Eu e Voce de Luiz Antonio Gasparetto

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MEU VOOU

Como piloto...
Eu vou abordo de um voou,
no qual eu voou todo dia...
Voou sem asa, sem pena,
sem lacunas de sentimentos...
Voou de roda, rota e radar,
voou mais que os ventos
voou pelo ar, p'ra lá, p'ra cá,
vou voando por ai...
Com esse jeito estranho, de voar.

Voou de linhas aéreas traçadas ao tempo,
editado pelos controladores de voou
eu posso voar...
voou pelo alto, acima das nuvens,
quase que, lá no firmamento
vou de motor ou de turbina
como manda os mandamentos.

Quando voou estou rodando...
Pelo asfalto pela linha,
abordo estibordo, vou voando
espezinhando o ar...
Com motores e fumaça,
que pulmão, não podem respirar.

Voou quilos e quilos!
Da minha carne, da sua carne
até mesmo dos nossos animais...
Nossos empecilho de corpos,
nossos ossos com os ofícios,
das nossas entraves, e nossas...
Bagagens sentimentais.

O voou, é da forma que eu posso,
que você possa,
primeiro ele nos enche de felicidades
logo mais, ele nos enche
com o fedor de nossas fossas.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

INTERESTELAR

Nos da terra, estamos indo pra marte...
Exceto eu é claro! Se eu não posso,
passar com os meus passos, então passe.

Quem dirá, quem diria, quem dera!
Eu sair desse impasse...
Todavia o tempo, quando passa, me bate.

Estão fazendo guerra, e eu... Eu não tenho
culpa nem uma dessa estupidez estranha,
mas nesse telha de aranha, que queira, que
não queira, vou pagando tudo, que tenho,
e mesmo assim, se eu não pagar imposto,
nesse mundo, nada é meu, nada é seu.

Estão fazendo guerra, e eu que nunca tive
arma, nem nunca treinei para isso...
Terei que lutar pra ganhar, talvez medalha
porque vida... Eu nunca tive, nunca terei
e talvez, nem tenho.

Não sou dono de nada, e para esse
embaralhado baralho, pago imposto, tachas
aluguel, pedágio das minhas estradas pagas
... Pago, luz água, IPTU da minha casa
pago tudo que me cerca e até o rodar desse
meu carro, eu pago, pago com o soado
grosso do soldo do meu trabalho.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

O DITO

No disse digo da vida
eu decide a partida
dizendo como dizer.

Foi editando o digo
que o dito disse aquilo
que não queria saber.

Esses ditos são dizeres
que ao dizer fica o dito
que disseram de você.

No dito por não dito
permeando meus gritos
tento eu compreender.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

UNHAS E DENTES

Quando eu arranco
as cutículas das minhas unhas...
Elas não me unham,
assim como não me unhava antes
... Com seus cotocos cortados
e seus cortados cutucados!

Mesmo assim...
Tão logo vem a anciã
e as dentadas desenfreadas
desencadeiam uma serie de tique
e com eles, as cutiladas nas unhas,
como se quisesse mantê-las na linha...
De uma, acabrunhada rua.

Para a ansiedade da anciã...
As unhas são como se fosses impunes
e como castigo da inquietação...
Cortam as unhas, já cortadas!
Pelos os tique das suas trivelas
e suas, incorrigíveis dentadas.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SEI MAIS NÃO SEI

Eu não vou ficar aqui...
Protestando o seu trabalho
nas minhas horas de folga
tudo para que,
essas horas passem agora
pois elas se parecem mais
com o calvário das minhas horas.

Eu não vou ficar aqui...
Ouvindo palestra que não são, e sim...
O que são, são imposição de patrão
e cobranças a mim.

Eu já sei, eu já sei...
Eu já sei que com a minha
carteira assinada...
Eu nunca serei o que sei.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PRESTOS

Meus prestos...
Eu presto
e empresto,
sem protestos...
Para o empréstimo
reto...
E esse manifesto
eu detesto,
esse treco no esboço
que já vem posto
em bandéco...
Sou um pobre moço
todo insosso
não tenho troco
não tenho gosto
quando penso perto
me peteco.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

QUADRO DA MINHA JANELA

Diante da minha janela aberta
eu vejo olhos, olhares...
Jardins cheio de flores,
dia completos, horas certas
vejo, seu olhar que me olha
permeando-me seu ar, com amores.

Vejo beija-flores pairando sob ar
como se fosse helicóptero, voando e...
Revoando, em volta da felicidade
vejo acesas, as estrelas das cidades,
movidas pela alta camada de eletricidade.

