Eu Desejei mais do que Voce
A minha autoestima, muito tempo que eu não vejo, Talvez esses problemas são causados por mim mesmo são lágrimas e não drogas que deixam o meu olho vermelho, talvez eu encha lugares com minhas esperanças e medos.
O Cincar Noturno
Não era o fumo que eu buscava,
era a noite.
A noite que dormia nas ruas vazias,
no asfalto úmido refletindo néon,
no silêncio que respira entre os prédios.
O maço? Apenas o pretexto,
a moeda de troca com o escuro.
A porta rangendo não foi interrupção, foi passagem.
O corpo, pesado de horas paradas,
desdobrou-se em passos,
e cada passo foi uma pergunta
ao chão das sombras.
Na bodega iluminada a ferro,
o balcão era um altar de luz fria.
O caixa, um sacerdote do trivial,
entregou-me o pacote retangular
— cápsula de folhas mortas —
sem saber que me dava
a chave de um reino.
Mas o milagre não estava no objeto,
e sim no regresso:
o ar noturno lavando a face,
a lua (sempre cúmplice)
desfiando fios de prata nos fios elétricos,
o próprio peso do maço no bolso
pequeno âncora do presente.
Ah, a magia!
Morava no intervalo:
na ponte entre o quarto estagnado
e a rua que pulsa devagar,
no instante em que o peito se expande volta a pulsar
para colher o vento noturno,
na solidão que de repente
sabe-se parte de um todo silencioso.
Cada passo, encruzilhados ultrapassadas, de volta
era um renascimento mínimo.
O maço, intacto, esperava,
mas eu já vinha transformado, aquilo talvez, um sonho,
trouxera na palma da mente
a quietude dos postes acesos,
a geometria sagrada das janelas escuras,
o cheiro da terra molhada
e o rumor distante de um mundo
que respira quando ninguém o vê.
Acendi o cigarro algum?
A brasa necessária
já ardia no peito:
era o fogo do encontro
com a noite descalça,
com o tempo que se curva
sobre pequenas peregrinações.
O maço repousa sobre a mesa,
ícone de um êxtase cotidiano.
Pois a verdadeira chama
— sabes agora —
nunca esteve no papel e no tabaco,
mas no caminho que o corpo fez
entre a necessidade inventada
e o abraço involuntário num beijo necessário,
com o mundo noturno,
puro,
indiferente,
e profundamente teu.
“Ah, os detalhes…”
Queria que quem eu amo
visse os detalhes,
e se apaixonasse pelos detalhes...
ah, os detalhes,
tão pequenos, mas tão meus.
O essencial é invisível aos olhos,
mas eu sou feita de sentidos.
De querer ser ouvida
sem precisar gritar,
de ser olhada com desejo
sem precisar me mostrar.
Queria um cuidado que não se pede,
um carinho que vem sem hora,
um elogio sussurrado no meio da rotina,
um toque que diga:
"te vejo, te sinto, te escolho."
Amanda — sem precisar pedir.
Presença sem ausência.
Amor que vê nos detalhes
o que o mundo inteiro não viu.
Eu não corro atrás — não há necessidade de tal atitude.
Antes, me doei por inteiro, fiz o melhor de mim.
Minha dedicação foi tamanha que transbordou na tua vida.
Hoje, o que te resta é a saudade do capricho que um dia te acalentou.
Mas acabou.
Passou o tempo do amor que te ofereci.
Agora é adeus.
O REENCONTRO
Às vezes, eu olho no espelho... e não sei quem está ali. É como se a imagem refletida fosse uma tentativa desesperada de parecer inteira, mas por dentro, tudo parece rachado. O corpo continua, a rotina segue, a fala até convence. Mas a alma... a alma está em silêncio. Um silêncio pesado, abafado, que ninguém escuta. E é nesse vazio que a gente se dá conta: não estamos tristes por causa dos outros... estamos tristes porque nos perdemos de nós mesmos. O sorriso ficou automático, as palavras viraram performance, e o peito, um cofre trancado cheio de vontades engolidas. Dói. Dói como se a alma gritasse por socorro, mas ninguém escutasse. Nem mesmo a gente.
E nessa confusão toda, vamos nos moldando para agradar. Queremos caber na régua da igreja, da família, das redes sociais. Queremos ser aceitos, entendidos, desejados. Mas quanto mais tentamos ser tudo para todo mundo… menos somos para nós. E aí, nos desvalorizam, ignoram, invalidam e a gente acredita. E deixa um pedaço para trás. Como se dissesse: “essa parte de mim não serve mais”. E sem perceber, vamos nos abandonando. Parte por parte. Capítulo por capítulo. Há lugares dentro de nós que não podem ser destruídos. Só esquecidos. Mas continuam lá… esperando.
