Eu Queria Saber Coisas que Rima com Lais
Eu passei mais de 60% dos segundos da minha vida assustada. Muito assustada. Mas rindo, mas fazendo todo mundo rir. E por dentro, um poodlezinho com medo da tosa. Fofo e fresco. E afiando dentes na madrugada caso me tirassem os pêlos bem no inverno. Você precisa ser menos agressiva, poodle. Ah é? E quem me garante então que não vão me arrancar os pêlos bem no inverno?
Estou numa época que prefiro um bom sapato a um homem mais ou menos. Pelo menos o sapato eu sei exatamente aonde ele irá me machucar.
Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.
Simplesmente isso. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza....
Aprendi também que independente do resto, eu tenho que acreditar mesmo é em mim. Porque eu sim posso cumprir com as minhas expectativas.
E eu, mais uma vez, olho para o lado morrendo de saudade dessa coisa que eu nem sei o que é. Dessa coisa que talvez seja amor. (…) odeio todos os amores baratos, curtos e não-amores que eu inventei só pra pular uma semana sem dor. A cada semana sem dor que eu pulo, pareço acumular uma vida de dor. Preciso parar, preciso esperar. Mas a solidão dói e eu sigo inventando personagens. Odeio minha fraqueza em me enganar e mais ainda a dor que vem depois dos dias entorpecidos. Eu invento amor, sim. E dói admitir isso. Mas é que não aguento mais não dar um rosto para a minha saudade.
Confissões de um menor abandonado
Eu sei que sou culpado, não tive a capacidade de assumir a administração da minha vida, não fui capaz de controlar as emoções infantis nem consegui equilibrar-me sobre os obstáculos que herdei da sociedade. Até que me esforcei! Olhei para a vida de meus pais, porém, os desentendimentos do casamento falido nublaram os tais exemplos de que ouvi falar, só falar.
Não tive o privilégio de me aquecer no meu próprio lar, porque lhe faltou a chama do amor, sustentando-nos unidos. Cada qual saiu para o seu lado. Na confusão da vida me perdi.
Candidatei-me à escola. Juntei a identidade civil ao retrato desbotado, botei a melhor farda de guerreiro, entrei na fila. Humilhado por tantas exigências, implorando prazos, descontos e vaga, me sentei num banco escolar, jurei persistência, encarei o desafio.
- Joãozinho, você não sabe sentar-se?
- Joãozinho, seu material está incompleto.
- Joãozinho, seu trabalho de pesquisa está horrível.
- Joãozinho, seu uniforme está ridículo.
A barra foi pesando, fui sendo passado pra trás e vendo que escola é coisa de rico. Um dia, me arrependi, mas a professora se escandalizou das faltas (nem eram tantas!) e disse que meu nome já estava riscado, há muito tempo. O que fazer? Dei marcha à ré ali e, olhando a turma, com vergonha, fui saindo.
Moro nas marquises, debaixo da ponte, nas calçadas e não moro em lugar nenhum. Tenho avós, pais, irmãos e primos, mas não tenho família. Tenho idade de criança e desilusões de adulto. Minha aparência assusta as pessoas e nada posso fazer. A cada dia que passa, estou mais sujo, mais anêmico, mais fraco.
Sou um rosto perdido, perambulando, em solo brasileiro. Na verdade, nos chamam de menores, todavia, somos os maiores desgraçados.
Vendo balas num sinal de trânsito que muda de cor a cada minuto. Quando o sinal fica vermelho, os carros param, meu coração dispara. Para nós, menores abandonados, o vermelho do sinaleiro é a cor da esperança.
Extraído do meu livro Escola Comunitária-4ª.ed
O amor chega em uma hora e eu ainda não consegui comer, escolher a roupa, arrumar minha franja, decidir se já posso amar. O amor chega em uma hora e vai quebrar meu gesso mas eu não decidi se os ossos já estão bons o suficiente. Mas ele vai chegar com trinta martelos e eu vou estar esperando, forte e decidida, pra receber a porrada. E o ar que vai entrar. E mais dor. E o ar que vai entrar. E quem sabe então alguma felicidade, já que fui corajosa. Quem sabe a felicidade seja a harmonia entre a dor e o ar que entram pelos poros que temos coragem de abrir? E quem sabe só o amor seja o martelo possível?Escrevo isso e choro. Porque quero tanto e não quero tanto. Porque se acabar morro. Porque se não acabar morro.