Da fresta da minha janela...
Eu olho, e vejo, você como se fosse,
um diadema colorido, ou...
O totem da minha futura alegria...
vejo, todo o amor que ronda, a magia...
Permanentemente o fluxo
de todos os meus, queridos dias.

Do quadro da minha janela
eu vejo o quadrado do mundo redondo
o luar de prata em noite harmônica
raios de sol sob o alvorecer...
Vejo tudo, vejo o fundo do fundo!
de tudo aquilo que você...
Possa me oferecer.

No quadro da minha janela...
Tem um olhar para arandela
para ela, para aquela
que um dia pode ser rainha dos meus dias
ou flor das flores...
Minha, singela cinderela.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

TRÁGICO VOAR

Vou ingerir e infligir
vou me esbaldar, eu vou p'ro ar...
Vou chapar n'essa chapada
em horizonte de chuvisco
cambaleios, nunca visto.

Eu vou chapar, eu vou chapar...
Com meu chápisco, meu belisco
sim! Eu tropico, quando trisco
corro risco pelo risco
depois caio no meu cisco.

É nesse circo que sempre fico,
bom, não é...
Mas, te indico como pacífico
e no primeiro bico...
Com tantas águas, nas deságuas
é tudo seu, somente seu
o seu fim sísmico.

Depois na hora do seu adeus
o que adianta, gritar velei-me...
Valei-me meu Jesus Cristo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

INGNÁVIA

Vocês que já viram tanto!
Esperem até verem, aquele menino que eu vi...
De alpargatas, vestes rasgadas, todo sujo,
tomar banho... Até queria
mas... Nunca encontrava água,
alem, do chafariz.

Um dia aquela mulher, toda saia,
rodada em seus sentimentos
passou pelo reduto, d'aquele menino
o medo expelia n'aquele breve momento...
A fome, esticou a mão do pedinte...
'Dai-me um pão, apenas um pão'
para que eu possa, burla a minha fome
que da forma que me vem...
Muito breve ela me atalha,
e eu assim... nunca! Nunca conseguirei,
chegar a ser homem.

A mulher, por ser pedida
e com medo todo d'aquela vida
tremia n'aquela avenida...
O menino por sentir-se frágil
e com a fome em espantalho
tremia em seu medo 'no medo
de nunca conseguir ser grande.

O medo ali, espalhava-se...
Nos olhares,
nos passos sob a multidão
na aglomerações dos ônibus
e no, estiramento das mãos.

Tudo era medo n'aquela cidade
até mesmo a vaidade...
Sorria com medo de um dia,
minguar, e ficar mesquinha.

O medo, estampava-se...
Nos sentimentos das autoridades
nos amores dos namorados
nas intensidades dos telhados
e pelas ruas dos bairros alagados.

Pela noite de blecaute, medo
... Medo pelas sombras das calçadas
pelas portas abertas das casas
e pelos contos falsos das fadas.

Era medo em cada esquina

em cada quina em cada rima
nas ordens dadas de cima
e medo por ser, menina.

O medo cresceu ficou bruto
passeava pelos viadutos
pelas pontes e pelas placas
e pelas caixas de papelão.

O medo ficou de ressaca
se deitou na classe alta
e foi tremer o coração.

Antes o medo era pobre
aumentou como se fosse preço
e tomou conta da nação.

Agora todos estão com medo...
O mundo, não tem mais segredo
e o povo, não é mais irmão.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

LEIO ENLEIO

Leiam, leiam!
Eles lêem...
Eu leio o alheio...

A encomenda do correio
os enleios do meu EMAIL
o velho com meu hashtag
o link dom meus selfs
o meio que me deixa cheio
que me seque, que me segue.

Eu leio... A hora do agora
no tempo que me apavora
o momento de ir embora
a velha cola, da escola
o minuto do decola
e os últimos segundos da bola.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

DIA DE FRIO
No dia de frio...
Eu parei para ver o rio
o rio se quer parou
lavei o rosto nas águas
as águas não me lavou.

Depois visualizei a onda
que as ondas de mim levou
na mansidão do remanso
nos trilhos do meu tamanco
nos polens da minha flor.

No dia de frio...
eu contemplei o estio
no intimo do meu tremor
os passos de todos os trilhos
os descarrilhos dos meus trilhos
e os abraços de todo amor.

Em dia de frio...
Ai, ai meu senhor!
Quantas vidas pelas ruas
que morre no treme, treme...
Com frio que vai no osso,
e um amor todo insosso
que almas por ele geme.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

REZA DE OUVIDO

Rezar eu rezo...
Todavia tenho rezado muito
... Rezando tantas rezas!
Tornei-me um ser rezador
e rezo sempre para o meu santo
que ele reze para meu encanto
e eu, aprenda a rezar pelo o amor.

