Eu Aprendi que ser Boazinha

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Não sei se as pessoas choram de forma diferente umas das outras, eu choro contraída, como se alguém estivesse perfurando minha alma com uma lâmina enferrujada, choro como quem implora, pare, não posso mais suportar, mas o insuportável é uma medida que nunca tem limite (...) Enquanto choro penso que se alguém me visse chorar dessa maneira me salvaria, prestaria socorro, chamaria uma ambulância.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Fora de Mim. Rio de Janeiro: Editora Objetiva, 2010.

Eu não sou o tipo de pessoa que costuma descumprir regras e nem por isso sou um vegetal ou uma santa.

Penso em ti e dentro de mim estou completa. (...) Penso em ti, murmuro o teu nome; e não sou eu: sou feliz.

Quando eu estou bem com alguém, você me aparece dizendo que me ama. Quando estou sozinha, você some. Por que me procura, pra me enlouquecer então? Eu tenho sentimentos, e você não sabe o mal que suas atitudes me fazem.

Por um lado eu quero esquecê-la, mas por outro lado eu sei que ela é a única nesse mundo que vai me fazer feliz.

Eu sou sim a pessoa que (...) acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim?

Tati Bernardi

Nota: Versão adaptada de trechos da crônica de Tati Bernardi "Assumindo o ET pirocudo"

A vida me ensinou a entender tudo sem reclamar.
Mas fique mais, não vá embora agora que eu já quase era feliz.

Eu olho para você e tenho tanta,
mas tanta alegria em saber que você existe."

Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal.

É que, quando amávamos, eu não sabia que o amor estava acontecendo muito mais exatamente quando não havia o que chamávamos de amor. O neutro do amor, era isso o que nós vivíamos e desprezávamos.

Clarice Lispector
A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco, 2009.

E se você vem, fica tudo maior, mais amplo... Sei lá... Mas é como se eu existisse dum jeito mais completo...

De hoje em diante
Eu vou modificar
O meu modo de vida
Agora não vou mais chorar
Cansei de esperar
De esperar enfim
E prá começar
Eu só vou gostar
De quem gosta de mim...

Meu bem, o meu lugar é onde você quer que ele seja. Não quero o que a cabeça pensa, eu quero o que a alma deseja.

Desde os tempos da Guerra de Tróia, não houve ninguém mais disputado que eu.

Mas sei de uma coisa: meu caminho não sou eu, é outro, é os outros. Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei: eis o meu porto de chegada.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Em busca do outro.

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Entenda que eu quero estar com você, do seu lado, sabendo o que acontece. De repente me passa pela cabeça que a minha presença ou a minha insistência pode talvez irritá-lo. Então, desculpa não insistirei mais. (...) Eu queria dizer que eu estava com você, e a menos que você não me suporte mais, continuaria te procurando e querendo saber coisas. (...) Estou perguntando a você se permite que eu tenha carinho por você. Mas estou aqui, continuo aqui não sei até quando, e quando e se você quiser, precisar, dê um toque.

Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante.
Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Doidas e Santas. Porto Alegre: L&PM, 2008.

Nota: Trecho da crônica "Doidas e Santas"

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O que havia em você que eu pudesse influenciar? Seu cérebro? Ele era subdesenvolvido. Sua imaginação? Ela estava morta. Seu coração? Ainda não tinha nascido

Obviamente eu não quero alguém perfeito, me dá tédio só de pensar em alguém fazendo tudo certo sempre. Aprendi a conviver com as diferenças e até admirá-las. Mas, definitivamente, não aceito ter metade de alguém, ser meio amada, sobreviver de migalhas num relacionamento falido ou fadado a falência. Aliás, não quero ter nem ser de ninguém. Quero algo além desse sentimento de posse, quero a entrega todo dia, por vontade própria. Sem contratos de amor eterno. Que o meu alguém tenha mil defeitos, seja o oposto de todas as minhas idealizações, mas que me ame com o coração e a alma, me respeite, cuide de mim, me proteja. Sem sufocações, sem pressões, um amor leve e sem cobranças. Que a gente não criasse vínculos de dependência, mas que o nosso vício fosse nós.

O ideal seria pular fora, mas eu optei pela felicidade

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