Emmanuel Marinho Pao Velho
Você está que nem chuveiro velho..?
Não está nem ligando e quando liga, nem esquenta..??
Ps: "Chuveiro velho pode ser reparado."
O velho coração podre que não deixa eu ir além disso, de dizer que tudo é um engano e que é só uma crise. Mas você não iria voltar.
[Des]amor moderno
Vejo que as pessoas já estão percebendo que o velho amor está com a data de validade quase vencida. Os casais cada vez mais pensam no “eu” e se esquecem do “nós”. Cobram por amor “full time”, mas não estão dispostos a doar-se inteiramente por esse mesmo amor que esperam. Querem o “feedback” da atenção que não dão.
Companheirismo, paciência e tolerância com os defeitos do parceiro não têm mais espaço. Cederam seus lugares ao desejo de um “amor mercadológico” e instantâneo: tenho tudo o que quero, experimento, uso, jogo fora ou troco por um modelo melhor na hora que eu quiser. “Delivery” de amor, 24 horas.
Os relacionamentos seguem o rumo do “fast-food”. Traduzo ao pé da letra: comida rápida. Muitas vezes cobram a lealdade do parceiro, mas não querem prender-se a uma única pessoa, já que há tanta oferta barata por aí. E tão barata e fácil, que aquele belo “amor à primeira vista” já deu lugar ao “amor à prazo”.
Sim, e o prazo é curtíssimo: é quase um amor descartável, encontrado aos montes por “research” nas redes sociais. Ganha quem conseguir o maior “time per person”, não necessariamente nessa ordem. Por fim, a maioria quer tornar-se um “freelancer” no quesito amor.
A casa vira uma empresa, o casamento um “bem de consumo”. E dependendo da sua sorte você fica com os bens. Vocês já devem saber: até uma lei que facilita o divórcio foi criada há pouco tempo. Eles também devem estar prevendo que amor se tornará uma “instituição falida”, então preferem facilitar.
Alias, alguém falou de amor? Até quando essa palavra fará sentido? Em breve, uma nova reforma ortográfica vai eliminar de vez esse vocábulo de livros e dicionários. E as declarações de amor? Se já não foram extintas, serão tão raras e rápidas que vão ser dignas de “retweet”.
E é bem provável que, se algum dia, você recebeu alguns buquês de flores ou presentes, quem entregou peça um “recall”, mas sem devolução. O único problema seria se resolvessem pedir um recall dos bombons também...
A “deadline” do amor parece mesmo estar próxima. Sei lá, quando tudo era mais simples o amor parecia mais perene. A modernidade tem aberto um notável espaço para o desamor. Na verdade não é culpa dela. Acho que antes os recursos, ou melhor, as pessoas, sim, eram mais “humanas”.
Quanto a mim? Sei lá, talvez meu amor até exista, não desacredito nessa hipótese. Mas por enquanto, permaneço em modo “standy by”.
Tentei te dar consolo
Quando seu velho homem te decepcionou
Como um tolo, me apaixonei por você
Você virou meu mundo inteiro de cabeça pra baixo
Quanto mais velho o político fica, mais distante do revolucionário de sua juventude se torna e mais parecido com seus torturadores se parece.
O parâmetro
O jovem olha para o velho o ancião e pensa, será que chegarei a essa idade?
O velho olha para o jovem o menino e pensa, como que passou tão rápido!
Solilóquio de um visionário
Para desvirginar o labirinto
Do velho e metafísico Mistério,
Comi meus olhos crus no cemitério,
Numa antropofagia de faminto!
A digestão desse manjar funéreo
Tornado sangue transformou-me o instinto
De humanas impressões visuais que eu sinto,
Nas divinas visões do íncola etéreo!
Vestido de hidrogênio incandescente,
Vaguei um século, improficuamente,
Pelas monotonias siderais...
Subi talvez às máximas alturas,
Mas, se hoje volto assim, com a alma às escuras,
É necessário que inda eu suba mais!
