Estupidez
As vezes me calo diante da estupidez, da ignorância, não por por não ter argumentos pra me defender, me calo para evitar contaminar a alma.
Pelos princípios do meu nariz declaro minha ignorância, minha infinita estupidez e a capacidade de tropeçar em mim mesmo quando caminho.
O grande problema do estúpido é não ser capaz de reconhecer a própria estupidez. Pois, se reconhecesse, não o seria.
A discreta sutileza de um gesto ferino pode machucar tanto quanto ou até mais que a ferina estupidez de esganar.
Vendo tanto modismo por ai, estupidez é comprar algo com um valor que o salário levaria meses para pagar
Seria uma estupidez achar que todas as pessoas me entendam, sendo que elas próprias não se entendem e nem sabem o que estão fazendo aqui...
Catequese
Quanta pretensão a minha!
Achar que detinha
o monopólio da raça
Que estupidez a minha!
Pensar que eu vinha
com o portfólio da graça
Eu com catequese
Tu com hospitalidade
Um rio que não se represe
desafia minha vaidade
Eu, civilizado
Tu, selvagem
Eu, educado
Tu, à margem
Teu sorriso fez calar o meu sermão
Onde piso não há lama, não há chão
O meu siso já nasceu, dói mais não
Meu juízo se perdeu na razão
O que pensava te levar
Tu trouxeste a mim
O Deus que fui te apresentar
Surpreendeu-me enfim
Minhas roupas, meus costumes
Não parecem te atrair
Tu me poupas de queixumes
Te contentas com o que vir
Não bastasse a pretensão
de impor as minhas crenças
Além da religião
Também trago-lhe doenças
Pela fé no deus do império
Te escravizo, te anulo
Roubo todo teu minério
Te ironizo, te rotulo
Quem levaria a sério
interesse travestido de amor
Se em nome do Mistério
se explora até a dor?
Com a cruz que se estampa
tanto escudos e brasões
Se conquista, se acampa
tantos mundos e rincões
Se déssemos ouvidos
ao que diz nosso Senhor
Em vez de oprimidos,
gente livre em amor
Que vergonha, que vexame
Deus não está nas catedrais
E quem sonha, busque ou ame,
Vai encontrá-lo nos quintais
Sob pontes, a relento
Em barracos de sapê
Na favela, assentamento
onde ninguém quer ou pode ver
Não te afrontes, te apresento
Nosso Rei e bem-querer
- E toda essa melancolia , vontade e estupidez começou depois que eu beijei você, experimentei você, me entreguei pra você e depois de algumas noites você foi embora.
Nunca te quis pra sempre, você nunca foi meu ponto final, nem meu unico vicio e muito menos meu verdadeiro amor. Só que todo mal costume das coisas gostosas que me fazia, ainda me incomoda em todas as noites mal resolvidas. Não gasto o meu tempo te procurando em outros, não gasto meu tempo tentando amar outro, mas a cada descepção ... você intrometido e mal vindo insiste em aparece em meus desejos só pra me torturar com sua falta.
Você é o raro tipo de homem que tenta ser ... e consegue ... e eu sou o tipo de exato de mulher que não aceita meio homem, meios beijos, meios abraços, meias atitudes, meios sins, meios prazeres e indecisões. Quero você mesmo que de vez enquando por inteiro,esperto e como sempre...suficiente.
Quero que ao menos minha pouca vergonha e minha vontade gritantemente insaciável pela vontade de te ter, possa acabar sendo determinantemente sua, somente as vezes e sempre real.
Não há remédio contra a estupidez humana, os diagnósticos são imprecisos e por isso somos acometidos dessa doença tantas vezes.
E grande parte do que parece injusto quase sempre é produto da mais pura e inescapável estupidez humana. E que diabos podemos fazer a respeito, me digam?
A estupidez não leva a nada. Aliás, leva sim, mas é bom não querer conhecer o lado obscuro da falta de inteligência.
Só tem uma coisa pior do que a estupidez. É a mesmice de ser tão estúpido ao ponto de imaginar que falar asneiras é algo brilhante.
