Eu Nao tenho Culpa de estar te Amando
Eu via tanto e tudo em ti. Eras luz para mim... até ao momento em que fui obrigado a conviver com as sombras que, afinal, tens.
Agias sempre com total indiferença, como se eu fosse uma pessoa comum que cruzou a tua vida por acaso, como se eu não tivesse feito por ti tudo o que nunca ninguém fez.
Eu lutei sem barreiras, sem pressa, até chegar a você.
Então, vi um muro dividindo o nosso mundo, como uma névoa triste.
O teu mundo é um mistério que não conheço — camuflado, invisível, tão perto e, ao mesmo tempo, distante de nós.
Se eu não posso conhecer o teu mundo, como poderei ser feliz contigo.
Quando se tem um pai como eu tive é pra lembrar por toda a vida. Tinha um jeito quieto, mas quando se juntava com amigos e familiares era só risada. Bem-humorado, preocupado com o meu bem-estar, com a minha vida e minhas atitudes. Sempre confiou em mim e me dava créditos, eu na sua opinião era capaz, responsável e saberia me defender quando ele já não estivesse por aqui. Agora deixo essa homenagem a esse ser humano lindo, meu Pai.
Vou te amar por toda a minha vida.
Minha avó dizia que a colcha de retalhos era feita com amor, só muitos anos depois eu compreendi a minha avó.
Eu conheci um sábio!
Mas só dei valor quando ele morreu...
Sua filosofia era caótica
E por muitas vezes eu só queria que ele se silenciasse...
Mas quando a morte o silenciou,
Percebi que o caos de suas falas eram ouro em meio ao silêncio...
Eu conheci um sábio!!!
Mas só dei valor quando ele morreu...
Nós discutíamos muito...
Mas só quando eu o aguentava
E se não tivesse a discussão... Caótica,
Havia violência, por parte do ignorante que não via a genialidade na filosofia!
Hoje, na solidão do caos filosófico,
percebo que estar só, não é assim tão definitivo
Pois compreendi que ao não ser ouvido pela ignorância alheia,
Estou repetindo aquela filosofia caótica de um sábio... que um dia conheci
Eu conheci um sábio!!!
Mas só dei valor quando ele morreu.
SAUDADES
Quando eu era criança
Guardo na recordação
A casa que nós morava
Perto de um ribeirão
Dum lado tinha um pasto
E do outro um mangueirão
Na frente tinha um jardim
E no fundo a plantação
Perto da venda da estrada
Tinha um campinho de bola
E num banco de madeira
Os cantador de viola
Junto com meus companheiros
Como a gente era feliz
Sentado a sombra das árvores
Ouvindo modas raiz
Hoje só resta lembranças
Daquele tempo que foi
Não tem munjolo e pilão
E nem o carro de boi
Não tem toque de berrante
E nem nuvem de poeira
Quando passava a boiada
Na estrada boiadeira
O torrador de café
Também não existe mais
Hoje é o computador
A internet e Wi-Fi
E agora mais recente
Inteligência artificial
Vou vivendo de saudades
Até o momento final.
Francisco Garbosi
Você vivia me pedindo para te esquecer e eu insistia tanto que você parou de responder todas as minhas mensagens. Eu fiquei sem saber o que fazer, vivia te pedindo desculpa sem ter culpa e você só me maltratava, chamava-me de lixo e eu aceitava. Só agora que eu fui perceber que eu tava perdido em você, deixei de ficar com várias garotas porque tinha medo de perder você, mas, na verdade, quem tava se perdendo era eu. O pior de tudo foi quando te vi com o meu amigo, aí o meu mundo fechou, aí o meu coração despedaçou de vez, aí decidi te esquecer. Demorou bastante, mas finalmente eu te esqueci, te excluí da minha mente, comecei a sair com outras garotas, evitava-te só para não lembrar de você. Essa foi a melhor maneira de ter te esquecido. Hoje eu tô feliz depois de muito tempo.
Sou bastante criticado por ser sério, calado e observador.
É que eu aprendi que o sorriso e as palavras enganam,
O olhar não.
