Escola Poema de Rubem Alves

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Família de Coração


Parente de sangue,
às vezes só vem
quando precisa,
ou sorri parado
num álbum antigo.


Família de verdade
não nasce do sangue,
mas do abraço,
do olhar que entende,
do amor que fica.


Não é o laço do corpo,
é o laço da alma.
É respeito, é cuidado,
não é interesse,


São amigos que viram irmãos,
são irmãos que a vida deu
e não o sangue escreveu.


Naldha Alves

"Falar de suicídio é falar de vida.
De escutar o silêncio que grita,
de abraçar a dor que se esconde.
Não é fraqueza pedir ajuda,
é coragem dizer: preciso de você.
Sempre haverá um amanhã para quem acredita que merece ficar."
— Isa Colli

Viver é Agora
A vida não espera.
Ela corre, escorre,
e às vezes, some.
O tempo não avisa,
não atrasa,
nem dá segunda chamada.
Por isso…
viva o que sente,
diga o que importa,
ame com coragem.
O agora é o único tempo que existe de verdade.
O amanhã é mistério.
O ontem, memória.
Mas o hoje…
é presente aberto nas suas mãos.
Não desperdice.


Naldha Alves

Bom dia!
Que hoje a fé seja sua armadura, a esperança sua direção e a paz sua companhia.
Cristo está à frente, abrindo caminhos, trazendo livramentos e derramando bênçãos sem medidas.
O mal não terá poder, porque a luz de Deus sempre vence as trevas.
Levante-se confiante: o amanhã já está escrito em vitória!
Naldha Alves

No fim é você


Na dor mais funda, é só você.
Na conta a pagar, só o seu nome.
Na cama do hospital, só um corpo cabe.
No fim da estrada, só um caixão.
A vida é sua, e ninguém a viverá por você.
Não se perca em doar o que lhe falta.
Não tente carregar o peso alheio
quando já basta o fardo que é seu.
Valorize o que pulsa em seu peito.
Ande com leveza, cuide de si.
Porque, quando tudo silencia,
é você quem permanece consigo.


Naldha Alves

O Eco do Tempo
“O tempo não se mede no relógio, mede-se no que sentimos.
Há dias que duram segundos, e segundos que carregam uma vida inteira.
Por isso, ame sem pressa, abrace sem medo, viva sem reservas…
Antes que o tempo siga seu caminho e nos deixe apenas com o eco daquilo que não ousamos viver.”


Naldha Alves

EU SOU MULHER

“Ele compara para ferir.”
Mas eu não me deixo quebrar.
Sou feita de dor e força,
de queda e de recomeçar.

“Me deixa no chão — como se eu não valesse.”
Mas do chão eu criei asas.
Não sou falta, nem resto —
sou presença que não disfarça.

“Mulher inteira.”
É o que sou, sem precisar me calar.
Com alma que sente,
com voz que escolhe lutar.

Eu sou mulher —
não para caber em padrões,
mas para transbordar coragens
e romper comparações.

Eu Quiseras

Eu quiseras amar, sem medo, sem fim,
Mergulhar no abismo que leva a ti.
Eu quiseras voar, tocar o luar,
No brilho dos sonhos, contigo estar.

Eu quiseras me entregar ao teu calor,
Perder-me inteira no teu amor.
Eu quiseras delirar, me dissolver,
Ser tua sombra, teu ar, teu ser.

Eu quiseras morrer no infinito,
Ser brisa leve no teu suspiro.
Eu quiseras, eu quiseras sem temer,
Ser tua, ser nós, ser só prazer.

Faz tempo que não falo isso para você, a gente está bem perto e, ao mesmo tempo, distante, porém não podemos deixar se estender.
Existe um frio no peito que se esquenta quando te vejo.
É assim e do nada, essa chama se aquece, igual à faísca num monte de palha. Somos uma combinação imbatível e inflamável. Por isso te amo. E como te amo com todo meu amor inabalável.

Permitir
Permiti que você cruzasse minha porta
sem mãos que não sabiam acolher.
Permiti que tocasse minha alma
com mãos que não sabiam acolher.
O jogo frio com os seus sentimentos
Permiti que as palavras ferissem
e o silêncio machucasse mais ainda.
Permiti, porque eu permiti tudo isso.
Apenas eu.

Entre o abismo e o sopro


Perdi-me em mim, num silêncio que ninguém ouve, num vazio que devora por dentro, numa dor inexplicável que não encontra tradução. Era como se o mundo me chamasse para fora dele, como se uma voz sussurrasse: “deixa ir, solta, termina…”. E eu, sem forças, só queria calar aquela angústia, só queria pular da ponte para escapar da ponte que havia em mim. Mas não era escolha, não era vontade, era um medo escondido, um segredo escuro, uma batalha sem testemunhas. Até hoje carrego essa luta constante: não cair nas armadilhas da vida, não ceder ao convite da desistência, não desejar apagar a própria luz. E quando sorrio, ninguém vê que por trás do riso há uma alma cansada, travando guerras invisíveis. A cada amanhecer, sou sobrevivente de um combate silencioso, uma rosa vermelha perfumada, com espinhos que perfuraram a alma. E ainda que doa, escrevo, choro, respiro… porque a vida insiste em mim, mesmo quando eu não consigo insistir para viver.

