Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto
Há mais variedades de emoção negativa que de emoção positiva e é claro que o cérebro trata de forma diferente essas duas variedades. Talvez Tolstoi tenha tido uma intuição semelhante quando escreveu, no início de 'Ana Karenina': Todas as famílias felizes são parecidas umas com as outras, cada família infeliz é infeliz à sua maneira."
Será que realmente não passa de mais um dia cujo real valor foi esquecido há tempos?
Muita gente nem lembra muito do motivo dessa data, esquece seu verdadeiro valor para os verdadeiros religiosos. Não para aqueles que dizem: "Eu amo Deus", mas para quem realmente tem Deus como algo significativo.
As crianças nascem e vem sendo criados com o Natal sendo um dia onde se ganha presentes e se reúnem aqueles parentes que você jamais vê na vida, apenas nesse dia, se repetindo todos ano.
Ando pela rua e vejo 'papais noéis' de diferente estilos, cada um com um texto hipócrita decorado e dizendo para todas as crianças apenas para retornarem: "eu quero uma bicicleta!", "eu quero um videogame!", etc. Elas não tem a mínima noção do que é o natal e porque ele é "comemorado". São cada vez mais escravos do "se sentir completo com produtos”.
As datas comemorativas, todas elas, deixaram de ter um valor real dentro de cada um de nós e passou a ser significado apenas do capitalismo que nos cerca. Lojas dizendo, "compre na XXXX, faça seu natal mais feliz". Vejo isso em todos os lugares.
Você passa por aí e todos lhe dizem com um sorriso puxado, "feliz natal, tudo de bom". Já parou para pensar que você diz isso tão automático que nem sabe ao mesmo o que esta dizendo? você realmente se importa com esta pessoa? seu porteiro, seu vizinho, seu amigo, seu colega. Porque para se desejar "tudo de bom" para alguém precisa estar no natal ou em seu aniversário ou alguma outra data deste estilo?
Eu que nem mesmo tenho nenhum vínculo com religião alguma, sinto nessa data um ar de rejeição muito grande, mas como simples capitalista gosto dela até, afinal quem não gosta de ganhar presentes?
Para mim natal deveria ser passado simplesmente como um dia comum, onde apenas os religiosos se manifestassem e comemoração seu verdadeiro valor - o nascimento de Jesus Cristo. Não deveria haver trocas de presentes e nenhum tipo de falsidade educacional que se cultiva hoje em dia. Nós deveríamos escolher passar ao lado das pessoas que mais gostamos e não ficar trancados em reuniões familiares onde às vezes nem mesmo existem assuntos em comum.
Mas no mais, mantendo a educação, um Feliz Natal para todos e tudo de bom! =)
Amor Ausente
Envolve-me amorosamente
Na cadeia de teus braços
Como naquela tardinha...
Não tardes, amor ausente;
Tem pena da minha mágoa,
Vida minha!
Vai a penumbra desabrochando
Na alcova
Aonde estou aguardando
A tua vinda...
Não tardes, amor ausente!
Anoitece. O dia finda...
E as rosas desfalecendo
Vão caindo e murmurando:
– Queremos que Ele nos pise!
Mas, quando vem Ele, quando?...
Assim como as moscas e baratas são atraídas pela sujeira, Satanás só se abriga nas latas de lixo que dispomos para ele.
Quando não presto contas de minha vida para ninguém, fico completamente vulnerável a cair, pois passo a ser minha própria referência.
"Um cavalo de raça bem treinado, é a melhor opção para a disputa de uma corrida do gênero. Mas, pouco adianta se o cavalo viver preso a um tronco".
A felicidade está dentro de nós. Precisamos apenas encontrá-la meio a tantas outras coisas que guardamos desnecessariamente.
Quanto, quanto me queres? — perguntaste
Numa voz de lamento diluída;
E quando nos meus olhos demoraste
A luz dos teus senti a luz da vida.
