Emmanuel Marinho Pao Velho
Acontecimentos divinos
…em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. —Filipenses 4:6
Com suprema sabedoria Deus conduz todas as coisas na criação e através dela, não apesar dela. Por esta razão, algumas respostas de oração são de difícil comprovação.
“Somente a fé atesta a veracidade desta afirmação,” C. S. Lewis escreveu: “Nenhuma prova empírica poderia confirmá-la.” Cremos que uma oração foi respondida, não por critérios científicos que o comprovem, mas porque temos fé.
A maioria das formas pelas quais encontramos Deus — a natureza, a Bíblia, a Ceia do Senhor, a igreja, outras pessoas — incluem objetos que podemos tocar. Todavia, o próprio Deus está no reino do espírito. A oração reflete essa diferença entre nós.
Apesar de podermos pedir a Deus que intervenha diretamente, não deveríamos nos surpreender se Ele respondesse de modo mais velado, cooperando com nossas próprias escolhas. Um alcoolista ora: “Senhor afasta-me da bebida, hoje.” A resposta a essa oração provavelmente virá do seu próprio interior — de uma decisão firme ou de um pedido de ajuda a um amigo leal — ao invés de algo sobrenatural, como as garrafas de bebidas alcoólicas desaparecerem do armário num passe de mágica.
Quer Deus intervenha de maneira sobrenatural ou nos dê a capacidade de obedecê-lo, confiamos em Seu caráter. Vemos uma parceria verdadeira, íntima e entrelaçada.
Uma parte importante da oração é a disposição em ser parte da resposta. Philip Yancey
Rico em Deus
…onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração. —Lucas 12:34
Acompanho as flutuações do mercado de ações e reflito sobre os efeitos do medo e cobiça. Um personagem de um filme dos anos 80 tinha esta filosofia: “A ganância, por falta de uma palavra melhor, é boa. Ser ganancioso é certo! A ganância funciona! […] a ganância [vai] salvar […] a América!” Que pensamento tolo!
Lembro-me daquela ocasião em que um homem pediu a Jesus que atuasse como mediador e fizesse seu irmão dividir a herança. Jesus recusou-se a atender ao pedido, mas foi além, fez um ato de bondade ainda maior pelo homem. Ele revelou a motivação por trás da solicitação do homem e suas consequências: “Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui” (Lucas 12:15).
Jesus então contou uma parábola sobre um homem que teve uma colheita abundante e começou a fazer planos para aumentar a sua riqueza e desfrutar dela. Jesus concluiu: “Mas Deus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será? Assim é o que entesoura para si mesmo e não é rico para com Deus” (Lucas 12:20-21).
O problema da cobiça é que no final das contas nossos bens se vão. Pior ainda — nós partimos. É melhor guardarmos tesouros no céu, investir em riquezas espirituais e nos tornarmos “ricos em Deus”
Nossa verdadeira riqueza é o que investimos na eternidade. David H. Roper
O outro lado
…Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina… —Tiago 4:14
Quando alguém disse ao meu amigo: “Vejo você daqui um ano,” soou estranho quando ele respondeu: “Sim, do outro lado.” Queria dizer que o veria do outro lado do desdobramento de uma operação militar, que duraria um ano. Todavia, como a expressão é frequentemente usada para referir-se ao céu, fez-me refletir sobre a incerteza da vida. E pensei: Quem estará aqui daqui a um ano? Quem poderá estar nesta época do outro lado — no céu?
Com certeza não sabemos o que o próximo ano — ou hora — trará. Em sua epístola, Tiago escreveu sobre esta incerteza, e repreendeu os comerciantes gananciosos por vangloriarem-se sobre o que fariam naquele dia, no dia seguinte ou no próximo ano (Tiago 4:13). O pecado deles não era fazer planos; era esquecer-se de Deus e de modo arrogante vangloriarem-se desses planos de negócios.
Tiago lembrou-lhes: “Que é a vossa vida? Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa” (Tiago 4:14). Um comentarista afirma que Tiago estava destacando a tolice deles e dizendo basicamente: “Venham agora, vocês que fazem planos — vocês nem mesmo compreendem quão pouco controle têm sobre a vida em si.”
Nenhuma parte da vida está fora do controle de Deus. Portanto, ao fazermos planos, lembremo-nos: “Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo” (Tiago 4:15).