LAURA
Era manha de domingo
Acordei cedo fui lê aquele velho livro ao som das águas do mar
Sempre lhe via passar, caminhando no calçadão de forma espojada, mas parecia estar com o raciocínio trabalhando constantemente... Passava ali naquele mesmo horário todos os dias eu já não ia, mas para lê e sim vê-la.
Nesse dia foi diferente
Hoje o livro por algum motivo que eu não me lembro qual, estava mais interessante por isso passei a prestar menos atenção, já que meus olhares diários não eram correspondidos
Até que ouvi um suntuoso: bom dia!
Escutei aquela voz que ousava me interromper na minha leitura diária e respondi: _ Bom dia!
Quando olho aquela menina, mulher de perto, estávamos tão próximas que meus sentidos ficaram atordoas diante daquela presença a qual desejava há tanto tempo ao meu lado
Seu olhar finalmente correspondeu ao meu e foi de uma intensidade inexplicável que me dizia mais do que ela mesma podia imaginar, me sorria de forma faceira e intrigante sabia o que causava em mim.
Os meus pensamentos todos os dias lhe deu um nome diferente, era ora de desvendar esse mistério
Então, quebrei o silêncio: qual o seu nome?
Sem desviar o olhar ela respondeu: LAURA
Oh! Laura foi assim que te conheci
Admirei-te tanto e por um tempo que será indeterminado
Laura me perdoe pela despedida que é tão dolorosa, mas é necessária
Não sei ser de uma só pessoa por muito tempo
Não me julgue! Te peço não me julgue
Não sabes a dor que é ser do jeito que sou
Laura, que nome lindo e como tu és bela
Me encanto toda vez que você sorrir pra mim dessa forma
LAURA: “_Você partiu meu coração!”
Não diga isso, quando te conheci não sabias o que era o amor
Hoje tens amor de sobra dentro de te
Hoje é por mim
Amanha será por outra pessoa
Minha queria não é o fim
Depois verás que não é o fim
Há muito mais lá fora do que podes imaginar
Te dei só um aperitivo
Agora vai e descobre onde estar tua sobremesa.
Chinelo Velho
Quem nunca se perguntou se existe o felizes para sempre, ou se almas gêmeas se encontram, ou até mesmo onde está sua alma gêmea para viverem felizes para sempre.
É sabido que não existe uma pessoa feita para outa, mas sim aquela que te faça feliz independente das diferenças, dos defeitos. Pessoa perfeita não existe, existe aquela que sonhamos e idealizamos que julgamos que seria a nossa metade.
Todos buscam a felicidade, e muitas vezes projetamos a idealização dela naquela pessoa que chegaria e mudaria nossa vida de ponta a cabeça. É normal termos esses tipos de devaneios, mas, o medo e a racionalidade mantêm nossos pés no chão.
Já que a sombra de relacionamentos anteriores, o medo de compromisso entre outros freiam nossos sentimentos.
A vida é cheia de surpresas não devemos criar expectativas, e sim, aproveitar as oportunidades ao lado não daquele príncipe encantado, mas sim, ao lado daquele chinelo velho que as vezes pode estar ao nosso lado e não percebemos!
OUTRA VEZ
O velho sentado aporta pergunta por que a ingratidão de um coração promove a dor daqueles que sabem o que é o perdão, ele vê o sentido da toda sua vida perdido, quando nos seus pensamentos vê que os dias que ele passa sentado ali naquela calçada não diz respeito à maioria das proezas que por ele foram feitas.
Ele se pergunta pelo respeito, que só existe hoje, na sua maioria, na imposição da ignorância, e ele lembra-se de velhos tempos onde se amava para sempre, quando o amor era tratado com responsabilidade, e ele viu isso passar e se transformar na baderna dos casais do dia-a-dia.
