Encontros
"Éramos como rei e rainha. E apesar da nossa história não ser cheia de encontros lindos, os encontros que tínhamos eram memoráveis. Não fazíamos muitos planos, apenas vivíamos. Éramos sempre dois. Ou éramos apenas um, quem sabe?. Tínhamos um palácio negro. Uma carruagem branca e nossos nomes já não estavam só por baixo de nossa pele, estavam também gravados sobre ela- Enquanto eu falava sobre meu "Conto de Fadas" os olhos da menina brilhavam. Acredito que ela se via em um também. E foi quando comecei a falar sobre um baile, uma bruxa, um caçador... e também contei sobre o jeito que tive que me despedir do meu Príncipe e do meu Palácio... E que hoje outra Princesa mora lá, e que ela cuida do meu Príncipe, carrega uma aliança dada por ele e desfila linda por ai ao lado dele em nossa carruajem. Foi ai que ela começou a retrucar nervosa -Não existe príncipes! Não me faça acreditar em coisas impossíveis. Já sofri de mais e vejo que você também. A minha história nem a de ninguém acaba em um "Felizes para Sempre". A sua muito menos- Eu sorrindo respondi- Quem disse que minha história chegou ao fim?
Depois de tantos esforços, tantas buscas, encontros e desencontros espero que eu possa encontrar um lugar seguro dentro de mim. Mesmo que vez ou outra a memória ainda acessar lugares tristes, pessoas insensíveis que causaram dor ainda latentes, certos padrões e costumes que eu ainda não pude mudar. Que eu tenha convicção de que o melhor está por vir e que lutarei até o fim por isso.
Te conheço
A muito, nossos olhares já arriscaram alguns encontros,
meio que quase sem querer esbarramos nas mesmas vontades.
O tempo passou, hoje eu te conheço para poder falar, e falo por que meu coração te reconhece.
Uma pessoa que pinta nos outros um sorriso se for preciso, alguém que chora baixinho pensando não incomodar ninguém. Se enganou, Deus ouviu todas suas súplicas, enxugou todo teu pranto, sofreu junto com você.
Hoje eu prefiro contar o que meu coração descobriu ao logo e precioso tempo de convivência que esteve ao seu lado, andou junto com o teu, batendo na mesma saudade.
Falo de você como alguém modelo, que superou o pranto para fazer brotar o sorriso, falo de você como alguém que quase sucumbiu ao deserto mas continuou caminhando até chegar ao mar, falo de você como alguém que passou por muitas tempestades mas nunca abandonou a embarcação.
Falo de você como alguém que eu queria ser, alguém que eu queria ter sempre por perto. Falo de você porque não posso mais calar a voz da saudade.
A vida com seus devaneios encontros, assimilados e perdidos no tempo;
No compasso dos passos, no recomeço dos sonhos;
Da ternura no olhar, no medo de se encontrar ou reencontrar.
Na vida que segue, nas horas que eu quero que pare;
No sonho não realizado, o medo do desconcerto, a alegria de te ter aqui;
No som que paira no ar, nas ondas que sempre existem quando olho o mar.
No tempo perdido, do plano que já havia avisado o não que eu disse,
O sim que hoje eu queria ouvir!
O resultado inesperado, do coração que não entende, nem compreende os desígnios da vida.
Simplesmente corre e voa tentando seguir este caminho no tempo
Sem parar, sem ver o que será, o que virá, só preciso que o vento traga ...
O amor que deixei perdido naquele dia frente ao mar ...
Diante de tantos encontros e desencontros,com saudade de tudo e de todos "longe de casa mais sempre me sentindo em casa", acabei descobrindo que: meu coração é meu lar!
17/11/2011 Goiânia-GO
Nessa vida urbana de encontros e desencontros, prefiro responder a um desafeto que te cumprimenta com apreso e respeito, do que cumprimentar alguém pouco conhecido que te responde com uma falsa educação.
VIDAS E ENCONTROS
Na rua dos sem esperança,
Entre cartões, lixo e encolhos,
Viram estes meus tristes olhos
Um ser sem futuro ou herança.
Nem sequer um ar de bonança
Da sorte que já lhe foi aos molhos,
Eu vi entre os seus escolhos
Nos olhos da sua lembrança.
Sentei-me então mano a mano
Ao pé dele, rosto de criança,
Mas eis que num gesto insano
Demonstrando inconfiança,
O pobre quase me rejeitou.
Deu um grito que me arrepiou
E da sua garganta avança:
Nunca a tempestade amainou
Nem me trará a bonança!
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 05-11-2023)
Quando passaremos a entender que os encontros religiosos representam nada mais nada menos, que encontros terapêuticos, um encontro capaz de transformar uma neurose individual e uma psicose coletiva num lindo renascer de Deus em nós
Os encontros religiosos são manifestações terapêuticas conscientes para o tratamento inconsciente de uma neurose individual, uma psicose coletiva e principalmente para o reavivamento da chama de Deus em nós