Escreva seus planos a lápis e deixe a borracha com Deus. Anne Cetas
Envie a luz
Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis […] resplandeceis como luzeiros no mundo. —Filipenses 2:15
O empresário americano Mark Bent investiu 250 mil dólares no desenvolvimento e na fabricação de uma lanterna alimentada por energia solar, economicamente viável. Milhares delas foram distribuídas gratuitamente ou por baixo preço às pessoas que vivem em campos de refugiados africanos. Uma carga diária de energia solar fornece sete horas de iluminação, vital para as pessoas em seus lares, escolas e clínicas médicas, onde a escuridão incentivou a ocorrência de crimes e violência.
O contraste entre a escuridão e a luz é uma imagem que sobressai na apresentação bíblica de Jesus, o Messias. “O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz” (Isaías 9:2). “A vida estava nele [Jesus] e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela” (João 1:4-5).
Como seguidores de Jesus, hoje temos o privilégio de sermos os portadores da Sua luz. Paulo insistiu para que os cristãos de Filipos se tornassem “irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo” (Filipenses 2:15).
Em vez de termos medo ou sermos oprimidos pela escuridão espiritual que nos cerca, podemos confiar na graça que Deus concede aos Seus filhos para resplandecerem por Ele.
Jesus veio trazer luz ao mundo de escuridão. David C. McCasland
Jantar de reencontro
…Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro! —Apocalipse 19:9
Muitos chineses fazem grandes sacrifícios para participar do jantar anual que reúne as famílias. Celebrado na véspera do Ano Novo lunar, o jantar de reencontro geralmente acontece na casa dos pais ou do irmão mais velho.
Os chineses que trabalham no exterior precisam fazer suas reservas para a viagem antecipadamente visando garantir passagens para os voos lotados ou viagens de ônibus. Deixar de fazer reservas com antecedência significa correr o risco de perder o reencontro familiar.
A Bíblia fala de um jantar de reencontro ainda mais importante, no céu. Apocalipse 19:9 o chama de “a ceia das bodas do Cordeiro”. No entanto, ao contrário do jantar de reencontro do Ano Novo lunar, ninguém sabe a data deste evento, exceto Deus (Mateus 24:36). Nem precisamos nos preocupar em fazer reservas para a viagem.
Quem está convidado para este jantar de reencontro celestial? Todos aqueles que pertencem à família de Deus estarão lá, “aos que creem no seu nome [de Jesus]; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1:12-13).
Você estará no jantar de reencontro na eternidade? Você pode garantir seu lugar no banquete celestial confiando em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador hoje.
Crer em Cristo garante a salvação e a eternidade. C. P. Hia
Amor verdadeiro
Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. —João 13:35
Neste ano, o Ano Novo chinês e o Dia dos Namorados, que nos Estados Unidos e em alguns outros países é celebrado hoje, caem no mesmo dia. Embora estas duas datas festivas tenham origens bem diferentes, existem algumas semelhanças na forma de comemoração. Em ambos os casos, trocam-se presentes entre os queridos, como uma expressão do amor mútuo. Seja dando rosas a quem você ama no Dia dos Namorados ou hong bao (pacotes vermelhos com dinheiro) para familiares e amigos no Ano Novo chinês, eles representam símbolos de amor.
Nosso Senhor Jesus Cristo ordenou aos Seus discípulos “ameis uns aos outros”, pois “nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:34-35).
O amor que o Senhor quer que os Seus discípulos tenham uns pelos outros é diferente do amor romântico entre os casais que se amam, e o amor fraternal entre amigos e familiares. É um amor altruísta. A palavra grega que João usou no mandamento de Jesus é ágape — o tipo de amor divino que não espera nada em troca. Foi isso que Jesus mostrou aos discípulos quando Ele “deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos” (João 13:5). É o mesmo tipo do amor que Ele revelou quando foi até a cruz por nós.
Hoje, procure por alguém a quem você possa demonstrar amor altruísta assim.
Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo. —Gálatas 6:2 C. P. Hia
Definindo fracasso
Os quais, por meio da fé […] da fraqueza tiraram força… —Hebreus 11:33-34
Durante a Grande Depressão, muitos americanos moraram em vilarejos formados por tendas feitas de compensado, lonas e cobertores. Estas habitações frágeis conhecidas como Hoovervilles, abrigaram aqueles que foram forçados a abandonar seus lares. Muitos culparam o presidente Herbert Hoover pelas dificuldades econômicas.
Ironicamente, a aparente ineficiência de Hoover como líder contrastava nitidamente com as suas conquistas anteriores. Anos antes, seu profundo conhecimento em engenharia geológica o levou a projetos de mineração bem- -sucedidos, na Austrália e China. Liderou também esforços humanitários com sucesso. Todavia, quando o mercado de ações quebrou em outubro de 1929, o presidente Hoover estava sob circunstâncias além do seu controle. Ele estaria vinculado para sempre com a depressão econômica da década de 30.
Contudo, um grande fiasco não significa que a vida interia foi um fracasso. E se lembrássemos de Abraão apenas como enganador (Gênesis 12:10-20), Moisés como desobediente a Deus (Números 20:1-13), ou Davi como um assassino? (2 Samuel 11). Apesar de seus pecados, estes homens são lembrados pela fé perseverante que tinham: “Os quais, por meio da fé […] da fraqueza tiraram força” (Hebreus 11:33-34).
Nossa vida não é um fracasso se nos arrependemos dos nossos pecados. Deus ainda pode nos usar para servi-lo.
O sucesso, muitas vezes, surge das cinzas do fracasso. Dennis Fisher
Detectando toxinas
…há alguns que vos perturbam e querem perverter o evangelho de Cristo. —Gálatas 1:7
As cidades de São Francisco e Nova Iorque estão usando o peixe-sol para verificar a presença de toxinas em seu suprimento de água, que poderia ser um provável alvo de um ataque terrorista. Uma pequena quantidade de peixe-sol é mantida num tanque em algumas estações de tratamento, pois os peixes são sensíveis a desequilíbrios químicos em seu ambiente. Quando há uma alteração na água, os peixes-sol reagem contra ela.
Como estes peixes-sol, Paulo queria que os gálatas tivessem consciência e reagissem contra qualquer perturbação que envenenasse o “verdadeiro evangelho” que estava sendo anunciado. A toxina era definida como o falso princípio de que Deus garante a aceitação das pessoas e as considera justas com base em sua obediência a um conjunto de regras (especialmente a circuncisão e dieta alimentar). Em resumo, a obediência era necessária, independente da fé em Jesus. Esta falsa doutrina era uma perturbação que contaminava a verdade e os gálatas foram instruídos a reagir fortemente contra ela. Paulo disse que qualquer pessoa que pregasse um evangelho não baseado na graça unicamente pela fé em Cristo, deveria ser amaldiçoada. (Gálatas 1:8-9).
Estudemos fielmente as Escrituras para que possamos descobrir as toxinas dos falsos ensinamentos e proclamar a verdade da maravilhosa salvação divina através da fé em Jesus.
Se você conhece a verdade, pode discernir o que é falso. Marvin Williams
No lava car
Quando passares pelas águas, eu serei contigo… —Isaías 43:2
Jamais esquecerei da primeira vez que usei um lava car automático. Aproximei-me dele com o mesmo temor que sinto quando vou ao dentista, coloquei o dinheiro na máquina, nervosa verifiquei as janelas duas vezes, desacelerei o carro até a fila, e esperei. Forças além do meu controle começaram a mover meu carro para frente como se ele estivesse numa esteira rolante. Lá estava eu, enclausurada, quando uma forte rajada de água, sabão e escovas atingiu meu carro vindo de todos os lados. E se eu ficar presa aqui ou a água entrar? Pensei de modo irracional. De repente os jatos de água pararam. Após uma secagem a ar, meu carro foi empurrado de volta ao mundo exterior, limpo e polido.
Em meio a tudo isto, lembrei-me de alguns momentos da minha vida em que eu parecia estar em uma esteira rolante, vítima de forças além do meu controle. Eu agora as chamo de “experiências no lava car”. Lembrei-me de que sempre que passei por águas profundas meu Redentor esteve comigo, protegendo-me da maré que subia (Isaías 43:2). Quando saí do outro lado, o que sempre ocorreu, eu era capaz de dizer com alegria e confiança: “Ele é um Deus fiel!
Você está no meio de uma experiência como esta do lava car? Confie que Deus o levará até o outro lado. Você então poderá ser um testemunho brilhante do Seu poder sustentador.