Mais ele acredita que ainda existe gente que pensa como ele, que não deixa a malícia dos olhares nem a insegurança tomarem conta de se, ele lembra-se de cada momento difícil e deixa essas lembranças bem vivas para sempre se lembrar de onde veio e o que se tornou.
Quando sentares na calçada da sua vida lembre-se de que enquanto aplaudimos os palhaços da nossa vida a vida do palhaço também para ouvindo a ovação, nos libertar dessa passagem e seguir viagem é a realidade dura, que às vezes maltrata, existem fases na vida que podiam durar pra sempre.
Com a idade a dúvida aumenta e aquele velho cheio de respostas já sabe que ainda não aprendeu tudo, e que assim como a maioria das coisas tornou-se passado, ele sabe que tudo pode mudar, e apesar das idas e vindas ele ainda acredita que o amor é pra sempre.
Quando se deita e abraça um corpo que quente, o coração se aquece de ternura, os dias vão passando e a compaixão aumenta mais e mais, e o amor se completa, como a alma do poeta que cria e recria história a mão do tempo com o senhor dos destinos vai desenhando em nossas vidas as charges, as fotos, os quadros das passagens das cenas da vida real.
E na consciência de quem ama fica gravada as sensações de prazer relembradas através de palavras chaves que abrem as portas dos nossos sentimentos, a providência sublime acontece quando do lado de quem se ama se pode ter o prazer de sentar a frente de uma velha lareira em noites de inverno e olhar o passado das boas lembranças e rechear a vida de sonhos novos.
Às vezes se faz questão por tão pouca coisa, e destrói-se uma vida inteira por nada, o pior e fazer essa descoberta após tudo estar perdido, o que foi perdido não se recupera mais, o que foi dito não se apaga, um segundo depois de agora já é passado e não muda mais.
Mais importante que reconhecer a derrota e ser humilde o suficiente para perdoar o inimigo, e aprender com ele onde você falhou, a vida não acaba aqui, é mais fácil derrubar a casa e reconstruir que deixar que o teto desabe sobre sua cabeça.
Eu agradeço a você por me fazer diferente a cada dia e fazer a diferença pra mim, obrigado pela sinceridade e pelas verdades que me diz, pelo olhar compreensivo e pela força que me faz viver, obrigado por ser tão acolhedor, por segurar as minhas mãos quando meus joelhos e dobram, obrigado por você passar em frente a minha rua e por deixar a minha vida mais feliz, e obrigado por isso e por um milhão de motivos que me faz querer estar ao seu lado.
O VELHO E O MENINO.
Autor : Soélis Sanches
Era manhã, começava o raiar de um novo dia, resolvi ir até à janela do apartamento, e, então, eu vi um menino correndo pela calçada todo sorridente, seus pezinhos e suas mãozinhas encardidos pelas sujeiras eram sinais de que há muito tempo não viam um sabonete e uma água.
No aglomerado de pessoas entre aqueles arranha-céus, uns passavam pelos outros e nem notavam que aquele pequeno personagem infantil era um de nossos semelhantes.
Suas roupinhas maltrapilhas deixavam à mostra parte de suas necessidades, e as pessoas que o viam correr pela calçada feliz da vida pouco se importavam.
Mais adiante vi também um senhor barbudo, suas vestes estavam tanto quanto sujas ao da pequenina criança que corria pela calçada. Estava eu, na janela de meu apartamento observando aqueles dois personagens, e não enxergava mais nada além daquelas figuras, não conseguia ver a multidão que transitava pela rua, meus olhos apenas vislumbravam o velho e a criança.
Fiquei imaginando como dois seres que nada tinham podiam ser tão felizes. Também vi quando o garotinho estendeu suas mãozinhas imundas, e pediu a um transeunte que lhe desse uma moeda. O homem abanou as mãos em atitude de reprovação, e ameaçou ainda, a jovem criança.
Da mesma forma, ao passar diante do velho barbudo e maltrapilho fez novamente ameaças ao ouvir o pedinte suplicar-lhe por uma moeda.