Nas tuas mãos as minhas apertaste;
Lá fora da luz do Sol já combalida
Era um sorriso aberto num contraste
Com a sombra da posse proibida...
Beijámo-nos, então, a latejar
No infinito e pálido vaivém
Dos corpos que se entregam sem pensar...
Não perguntes, não sei — não sei dizer:
Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.
Ser professor tem de ser uma paixão - pode ser uma paixão fria, mas tem de ser uma paixão. Uma dedicação.
Ela andava reclamando da forma como ele fechava as portas, "Não bate! Vira a maçaneta e puxa!", ele vinha implicando com o tempo que ela mantinha aberta a geladeira, "Pensa antes no que você quer, depois abre!". Quando ela dirigia, ele ia cantando as marchas, feito um técnico no banco de reservas: "Quarta!", "Terceira!", "Quinta! Oitenta! Bota a quinta!". Quando ele dirigia, ela desdenhava dos caminhos como um Waze contrariado: "Por que cê tá subindo a Augusta?! Pega a Nove de Julho!". "Não, Rebouças não! Rebouças nunca! Vai pela Gabriel!". No dia em que discutiram feio a respeito do lado certo para começar a descascar uma mexerica -"Por cima! Todo mundo sabe! Aquele engruvinhadinho tá ali pra isso!" versus "Por baixo! É uma dedada só, puft!"- decidiram que era preciso diminuir a convivência.
Passaram a jantar em horários diferentes. A ler cada um numa poltrona, em vez de dividirem o sofá. Às terças, ela ia ao bar com as amigas. Às quintas, ele jogava futebol. Melhorou, mas não resolveu. Ele resmungava do cheiro de fritura com que ela se deitava na cama. Ela o reprimia pelas roupas suadas, espalhadas no banheiro. E, quanto às mexericas, bem, continuavam irredutíveis.
Decidiram, então, dormir em quartos separados. À noite, se despediam e iam cada um prum lado do corredor. Ele via a série dele, ela via a série dela. Em algumas noites, até, viam a mesma série, mas cada um dando pause quando quisesse, botando legenda na língua que bem entendesse -antes, ela sempre queria pôr em inglês, "pra praticar", ele sempre queria pôr em português, "pra entender": acabavam nem praticando nem entendendo, mas discutindo. Mesmo em quartos separados, as rusgas continuavam. Ele precisava parar o carro atrás do dela, à noite, atravancando sua saída, de manhã?! E custava muito a ela botar o iPad dele pra carregar, depois de ler o jornal, vendo a bateria no vermelho?!
A solução, acreditaram, era morar cada um numa casa. Voltariam a ser namorados, cada um com o seu mundinho, como na época da faculdade. Foi bom por um tempo, mas -de novo- não resolveu. Ele atrasava pro cinema. Ela discordava do restaurante. Na casa dele não tinha os cremes dela. Na casa dela não tinha as lentes dele.
Um belo dia, que de belo não teve nada, tiveram de admitir que a convivência era impossível. Sempre haveria algum incômodo, algum detalhe, alguma idiossincrasia de um a pinicar a paciência do outro. A saída era se separar. A distância acabou com os velhos problemas, mas criou um novo, imenso: eles se amavam, sofriam vivendo sozinhos. Não que quisessem voltar. Sabiam que de briguinha em briguinha, de discussão em discussão, o caldo entornaria, mais uma vez.
Então chegaram, enfim, à conclusão de qual seria a única forma da relação funcionar, sem picuinha nem saudade: nunca terem se conhecido. Se apenas imaginassem um ao outro, amantes ideais, pairando no éter, num mundo sem marchas, sem Rebouças, sem mexericas, sem legendas, sem geladeiras, sem cremes, sem lentes, sem carros atravancando a garagem e sem baterias de iPad avisando que resta apenas 10% da carga assim que o jornal acaba de ser baixado, seriam felizes para sempre.
Um relacionamento interpessoal só é saudável quando presença e ausência, necessariamente ambas, são saudáveis.
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