Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto

Eu...
Distante de mim
Ou perto demais pra não conseguir ver
Ou ouvir
Ou dizer
Ou sentir...
Mas escrever
Sim, isso eu posso
Escrevendo posso
Posso ver
Posso ouvir
Posso dizer
Posso sentir...
Me encontrei aqui
Ali
Lá
Aos poucos se juntando
Em cada palavra
Em cada erro
Em cada destino que tracei
E que continuo traçando
Na esperança de mais uma vez dizer
Eu...

Eu gosto do proibido. Do comprometido. Do perigoso.

Eu levantei, mas tenho certeza que minha alma ficou na cama.

Quem sou eu para desculpar alguém?! Colega, o mundo gira e quem sobe, desce, quem levantou cai assim como quem anda tropeça.

Eu sabia que as coisas seriam maravilhosas, até que pensasse que era dono de tudo, agora tudo não passa de ilusão.

Quando eu falo o que penso sou doida, pervertida, louca e afins, mas se for o Jabor ou a Tati Bernardi, sai todo mundo compartilhando. Que coisa não.

Crio minhas próprias regras. E eu mesma as quebro. Agora faço cara de paisagem

Não gosto de perguntas do tipo: Ta onde? Faz com que eu me sinta sufocada.

Te dou o direito de inventar as mentiras que quiser, mas não reclame se eu contar as verdades que sei.

Desculpa, desculpa mesmo. É que eu tenho essa mania feia de desabafar e contar todos os meus problemas para a primeira pessoa que aparece e me dá um pouco de atenção.

Eu seguirei em frente, o que mais posso fazer? Entortar os caminhos? Voltar atrás? Não, não. Aprendi que o caminho é sempre reto e sem curvas, por mais que eu tenha me perdido em algumas esquinas, está na hora de eu me acertar com a vida, ou melhor, comigo mesma. Descobri um amor que eu jamais teria sentido se tivesse feito tudo da maneira certa, o amor próprio. É só o que eu tenho agora, o tempo levou meu amor, o tempo levou meu coração, o tempo não me levou a dor, mas me levou você.

Assim que ele desligou o telefone e eu senti que tudo realmente tinha acabado, eu simplesmente saí. Bebi, dancei, beijei, conheci gente nova e por alguns minutos me diverti como nunca. Por alguns minutos… Logo depois pensei em como seria melhor se eu estivesse até mesmo no celular em casa, falando por sms com ele, sentada no sofá, perguntando pela milésima vez o que ele estava fazendo. Em como seria melhor. Eu me permiti a me apaixonar de novo, mas antes disso, vesti uma armadura e foi ela que fez com que eu o deixasse ir, mesmo com uma vontade imensa de te pedir pra ficar. Foi ela que me fez ver que tudo isso logo acabaria e foi esta armadura que me fez levantar a cabeça e dizer: Vai, leva tudo contigo e não volta.

Posso não brigar por pouca coisa, mas isso não implica que eu as esqueci ou que não tomei nota. Posso engolir calada alguns sapos, mas quando eu vomita-los sairão vespas.
Não tem amor de pai, mãe, amigo que me faça ser acusada de algo que não fiz e não revidar. Silenciar não é aceitar ou esquecer, é esperar o momento certo.

Inventar mentiras sobre a minha sexualidade, não te faz melhor ou eu pior. Sou muito bem resolvida e você deve ser no minimo frustrada.

Eu falo de mim, por conhecimento de causa

tu não é página virada na minha vida. É o livro que eu joguei na fogueira por conter conteúdo impróprio e uma história medíocre.

Eu tenho educação, eu só quase não a uso.

Eu tenho cheiro de framboesa com frutas vermelhas e acho que beleza só existe, se não depender de maquiagem para isso.

Eu simplesmente enjoo das pessoas. Sem mais nem menos, só quero espaço.

Meio cansada da vida a dois...Eu e o meu ego.