Eu Aprendi que ser Boazinha
Amigo de Jesus
Jesus é meu amigo
E quer ser o seu também
Ele já te escolheu
Para dar o que ele tem
Jesus é meu amigo
E tem muito amor
E todo esse amor
Ele vai dar para você
Jesus è meu amigo
Esse é o teu querer
Você que estava triste
Só tem que receber
Jesus é meu amigo
E chama o amigo seu
Pra ter a alegria
Que você já conheceu
Tão abstrata é a idéia do teu ser...
Dobre - Peguei no meu coração...
Quem te disse ao ouvido esse segredo...
Abdicação: Toma-me, ó noite eterna...
Dorme enquanto eu velo... deixa-me sonhar...
Põe as mãos nos ombros... beija-me na fronte...
Ao longe, ao luar, no rio uma vela...
Sonho. Não sei quem sou neste momento...
Contemplo o lago mudo que uma brisa estremece...
Gato que brincas na rua como se fose na cama...
Não: não digas nada!
Vaga, no azul amplo solta, vai uma nuvem errando...
O Andaime: O tempo que eu hei sonhado...
Sorriso audível das folhas...
Autopsicografia: O poeta é um fingidor...
O que me dói não é o que há no coração...
Entre o sono e o sonho...
Tudo o que faço ou medito fica sempre na metade.
Tenho tanto sentimento que...
Viajar! Perder países!
Grandes mistérios habitam o limiar do meu ser...
Fresta: Em meus momentos escuros...
Eros e Psique: Conta a lenda que dormia uma princesa...
Teus olhos entristecem. Nem ouves o que digo...
Liberdade: Ai que prazer não cumprir um dever...
Hora Absurda - O teu silêncio é uma nau...
… paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar por sete ventos, crau, dá errado. Isso porque ao contar a gente tem a tendência,
digamos, “embonitar” a coisa, e portanto distanciar-se dela, apaixonando-se mais pelo supor-se apaixonado do que pelo objeto da paixão propriamente dito. Sei que é complicado, mas contar falsifica – é isso que quero dizer - e pensando mais longe, por isso mesmo, literatura é sempre fraude. Quanto mais não-dita, melhor a paixão.
Como é que se explica que o seu maior medo seja exatamente em relação: a ser? e no entanto não há outro caminho. Como se explica que o seu maior medo seja exatamente o de ir vivendo o que for sendo? como se explica que eu não tolere ver, só porque a vida não é o que eu pensava e sim outra – como se antes eu tivesse sabido o que era! Por que é que ver é uma tal desorganização?
O que se chama de essência está em alguma parte do ser. (...)
Ah, o que desconheço me ultrapassa. A verdade ultrapassa-me com tanta paciência e doçura. (...)
Ao ultrapassar-se, sai-se de si e se cai no "outro". O outro é sempre muito importante.
E é só o que posso dizer a meu respeito? Ser “sincera”? Relativamente sou. Não minto para formar verdades falsas. Mas usei demais as verdades como pretexto. A verdade como pretexto para mentir? Eu poderia relatar a mim mesma o que me lisonjeasse, e também fazer o relato da sordidez.
(...) porque ser uma cousa é não significar nada.
Ser uma cousa é não ser susceptível de interpretação.
Preenchemos a aparência física do ser que vemos com todas as noções que temos a seu respeito, e, para o aspecto global que nos representamos, tais noções certamente entram com a maior parte.
Ser poeta
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Hipocondríaco
Não tem nada pior que ser hipocondríaco num país que não tem remédio. Esta maldita crise política está me deixando completamente doente. Devo estar com Mal de Jefferson. Desde que o deputado abriu a boca que eu sofro de hipertensão. Sério! Todo dia é a mesma coisa: é só pegar o jornal de manhã que já fico hipertenso. Cada denúncia que aparece vai me deixando mais tenso ainda. A tensão é tanta que já estou há mais de um mês com prisão de ventre. Não tenho vontade de fazer mais merda nenhuma. Sei lá, acho que não estou digerindo muito bem as coisas. Qual o remédio? Não sei que bicho me mordeu, mas, mesmo para lá de vacinado, acho que estou com raiva. Raiva do cachorro do Marcos Velório. Raiva do cachorro do Dilúvio Soares. Raiva do cachorro do Zé Desceu. Raiva de toda a cachorrada. O pior é que esses cachorros eram os melhores amigos do ''homi''. Fui no médico, mas o consultório estava lotado. Não é à toa: o brasileiro é, antes de mais nada, um paciente. O problema é que o país inteiro está ficando doente. O Lula, esclerosado. O governo, com paralisia. O PT, leproso, caindo aos pedaços. Os políticos, com síndrome de pânico. A oposição, inflamada. E a gente, mal das pernas, com os órgãos falidos e todos os sintomas de cólera. Só não entro em coma por absoluta falta do que comer. Mas vida que segue! Pelo menos não tenho gota. Mais nenhuma gota de esperança.
