Eu Nao tenho Culpa de estar te Amando
Após dar um tempo é preciso recomeçar, e cá estou eu, seguindo num fluxo confortável e notável na vida.
Reiniciando num ritmo leve, Indo brincar com a vida.
Se eu tivesse o poder de escolher meus sonhos todas as noites, eu escolheria sonhar com você.
Talvez eu não tivesse tanta a necessidade da sua existência real.
Eu fecho os meus olhos e posso-te imaginar.
Pois, os meus desejos têm sido teus, até eu abrir os meus olhos.
Então eu gasto os meus desejos desejando-te desejar.
Às vezes eu só gostaria que Deus me abraçasse e dissesse-me: a vida abusou muito de você, eu só vim te buscar.
Abra a janela, deixe a luz do sol encontrar a luz do seu eu.
Desfrute da sensação que ele causa ao tocar na sua pele.
Desfrute do poder do brilho que é irradiado.
Desfrute da sua luz.
É quando os nossos olhos se encontram, os nossos lábios se tocam e eu encontro os teus braços, que eu me sinto segura.
Mais uma vez eu me despi para a ilusão de que iríamos dar certo dessa vez, e o que resultou, foi novamente eu perdendo a minha imunidade e mais uma vez eu tendo que lidar com a decepção.
Decidi entregar a saudade ao esquecimento, e essa foi a melhor decisão que eu tive, após ter posto um ponto final numa história que tinha mais dramas do que amor.
Nos teus lábios é onde eu sacio minha sede e se alguém me beijasse, tudo que saborearia é o sabor dos teus beijos.
Embarquei na mais sublime das jornadas, em direção ao meu eu interior.
Fiz das estrelas guias para minhas noites mais escuras, descobri nelas a luz de minha alma.
Na solidão, encontrei a mais rica das companhias: a minha.
Em cada passo, cultivei um jardim de possibilidades infinitas, onde cada sonho é uma semente pronta para florescer.
Nesta viagem, aprendi que o infinito reside dentro de mim, e que cada momento vivido é um eterno tornar-se, uma constante metamorfose rumo ao inexplorado âmago de minha existência.
Então, no espelho do tempo, vi não apenas um reflexo, mas um eu interminável e resiliente, um ser cuja luz própria ilumina os caminhos ainda não trilhados.
Até que o meu eu, se revele em plenitude, continuarei esculpindo-me com a delicadeza e paciência, abraçando a arte de me reinventar, permitindo que cada experiência, cada desafio, seja como o vento e a água, modelando-me não apenas por fora, mas refinando a essência mais profunda do meu ser, até que, eu me encontre inteira, refletida na vastidão do universo.
O que aconteceria de pior ou de extraordinário, se eu abraçasse plenamente quem eu sou?
O medo de ser julgada, o peso da expectativa alheia, a solidão de ser verdadeira em um mundo de máscaras?
Explorar quem sou, poderia revelar caminhos desconhecidos ou afastar aqueles que não estão prontos para ver além das aparências.
Mas, talvez, a maior tragédia seria negar a mim mesmo, sufocando a chama única que arde dentro de mim, minha essência.
Que minha intuição continue andando sempre ao meu lado, garantindo-me que eu chegue ao meu verdadeiro destino, desviando-me de falsas aparências e luz.
Se até a natureza se expressa com suas tempestades, quem sou eu para silênciar-me quando algo me incomoda?
Eu poderia passar a vida toda estudando nossa química, e ainda assim, ela continuaria me surpreendendo.
Ama-me e permite-me transbordar o meu amor e te amar, ou dá-me forças para eu partir e nunca mais voltar.
