Eu Queria Saber Coisas que Rima com Lais
[Verso]
Se eu falasse baixinho no seu ouvido
Você ouviria o meu coração partido
Sem medo sem dúvida sem hesitar
Aceitaria então me amar
[Verso 2]
Ao ver o meu pranto sincero escorrendo
Você choraria comigo sofrendo
Seguraria a minha mão sem soltar
Aceitaria me acompanhar
[Refrão]
Quero ser seu só se permitir
Aceitaria amar sem pressa de ir
Rir e chorar juntos na longa estrada
Me salvar quando a noite é calada
[Verso 3]
Essas perguntas ecoam no vento
Busco respostas em cada momento
Se eu te pedisse sem olhar para trás
Aceitaria pra sempre em paz
[Verso 4]
No caminho escuro sem direção
Você acenderia a luz no coração
Seguiria comigo sem esperar
Aceitaria o risco de amar
[Ponte]
Nos dias cinzas e nas noites claras
Aceitaria dançar sem parar
Faria da vida uma bela canção
Aceitaria render-se à paixão
Houve um dia em que eu acordei fui tomar o café do dia anterior e ele estava frio, esquentei o café e percebi que ele não era mais o mesmo.
Essa frase não tem nada haver com o café; Isso é sobre amor quando o amor esfria não adianta querer esquentar ele não vai ser mais o mesmo e vai queimar o seu coração assim como o café queimou a sua língua.
“Eu te quebro devagar, mas reconstruo do jeito que eu quiser.”
“Tiro a tua paz sem levantar a voz. É assim que começa a sedução.”
“Eu não minto… só conto a verdade no momento exato para te desarmar.”
“Se eu quiser, te prendo sem te tocar. Sedução não é toque, é controle.”
“Eu não prometo amor, prometo intensidade.
O amor você inventa depois para justificar o
que sente por mim.”
“Você tem coragem de admitir que gosta da
forma como eu te desestabilizo… ou prefere
fingir que ainda resiste?”
Eu grito por dentro,
mas por fora finjo paz.
Carrego pesos que ninguém vê,
cicatrizes que ninguém desfaz.
Eu tento ser forte,
mas algo sempre me puxa pro chão.
É a guerra silenciosa
travada dentro da minha própria mão.
E quando a dor volta,
ela fala mais alto que a razão.
Mas eu sigo — quebrado, sim —
porém vivo,
com a alma sangrando na palma da mão.
— Valter Martins / Santo da Favela
Eu sabia o risco, conhecia o caminho, mas desisti da batalha no instante em que percebi que meu coração já havia escolhido você. Não cedi por fraqueza, mas por amor incontrolável.
Sei que o riso me faz feliz, contudo, muitas vezes, é no choro que eu cresço. Não que eu queira chorar mais do que sorrir. Não é isto. Apenas não quero me esquecer de que, são nas dificuldades que eu me levanto mais forte. São nas cicatrizes que aprendo a estancar o sangue das minhas próprias feridas, pra poder seguir em frente sem medo, afastando de mim um dos sentimentos mais destrutivos que existe: ter pena de si mesmo. É das quedas que alço voo sem tapete mágico, sem asas, sem paraquedas, num impulso incontrolável de abraçar o céu, percorrer oceano e pisar firme no chão, porque é dela que brota a raiz do meu progresso. Sobretudo, quando Deus me diz: vai lá, colhe o que plantou!
Quando eu vou dormir, o meu último pensamento é seu. Quando eu acordo, o meu primeiro pensamento é seu. Durante o dia, todos os meus pensamentos são seus. Acho que me construo em você, para eu poder renascer em mim. Você faz os meus dias sorrirem!
Todo amor que eu tenho, foi você que me deu. Todo amor que você tem, eu te dei. Todo amor que existe, é nosso. Porque este amor, sentido por você e por mim, não vive além de nós. Ele é feito do que somos; um para o outro.
Eu tenho medo de amar
Eu tenho medo de amar,
Sempre que amo, me dói
Não sei viver um amor leve e feliz
Quando amo, amo intensamente,
Tão intenso que dói
Mas eu gosto
Gosto da sensação de ser pequeno
Pequeno perante o amor que desenvolvi
Amor que sempre corrompe
Me deixa um vazio enorme
Só a quem dediquei o amor preenche esse vazio
O problema de amar intensamente
E se entregar de corpo e alma
É quando não nos corresponde
A única coisa que resta é o vazio e a dor
O vazio que corroe o coração
A dor que dói a alma.
Eu tenho medo de amar
Amar e não ser correspondido
O vazio já se fez presente tantas vezes
Que sinto não ter mais nada para partilhar
A dor já me solou tantas vezes
Que já nem dói tanto
Ainda assim me apavora pensar em amor
Em viver tudo novamente.
EU TIVE/TENHO TEMPO
Eu tive tempo de plantar flores,
mas deixei o jardim em silêncio.
Tive tempo de escrever versos,
mas calei o papel em branco.
Tive tempo de abraçar mais forte,
e, às vezes, abracei o vazio.
Eu tive tempo de sonhar alto,
mas temi o vento das alturas.
Tive tempo de arriscar caminhos,
mas caminhei na margem segura.
E, no entanto, o tempo não partiu.
Ele pulsa agora, dentro de mim.
Ainda há sementes à espera da terra,
a canção ainda mora na garganta,
o abraço ainda cabe nos braços,
e os sonhos ainda sabem voar.
Pois nunca é tarde quando há desejo,
e nunca é distante quem tem coragem.
Eu tive tempo…
e, mais que isso,
eu tenho tempo.
A vida é um doce veneno, que eu tomo uma dose todos os dias na esperança de ficar imune e não mais sofrer ao tomá-la.
melancolia
Não há quem queira ouvir o que eu tenho pra falar.
Sob o céu cinza, as sombras que me acompanham, dançam silenciosamente à minha volta, ecoando a melodia triste da minha solidão.
As memórias desaparecem como folhas secas ao vento, deixando um vazio profundo no coração.
Entre choros e risos, o tempo me faz escrever saudades que soam como murmúrios melancólicos na alma, enquanto o crepúsculo se despede em tons alaranjados.
Na consciência, os ecos do passado ressurgem como fantasmas silenciosos. Sussurram lembranças entrelaçadas com tristeza.
As lágrimas, deslizam pelas linhas do rosto da criança interior, carregando consigo o peso das despedidas não ditas, dos abraços não aproveitados, dos beijos não dados.
Entretanto, a liberdade tece sua teia, envolvendo o coração em sombras de um lamento eterno.