Um túnel de provações pode produzir um testemunho brilhante. Joanie Yoder
Conte tudo
Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio. —Salmo 62:8
Um vendedor que me ajudou a comprar um pequeno gravador de voz digital, disse-me que quando trabalhava na Califórnia, tinha um gravador igual ao meu em seu carro. “No caminho de volta para casa depois do trabalho eu o ligava,” disse ele, “e falava sobre tudo que acontecera no trabalho naquele dia, bom ou ruim. Quando chegava à entrada da garagem, eu o desligava.” Então ele sorriu. Após contar tudo ao seu gravador, aparentemente ele não sentia a necessidade de comentar os problemas do dia com a esposa ou família.
Isso me fez lembrar quantas vezes, desnecessariamente, relatei meus problemas e decepções aos outros ao invés de contá-los a Deus. O salmista escreveu: “Confiai nele, ó povo, em todo tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio” (Salmo 62:8). Ele menciona duas vezes a questão de esperar em Deus, sua rocha e salvação (Salmo 62:1-2,5-7).
Embora seja tremendamente reconfortante compartilhar nossas dificuldades com um amigo, perdemos a maior ajuda se deixarmos de levá-las ao Senhor. Joseph Scriven expressou isso tão bem:
Em Jesus amigo temos mais chegado que um irmão.
Ele manda que levemos tudo a Deus em oração.
Oh! Que paz perdemos sempre.
Oh! Que dor no coração.
Só porque nós não levamos tudo a Deus em oração.
Onde quer que estejamos Jesus está apenas a uma oração de distância. David C. McCasland
Estacionado
Esperei confiantemente pelo Senhor; ele se inclinou para mim e me ouviu quando clamei por socorro. —Salmo 40:1
Estacionar meu carro é sempre um problema em minha vida. Na verdade, não era prioridade para meu instrutor de autoescola, portanto, nunca aprendi a dar ré em vaga de estacionamento até muitos anos mais tarde. Ele também pulou a lição sobre estacionamento paralelo e ainda evito fazer isso, a não ser que haja espaço para dois ou três carros.
Também lutei para compreender uma frase que ouvi quando era recém- -convertida: “Deus não pode conduzir um carro estacionado.” Aceitei como um desafio para colocar minha vida em movimento e no trajeto Deus me conduziria na direção certa. É um pensamento interessante, porém nem sempre Deus trabalha assim. De vez em quando Deus realmente quer que “permaneçamos estacionados” por um tempo.
Algumas vezes, quando Moisés estava no deserto, Deus manteve os israelitas num lugar. Ele os guiava através de uma nuvem, e ao detê-la por muitos dias “os filhos de Israel […] não partiam” (Números 9:19). Esperar nem sempre é fácil, mas às vezes Deus quer que permaneçamos onde Ele nos colocou. O salmista escreve: “Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração […]” (Salmo 27:14).
Pode ser que você se sinta atolado e patinando em seu serviço a Deus. Contudo, mantenha o coração aberto para Ele dirigir. E você estará pronto para partir quando Deus disser “Vamos por aqui.”
Deus comanda a nossa caminhada e nossas paradas. Cindy Hess Kasper
Direção certa
Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna. —João 6:68
Uma das experiências mais difíceis que tive na época quando fui pastor foi contar a uma senhora que era membro da nossa igreja que o seu marido, seu filho e seu sogro haviam se afogado em um acidente de barco. Eu sabia que a notícia destruiria sua vida.
Nos dias que sucederam suas trágicas perdas, fiquei impressionado com a fé incomum e a reação dela e de sua família. Com certeza, havia profundo quebrantamento, dúvidas atormentadoras e confusão. Porém, quando nada mais fazia sentido, eles ainda tinham Jesus. Ao invés de abandoná-lo em meio aos dias desesperadamente difíceis, correram a Ele como única fonte de esperança e confiança.
Faz-me lembrar a reação dos discípulos perante Jesus. Depois que alguns deles “o abandonaram e já não andavam com ele” porque era difícil compreendê-lo (João 6:66), Jesus voltou-se para o seu círculo mais próximo e perguntou: “Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?” (v.67). Pedro compreendeu bem e respondeu: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (v.68).
Não importa o que você estiver enfrentando hoje, encoraje- -se pelas palavras de Pedro e pelo exemplo de uma família que passou pelo fogo e manteve a sua fé intacta. Desde que você corra na direção certa — para Jesus — encontrará a graça e a força necessária.
