Estrofes de Amor
Dance-me até o fim do amor
Dance-me até sua beleza com um violino ardente
Dance-me através do pânico até eu estar em segurança
Eleve-me como uma oliveira e seja a pomba fazendo ninho em mim
Dance-me até o fim do amor
Dance me até o fim do amor
Deixe-me ver sua beleza quando as testemunhas se forem
Deixe-me sentir você se mover, como fazem na Babilônia
Mostre-me lentamente aquilo de que eu só conheço os limites
Dance-me até o fim do amor
Dance-me até o fim do amor
Dance-me ao casamento agora
Dance-me, outra vez e outra vez
Dance-me mansamente e me dance por muito tempo
Nós dois estamos abaixo do nosso amor
Nós dois estamos acima
Dance-me até o fim do amor
Dance-me até as crianças pedindo para nascer
Dance-me até as cortinas que nossos beijos desgastam
Monte uma barraca de abrigo agora, embora toda linha esteja rasgada.
Dance-me até o fim do amor
Dance-me até o fim do amor
Dance-me até sua beleza com um violino ardente
Dance-me através do panico até eu estar em segurança
Toque-me com sua mão nua ou me toque com sua luva
Dance-me até o fim do amor
Dance-me até o fim do amor
Dance-me até o fim do amor
Em amor, se é preciso explicar, então já não se deu o entendimento profundo, a adivinhação da verdadeira necessidade do outro.
No céu a aurora já resplandecia,
Subia o sol, dos astros rodeado,
Seus sócios, quando o Amor divino um dia
A tais primores movimento há dado.
Eu estou cansada dessas músicas de amor,
É tudo pura ilusão.
Elas não falam do buraco que você deixou,
Dentro do meu coração.
Eu sei que ainda não entendo,
Minhas amigas falam
Que eu gosto de sofrer
Está cada vez mais velha
Essa história de nós dois
Eu não consigo esquecer
Eu sei você está namorando,
E eu não sei porque não consigo achar ninguém
Pra fazer que nem você.
É que pra mim não é tão fácil
Fingir que eu superei,
Acho que eu não sei mentir bem.
Se não for você, eu não quero ninguém
O tempo passa e as coisas mudam,
Você faz graça e eu prefiro ignorar.
É que não vale a pena
Acreditar sempre em você.
Então eu vou deixar pra lá
Mas agora eu já aprendi
E dessa vez, eu sei que eu não me engano.
Não vou me iludir,
Só vou esperar a gente crescer
Te vejo daqui mais alguns anos
Eu sei você está namorando,
E eu não sei porque não consigo achar ninguém
Pra fazer que nem você.
É que pra mim não é tão fácil
Fingir que eu superei,
Acho que eu não sei mentir bem.
Se não for você, eu não quero ninguém
Eu ainda não sei controlar meu ódio mas já sei que meu ódio é um amor irrealizado, meu ódio, é uma vida ainda nunca vivida. Pois vivi tudo – menos a vida. E é isso o que não perdoo em mim, e como não suporto não me perdoar, então não perdoo aos outros. A este ponto cheguei: como não consegui a vida, quero matá-la. A minha cólera – que é ela senão reivindicação? – a minha cólera, eu sei, eu tenho que saber neste minuto raro de escolha, a minha cólera é o reverso de meu amor; se eu quiser escolher finalmente me entregar sem orgulho à doçura do mundo, então chamarei minha ira de amor.
Ouviu, menina? Nessa vida você tem sorte, tem muito amor ao seu redor. Você não consegue ver? Cultiva, sua boba. Cultiva e colhe flores bonitas. Perfumadas… Cultiva!
Além do amor
Se tu queres que eu não chore mais
Diga ao tempo que não passe mais
Chora o tempo o mesmo pranto meu
Ele e eu, tanto
Que só para não te entristecer
Que fazer, canto
Canto para que te lembres
Quando eu me for
Deixa-me chorar assim
Porque eu te amo
Dói a vida
Tanto em mim
Porque eu te amo
Beija até o fim
As minhas lágrimas de dor
Porque eu te amo, além do amor!