Amor Distante, Alma Presente


Foi em ti que percebi a verdadeira face do amor. Apaixonar-se é a brisa leve, o impulso fácil. Amar, contudo, é a magia complexa de uma orquestra bem ensaiada: a mais difícil, a mais sublime sinfonia da existência.
É árduo sustentar a melodia a distância, passar os dias na ausência do teu saber. No entanto, o verdadeiro sentimento nos confronta e nos faz entregar a alma, ignorando as circunstâncias. Essa entrega é fácil, porque em ti encontro uma alma que vale cada espera, cada verso. Eu só anseio ser a razão do teu riso mais puro, o sol que afasta qualquer sombra de lágrima.
O amor me dá a força para enxugar cada pranto teu. Eu te amo e te sinto, com a intensidade de quem está ao teu lado, pois a distância é só um detalhe físico quando te encontro em cada sonho. Mas a verdade é que não me contento com a melodia que a memória toca. Minha maior ambição é reger essa orquestra ao teu lado, sem telas ou saudades. Me diz quando podemos marcar o nosso ensaio de perto.

O Furacão e o Ipê

Há momentos em que tudo parece sair do lugar.
Os caminhos se confundem, os ruídos aumentam
e a vida, por instantes, parece um cenário de fios caídos —
um emaranhado difícil de desfazer.

As estruturas balançam, as certezas se partem,
e o que era firme se vê abalado.

Mas no quintal da existência, sempre há um ipê.
Firme, silencioso, guardando suas raízes
no chão da alma.

Mesmo com cabos pendendo sobre ele,
mesmo com o peso das tensões,
ele continua ali — sereno, de pé,
esperando o vento passar.

Porque tudo passa.
Os fios se religam, o caminho se refaz,
a ordem retorna.

E o ipê, símbolo da força que habita dentro de nós,
permanece — lembrando que a ventania
pode até desarrumar o mundo,
mas nunca destrói quem tem raiz verdadeira.

Nereu Alves

Às vezes, o erro é só um atalho disfarçado. No fim, tudo o que parte de verdade volta em forma de força, até as escolhas que doeram.

Invento-me



Não quero viver na estreiteza
de quem precisa de provas para acreditar.
O que é visível me sufoca,
o que é lógico me aprisiona.
Eu escolho o impossível.
Prefiro tropeçar no abismo
do que caminhar reta na estrada dos que dormem.
Minha verdade é sopro,
mina razão é febre,
meu sentido é delírio.
E se me chamarem de mentira,
responderei:
— sou apenas a verdade que ainda não ousaram inventar.


Naldha Alves

“Entre a curiosidade e o egoísmo, a fuga se revela como a incapacidade humana de sustentar o que exige comprometimento real.”


Naldha Alves

É necessário entender o mais rápido possivel que um sonho que você tinha já deixou de ser um sonho. Às vezes, a gente persiste nalgum plano porque aquele plano, um dia, foi o nosso objetivo.


Depois de um tempo, a gente continua no plano não porque ainda queremos aquilo, mas sim porque nos habituamos a desejar aquilo. Aquilo que a gente faz deixa de ser uma vontade, e passa a ser um costume.


Quando a gente percebe e muda isso, a liberdade e a felicidade vêm juntas.

Amor que Transcende

"Existe um amor que não cabe nas regras,
não entende de tempo nem de distância.
É alma que reconhece, coração que insiste,
desejo que não se apaga.

Mesmo no silêncio, ele fala.
Mesmo na ausência, ele arde.
É conexão que desafia a lógica
e insiste em ser eterno."

— Naldha Alves

Ferir por dentro


Dói acordar com o peito em pedaços.
Dói sorrir quando o coração sangra.
Ninguém vê a batalha escondida,
apenas a máscara que disfarça.
O silêncio engole o grito,
e a alma arde em segredo.
Ser forte não é não sentir,
é continuar de pé,
mesmo sangrando por dentro


Naldha Alves

Até aquele dia


Até aquele dia,
eu ainda te escrevia.
Dezenove, meu coração dizia,
ainda te amava,
ainda te esperava.


Guardava você
num canto quieto,
onde o tempo não passava
ou eu fingia que não.


Hoje já não mais.
Estranho o coração
ter que aceitar o que já era.


O que acabou há tanto tempo
e eu só agora percebo.


Hoje te deixo livre pra viver,
não que tenhas sido preso em mim,
mas porque enfim
aprendi a viver
sem te guardar no coração.