Emmanuel Marinho Pao Velho
Fazer aniversário não é ficar mais velho, é completar mais um ano de vida bem vivido... Fazer aniversário é receber o afeto dos amigos e familiares... Fazer aniversário é ter história e estória pra contar... Fazer aniversário é momento de festa e alegria...Fazer aniversário é uma dádiva... Fazer aniversário é simplesmente dizer que a vida é bela e vale a pena ser vivida...
Algo respira tímido, mas com fôlego nos pulmões. E aquele velho adeus, está sempre quase pronto no aceno do sonho.
Antigo Jardim
Num mundo distante
há tempos esquecido
um velho baú trancado:
Sonhos e segredos perdidos...
No antigo jardim solitário
O rio guarda a lágrima errante
que se perde, que se encontra
Quando menos se espera: o instante.
Face à sombra que bem se mostra
Quem dera antes fosse luz exposta.
Publica-se a alma. Declara-se o sonho.
Sentimento esmaecido
revela-se doente e ferido,
Abraça por hora teu anjo
que em seu coração a chave lhe entrega
E ao deleite de um fino arranjo
em sussurros a névoa dispersa.
Voe para além da montanha...
Desperta! Recupera o tempo ofendido,
Renove a face de tua esperança
E acredite: ela é maior e vai além,
Além de um mundo distante...
Eu não sei o que dizer sobre você, me deixou, arrebentou as veias desse velho coração e me tornou mais vulnerável do que antes e foi você quem prometeu que queria me ver forte, olha pros meus olhos e vê que minhas forças tentam se renovar, mas elas vêem sentimentos como abjetos, você não sabe o que eu poderia sentir.
Talvez a culpa seja não só sua, seja minha, porque calada eu sofri, eu não escrevi poesia ou música eu permiti que toda essa minha parte obscura tomasse conta de mim, que me enforcasse e me tomasse de um jeito que jamais permiti.
Você não pode ver, mas eu estou sofrendo,não estou chorando, não estou me sentindo mal mas eu sei que isso não vem de mim, isso não sou eu e que toda minha benignidade não conseguiu sobreviver. Eu não consigo olhar direito nos olhos das pessoas e isso me apavora mais do que qualquer outra coisa.
Eu estou sofrendo mas não parece porque eu criei um buraco negro dentro de mim, ele está no lugar do coração, ele sugou minhas lágrimas e minha benevolência , ele criou asas se é que é possível, e lá dentro dele existe um ser que devora almas pronto para pegar a minha.Sim, eu ainda tenho uma alma, só que é ela que me torna pura, engraçada e me fez ter esse buraco horrível no lugar do coração, algo que criei mas não consigo controlar, ele se revoltou, quer sugar tudo mas eu não suportaria, então tirei o coração, tirei o buraco e joguei no rio, no lugar mais profundo e deixei lá, mas parece que outro está nascendo no lugar, eu não quero afetar este. Eu quero que ele cresça forte e saudável, eu quero dá-lo à você e saber que mesmo que você não o queira você irá devolve-lo por inteiro, porque você é uma boa pessoa.
Obrigado por tudo!
Grito para o meu velho eu
E tudo o que ele me mostrou
Que bom que você não ouviu quando o mundo estava tentando me atrasar
Ninguém poderia me controlar
Deixei meus amantes sozinhos
Tive que estragar tudo antes que eu realmente pudesse me conhecer
(Old Me)
A LENDA DO LOBO BOM X LOBO MAU
“Uma noite, um velho índio falou ao seu neto sobre o combate que acontece dentro das pessoas.
Ele disse:
– A batalha é entre os dois lobos que vivem dentro de todos nós. Um é Mau. É a raiva, inveja, ciúme, tristeza, desgosto, cobiça, arrogância, pena de si mesmo, culpa, ressentimento, inferioridade, mentiras, orgulho falso, superioridade e ego.
O outro é Bom. É alegria, fraternidade, paz, esperança, serenidade, humildade, benevolência, empatia, generosidade, verdade, compaixão e fé.
O neto pensou nessa luta e perguntou ao avô:
– Qual lobo vence?
O velho índio respondeu:
– Aquele que você alimenta!”
Essa historinha é muito simbólica. Os dois lobos são as nossas emoções positivas e negativas. Essas nossas emoções são causadas pela nossa forma de pensar, portanto, o lobo que alimentamos é uma escolha nossa. Às vezes temos a impressão que o mundo nos virou as costas e que todas as coisas ruins só acontecem conosco, no entanto isso pode não ser uma verdade absoluta, mas como nós entendemos os fatos. Se pensarmos que as pessoas são ruins e que querem nos prejudicar, enxergaremos o mundo com essas lentes e provavelmente encontraremos evidências que reforcem essa ideia, mesmo que ela não seja verdade.
