Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto
Eu levanto-me, eu erro, eu perdoo, eu minto, eu choro, eu rio, eu caio, eu aceito...Sou eu! Eu ser humano como outro qualquer!
Eu sou brasileiro,
Mas mim sinto um estrangeiro no meu próprio país.
Sou paraibano, fora dos planos,
Mas adoro minha raiz.
Vem Brasil, olha minha Paraíba,
As vezes sofrida, mas de um povo feliz.
Eu sou paraibano,
Não nego de onde vim,
Sou de uma gente arretada,
Sorridente e Feliz.
Sou matuto mesmo,
Falo errado, Oxente e Dai?
Mais sou inteligente, Poeta
Essa é minha raiz!
Promessa quebrada
Eu tinha prometido a mim mesmo que iria parar de procurar respostas para enigmas absurdos. Paradoxo de Zenão, aposta de Pascal, teoria da evolução, psicanálise freudiana, enfim eu não agüentava mais tantas questões fervilhando na minha cabeça. Entretanto cada dia que passava meu cérebro queria descobrir mais e mais coisas e assim eu me sentia cansado demais, às vezes até deprimido. Eu era metafísico demais, ontológico demais, tudo tinha que ter um porque, tudo precisava ser investigado e decifrado. Até que um belo dia resolvi de uma vez por todas não me incomodar mais com nada. Eu me tornaria apático, indolente, indiferente. Não iria mais consultar o dicionário cada vez que ouvisse uma palavra desconhecida, não iria sair correndo para a internet ou para a enciclopédia cada vez que me deparasse com uma nova idéia filosófica ou cientifica. Não iria mais fazer palavras cruzadas nem assistir a filmes cults. Nada, absolutamente nada, me faria mudar de idéia. Mesmo que descobrissem vida fora da terra eu me limitaria a dizer um simples: - hum bom pra eles. Não investigaria nenhum assunto nem a fundo nem superficialmente. Depois que tomei essa resolução e os dias foram passando comecei a me sentir melhor. Era muito boa a sensação de não ter noticia nenhuma do mundo. Sentia-me como Robinson Crusoé na sua ilha deserta, porém sem a preocupação de fazer fortuna e voltar para casa. Contudo, numa insossa tarde de terça feira um documentário na televisão me tiraria daquela resignação. O documentário era inverossímil e escandalosamente sensacionalista. Começava falando de fantasmas e criaturas bizarras e terminava falando do “Monstro do lago Ness” e nesse momento fui obrigado a abdicar da minha ataraxia. Era óbvio que algum maluco de mente delirante tinha visto um peixe qualquer e fantasiado o resto da história. A mente enxerga o que ela quer enxergar. É assim com os vultos, com os ruídos estranhos e com muitas coisas. As primeiras civilizações já tinham criado um vasto catálogo de animais fantásticos, de criaturas que desafiavam a lógica e esses produtos supersticiosos obviamente não acabariam no homem moderno, contemporâneo. Seres irreais existirão sempre, pelo menos até o ultimo dia de vida do homem nesse mundo misterioso. O estranho é que essas pessoas além de acreditarem em tais criaturas ainda tentam encontrar argumentos e até falsificam provas para embasarem seus delírios. Elas não se contentam com a ficção de Lovecraft, é preciso mais, é preciso transformar a superfície em um lugar maravilhoso. O homem não aceita o tédio e a mesmice, é mórbido demais para ele – a realidade quando muito árida pode levar o homem ao abismo e dali ao suicídio. Por isso o homem cria literatura, passatempos, enigmas. É preciso revestir a matéria de sonhos para que um lago não simbolize apenas um lago e um peixe não traduza outro peixe, mas um monstro, uma criatura de outro mundo com tentáculos horripilantes e pele inexplicavelmente verde esmeralda. Aqui eu parei de divagar lembrei-me da promessa, guardei a imagem do Mostro do lago Ness na memória e disse: Provavelmente ele existe, sim existe, sem dúvida ele existe, foi então que passei a mão em uma cadeira, com fúria, e a lancei sobre a televisão e em poucos instantes um terrível incêndio começou. Mais tarde minha casa se tornaria cinzas e dali alguém ainda veria uma fênix surgir. Uma não uma revoada porque segundo essa pessoa as fênix andam sempre em bando.
Depois que eu morrer e for cremado podem jogar minhas cinzas dentro dos “zóio” dessas pessoas que duvidaram da minha capacidade.
Sabe ser eu é mais do que ser eu
Ser eu é ser tudo que sonhei ser
Ser eu é cortejar a possibilidade de ser infinito
Ser eu é ser a expressão da coragem humana
Multiplicada por um desejo sobre-humano de superação
Ser eu é conhecer a potência das palavras adormecidas no dicionário e jogá-las ao vértice de uma suprema indagação
Ser eu é pressionar uma alma, minha alma, contra a parede até que ela tenha dito tudo
Ser eu é ser a essência de todas as vidas destilada de uma única vida
Ser eu é andar lado a lado com toda a humanidade e ainda assim não perder a identidade
Ser eu é ser humilde com o humilde e altivo com o altivo
Ser eu é ser uma resposta e uma saída
Ser eu é quase sentir o gosto do sobrenatural
Eu sou uma contradição que mata cada exemplo de vida como se não tivera nada a aprender, porém busco entender a melhor forma de caminhar entre o certo trilhando um atalho entre o errado;
Muita das vezes eu me pego olhando pro nada perguntando a mim mesmo... Até quando vou conseguir resistir o amor batendo em meu coração para adentrar;
Que meus dias durem a eternidade de um tempo e data que nunca mais se repetirá, e que eu em toda minha ignorância faça jus a tal sopro de vida que me foi dado de presente.
Assim como quero presentear a quem amo com minha vida, que a cada segunda esta fadada a acabar e escorrer pelas mãos como tentar segurar um grande monte de arreia que se suicida pelos meu dedos.
A verdadeira morte pode se chamar de tempo,destino, falta de vida,solidão, ou o que quiser denominar, em certos casos pode ate ter meu nome e meu rosto!
Mas a verdade e que a morte são 3 em um, é ter tempo e não viver,
é quem não possui para quem doar seu tempo é também não ver o quão grande podem ser as nuances do mundo.
Se cometo um crime o mesmo e amar! amar em um mundo de pudor em uma sociedade descrente de vida, e ser anti social com quem eu quero, e ser dançarino na chuva. Meu pecado, meu crime é apenas amar! me amar! amar quem quero e quando quero! amar da minha maneira! e minha punição e viver em um mundo cinza, quando se procura por arco-iris.
Quem tem medo da chuva e por que tem amor material, e se sou assim tomo banho de chuva ! enquanto as pessoas correm da tempestade , la estou eu ouvindo musica e pulando sobre os paralelepípedos, como se fossem de espuma, danço na chuva como Gene Kelly e vivo sem gravidade como Fred Astaire.
Desculpe sociedade por ser tão assim! ser real e difícil, mas seria impossível para mim
Ser o que não sou, o que querem que eu seja. não cometo suicídio da minha alma para poder viver ao lado de ninguém! que eu seja dom quixote lutando com moinhos de vento junto com um alguns de sancho panças , que carinhosamente chamo de amigos, enquanto isso dulcineias brincam em meu coração.
Eu e meus cigarros franceses, minha xícara de café, meus livros empoeirados.Horas e horas tentando decifrar Rimbaud. Noites regadas a absinto e vinhos baratos.Ruas amenas davam lugar aos latidos dos cães na madrugada.Bebedeira após bebedeira, as ruas se tornavam nobres hotéis.Amores após amores, comprados nas tabernas e nos bordéis
da vida, assim nasceu a poesia.
Por um amigo, eu dou a mão, o braço, o pé e a perna inteira se preciso for. Dou, dou sim, pois zelo por aquilo que prezo. Coloco minhas feridas e dores no bolso e vou, e já to indo, e já fui.
Entendo os meus princípios e nunca me importou onde quer que eu esteja, pois se eu estiver do lado de quem amo é o que importa realmente;
Que seja perto ou longe humilde ou que nem seja real, com tudo isso o momento é o que sou na pureza das minhas certezas;
Tem dias que é assim, quero conversar, me divertir, interagir com os amigos. Mas às vezes, eu só preciso ficar sozinho e isolado. Sou meio bipolar e complicado de entender.
Eu caminho esquecendo-me em lembranças de Henry como seu rosto se parece em determinados momentos, sua boca travessa, o som exato de sua voz, às vezes áspera, o aperto firme de sua mão, como ele ficou no casaco verde usado de Hugo, seu riso no cinema. Ele não faz um movimento que não reverbere em meu corpo. Tem a mesma altura que eu. Nossas bocas ficam no mesmo nível. Ele esfrega as mãos quando está excitado, repete palavras, sacode a cabeça como um urso. Tem um olhar sério e casto quando trabalha. Numa multidão, sinto sua presença antes de vê-lo.
Imaginei por um momento um mundo sem Henry. E jurei que no dia que perder Henry, eu matarei minha vulnerabilidade, minha capacidade para o verdadeiro amor, meus sentimentos, com a devassidão mais frenética. Depois de Henry não quero mais amor.
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