Quando tudo estiver perdido, lembre-se que você não perdeu Jesus — corra para Ele. Joe Stowell
Soldados dispensados
…a esperança não confunde… —Romanos 5:5
Servi muitos anos nas Forças Armadas e sempre fui grato por poder dedicar aqueles anos ao meu país. No entanto, tenho que dizer que a época mais memorável do meu período de serviço foi o breve intervalo em que me tornei um soldado “pronto para a dispensa”.
Estes são soldados que têm apenas algumas semanas de serviço pela frente antes de dar baixa. Eles passam seus últimos dias em processo de desligamento — visitando o escritório do comissário e do mestre quarteleiro para pagar suas pendências e devolver equipamentos. A lembrança mais vívida que tenho desse período é o ritmo autoconfiante e o espírito alegre e despreocupado com o qual cumpria as minhas tarefas. Tinha as minhas obrigações, mas não me preocupava muito, pois sabia que estava voltando para casa.
Agora que tenho mais idade, sou outra vez, um soldado “pronto para a dispensa”. Não vai demorar muito para que eu seja desligado dos meus deveres aqui. Mais uma vez sinto boa disposição e o meu espírito está leve, porque sei que muito em breve irei para casa. Era isso que Jesus e Seus apóstolos chamavam de “esperança” (Atos 24:15; Romanos 5:2,5).
Esperança, no sentido bíblico, significa certeza e segurança. É a firme e inabalável fé invencível de que seremos ressuscitados dos mortos (como Jesus foi) e seremos acolhidos em nosso lar eterno. É o suficiente para neste dia, alegrar o nosso coração e nos fazer saltar!
O Cristo ressurreto virá do céu para levar aqueles que lhe pertencem. David H. Roper
Culto pagão
…[Paulo] parece pregador de estranhos deuses; pois pregava a Jesus e a ressurreição. —Atos 17:18
Durante uma viagem ao distante Oriente, visitei um santuário insólito feito de centenas de estátuas. De acordo com o nosso guia, os adoradores escolhiam a estátua mais parecida com um antepassado e oravam para ela.
Alguns anos atrás, li sobre um estudante cujo nome era Le Thai. Ele cultuava seus antepassados e encontrava grande conforto em suas orações para sua querida falecida avó. Como rezava para alguém que conhecia e amava, considerava isto como algo pessoal e íntimo.
Porém, quando veio do Vietnam para estudar nos Estados Unidos, Le Thai conheceu o cristianismo. Parecia um conto de fadas baseado no pensamento americano. Para ele, era como cultuar um Deus estrangeiro (veja Atos 17:18).
Nessa época um amigo cristão o convidou para passar o Natal na casa dele. Ele viu como aquela família cristã se relacionava e mais uma vez ouviu a história de Jesus. Le Thai ouviu. Leu em João 3 sobre o “novo nascimento” e fez perguntas. Começou a sentir o toque do Espírito Santo, e compreendeu que o cristianismo era verdadeiro. Le Thai confiou em Jesus como seu Salvador pessoal.
Quando um amigo enxerga o cristianismo como um culto pagão, precisamos respeitar sua herança cultural enquanto compartilhamos o evangelho com generosidade, dando-lhe tempo para descobrir mais sobre o cristianismo. E então confiar no Espírito para fazer Seu trabalho.
Deus é o único Deus verdadeiro. Dave Branon
Autenticidade
Em tudo recomendando-nos a nós mesmos como ministros de Deus: na muita paciência, nas aflições, nas privações, nas angústias. —2 Coríntios 6:4
Uma vendedora de antiguidades achou que o cartão de beisebol já amassado que encontrou pudesse valer dez dólares. Após colocá-lo à venda em um site, começou a imaginar que talvez valesse mais do que pensava. Retirou a venda do site e consultou um avaliador profissional, que confirmou que aquela foto no cartão era de 1869, e exibia a primeira equipe de beisebol profissional dos Estados Unidos, o Cincinnati Red Stockings. O cartão foi vendido por mais de 75 mil dólares.
Em um artigo escrito sobre este fato, o jornalista Mike Osegueda informou que apesar do cartão estar amassado e desbotado, o mais importante era sua autenticidade — era o cartão verdadeiro.