Amor e Ódio
Tema antigo. Ainda e sempre, ódio e amor, andam juntos através da facilidade através da qual o amor que não encontra resposta apodrece e vira veneno. O que salva e o que eleva é constituído da mesma matéria que fermenta, apodrece e mata.
Qual será a química explicativa da transformação súbita do que era busca, procura, sentimento de proteção e dedicação em imediata deterioração e ódio?
A química da transformação do afeto em raiva e da raiva em ação destrutiva, ainda não foi medida por nenhum laboratório da ciência. Apenas pela literatura e pela dramaturgia. Ou pelo jornalismo diariamente a espelhar os casos de amor terminados com a destruição de uma das partes.
A psicanálise também examina a questão. E com profundidade. Para ela, o mecanismo de auto destruição ou de destruição do próximo, já estava presente quando as pessoas resolveram se gostar. O mecanismo destrutivo está, já presente, quando as pessoas fazem o que supõem ser uma escolha livre. Não é escolha, diz a psicanálise: é o atendimento de uma pulsão inconsciente que faz adivinhar no parceiro as condições para o exercício dos impulsos mais fundos de destruição: ou a própria ou a do outro. Assim diz a psicanálise. Mas a questão continua de pé.
Se era amor, se era tanto, por que, diante da frustração ou da recusa de reciprocidade ele tem que virar ódio?
Se é amor não pode nunca ser ódio, proclamarão em coro os humanistas e os cristãos. Não era amor!
Quem ama e é rejeitado tem o impulso de ódio e de destruição. É esse impulso (que às vezes pode durar apenas um segundo) que essas histórias populares percebem e ampliam, traduzindo-o numa ação demorada, complexa, planejada, urdida. O público adere porque aí encontra a forma mais simples de ver-se ainda que através do outro; como na dramaturgia e na literatura.
Quem for capaz de conhecer o próprio impulso de ódio poderá talvez aplacá-lo, ou diminuir o seu efeito destrutivo.
Quem for capaz de controlar o próprio impulso de ódio talvez até aproveite a energia que está dentro dele (como nas forças da natureza) canalizando-a para obras e ações criadoras e positivas.
Quem for capaz de dirigir o próprio impulso de ódio, talvez despeje a força dele numa atividade artística ou empresarial, desviando-a do objeto amado passível de ser destruído.
Tudo bem. Magnífico que assim se faça, conforme o caso e conforme a pessoa! Terapêuticas e religiões (no fundo parecidas) aí estão a mostrar o sentido ético da vida e a importância de transformar a falibilidade e fraqueza humanas em objeto de meditação e de aprimoramento.
O amor é certo, o ódio é errado e o resto é uma montanha de outros sentimentos, uma solidão gigantesca, muita confusão, desassossego, saudades cortantes, necessidade de afeto e urgências sexuais que não se adaptam as regras do bom comportamento.
O amor é mais do que eu pensei, é mais do que eu sonhava, e esse amor que eu tanto esperava, só conheci quando encontrei você!
Intuição do amor
Por não saber de você,
por intuição ou exclusão,
te adivinho, te busco nas minhas memórias,
e te encontro nos sonhos mais loucos,
nos desejos não revelados,
os mais desejados…
Apenas te busco,
assim, sem posse, sem querer ter,
apenas me largar em teus braços,
e no meio desse abraço envolvente,
ser, estar e conviver.
Dividir o amor sem querer acertar na conta,
não quero saber da razão,
quero conjugar com você,
o verbo permanecer.
No emaranhado dos pensamentos,
no calor dessa noite que não queremos que termine,
eu me distraio, viajo em sonhos rápidos,
vejo o mundo azul, o mar sereno.
O meu peito sem ansiedade,
reflete esse momento
e sinto paz…
Então,
contemplo o tempo do amor,
sem pressa, sem medo,
por pura intuição.
Olho para o seu rosto,
me distraio e concluo;
viver esse momento com simplicidade,
é um jeito de reafirmar;
que acredito no amor.
Uma maneira de dizer:
eu te amo!
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