Não creias que eu aprove os poetas por evitarem os termos exatos. Eles não conhecem senão os seus sonhos. É certo que exite muito de verdade nos sonhos dos poetas, mas o sonhos não são a vida. A vida é algo mais que a poesia, e é algo mais que a fisiologia, e até mesmo mais que a moral em que por tanto tempo acreditei. Ela é tudo isso e muito mais ainda: ela é a vida. É nosso único bem e nossa única maldição.
Quando eu olho no seu olho, eu sou você e você é eu. Se você tiver medo de mim é porque você tem medo de você.
Eu sei que determinada rua que eu já passei
Não tornará a ouvir o som dos meus passos.
Tem uma revista que eu guardo há muitos anos
E que nunca mais eu vou abrir.
Cada vez que eu me despeço de uma pessoa
Pode ser que essa pessoa esteja me vendo pela última vez
A morte, surda, caminha ao meu lado
E eu não sei em que esquina ela vai me beijar.
EU ODEIO PARQUE DE DIVERSÃO!
Eu não gosto de montanha-russa. Quando vou ao parque por alguma necessidade filantrópica (acompanhar amigas que esqueceram de crescer), eu prefiro atividades que me causem pouco estresse. Jogar argolas em caixas de fósforo para ganhar bolas gigantes e coloridas (que você inevitavelmente dá para alguém) ou andar naqueles aviõezinhos ridículos que voam a dois metros de altura. No máximo isso. Mas quando o assunto é vida amorosa, não existe escolha. Quando a gente vê, está lá. Sentada na cadeira, sem cinto de segurança, pronta para um loaping. Frio na barriga. Embrulho no estômago. Vontade de sumir. Ai, pára o mundo que eu quero descer! Se analisarmos nossas reações, a vida de solteira é mesmo um parque de diversão. Você acha que é brincadeira e quando vê, seu coração parou. Adrenalina na veia quando o telefone toca. Bombons sonho de valsa se o mundo não dá sinal. Nessas horas, eu (que odeio celular!!) fico olhando para o pobre do aparelho, como se telepaticamente ele pudesse me ajudar. Nada. Nem um sinal. Você deixa pra lá, pensa que foi melhor assim e entra de luto por um dia e meio por essa pessoa sem noção que não teve a decência de te ligar. (Sim, ficamos agressivas quando o assunto é silêncio). O tempo passa. O telefone continua mudo, emails vêm e vão e você nem se lembra mais que tudo aconteceu há uma semana. Até que um dia: pânico. Você atende o telefone furiosa achando que é o psicopata-tarado que vai arrumar seu computador e - surpresa! - uma voz fala tudo o que você quer ouvir. Mentira. A voz fala Oi! e um monte de ecos e você - pega de surpresa - tenta ser doce, divertida e inteligente, tudo ao mesmo tempo. Você (que também não tem capacidade de discernimento) acha que este é o momento decisivo para pegar seu ingresso e entrar de novo no jogo. Ok. Você fica tão afobada que nem deixa a pessoa respirar. Nem falar. Você desliga o telefone. Você canta musiquinhas bregas. Você fica feliz. Você compra uma blusa de bojo. Você liga para a melhor amiga. Você marca salão para fazer as unhas do pé e da mão (sem saber se terá tempo). Você sonha com um possível beijo. Você desce da montanha-russa e acha que entrou no "Mundo da Imaginação". Engano seu. Você não é a Xuxa. A voz - maravilhosa! - te leva para um Interprise tosco e te vira de cabeça pra baixo, sem direito a tomar fôlego. Mas você está brincando, não está? Então você manda uma mensagem doce (porque você é boba mesmo) e a pessoa não te responde. Como assim? Você não acredita. Você fica com pulgas e percevejos atrás da orelha. Remexe seus pensamentos e imagina o que fez de errado. O que falou de errado. Ah... Você falou demais! Você sempre fala demais! Claro que você assustou a pobre-criatura que deve te achar uma ninfomaníaca de marca maior. Não, você foi super discreta. Talvez seja isso. Talvez não. Talvez seja os 260 ml de silicone que você tem em cada peito. É... Muito peito para um encontro só. Talvez seja isso. Mas não importa. Você fica arrasada assim mesmo. Você acha que existe uma conspiração contra meninas solteiras que não querem mais ser solteiras. Você então resolve que não precisa mais malhar. Nem ler Nietzsche. Nem tentar entrar para o Clube das lindas porque você já foi excluída. Droga! Tinha tudo pra dar certo! Tudo! Claro que vocês nem se conheciam direito, mas havia alguma coisa no ar (Não é assim que acontece?). Você então radicaliza: abre uma lata de leite condensado e joga um monte de sucrilhos lá dentro. (Alguém já me viu fazendo isso?). Você come. Se lambuza. Come mais. Está doce até a alma. Depois dessa overdose calórica, você deita na cama, começa a achar sua barriga enorme e começa a escrever abobrinhas para ver se o tempo passa e sua decepção consome o açúcar ingerido. Não, você não está louca. Você foi ao parque achando que era brincadeira. Você queria apenas se divertir. Mas brincadeiras também têm seu preço. Vale a pena correr o risco de novo? Ou melhor: Quando se trata do coração, sempre embarcamos numa montanha-russa?
Bella: Agora você sabe - eu disse levemente, e ergui os ombros - Ninguém jamais amou alguém tanto quanto eu amo você.
Edward: Você está quase certa - Ele sorriu, e seus olhos ainda estavam um pouco mais arregalados que o normal - Eu só sei de uma exceção.
Narrei ao senhor. No que narrei, o senhor talvez até ache mais do que eu, a minha verdade. Fim que foi. Aqui, a estória se acabou. Aqui, a estória acabada. Aqui, a estória acaba.
(...) você me olhar sabendo que, inexplicavelmente, justo eu, te aceito seja lá como for. Você, idem. Não fomos fáceis a nada e nem a ninguém, mas cá estamos.
Porque enquanto eu amar a um Deus só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo de minha vida maior não se fará. Enquanto eu inventar Deus, Ele não existe.
É tempo de amar
Eu quero falar da emoção que cerca a nossa vida.
E perguntar para o seu coração se ele ainda dispara,
ao ouvir a voz de alguém e se ele reconhece a paixão.
Quando uma voz vira melodia,
quando a noite parece dia,
quando o amor envolve e encanta,
e todo mal logo espanta,
deixa no ar perfume de flores.
O amor seca feridas, alivia as dores.
Mas, se o coração está amargurado,
se a decepção tomou conta e formou esse quadro.
O amor quase não tem chance de se mostrar.
Você fecha a visão da emoção,
entristecido pelo tempo, seca a paixão.
O medo de amar é couraça, uma ilusão.
Pois quando o amor insiste,
ele não desiste,
e nos mostra que na vida,
é possível amar muitas e muitas vezes,
outras pessoas tão diferentes quanto o nosso humor.
Assim é o amor.
Desejo que o desejo de amar permaneça em você!
Que não desista de fazer essa energia vibrar na sua alma.
Busque o amor com dedicação, com calma.
Sem pressa e sem medo de ser feliz.
Se alguém te machucou, levante a cabeça.
Olhe para a frente, para o novo tempo.
O coração precisa enxergar no dia,
os olhos dessa pessoa que quer te encontrar,
e juntos, além do tempo e da distância,
não perder mais nada e simplesmente,
amar.
E naquele momento eu pensei que poderíamos ser infinitos se fôssemos música. E isso explica tudo, mas ninguém entende. Você entende. Mas cadê você?
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