Encontro
Nosso encontro foi como destino
Mas de amantes viramos estranhos
Você me deixou mas seu perfume continua aqui
Vagarosa
Em todos os cantos encontro um soneto,
Palavras lapidadas, de amor,
Adjetivos que esquentam o corpo,
Numa forma ardente, como uma porção
De sensações, indo ao mesmo encontro.
Mulheres, que apaixonam a vida de um homem,
É capaz de torná-lo um cavalheiro,
Um grande buquê para a querida amada,
Uma pitada de vinho para adoçar o dia.
Escuta o cantar dos jograis,
Que cantam as composições dos trovadores,
Poemas a se espalharem por todos os cantos,
Sensibilizando no ar, todo o relento
Que vaga para o coração dos humanos.
Bate no peito, o calor profundo,
Um corpo em forma de escrita,
Curvos traço, corto palavras
Para mostrar a vida,
Os jovens podem viverem mais,
Eles sabem buscarem o amor,
E transformar tudo em poesia.
REENCONTRO....
Espaço,tempo e distância resolvidos
encontro de muito planejado e esperado
muitas sensações de ja ter vivido
de reconhecimento e reencontro
com pessoas que ja convivi pela eternidade
Parece que sempre fizeram parte de minha existência
que mistura de conhecidas e experimentadas sensações
de almas afastas e agora se reencontrando.
Mistura de muitas dúvidas planando
Por que agora? Chegou o tempo? Será felicidade?
onde estavam todos estes sentimentos
jamais existiram por outra pessoa em nenhum momento
Que gostar forte e sem discernimento
que alivia o coração de sofrimento
que faz a alma leve e trás alento
Faz querer que fosse eterno
Genelucia
Pardal egocêntrico
Pálido pardal… pálido de sentido! Voa perdido, em busca de seu encontro.
Encontro esse desejado, com seu outro lado! Mais um pardal necessitado, em busca de seu legado!
Legado de pardal achado! Que não mais se vê como antes! Cada um para o seu lado, e cada lado um horizonte.
Então ali se vai mais um pardal errante! Livre por escolha, porém preso em seu semblante...
A ideia de ser como vento, ir e vir sem medo! Sem vontade, sem tormento.
Mas a fome o faz pensar, e o cansaço o faz parar… pobre pardal, não contava com o gavião…
Meu coração é um retiro espiritual
Onde encontro a paz da dor que se sente
Onde posso refletir e cura-me de todo o mal
Que a vida sem dó causou em minha mente
Independente do que eu possa ser
O que quero que seja meu jamais terei
Se o que sou sem nada ter
Nunca nada serei
Quase perco a alma com a dor
Por ter dado tudo o que tive
Sem a força da alma morre todo o amor
E o coração sem amor não vive
Como me restou o amor apenas
Amo a mim próprio nesta vida
Antes que muitas dores pequenas
Se tornem uma só grande e irreversível ferida.
Olhos Azuis
São dois Oceanos que vejo no encontro dos nossos olhos, esses seus lindos olhos azuis.
Sim é com a Alma que escrevo, mais também com uma inspiração que transcende todas as razões da poesia.
Olhos pintados pelas Mãos de Deus, parte da grande obra de arte que se chama Você.
Com você encontro meu sorriso mais sincero, meu olhar mais radiante, a parte mais feliz e encantadora de mim, em você encontro tudo que me dar força, o que me faz querer lutar e seguir em frente, sei que não pode aparecer com esse meu jeito frio de ser, mas em você tenho tudo que um dia imaginei, sonhei!
