Emmanuel Marinho Pao Velho
O pouco com Deus é muito
O muito sem Deus é nada
Já diz o velho ditado
Muitos se enganam
Vivem pela ambição
desprezam um pássaro na mão
preferem esperar
por aquele que ainda
está a voar
Uma oportunidade desprezada
é flecha atirada
que não volta jamais
aproveite ao máximo
cada oportunidade na estrada
Dali é que pode surgir
uma nova porta a se abrir
Cada oportunidade
Mesmo que não pareça grande
seja ela simples , seja insignificante
esteja atento
àquilo que cruzar seu caminho
tenha sabedoria
pois ali pode estar o ninho
onde ovos de ouro
podes encontrar.
editelima 60
Fevereiro/2025
MEU VELHO DIÁRIO
Fizeste um juramento
Parece que ainda estou escutando
Tuas palavras declamando
Mas virou pássaro e partiu ao vento...
E ficou apenas o zumbido
Dos versos da tua poesia
Tão lindas quando me dizia
Sussurrando em meu ouvido...
Tudo isso ficou no passado
Uma sombra um retrato oculto
Às vezes até imagino ver teu vulto
Desisto- Fecho as páginas e deixo guardado...
Chorar ou sorrir eu nem sei explicar
Melhor é esquecer
Quem um dia só me fez sofrer
Se a tristeza chegar mando-a passear...
Nas páginas do meu velho diário
Ficará para sempre trancado
Palavras fingidas de um falso apaixonado...
Autoria- Irá Rodrigues
Formada entre os trilhos da antiga estação, a rosa resistia ao tempo, ali não passa mais o velho trem de prata, antes passava; os de madeira tratada, ha muito não se ouve o soar dos sinos na estação e o barulho dos vagões e o zumbido da locomotiva; seu encanto ficou nas lembranças dos dormentes e britas entre os matagais das vias marginais. Crianças felizes das antigas fazendas, cresceram seus filhos agora correm diante das lembranças de seus pais, não ha contos melhor nem cantigas ou histórias que façam reviver o que o tempo consumiu e fez a rosa murchar, agora como o tempo, calmo e sereno, vez ou outra aparece quem nos conte um bom e agradável causo que nos traga alegria dos bons tempos que ouvi falar.
Foi bonita a festa, pá
Fiquei contente
Ainda guardo renitente
Um velho cravo para mim
Já murcharam tua festa, pá
Mas certamente
Esqueceram uma semente
Nalgum canto de jardim
Luto,
Faço de mim vestimentas de silêncio,
Enterro meu velho eu,
Poupo à mim e a ti,
Não queria estar aqui,
Sobrevivo,
As margens de um eu falido,
Cigarro aceso,
Queimando a brasa,
Fazendo fumaça,
Câncer.
CÓDIGO DE BARRO
Tenha sempre a prudência, o velho tino
de saber que não sabe tão profundo
sobre a vida; os mistérios; o destino;
as verdades de agora e de além mundo...
Se nem sei de qual dom sou oriundo,
vim brincar de viver; eis o menino
sob a capa do sábio moribundo
que descobre-se apenas um cretino...
Saibam todos que nosso tudo é nada,
somos terra batida nesta estrada
viciada - nos traga igual cigarro...
Não voamos além do próprio chão,
nem viemos dotados de visão
para ler nosso código de barro...
O vento balançou
de leve o velho
e tranquilo salgueiro,
e o luar de prata
devagar iluminou
a floresta verdejante
na bela montanha.
Em busca de alguém
há quem ainda cante
a esperança de início,
e também de reinício.
É fato que vivemos
num mundo dançando
em pleno precipício,
O importante é
nunca parar de sonhar.
Em busca do mundo
ideal há quem ainda
persista na esperança
de que ninguém desista.
O luar de prata balançou
de leve o vento
iluminou o salgueiro,
e a floresta de esmeralda
ficou mais radiante
na imponente montanha.
Em busca do giro
perfeito que dance
o Universo inteiro
e que ele de mim
não te faça esquecer,
porque para nós há tempo
e o destino me traga até você.
E ele sabia também o que o velho estava pensando enquanto suas lágrimas corriam, e ele, Rieux, pensava também: que um mundo sem amor é um mundo morto e sempre chega uma hora em que se está cansado das prisões, do próprio trabalho e da devoção ao dever e tudo o que se deseja é um rosto amado, o calor e a maravilha de um coração amoroso.
O fato de não conseguir matá-lo (velho homem) em um único mergulho, é razão suficiente para conscientizar-me que é necessário uma vida toda nas profundezas de Deus.
É assim que funciona, fica velho e vai embora: quanto mais tralhas pessoais o homem acumular e se firmar nelas, mais cedo enferruja, perde a qualidade do brilho, e sendo ele instrumento que não se deixar passar pela renovação da mente, se distancia de família, do próximo e, principalmente de Deus.
Outra vez já se vão três da manhã e meu corpo se recusa a parar mesmo estando velho e bem menos agil, tento convencer meu corpo de que ele precisa repousar pois daqui à pouco uma porta irá se abrir e alguém irá precisar dele outra vez.
Chamaram ele de velho, e com um sorriso ele perguntou,pobres crianças, quantos anos vocês acham que tem a vossa alma?
CHACAL
Ó Cerrado! ó velho de bravura!
Ó cruel e implacável vastidão!
Que propina solidão ao coração
E ao silêncio lágrimas mistura!
Pois a melancolia, onde é chão
Abre em secura, arde a tristura
Na quietude tal duma sepultura
A dor viva de um atroz bordão!
Tal o contraste! agridoce figura
Aridez, e flores na contramão
De saudades no vazio em jura!
Ó Natureza! Ó Divina criação
Alegria e tristeza em conjuntura
Nasce a privação e brota a ilusão...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
início de setembro, 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
VELHO GOIÁS
Olha os ipês no cerrado, mais belos
Do que as da estação da chuvarada
Tão antigos, tanto mais belos, nada
mais magnificante... e tão singelos!
Os brancos, os rosas e os amarelos
Nos galhos, a cantiga da passarada
E o frágil das flores no chão arriada
É o velho Goiás nos seus paralelos
Toca o berrante, boiadeiro e boiada
Carro de boi, os seus causos e viola
Assim, assim vão todos pela estrada
No suor da terra a mão do capataz
Cidade grande e também a aldeola
É o espírito do chão do velho Goiás...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp