Escolhi
Desde muito jovem, escolhi trilhar um caminho que poucos entendem, cada passo foi parte de um preparo silencioso para a batalha que o futuro reserva.
E de toda a vida que me resta, dos dias em que fui o que não escolhi ser, em que a liberdade se me impôs como uma condenação, percebo agora, no fim de tudo, que não vivi. Fui, apenas fui – e o ser que fui não foi senão um vagabundo, como um trapo sujo em que o mendigo dorme. O que me resta, afinal, senão um nome e um sobrenome na certidão de nascimento, e uma data e uma hora no obituário? Talvez a cova rasa seja mais profunda do que a minha miserável vida, que agora, afortunadamente, encontra seu único propósito: ser adubo. A terra, fria e indiferente, me receberá calorosamente como alimento para os vermes, que se banquetearão de minha carne, sem julgar o que sou, o que fui. E os vermes, esses mesmos que consomem minha decadência, não saberão, porque nada sabem, da angústia de ser.
Escolhi te amar como quem escolhe a pílula vermelha: sabendo que a dor virá, mas a verdade — você — vale cada despertar.
Não se culpe, nem se compadeça de mim. A vida é feita de escolhas. Eu escolhi você... Escolhi morar com você... Escolhi me demitir... Escolhi te dar um voto de confiança... Te escolherei mil vezes, até o dia que eu não tenha mais razão para te escolher.
Minha Identidade
Ando devagar...
No caminho que escolhi trilhar.
A estrada é longa —
Mas é nela que repousa meu objetivo:
o sucesso.
Ando…
E no passo lento, observo:
O tempo que passa,
As experiências que marcam,
As pessoas que cruzam,
A bondade que inspira,
A maldade que fere.
Sou meu inimigo.
Sou meu amigo.
Sou um gladiador no campo da mente.
O processo me testa,
O resultado me escapa.
E então me pergunto:
O que me falta para continuar?
Quem sou eu?
Estou realmente comprometido?
Me importo tanto assim?
Qual é a minha identidade?
Se eu fosse minha esposa,
Amaria um marido comprometido,
Responsável, dedicado, amoroso,
Companheiro, forte… e manso.
Se eu fosse minha mãe,
Me orgulharia de um filho de semblante bom,
Que ama, que ilumina,
Que salva, que guia,
Que inspira com o próprio caminhar.
Se eu fosse meu pai,
Admiraria um filho forte,
De valores inquebráveis,
Que luta pelo certo,
Que consiga sustentar sua própria casa
quando tiver sua própria casa.
Se eu fosse meu irmão,
Amaria ter ao lado um companheiro de guerra,
Alguém para crescer junto,
Para sofrer e vencer juntos —
Que fosse meu porto e minha espada.
Se eu fosse meu amigo,
Confiaria em alguém com propósito,
Com sede de crescer,
Que quer ser útil ao mundo…
E não apenas existir.
Então pergunto:
Minha identidade… quem eu deveria ser?
Talvez…
A soma de tudo isso.
Ou talvez…
Alguém que continue andando,
Mesmo sem todas as respostas,
Mas com coragem de procurá-las.
"Em meio às palavras que escolhi, você se tornou uma aula de
conhecimento. Um pensamento que nunca antes habitou minha mente. A vida, percebi, não se resume apenas a conhecer alguém, mas sim a envolver coração, corpo e mente."
(Publicado em 21/06/2025)
''Te Escolhi''
Me rotule
como o homem
que ninguém nunca conheceu.
Em terras gringas,
sem um bom dia
de quem amo —
mesmo assim era seu.
Indiferença,
sua ausência
era estima minha.
Só um profundo:
"Por que?"
Será que isso é realmente o amor?
Poesias,
saudades,
solidão...
Acabou.
Londres, Paris,
Espanha, Cabo Verde,
Portugal, Angola...
Olha lá o brasileiro
morrendo de amor.
A vida ensina mais que a escola,
então entendo
por que homens com H maiúsculo
são promíscuos.
Não é cópia e cola.
Compartilhamos das mesmas ideias,
mas eles mentem e buscam,
enquanto eu falo e busco.
Talvez eu seja
a mente e os músculos,
e eles só... H maiúsculos.
Mas também sinto fome.
E mesmo te escolhendo
entre tantas opções,
nunca deixei de ser homem.
Não é pra me exaltar,
nem dizer que sou foda.
Erro é a sensação de prioridade
a quem parece
que não me escolheu.
Minha palavra é:
eu sou o homem
que ninguém nunca conheceu.
"Eu escolhi isso, desisti de idealizar e de procurar, eu me matei quando fugi da natureza humana, ao invés de aspirar algo, tentei me compreender, e ao invés de evoluir me desfiz em lágrimas, não alcancei o ter, tão pouco me entediei de possuir."
Eu escolhi o fim, mas quando ele se foi... por que pareceu tão errado? O vazio e o silêncio que ficaram após a partida dele me sufocam, e eu tento, de toda maneira, achá-lo. Disseram que isso ia passar, mas, depois de tanto tempo, ainda dói, e eu estou desesperada, porque o rosto dele já não é tão nítido assim... O perfume dele... qual era mesmo? Minha mente está apagando, mas meu coração já decidiu que vai guardá-lo para sempre. Porque é suportável amá-lo aqui, melhor do que perdê-lo novamente e para sempre.
Eu escolhi-me arriscar
num caminho de obscuridades
onde o céu sufocava-me, onde o brilho das estrelas eram falso.
Eu caí, machuquei-me, e machuquei.
SER PROFESSOR
Profª Lourdes Duarte
Entre tantas profissões
Escolhi ser professor
Missão dura e espinhosa
Que exerço com amor
Se voltasse ao tempo seria
Novamente professor.
Pois é muito gratificante
Ver que as sementes plantadas
Dão bons frutos com louvor.
Para ser um bom professor
Não basta apenas ensinar
Mas aprender a aprender
E suportar a dor
Que muitas vezes a profissão
Impulsiona-nos a passar
Uma delas é a desvalorização da categoria
Que deveria ser mais reconhecida
Uma vez que por um professor passa
Todas as outras profissões.
FELIZ DIA DO PROFESSOR !
"Eu escolhi você..
Ontem, hoje e amanhã...
Mais uma, mais duas, mais outras tantas vezes..
Sempre e sempre.
Sem pausas.. sem dúvidas.
Em cada batida do meu coração..
Eu continuo escolhendo você."
Dialética
Eu- Não escolhi meu sofrimento, mar, nem o desamparo que me assombra, nem o desamor que me sufoca, nem a solidão que me põe à prova, não escolhi, mar, nada disso que, sem explicação, me condena.
Mar- Estou comovido com suas palavras, amigo, mas tudo isso que você está dizendo não seria parte de um todo que não compreende, não seria apenas a prova de que você é livre, senhor do seu destino, de que você pode transformar a baixa autoestima que o abate em um triunfo da consciência?
....
Meus sentimentos são dilacerados num caminho que escolhi...
Num mundo irreal senti que podia sonhar...
Tudo estava perdido logo você estava ali... Achava o melhor momento dessa vida... Mais a dor era real...
Senti falta de viver fora desse caminho que escolhi...
Eu poderia cantar a música mais clássica da minha vida
Mas escolhi cantar a civilidade popular mesmo desconhecida;
