Escrever
Oh,
Peguei caderno e caneta, comecei a escrever,
Poeta pensa muito, e eu só penso em você,
Fico parado te olhando, feito um bobo apaixonado,
Só seguro em sua mão, pra caminharmos lado a lado,
É tão lindo seu olhar, seus lábios delicados,
E eu um idiota, sem jeito, desengonçado,
Eu peço até desculpas, por ser um cara careta,
Você é especial, coisa de outro planeta,
Ti elogio muito, me desculpe, isso é costume,
Acontece que te amo, da pra ver em meus ciúmes,
Quando fico com ciúmes, mudo logo o meu jeito,
Mas tudo se resolve, quando provo do teu teu beijo,
Ficar longe de ti, muitas vezes é cruel,
Teu beijo é gostoso lembra o mais doce mel,
O amor tudo sofre, tudo crê, o amor tudo suporta,
E eu estarei contigo, na vitória e na derrota,
Engraçado relembrar, como começou a fita,
Me tornei o Super-Man, e você a "Criptonita".
A dor de um poeta
Talvez eu precisasse escrever sobre coisas que estão entaladas na minha garganta e talvez seja esse o motivo de tais dores, pois assim como para toda a complexidade do mundo há a religião, toda loucura tem sua razão, talvez eu seja só mais um amante de poemas, mas minha admiração mesmo é pelos poetas, que no meio de tanta dor e angústia, conseguem extrair algo tão belo de um sofrimento tão profundo, pois sem dor não há poesia e sem sofrimento não existe poeta.
Escrever é abrir portas, é trilhar novos caminhos. Dar vida a coisas e sentimentos. É um chegar, que alcança todo o mundo. É uma decisão impessoal. É amor. Envolve , invoca, inspira. Faz parte do SER HUMANO ; é quase um membro (órgão). Algo interno, que transborda . É sabedoria. É revelador (revela o que a boca não consegue dizer) . É luz . É uma ponte entre o presente e um futuro melhor.
"Oh vontade de escrever quão tola é sua origem... Se teu objeto é a comunicação, e tua forma as possíveis frações deste objeto então é teu nome o desejo das fracmentacoes de se recomporem no objeto. Poéticamente aquecido para tolice humana, é da vontade de ler o que se cala que fala a vontade de escrever o que se lê.
Quão potente é poesias por poesia? Quão não crítico deve ser a liberdade de ser poeta quanto crítico deve ser a definição de ser poesia, se não assim, como duraria? Por quanto tempo é macia a almofada no chão? Para que poesias não sejam trabalho em vão, a origem dura é o caule de espinhos, mas o fruto resulto é o doce da cessação."
"Oh verdade, passou o tempo que em você via qualquer maldade, queria escrever-te, mas foram seus inimigos os criadores das palavras e que condenaram seus filhos as encruzilhadas
Tão bela é para o coração quanto no papel apenas deixa o vão, que nobreza pode haver numa rima se palavras são escravidão?
Seguindo seus rastros foi que abandonei os afetos e perdi os laços, até ameaçou cortar meus braços e me deixou descalço
Se não gosta de meu poema, não há nenhum problema, quem poderia gostar de um lugar que não pode alcançar?
Medo de altura ou profundidade? Não, você mesmo levou embora minha vaidade, agora só me importa reencontrar a verdade."
Eu não sei...
Não sei pontuar
Nem sei escrever
Se não pudesse ver, nem ouvir, nem dizer,ainda assim eu seria um ser;
Ser fraco?
Ser extremo?
Homem ou mulher?
É preciso entender ? Ah entender, o quê?
Simplesmente viva
Escrevo minhas próprias linhas no futuro, no resgate
Vestida com uma linda pele,um olhar deslumbrante, um sorriso capaz de explicar, que nada se precisa explicar
Nesta vida, é preciso aprovação do próprio reflexo;
Quem sou?
Onde estou?
O que fiz?
Les Cigana
A inspiração para escrever
Nas palavras encontro refúgio
Para expressar meu momento
Com carinho vem o elogio
Refletindo sobre um sentimento
No silêncio do meu quarto
Vejo a moldura de um retrato
O livro é meu companheiro
Abasteço-me de novas idéias
Como uma flor tem seu cheiro
Expalhando a essência em minhas veias
Transformando solidão em inspiração
Há beleza nas palavras do coração
Esta chama não se apaga
De uma luz que não se extingue
Uma idéia que se propaga
De um querer que não se distingue
Ao fim de uma leitura em harmonia
À escrita de mais uma poesia
TEMPO
Difícil escrever pra ti, mulher tão forte que minhas palavras frágeis não conseguem alcançar
Mais difícil ainda escrever sobre mim, homem que se deixa esvair pelas linhas, até que cada parte se vá
Orei ao tempo que me deixasse ficar ao teu lado, mas tu forte não quis, isso eu já imaginava
Me deixastes sem força, na verdade sem caminho, sem leme, leio para matar o tempo
E tu mulher? Por que não aproveitas enquanto não mato a única coisa que iria nos salvar.
Tua vida, filha, é um texto que há tempos começamos a escrever, mas, daqui em diante, também te cabe pegar esta tinta e delinear o teu curso, tome só cuidado com o que retiras do nada e trazes à superfície, é comum borrar ou rasurar um trecho, mas é impossível apagá-lo, a palavra se faz carne, e a carne se lacera, a carne apodrece aos poucos, mas é também pela carne que a palavra se imortaliza. Não há borracha para um fato já vivido, pode-se erguer represas e costões, muralhas e fortalezas para barrar o fluxo das horas, mas, uma vez que o sol se torne sombra, que o luar penda no céu em luto, a névoa se disperse na paisagem pendurada à parede, o dedo acione o gatilho, nada mais se pode fazer; nossa jornada, aqui, é única, a ninguém será dada a prerrogativa, salvadora ou danosa, da reescrita.
Meu melhor amigo arrumou outro amiga
e não precisa mais de mim
se eu escrever qualquer coisa agora sairá dramático
pedante
tristonho
porque eu afundei meu rosto na toalha branca e fingi que estava dormindo
mas chorava baixinho para não causar pânico
para não atrapalhar ninguém
a questão é que eu estou sempre para acolher o outro
mas não permito que me vejam frágil
dilacerada
sem futuro
porque eu temo que o outro tenha pena de mim
porque eu temo que a qualidade da resposta seja fraca
e que me digam qualquer bobagem como “pelo menos você tem saúde ou
“pelo menos você tem uma casa
ou apenas repitam incansavelmente que vai passar
vai passar
tenha paciência
vai.
Eu escrevo sobre o que me incomoda, me afeta, me enfurece. Não sou muito de escrever sobre amor. Apesar que escrever sobre o caos, foi a forma que encontrei pra falar de amor.
