e, assim serão retiradas todas as tristezas, raivas e falta de amor.
Preencha todo o meu ser com seu amor.
Meu Senhor e meu Deus, obrigada
Amém!
Fazenda recanto das águas,
Itaguaçu da Bahia,
É um recanto de paz,
Recheado de alegria,
Eu lhe digo com certeza,
É obra da natureza,
Igualmente poesia.
