Eu Gosto do Risco dos que Arriscam
Quem sou EU caro amigo Eu?
Que me procuro em alguns momentos e deparo-me com um ser muitas vezes cheio de ascos, putrificado em dogmas, cheio de imaginares onde a dúvida me assola, sobrando outra vez a mesma indação.
Quem sou EU?
Sou ou não Ser?!.
...aaaa que agonia, essa ânsia de se entender.
O imaginar da mente,
que trama, e o coração que sente.
Um discordar inerente.
Mas que pede feito tesão o juntar querendo ser, uno, feito carne e unha, feito até esse pra sempre...
Replique logo ali, num mais tarde contemporâneo que EU fui o dedo que apontou teu Norte, e mostrei a direção da luz.
Só não digas jamais que fui o mentor e te carreguei nos braços ou que fui eu que o ajudei.
Seria em vão ditar meu mantra uma vez que meu nome além de igual aos de alguns nem seria causa de tua ascensão ou queda, se assim não o quisera...
Todo dia me indago.
Oque é que me escraviza?
Porém a resposta que me achega é que preciso extinguir até mesmo a pergunta porque se não até da mesma estou sendo escravo.
Somos emanadores de qualquer coisa, seja boa ou má.
Com o coração sinta que o Amor nos invade no mais profundo tudo transforma-se
Não são poucas às vezes que os pensamentos me sobressaem,
Feito não sendo meus,
Mas que pulam do cerebelo pro papel, e quando os percebo releio e não os reconheço feito meus,
Desde então não termino uma frase com ponto,
Prefiro a vírgula,
Uma vez que não tenho o pertencimento da escrita,
Embora tenha sido eu,
O ego muitas vezes me abastece de certa dosagem de ódio que me conforta, embora eu precise ser puro Amor...
Quem insiste afirmar a politica do EU, já é um derrotado, prisioneiro do imaginário, esqueceu o principal a gratidão,
Colocamos algo de demasiado de nós, nos outros.
Nossas perspectivas e pressupostos, são nossos e não do outrem.
E por isso nos decepcionamos.
Acho que palavras não são suficientes para definir o meu existir, contudo, é nas palavras que encontro um refúgio para a explosão de sentimentos que habita em mim. Não, isso não é uma definição de quem eu sou, mas sim uma breve introdução do muito que sou. Eu sou aquela garota doce que acredita ainda no amor, que tem esperanças, que acredita num mundo melhor, em pessoas melhores, na mudança, na evolução espiritual. Mas também sou aquela menina boba que tem medo de escuro, tem medo da chuva, medo de altura e de ficar sozinha. Eu diria mais, diria também que sou aquela menina corajosa que adora confrontar seus medos, que gosta do perigo (apesar de quase sempre ter medo e alegar não gostar), que gosta de aventuras, de arriscar. Sou aquela menina que adora seguir as regras mas que hora ou outra adora dar uma quebrada nelas. Aquela menina que morre de medo de sofrer, de ser magoada; mas também aquela mulher que sabe usar o sofrimento a seu favor, que se alimenta dele e se fortalece. Aquela menina doce e ingênua mas que hora ou outra é danadinha, travessa. Sim, sou bem paradoxa, não gosto de definições, sou mutável, hora sou uma, hora outra; mas sempre sou eu. Sou aquela que se apega fácil mas que também dificilmente se deixa envolver. Sou aquela que demora a desapegar, mas que quando desapega, não sente mais nada. Sou a que não sabe gostar pouco, ou eu amo demais ou não gosto nada. Sou 8 ou 80, ou melhor, 8 ou 8milhoes; apesar de mesmo o milhão ser pouco pra expressar o infinito que há em mim. Sou aquela garota que tá sempre com sorriso de orelha a orelha, mesmo sem motivo aparente, só porque gosta de sorrir. Mas também sou aquela que chora escondido no quarto quase todas as noites, as vezes sem motivo, só porque tá na bad, as vezes com motivos que pra qualquer um possa ser pequeno mas que pra mim é relevante, ou por qualquer outra razão. Sou aquela que não sabe disfarçar, tanto quando não gosta, tanto quando gosta. Já falei, eu gosto demais, então se eu gosto ou amo, eu estarei sempre tentando demonstrar isso. Sou aquela que se diz rancorosa, vingativa, mas que grande parte das vezes prefere perdoar e deixar pra lá, apesar de quase nunca admitir. Sou aquela que necessita provar que gosta, com pequenas "provas" cotidianas, com pequenos gestos, porque eu transbordo, não sei guardar pra mim. Sou aquela que necessita ser conquistada todos os dias por quem ama, se não, perde o interesse, deixa de ser divertido; apesar de lutar com todas as forças pra que não chegue a esse ponto. Sou aquela que assim como necessita provar seu amor, também necessita de provas de amor, não grandes coisas, muito menos grandes quantias, eu acredito que o amor está em cada pequeno gesto, cada palavra de coração, cada pequena ajuda, ou em um simples "vou fazer isso por você.". Sou aquela que TRANSBORDA. Sou aquela que quase sempre aparenta ser passiva, calma, frágil. Mas também sou aquela que se altera, que grita, que se impõe, que esbraveja, que se empodera. Sou aquela que quase sempre pensa demais, mas que hora ou outra é impulsiva demais. Sou aquela que quando quer uma coisa, não consegue tirar aquilo da cabeça até que a obtenha. Sou aquela tempestade que devasta tudo, mas também sou aquela calmaria da brisa em beira mar. Eu sou aquela que são várias. Existem muitas em mim, não sou limitada. Sou infinito, sou amor, sou paixão, sou ódio, ou devoção. Sou o que for necessário que eu seja, como dizia Raul, "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo." . Eu, sou eu, apenas.