Paulo e seus companheiros sofreram muito enquanto divulgavam o evangelho. Em 2 Coríntios 6, ele enumerou suas provações externas, suas características internas e seus recursos espirituais (vv.4-7). Tente imaginar as circunstâncias nas quais tudo isso ocorreu — espancamentos, paciência, prisão, bondade, sofrimentos, amor. Apesar de feridos fisicamente, destruídos emocionalmente e provados espiritualmente, a autenticidade da sua fé em Cristo resplandeceu claramente. “Entristecidos, mas sempre alegres; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo” (2 Coríntios 6:10).
Em nossa caminhada com Cristo, não há nada que substitua a autenticidade espiritual — ser verdadeiro.
Não há substituto para a autenticidade. David C. McCasland
Imagine isso!
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro […] que maneja bem a palavra da verdade. —2 Timóteo 2:15
Meus amigos e eu estávamos aguardando, ansiosamente, por uma chance para contemplar uma coleção de arte sobre o filho pródigo que retornou ao lar para um pai que o perdoa (Lucas 15). Quando chegamos ao balcão de informações, reparamos nos folhetos, livros e numa placa que apontava para as obras de arte.
Sobre a mesa também havia um prato com pão, um guardanapo e um copo. Cada um de nós ficou imaginando particularmente qual poderia ser o significado do prato. Perguntamo-nos se representava a empatia da comunhão entre o filho pródigo e seu pai, quando ele voltou para casa. Porém, ao examinarmos mais perto, simultaneamente, percebemos que alguém tinha deixado um prato sujo sobre a mesa de exposição. E não era pão , mas sobras de barra de cereais! Todos nós estávamos enganados.
Demos boas risadas, mas depois, isso me fez pensar sobre como às vezes imaginamos mais do que realmente está escrito ao lermos a Bíblia. Contudo, ao invés de pressupormos que a nossa especulação está correta, precisamos ter certeza que nossa interpretação se encaixa nas Escrituras como um todo. Pedro disse que “nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação” (2 Pedro 1:20). À medida que dependermos do ensino do Espírito, de um estudo cuidadoso do contexto, e da sabedoria de teólogos respeitados, evitaremos enxergar na Palavra algo que nem foi escrito.
Um texto fora do contexto muitas vezes é um pretexto perigoso. Anne Cetas
Sob novas ordens
…Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. —Mateus 22:37
O empolgante romance de Herman Wouk sobre a Segunda Guerra Mundial A Corte Marcial do Motim Caine (1964, Editora Teatro) contém uma excelente ilustração sobre o que acontece quando alguém se torna seguidor de Cristo.
No romance, um jovem, de família influente, alistou-se na Marinha. No dia da sua apresentação, sua mãe o leva em seu carro luxuoso e lhe dá um beijo de despedida. Ele cumprimenta o guarda enquanto entra no prédio e a porta se fecha atrás dele.
A mãe, repentinamente preocupa-se com a possibilidade do filho não ter dinheiro suficiente e corre até a porta. Porém, ela é educadamente barrada pelo guarda. Quando ela exige entrar, ele recusa-se a permitir sua entrada. Ela consegue ver o filho lá dentro, e tenta alcançar a maçaneta. “Ele é meu filho!” grita ela. O guarda retira gentilmente a mão dela da maçaneta e diz com delicadeza: “Eu sei senhora, mas agora ele pertence à pátria. Ele é um marinheiro.”
Quando cremos em Jesus Cristo e nos tornamos Seus seguidores, estamos sob nova autoridade. Estamos sujeitos a novas ordens. Agora pertencemos a Ele. Aquilo que algum dia considerávamos importante perde seu significado. Avaliamos as coisas de maneira diferente. O nosso novo desejo é amar e servir ao Senhor de todo nosso coração (Deuteronômio 6:5-6). Você já juntou-se ao Seu exército?
Os seguidores de Cristo recebem dele as ordens para marchar. David C. Egner
Força na fraqueza
…quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva. —Mateus 20:26
Ninguém quer ser fraco, por isso encontramos maneiras de parecer fortes. Alguns de nós usamos a força das nossas emoções para manipular pessoas. Outros utilizam a força da personalidade para controlar pessoas e outros ainda usam o intelecto para intimidar. Embora estas atitudes criem a ilusão de aparente força, na verdade são sinais de fraqueza.
Quando somos verdadeiramente fortes, temos a coragem de admitir nossas limitações e reconhecer que dependemos de Deus. Consequentemente, a verdadeira força muitas vezes se parece muito com a fraqueza. Quando o apóstolo Paulo orou para que o espinho fosse retirado dele, Deus respondeu: “A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (2 Coríntios 12:9). Paulo respondeu com palavras perturbadoras: “quando sou fraco, então, é que sou forte” (v.10).
Ao final do ministério de Jesus na terra, alguns dos Seus discípulos brigavam por posições de destaque. Jesus usou seus argumentos como uma oportunidade para ensiná-los, que em Seu reino as coisas são diferentes: a grandeza surge quando estamos dispostos a assumir posições humildes (Mateus 20:26).
Esta é uma dura verdade. Prefirimos a ilusão da força à realidade da fraqueza. Entretanto, Deus quer que percebamos que a verdadeira força vem quando paramos de tentar controlar as pessoas e, ao invés disso começamos a servi-las.
Maior poder divino pode ser revelado em nossas maiores fraquezas. Julie Ackerman Link
A terra da velhice
Ora, se alguém não tem cuidado dos seus […] é pior do que o descrente. —1 Timóteo 5:8
No livro Another Country (Outro País) a autora Mary Pipher encontrou pessoas entre os 70 e 90 anos que estavam enfrentando situações diversas na vida.
A autora escreveu: “Queria […] compreender a terra da velhice, Não estamos organizados de forma a facilitar o envelhecimento.” A raiz do problema, ela observou, é que os jovens e os idosos se tornaram segregados, para detrimento de ambos os grupos.
Esta tendência social não é necessariamente intencional. No entanto, muitas pessoas realmente ignoram e rejeitam suas responsabilidades pelos idosos. Nos tempos de Jesus, os fariseus encontraram maneiras criativas de evitar seus deveres familiares. Em Marcos 7:9-13, Jesus condenou uma prática comum entre eles, de dedicar seus bens materiais a Deus (declarando- -as como Corban) ao invés de usar seus bens para sustentar os pais. A tradição deles violava o mandamento de honrar pai e mãe.
Nossos filhos, o trabalho e atividades na igreja podem nos levar em muitas direções. Contudo, isso não nos isenta de honrarmos nossos pais idosos, provendo-lhes o sustento necessário, dentro das nossas possibilidades (1 Timóteo 5:8). Quando chegar nossa hora de entrarmos na terra da velhice, vamos esperar que tenhamos dado o exemplo correto para que os nossos próprios filhos possam segui-lo.
Aprendemos a honrar nossos pais através do exemplo. Dennis Fisher
Deus está aqui
[O Senhor] sara os de coração quebrantado, e lhes pensa as feridas. —Salmo 147:3
Lígia e suas duas filhas estavam a ponto de ser despejadas da casa onde moravam. Embora Lígia cresse que Deus podia socorrê-las, até o momento, Ele não havia dado nenhum indício de como faria isso. Ela se perguntava: Onde está Deus? Enquanto ia dirigindo para o tribunal de justiça, orava pedindo a intervenção de Deus. Então ouviu um cântico no rádio que dizia: “Deus está aqui! Que o amargurado de coração cante de júbilo.” Será que essa poderia ser a garantia de Deus que ela estava ansiosa para receber?
Na sala do tribunal de justiça, Lígia compareceu diante do juiz, ouviu sua decisão e assinou os documentos legais, mas Deus ainda não havia lhe dado a resposta.
Ao dirigir-se ao seu carro, um caminhão parou ao seu lado. “Senhora”, disse o motorista, “Ouvi seu testemunho lá no tribunal, e creio que Deus quer que eu a ajude.” E ele a ajudou. Geraldo colocou Lígia em contato com uma senhora de uma igreja local, que foi capaz de trabalhar com as partes envolvidas para reverter o processo, possibilitando que ela e as meninas pudessem permanecer em sua casa.
Quando as pessoas perguntam: “Onde está Deus?” a resposta é: “Bem aqui.” Deus trabalha através de cristãos como Geraldo, que continuam o trabalho que Jesus começou — curando corações quebrantados e tratando suas feridas (Salmo 147:3).
Quando amarmos Deus — serviremos as pessoas. Julie Ackerman Link
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