Meus olhos, por uns instantes se dirigiram à mesa que estava logo atrás de mim, e vi como o meu café da manhã era farto.
Resolvi colocar em uma sacola algumas fatias de pão com manteiga.
Na geladeira, servi-me de algumas frutas também, e decididamente, saí à rua para levar aquele pouco para o velho senhor e a pequenina criança.
Entreguei as frutas e as fatias de pão, ao velho e à criança, que avidamente se apoderaram e os devoraram com um apetite voraz.
Suas alegrias eram tantas que não sabiam como me agradecer.
Nunca em toda a minha vida me senti tão feliz e realizado como naquele momento.
Todo o meu interior era felicidade pura !
Voltei ao apartamento, troquei de roupas e dirigi-me ao trabalho com a minha moto. Começava a chover, e em uma determinada curva do caminho perdi o controle e fui me chocar contra um poste, foi a única coisa que me lembro na vida. O resgate chegou imediatamente, e levaram-me para o hospital onde fiquei em coma por vários dias.
Então, duas figuras apareceram-me em visão, o velho maltrapilho e a pequenina criança, que sorrindo me falaram :
“Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mateus 7:20).
Embora inconsciente, percebi que estava diante de DEUS, imediatamente recuperei-me dos traumas do acidente e chamei pelos médicos.
Ficaram perplexos ao notarem como eu havia me recuperado, já que meu estado de saúde era crítico. Passei por uma bateria de exames e nada constataram, e, sem o que terem para explicar, me deram alta hospitalar.
Então compreendi, que DEUS atua em nossa vida de uma forma que nós não conseguimos enxergar, as vendas que colocamos nos olhos, quais sejam : da ambição, do orgulho, do preconceito e do desprezo, não nos permite ver além da materialidade e das aparências.
Não espere que DEUS venha rotulado de terno e gravata para te abençoar, Ele, certamente, retornará da forma mais humilde que possa imaginar.
A humildade diante de DEUS se estende aos nossos atos perante às pessoas com as quais convivemos.
Jamais me esqueço que sonhei um dia
Que numa tarde quente de um janeiro
Um velho homem de expressões grosseiro
Uma carruagem pobre conduzia
Nessa carruagem muita carga havia
E o bicho que puxava não ligeiro
Trazia marcas em seu corpo inteiro
Pois que o seu dono tanto lhe batia.
Furiosa ao ver tal ato vergonhoso
Um fogo me subiu e, em tom honroso
Comprei-lhe o bicho e disse: “não se esqueça
“O mundo gira e, então, não perca o siso
“O mesmo fado provedor do riso
“Torná-lo pode um dia o que padeça”.
Ultimamente tenho vivido uma máxima: mais velho por óbvio, todavia quando me sinto mais fraco algo mais mais forte acontece.
NUNCA SOLTEI....
Sempre passeei com os meus três filhos quando eram pequenos, o mais velho, a do meio e a caçula...
Não sei se eles se lembram, mas pegava em suas mãos e caminhávamos aqui ou ali, tomar sorvete, comer pipoca... coisas assim que participamos com as crianças...
Mas eles crescem, ganham autonomia, governando suas vidas com os seus próprios meios.
O primeiro chega um dia já com os seus 18 é diz: "Pai to indo"
Aí eu aperto, bem apertado, sua mão a minha, ele solta, mas o meu aperto foi tão forte que minha mão ficou grudada a dele, nunca soltei... ainda que ele tenha ido....
Dali uns tempos chega a do meio, toda faceira e cantarola, dizendo, pai "vou casar", mais uma vez minha mão aperta com força a mãozinha dela... Mas nunca soltei, e sua mão ficou colada a minha....
Tempos depois, e tudo isso de maneira precoce, a caçula... Sai também do lado, e se vai longe para outro estado, mais uma vez, minha mão aperta forte a sua... expressando o meu coração choroso que insiste em afirmar aos três... NUNCA SOLTEI