O que faz um Eu-lírico?
Debrucei-me sobre tal questão,
Vi o que a História disse até então
E eis a minha conclusão.
O Eu-lírico pode sobre a vida filosofar,
bem como guerrear e matar.
Pode orar e abençoar,
bem como uma alma espraguejar.
As vezes realiza trabalho forçado
ou, se tiver sorte, será mal pago.
Se tiver muita sorte, é abastado
e rimará até ser imortalizado.
Alguns somente louvam a mulher amada,
enquanto outros realizam a fantasia tão cobiçada.
Há até quem se ponha numa cilada
por uma dozela compromissada.
Há Eu-líricos que vivem de ciência,
das que envolvem justiça e jurisprudência
até as que envolvem números em sua essência
ou a origem da vida e da inteligência.
Há também os que não obtiveram educação,
mas emocionam com papel e caneta na mão.
Nos inspiram possuindo uma árdua profissão,
que não condiz com sua verdadeira paixão.
Enfim, Eu-lírico vai de quem leciona,
a quem cata lixo e seleciona.
de um Rei ou de um Governante,
a um mero indívíduo errante.
Estes Eu-líricos, que já viveram ou viverão,
compartilham da mesma paixão:
Transbordam de alguma emoção
E então cunham palavras em ordenação.
Assim sendo, concluo no parágrafo que estou
retomando a pergunta cujo texto iniciou.
Ainda que com esta última rima pobre eu terei respondido:
o que faz um Eu-lírico.
O sentimento que eu sinto por você é puro e verdadeiro, como uma constante brisa que nos guia em direção ao nosso destino, não importa a distância ou o mal, o amor sempre permanece.
Reflexões perdidas:
O Absurdo que há em mim?
Durante minhas três décadas de vida, sempre busquei respostas lógicas para a minha existência, algum papel, algum significado… Conheci e frequentei várias religiões, Budismo, Católica, Messiânica, Umbanda, mas algo sempre me fazia questionar, pois apenas o silêncio opressivo me cercava. Mesmo me dedicando em busca um retorno Divino, era a minha voz que eu ouvia em minha mente. Era o Suicídio Filosófico de Camus na prática ou nas palavras de Marx, o uso exagerado do “...ópio do povo”. Eu nunca acreditei, sempre fui ateu, mas buscava respostas para esse horizonte que pudesse explicar meus sofrimentos humanos. No Marxismo, comecei a entender que a busca deve ser através da materialidade, contudo, mesmo me tornando um comunista radical, o concreto ainda não me trazia o que buscava por muitas vezes nos reduzir a história. Contudo, foi nesse processo que entendi que a vida é uma entrega ao desconhecido. Entendi que a vida é uma piada cósmica e que tentar racionalizar o que não pode ser entendido é nosso maior erro. É isto, a vida não tem sentido, todas as formas de significação que damos a ela não passa de construções da mente humana. Não existem valores universais, não existe destino ou um plano divino, o que existe é a incerteza do agora. A vida é Absurda! A irracionalidade e a falta de sentido na vida, o Absurdo de Camus, não pode ser negado, desta forma, escolhi viver o Absurdo intensamente. Mesmo diante da incerteza da existência, aprendi que, viver de verdade é aceitar que a razão tem limites. O mundo sem significado é uma forma que podemos existir no presente, sentir a vida no presente, se dedicar ao hoje e agora. Quando nossa vida possui um tempo limitado, assim como nossas percepções, conseguimos viver profundamente, aproveitando ela ao máximo. Revoltar-se diante do Absurdo é aceitável, isso é pensamento e ação, pois não podemos deixar de buscar a liberdade em um mundo cheio de ideias que nos aprisionam. Viver uma vida absurda, não é deixar de pensar no que vem amanhã, apenas viver com indiferença ao que ainda não aconteceu. Uma experiência lúcida do que ocorre no presente e se entregar a ele.
"Bom dia, Adriana! Que a luz desse novo dia brilhe tão intensamente quanto o amor que sinto por você. Que Deus abençoe cada instante do seu caminho!"
Eu não entendo por que um ser humano insiste em existir?
...se pelo ao menos; fosse viver para sempre!
(Nepom Ridna)
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