Quando não lhe vejo meu coração bate mais lentamente, congela porque preciso de você perto dele, para que eu continue a pulsar, só posso dizer que preciso muito de você, e não importa o que aconteça, eu sempre vou estar com você, independente da distancia, brigar, porque tudo agente supera, e não podia pedir ninguém melhor que você
"Queria sentir de novo aquela adrenalina que me inundava ao fugir de madrugada ao teu encontro sem saber exatamente para onde iríamos. Queria sentir de novo aquele beijo doce tão amargo de recordações tristes só para me certificar, pela milésima vez, de que nosso gosto agridoce ainda é o meu favorito. Queria que fosse possível catar todas as ilusões em que me fizeste cair e, com elas, construir uma ponte a qual interligasse meu coração ao teu. Queria te dizer que o teu sorriso me deixa mais feliz que um feriado no meio da semana e que se for pra ganhar na mega sena, quero meu prêmio em forma de beijos teu. Queria que saudade fosse o nome do nosso animalzinho de estimação. Queria te fazer passar vergonha em meio ao público, elaborar uma declaração de amor, gritar para os quatro cantos do planeta que todo o teu encanto me pertence e só eu posso dormir com o teu moletom. Queria te mostrar que o céu é infinito, porém nada tão arrebatador tanto ver-te dormindo ao meu lado num dia qualquer. Queria te dizer que o brilho de uma constelação não equivale ao lampejo dos teus olhos mirando os meus. Queria poder te explicar que se cada pequena estrela fosse uma forma de demonstrar meu afeto por ti, o universo seria insuficiente para defini-lo. Queria salientar ao mundo que tu não me enlouqueces apenas quando puxa-me pela cintura, mas também quanto finge indiferença pelo simples prazer de provocar. Queria ter a coragem de confessar que os arrepios não são causados pelo frio quando nossos corpos interagem e nossas almas se entrelaçam. Queria calar-te com um beijo, alegrar-te com uma valsa, acalentar-te no inverno frio, mimar-te na primavera, abusar-te quando verão. Amar-te em todos os dias até o último do meu calendário. Te chamar de esfinge, desvendando tua mente, descobrindo o teu corpo, solucionando as charadas da tua alma, embalar-te como se fosse uma velha música suave e calma, levar-te comigo para qualquer lugar como se fosse brisa. Queria.. Partindo do pressuposto de que "Querer não é poder" , vivo das lembranças de um passado bom, presa no silêncio que o teu carinho genérico proporciona. Um caminho torturante de promessas ilusórias, palavras antecipadas e intenções subtendidas. Se ambicionar é real, prefiro suplicar o devaneio do meu pensamento infame. Te trazendo pra mais perto, sendo desonesta com os sentimentos novos deixando os antigos fazerem um carnaval em meu coração, redigindo uma orquestra de situações corriqueiras, impossíveis e sinceramente, abismada pelos detalhes irônicos inventados. Entretanto feliz. Minha felicidade paira como uma droga, alucinógeno dotado de nome e um sorriso lindo, onde o torpor é constante, a dormência é inebriante e a injeção é letal.."
O amor é a simples coincidência de um encontro,
É a espera paciente por um momento, quando a vida nasce.
É o futuro traçado ante a ideia de felicidade.
É o sonho mais comum, o mais sonhado.
Quem dera tivéssemos o poder de controlar o tempo.
Tempo do encontro, tempo da dor do desencontro
Aprendi desde cedo que para tudo na vida há um tempo certo, tempo de plantar, tempo de se colher o que plantou...
Quem dera pudéssemos controlar o tempo de um abraço e diluir no tempo o sentimento de vazio que aqui se faz.
Tenho por certo que o tempo tem sua maestria na dinâmica da vida, o tempo carrega consigo a sabedoria divina, a força exata que necessitamos para recomeçar, reinventar e entender que nosso desejo nada é, diante do tempo e do espaço que estamos.
Se cada estrela no céu é um amigo na Terra, a força do acaso e do encontro é uma constelação lumiar.
De que planeta você é?
Eu faço o que você quiser em troca do teu amor.
Posso te dar o que eu sou,
Amigo é um cobertor bordado de estrelas.
Eu me submerjo em mim mesmo e encontro um mundo. Aquele Eu que me conduz para mim mesmo, também é quem me mata...
Vou de encontro ao futuro,cantando as lembranças,que fizeram minha alma dançar, freneticamente de alegria.
Se até hoje eu te lembro, te falo, e te sinto, confesso: eu ainda te encontro em algumas canções, em algumas fotos. É fato. Eu fiquei com um pedaço da parte tua, por que foi minha um dia a parte inteira. Nada mais justo. Eu ainda me vejo naquele filme, correndo, brincando, sorrindo e sendo feliz na praia, na areia, no mar, mas a imensidão que se tornou essa distância, não há tempo que possa resgatar. Agora. Aqui. Não mais. Hoje, meu tempo é outro.
Encontro das Águas
Vê bem, Maria aqui se cruzam: este
É o Rio Negro, aquele é o Solimões.
Vê bem como este contra aquele investe,
como as saudades com as recordações.
Vê como se separam duas águas,
Que se querem reunir, mas visualmente;
É um coração que quer reunir as mágoas
De um passado, às venturas de um presente.
É um simulacro só, que as águas donas
D'esta região não seguem o curso adverso,
Todas convergem para o Amazonas,
O real rei dos rios do Universo;
Para o velho Amazonas, Soberano
Que, no solo brasílio, tem o Paço;
Para o Amazonas, que nasceu humano,
Porque afinal é filho de um abraço!
Olha esta água, que é negra como tinta.
Posta nas mãos, é alva que faz gosto;
Dá por visto o nanquim com que se pinta,
Nos olhos, a paisagem de um desgosto.
Aquela outra parece amarelaça,
Muito, no entanto é também limpa, engana:
É direito a virtude quando passa
Pela flexível porta da choupana.
Que profundeza extraordinária, imensa,
Que profundeza, mais que desconforme!
Este navio é uma estrela, suspensa
Neste céu d'água, brutalmente enorme.
Se estes dois rios fôssemos, Maria,
Todas as vezes que nos encontramos,
Que Amazonas de amor não sairia
De mim, de ti, de nós que nos amamos!...