Essas idéias negativas nos proporcionarão emoções negativas de tristeza, raiva,vingança …. No entanto, mesmo tendo vivenciado algo ruim podemos entender que foi um azar, ou que as pessoas que nos proporcionaram algum mal, não o fizeram intencionalmente… Se pensarmos assim estaremos flexibilizando nossos pensamentos e alimentando o nosso lobo bom que nos trará emoções positivas. Essa atitude nos proporcionará um círculo virtuoso. Pensar bem nos faz sentir bem e agir bem.
Que tal experimentar alimentar o lobo bom dentro de você?
Sabe o que é o melhor?
Desapegar do velho e descobrir o novo, deixar o que te faz mal para trás, tando as pessoas quanto as coisas, bom mesmo da vida é levá-la sendo o mais leve possível...nada de amagoas, tristezas, recentimentos, rancor ou vingança no coração. A melhor forma de mostrar superação é esquecer.Esvazie a memória com as coisas que te fez mal, tire o qu tem de melhor de todas as situações que você passou, lembre sempre da parte boa, quanto a ruim...converta-a e arquive como experiência.
Disse -lhe um velho sábio: três coisas não deveis esquecer em toda sua trajetória de vida:
1 - Quem tu foste?
2 - Quem tu és?
3 - Quem tu poderás vir ser ainda?
QUEM DEIXOU MEUS PAIS ENVELHECEREM?
Meus pais não são velhos. Quer dizer, velho é um conceito relativo. Aos olhos da minha avó são muito moços. Aos olhos dos amigos deles, são normais. Aos olhos das minhas sobrinhas, são muito velhos. Aos meus olhos, estão envelhecendo. Não sei se lentamente, se rápido demais ou se no tempo certo. Mas sempre me causando alguma estranheza.
Lembro-me de quando minha mãe completou 60 anos. Aquele número me assustou. Os 59 não pareciam muito, mas os 60 pareciam um rolo compressor que se aproximava. Daqui uns anos ela fará seus 70 e eu espero não tomar um susto tão grande dessa vez. Afinal, são apenas números.
Parece-me que a maior dificuldade é aprendermos a conciliar nosso espírito de filho adulto com o progressivo envelhecimento deles. Estávamos habituados à falsa ideia que reina no peito de toda criança de que eles eram invencíveis. As gripes deles não eram nada, as dores deles não eram nada. As nossas é que eram graves, importantes e urgentes. E de repente o quadro se inverte.
Começamos a nos preocupar- frequentemente de forma exagerada- com tudo o que diz respeito a eles. A simples tosse deles já nos parece um estranho sintoma de uma doença grave e não uma mera reação à poeira. Alguns passos mais lentos dados por eles já não nos parecem calma, mas sim uma incômoda limitação física. Uma conta não paga no dia do vencimento nos parece fruto de esquecimento e desorganização e não um simples atraso como tantos dos nossos.
Num dado momento já não sabemos se são eles que estão de fato vivendo as sequelas da velhice que se aproxima ou se somos nós que estamos excessivamente tensos, por começarmos a sentir o indescritível medo da hipótese de perdê-los- mesmo que isso ainda possa levar 30 anos.
Frequentemente nos irritamos com nossos pais, como se eles não estivessem tendo o comportamento adequado ou como se não se esforçassem o bastante para manterem-se jovens, vigorosos e ativos, como gostaríamos que eles fossem eternamente. De vez em quando esbravejamos e damos broncas neles como se estivéssemos dentro de um espelho invertido da nossa infância.
Na verdade, imagino eu, nossa fúria não é contra eles. É contra o tempo. O mesmo tempo que cura, ensina e resolve é o tempo que avança como ameaça implacável. A nossa vontade é gritar “Chega, tempo! Já basta! 60 já está bom! 65 no máximo! 70, não mais do que isso! Não avance, não avance mais!”. E, erroneamente, canalizamos nos nossos pais esse inconformismo.
O fato é que às vezes a lentidão, o esquecimento e as limitações são, de fato, frutos da idade. Outras vezes são apenas frutos da rotina, tão naturais quanto os nossos equívocos. Seja qual for a circunstância, eles nunca merecem ter que lidar com a nossa angústia. Eles já lidaram com os nossos medos todos- de monstros, de palhaços, de abelhas, de escuro, de provas de matemática- ao longo da vida. Eles nos treinaram, nos fortaleceram, nos tornaram adultos. E não é justo que logo agora eles tenham que lidar com as nossas frustrações. Eles merecem que sejamos mais generosos agora.
Mais paciência e menos irritação. Menos preocupação e mais apoio. Mais companheirismo e menos acusações. Menos neurose e mais realismo. Mais afeto e menos cobranças. Eles só estão envelhecendo. E sabe do que mais? Nós também. E é melhor fazermos isso juntos, da melhor forma.
O rio corre por mar, o pobre para o rico, o velho para o jovem, o fraco para o forte e a vida para a morte.
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