E então, um dia, sem aviso, acontece. Você pisa de volta nesse território esquecido. Não por escolha racional, mas porque algo dentro de você não aguentou mais a ausência. E é como abrir a porta de um quarto antigo, onde tudo ficou exatamente como estava. O chão de madeira ainda range, o cheiro da infância ainda paira no ar, os desenhos nas paredes continuam firmes, como quem resistiu ao tempo. E no meio desse cenário… ela está lá. A criança que você foi. Sozinha. Mas inteira. Com os olhos brilhando como quem te esperava há anos. Você se aproxima com medo, mas também com saudade. E quando os olhares se encontram, o tempo congela. O abraço que acontece ali não é físico, é espiritual. É como se duas partes da mesma alma se reconhecessem depois de uma guerra. E nesse abraço silencioso, sem nenhuma palavra, algo se reconstrói. Uma ponte. Um vínculo. Uma verdade que nunca deixou de ser sua.
Eu não vivi esse reencontro ainda, mas sonho com ele todos os dias. Sonho com o dia em que vou me acolher sem vergonha, me ouvir sem medo e me abraçar com amor. Talvez esse texto não seja um relato, mas um desejo íntimo de alguém que cansou de fugir de si. E se você também cansou de fugir, talvez seja hora de voltar.
"Nos Detalhes, Eu Me Revelo"
Quero ser olhada nos detalhes,
na curva suave do meu silêncio,
no gesto que grita sem palavras
o desejo de ser… percebida.
Ah, os detalhes…
o essencial é invisível,
mas em mim, é tudo que clama:
ser cuidada sem pedir,
ser amada com presença,
receber carinho no intervalo da rotina.
Queria que quem amo enxergasse,
que se apaixonasse
pelo jeito que meu coração dobra as esquinas,
pela forma como minhas lágrimas
carregam poesia escondida.
Quero ser ouvida no que não digo,
elogiada no que sou sem esforço,
desejada não só pelo corpo,
mas pelo universo que guardo no olhar.
Sou feita de entrega mansa,
mas também de tempestades quietas.
Guardo dentro de mim
um mundo inteiro esperando
por alguém que repare...
nos detalhes.
Negando eu a morte, e desacreditando-a com todo o fervor, seria então possível viver eternamente? Ou a descrença, por mais vívida e, em sua subjetividade, até coerente, será sempre vencida pela imutabilidade da verdade que a realidade impõe?
Eu só vejo qualidade onde tu vê defeitos
Por que tanta insegurança quando se olha no espelho?
Mas essas mãozinhas
Elas não se importam de onde eu venho nem onde eu estive
Eu nunca me amei até o dia em que segurei
Essas mãozinhas
Eu te digo para aproveitar a vida, eu queria poder, mas é tarde demais.
Carta para o que ficou inacabado
*"Eu sei que dói.
Eu sei que existe um vazio aí dentro, feito das palavras que não foram ditas e dos momentos que nunca chegaram a acontecer.
E sei também que você se pergunta ‘e se…?’ mais vezes do que gostaria.
Mas hoje eu quero que você respire fundo e entenda: nem tudo na vida vem com um ponto final.
Algumas histórias terminam no meio da frase, e isso não significa que elas não foram importantes.
Pelo contrário — elas marcam, transformam, e de algum jeito continuam vivas dentro de nós.
Talvez o que ficou inacabado não precise mais de resposta.
Talvez o que você mais precise agora seja se permitir soltar o peso de esperar que algo volte para ser consertado.
Porque a verdade é que você pode dar o seu próprio fim.
E esse fim pode ser silencioso, sereno, feito só de um suspiro e a coragem de seguir.
Não é sobre esquecer, mas sobre escolher viver sem que essa ausência roube o brilho dos seus dias.
Você sobreviveu a dores que achou que não suportaria — e vai sobreviver a essa também.
A vida ainda guarda encontros, desencontros, risos e amanhãs que você nem imagina.
Então, quando sentir que a saudade do que não aconteceu apertar, lembre-se:
o que importa não é como terminou, mas como você vai recomeçar daqui pra frente.
Com carinho,
Um pedaço seu que quer te ver em paz."*
Boa parte dos pais querem que os filhos sejam parecidos com eles, por dentro e por fora. Mas eu não quero que seja igual a mim. Tem coisa errada comigo, sempre teve. Quanto mais tento te entender, menos eu sei. E quanto menos eu sei, mais assustado eu fico. Então, quer saber? Eu não vou tentar mais. Eu vou deixar você dizer quem você é.
Não vejo a hora de colocar meu plano em prática, se é que já tenho um. Se eu tivesse duas granadas de mão, o Senado e Jesus já tinham virado poeira estelar, pois nenhuma instituição que vê a vida como lixo dura para sempre.
Eu queria ter esse luxo de conseguir acreditar que há mil virgens me esperando no céu, ou até mesmo ao fogo do inferno.
"Foque em ser o homem que o seu eu de 5 anos de idade, teria orgulho. E gostaria de ser igual quando crescer ".
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