Eu vou rezar com toda calma
para um santo menos atrevido
para que ele não, engasgue com a reza
desse mundo todo perdido...
E que não seja pervertido
e ouça o povo todo rezando...
Aquela reza do pé do ouvido.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

SALA E AULA

Na sala de aula
eu ouço a fala...
A fala que fala
e embala sob sala
estrondando o silencio
que a tempo se cala.

Na sala de aula
a fala embala
com expressão da cara
parecendo um carma
que o mundo resvala
em sala de aula.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

CÔMODO

Eu me incomodo...
Com dragão de cômodo
que incomodou seu povo
e também me incomodou.

Um bicho todo malhado
arrastando a barriga no chão
com veneno avançado
mata mais que filho do cão.

Dragão, dragão...
Não assombre o meu coração
que a tempo vem assombrado
já estou envenenado...
Por uma terrível paixão.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Não é que eu tenha me apaixonado de repente. Devagarzinho ela se tornou a luz que ilumina meu dia.

Inserida por zkirito

PREOCUPAR

Eu não preciso
me preocupar com o olfato
nem com os ratos...
O olfato pertence ao nariz
os ratos pertence ao país.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

PAGINAS DA VIDA

Nas paginas da vida,
eu te li...
Com a minha vida,
nunca lida.

A lida da vida aqui
não lida para partir
nem muda nada da ida.

Nas paginas da vida,
eu te li...
Li o dia, mês e o ano
do nascimento de ti
do vento, vida soprando.

O seu estado de vida
aqui esta na partida
e seus dias só tem planos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

Pensaste que seria o fim!!!
Pois, que foi um pensamento sem reflexão, (Acho), porque eu nunca lhe dei oportunidades de pensares sobre mim, de tal maneira...
Eu não sou perfeito e muito menos a perfeição, tento é fazer perceber a se de casa momento que a vida é para ser vivida...
O tempo une sempre, os nossos pensamentos, como os nossos cruzamentos (Caminhos) mesmo depois te tantas curvas percorridas....
Mais ao longo destes anos todos eu tenho feito o máximo de poder perceber-te, mesmo com as explicações de mestres da velha escola peritos na matéria...
A arte do saber, não soube me ensinar que cada dia, é um dia, que devemos fazer dela o melhor possível, eu sempre dei voz aos meus sonhos, mais destes e de porventura só tive aventuras, nos mais altos montes "ALPES"
Tive de percorrer trilhos de caminhos sem picadas... não pode esperar pelas quedas das águas pluviais para poder saciar a minha garganta seca, recorre em charcos e lagos, vive de migalhas de grãos em chanas do Leste...
Andei pelos mares do Oeste, me bronzeei do sal do Oceano Atlântico, e foi tudo a mil maravilhas...
Puxa que maldito Vizinho.. a está hora fica do outro lado gritando o meu nome e me desperta do meu sonho...
:

Inserida por RiquinhoRich

ELIDIR

Eliminamos... Eu sei,
o quanto tempo eliminamos
o barulho da goteira
o velho canto do galo
o sino d'aquela torre
o reio e seus estalos.

Eliminamos, sim...
O ranger da velha porteira
o trupe d'aquela boiada
o pingar d'água na goteira
a paixão apaixonada
a farofa na algibeira.

Eliminamos, eliminamos...
Flores nas margens da estradas
vidas que cruzam caminhos
saudades do primeiro olhar
o chilrear das passaradas
enigma dos pergaminhos.

Eliminamos, sim, sim!
Os dízimos dados aos gostos
os gostos do mês de agosto
o tutano do velho osso
o endosso do insosso.

Eliminamos os risos...
os dois mais dois igual cinco
... Espalhados pelas ruas
a lua de tudo aquilo
que não precisa da lua

Eliminamos todos os erros...
O bater de assa e voar,
do que sinto ou não sinto
o desvio de entidade
a ganância de tudo isso...
P'ra não desviar aquilo.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes

DECRETO

Se decreto decretasse, a mim...
Para decreto fazer, eu decretaria
e um decreto, eu, iria fazer...
Decreto para servir a todos
a mim, a ti, e a você.

Um decreto de liberdade
que causasse euforia
decreto, que podes-se, ir e vim
servindo João, José e Maria

Eu decretava que desvio
não seria permitido
exceto, desvio de estrada
ou de rios poluídos...
Estrada para passadas
e rios, para sorriso.

Decretava que os desvios
feitos por mãos de bandidos
recebessem, os castigos das leis
e nunca mais fossem envolvidos.

Antonio Montes

Inserida por Amontesfnunes