O ideograma chinês não tenta ser a imagem de um som ou um signo escrito que relembre um som, mas é ainda o desenho de uma coisa.
E, mesmo, quem já não desejou possuir um ser humano só para si?
E se perguntassem o que vem a ser o certo, Gabriela olharia com a cabeça torta como a de um cachorro quando parece não compreender o que se passa. O olhar de repente vidrado de quem tem sede de entender as coisas que acontecem ao redor. E no meio dessa imensa individualidade onde ninguém podia entristecê-la sempre cresciam espinhos. Espinhos para machucar aqueles que a machucavam, então assim não a tocavam. Não tocava porque o medo da mágoa não deixava que lhe tocassem, ou então havia medo porque não haviam tocado fundo o suficiente para que o medo não existisse. Que triste então estava sendo, mas Gabriela parecia acostumada. Acostumada e fria porque depois de tantas lágrimas, ela finalmente parecia ter secado. Seus olhos eram de desilusão, de cansaço. Cansada de construir sonhos, planos, fantasias. E depois da desilusão ter de destruir uma a uma, como se nada daquilo tivesse um dia existido, só para olhar para trás e não sentir nada do que sentira antes. (...) E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado.
"O quão sagrado é ser absurdamente feliz mesmo sabendo a dor que vem depois. O quão sagrado é ver pureza em tudo o que você faz, ainda que você faça tudo sendo um grande safado. O quão sagrado é abrir mão de evoluir só porque andar pra trás é poder cruzar com você de novo.Não é amor não. É mais que isso, é mais que amor. Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer."
Tão secreta é a verdadeira vida que nem a mim, que morro dela, me pode ser confiada a senha, morro sem saber de quê. E o segredo é tal que, somente se a missão chegar a se cumprir é que, por um relance, percebo que nasci incumbida – toda vida é uma missão secreta.
Não se prenda a mim, não se limite, não pare de olhar para fora. Daqui a pouco vai ser muito tarde, eu sei que é assim porque eu sinto isso.
E se perguntassem o que vem a ser o certo, Gabriela olharia com a cabeça torta como a de um cachorro quando parece não compreender o que se passa. O olhar de repente vidrado de quem tem sede de entender as coisas que acontecem ao redor. Ela não sabia amar, talvez. Então mais um amor havia ido embora, mais um amor havia chegado ao fim. Nessa imensa individualidade onde ninguém podia entristecê-la sempre cresciam espinhos. Espinhos para machucar aqueles que a machucavam, então assim não a tocavam. Não tocava porque o medo da mágoa não deixava que lhe tocassem, ou então havia medo porque não haviam tocado fundo o suficiente para que o medo não existisse. Que triste então estava sendo, mas Gabriela parecia acostumada. Acostumada e fria porque depois de tantas lágrimas, ela finalmente parecia ter secado. A maquiagem borrada em volta dos olhos tinha sido limpa na noite anterior. Quando Antônio e ela se encontraram; ela parecia inteira. Inteira porque não tinha ficado nada dela para trás. Seus olhos eram de desilusão, de cansaço. Cansada de construir sonhos, planos, fantasias. E depois da desilusão ter de destruir uma a uma, como se nada daquilo tivesse um dia existido, só para olhar para trás e não sentir nada do que sentira antes. Era mais um fim doído, choroso, arrastado.
Bonito é a gente ser a gente mesmo com erros e acertos, mas sentindo no coração e na alma uma vontade incontrolável de ser sempre, sempre um caçador à procura da esperada felicidade.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp