Epigrafe para Tcc Martha Medeiros

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Perdoem esse nosso desvio cultural, rapazes. Nenhuma mulher se sente amada o suficiente.

Mas o que parecia medo era a coragem me dando as boas-vindas, me acompanhando naquele recuo solitário, quando aprendi que toda escolha requer ousadia...

"Sinta todos os sabores que o amor tem, desde o adocicado do início até o amargo do fim, mas não saia da história na metade."

O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina. O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.

O pensamento é sagrado, o único território livre de patrulha, livre de julgamentos, livre de investigação, livre, livre, livre. Área de recreação da loucura. Espaço aberto para a imaginação. Paraíso inviolável.

"Naquela noite eu não dormi direito, mas acordei disposta a me enfrentar."

Feliz porque daqui a pouco será hora de dormir e não há lugar no mundo mais acolhedor do que sua cama.

Você é feliz? Não espalhe, já que tanta gente se sente agredida com isso.

O que somos de verdade e o que queremos de fato, só nós sabemos. Só nós

Independente de tudo o que existe, é o amor que transforma, irrita, movimenta, embeleza, enfeia, impulsiona, destrói, liberta e prende

Costumamos compreender as coisas tarde demais.

Se eu fosse eu, riria abertamente do que acho mais graça:
pessoas prepotentes, que pensam saber mais do que os outros,
e encorajaria os que pensam que sabem pouco, e sabem tanto.

Crônica: Se eu fosse eu - Livro: Non-Stop

Comecei a fingir que estava me recuperando, e aí começou a recuperação de fato.

Não adianta mais olhar para trás. É ir em frente ou nada.

Falar sozinho é um ato de generosidade, antes de tudo. Vá saber o estrago que causaríamos se falássemos pra valer, olho no olho, tudo aquilo que mantemos guardado, todo o palavreado da raiva, do rancor e do desassossego que fica confinado dentro. Melhor soltar as frases ao vento.

Amar é supreender...

sou impaciente
anuncio todos os meus atos
uma semana antes.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Poesia Reunida. Porto Alegre: L&PM, 1999.

E fui dormir certa de que o pior havia passado, até que hoje acordei ás cinco da manhã e senti a mesma vontade de morrer.

A pergunta que mais me faço é: por que não?
Eu tenho as armas de que necessito para me defender, e mesmo que eu perca, eu ganho, já perdi algumas vezes e sei como funciona a lei das compensações.

Há o certo, o errado e aquilo que nos dá medo, que nos atrai, que nos sufoca, que nos entorpece.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Coisas da Vida. Porto Alegre: L&PM, 2009.

Nota: Trecho da crônica "Todo o resto"

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