Depois de todos esses anos, decidi, finalmente, retornar à minha cidade natal e fazer uma visita. Eu era muito jovem quando decidi ir embora e explorar novos caminhos. Não me arrependo jamais dessa decisão. Só que nunca imaginei que seria tão desafiador estar aqui novamente. A sua partida doeu por muito tempo, e esta cidade é repleta de lembranças suas — lembranças lindas, mas dolorosas para alguém que sente tanto a sua falta. Ainda assim, eu sabia que estava na hora de voltar. Após duas noites seguidas sonhando com você, senti como se fosse um sinal para voltar e revisitar esse lugar que marcou tão profundamente minha infância e juventude. Então, deixei a tristeza de lado e fui. Eu sei que você entenderia as razões pelas quais eu demorei tanto para voltar para cá. É doloroso lidar com histórias do passado que nunca foram resolvidas, e a sua partida foi uma delas. Eu sabia que, em algum momento, precisaria confrontar todas essas emoções. Definitivamente, não foi fácil. Porém, quando cheguei aqui, senti uma paz imensa. Senti a sua presença — era como se você estivesse orgulhosa por eu estar aqui. Visitei novamente vários lugares que marcaram minha vida. Essas ruas, parques e casas nos trouxeram tantos momentos bons, não é mesmo? Enquanto eu viver, vou lembrar de você. E eu juro que, desta vez, não vou demorar tanto para voltar. Lá fora está um dia frio e nublado, enquanto dentro de mim, permanece um sol forte, daqueles que ilumina a alma. Não posso dizer que fiz as pazes com o passado, mas, de certa forma, estou lidando melhor com essas emoções. Carrego você no meu coração e nas memórias. Saudade é para sempre.
Eu Devia Ter Dito Adeus
Já no primeiro beijo que te dei
Você timidamente consentiu,
Mas foi fácil sentir que não retribuiu,
E neste momento eu já deveria ter dito adeus.
Naquele tempo não houve abraços,
Quem dirá, amassos,
Não houve porque não queria os braços meus,
E por isso eu já deveria ter dito adeus.
E aos poucos era você que me atraia
Com o olhar de longe, cativante,
E a cada dia eu mais apaixonado,
Mas deveria ter pensado e dito adeus.
Quando quis desapaixonar já era tarde,
E o coração só vivia a esperar,
Momentos secretos para nos encontrar,
Mas ainda era tempo para dizer adeus.
Você colocou um feitiço em mim
E a sensação que tenho é que sou teu.
De coração partido, uma metade é tua
Porque outra metade é de Deus.
E hoje os dias passam e é só espera.
Eu esperando um momento para te beijar,
Você esperando um momento para se entregar,
E o meu coração agora já não pode dizer adeus.
Eu acho que o que me inspira hoje é a minha vontade de viver, meus sonhos e minhas vontades me fazem acreditar em quem eu sou e quem eu nunca deveria deixar de ser, por mais das minhas duvidas e sentimentos negativos, no final eu sempre irei voltar pra aquilo que eu realmente sonho.
Ri de felicidade ao saber que havia quem se preocupasse comigo. Sofriam por imaginar que eu estava só — que tolice! Não estou só, nem disputo espaço com ninguém. Meu mundo é repleto de felicidade, enquanto outros vivem um vazio silencioso dentro de sua própria utopia.
Eu deixo a moralidade para putas e ladrões.
Ontem mesmo eu estava com a solidão, essa velha cafetina da alma, me levou ao quarto de uma meretriz. Não tinha dinheiro, mas paguei com um relógio que encontrei no próprio prostíbulo; o tempo ali não pertence a ninguém.
Deixo a moralidade para os alcoólatras e os viciados em jogos, que fazem sermões com o copo na mão e roletas no bolso. Eu, por mim, não gosto nem de álcool nem de jogos, então só jogo quando bebo, e só bebo quando me percebo vivo.
Deixo a moralidade para os que se afogam na em águas rasas.
Eu prefiro os pecados honestos, as mentiras sinceras e as verdades que se contam em um beijo na boca.
Choro no pampa
Na vastidão dos pampas, onde o céu abraça a terra,
Eu vi a água subir, tragédia que desespera.
Rio Grande em pranto, suas lágrimas a correr,
Levando casas, sonhos, num lamento sem poder.
Chora o gaúcho, de bombacha e alma lavada,
Pela perda dos seus, pela lida inundada.
No galpão submerso, a tristeza era senhora,
E as fotos dos antigos, agora só na memória.
Sem teto, sem abrigo, sob o manto estrelado,
O peito da gauchada, de saudade foi cravado.
Perdido o que se tinha, construído com suor,
Restou só a esperança, e o peito cheio de dor.
Mas veio a solidariedade, de todos os cantos, a brilhar,
Brasileiros de mãos dadas, prontos para ajudar.
Do Oiapoque ao Chuí, um só coração pulsante,
Na tragédia das enchentes, somos todos irmãos, adiante.
E assim sigo campeiro, com o pala a me cobrir,
Na certeza que o Rio Grande, há de novamente florir.
Com a força do meu povo, e a ajuda nacional,
Reconstruiremos tudo, num esforço sem igual.
Esta poesia reflete a resiliência e a união do povo gaúcho e de todos os brasileiros
diante das adversidades, mantendo viva a esperança de que unidos venceremos todas as adversidades.
Roberval Culpi
08/05/2024
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