Emmanuel Marinho Pao Velho
Motos grandes, mulheres novas e uma aventura por dia. 
Se possível mais de uma.
Assim foi a minha juventude e a de tantos outros da louca, dourada, intensa, também chamada juventude transviada.
Já não somos jovens, nem as mulheres tão novas, as motos menores são imprescindíveis para que a gente mantenha a necessária agilidade.
Assim é a maturidade, a gente percebe que a aventura não é o único caminho nem a maior emoção, que tamanho não é documento e que a leveza, das motos e da alma podem levar mais longe, que só é preciso acelerar.
Ilusão, conhecimento e realidade.
Jovens começando a vida descobrem o mundo pelos seus próprios olhos, vislumbrando um futuro promissor.
Nem poderia ser diferente. Só a experiência dos anos mostra a realidade.
As diferenças começam a aparecer ainda no banco da escola, início à nítida percepção de que, contrariando a regra divina, que também foi adotada pelos homens, não somos todos iguais.
“Pois quanto maior a sabedoria maior o sofrimento; e quanto maior o conhecimento, maior o desgosto.
Eclesiastes 1:1-18”
Cada viagem é uma viagem, cada alvorada é diferente da outra e o pôr do sol é sempre único todos os dias nas nossas vidas, por mais que possam parecer, porque nada nem ninguém é o mesmo num outro dia.
Viajar é mais do que comer e beber bem. Viajar é ver com os próprios olhos as coisas que os homens criaram por séculos e séculos com os dons que Deus lhe deu.
Povos de todas as religiões, alguns prósperos e ordeiros, outros miseráveis e beligerantes. Construções suntuosas e palafitas imundas, o culto ao magnânimo ou ao ocultismo quase sempre com a finalidade de explorar os mais humildes.
Viver bem é uma arte!
Inveja e felicidade.
Não compactuar com a felicidade dos outros pode ou não ser inveja.
Talvez seja uma comparação mesmo involuntária, onde se constata que cada um tem uma vida e que a de uns pode ser considerada boa ou melhor que a da maioria, mesmo que pouco tenham feito por merecê-la, e que outros tenham nascido ou adquirido algum problema, limitação ou falta de sorte, que os façam, aos olhos de alguém, menos dotados ou privilegiados por não ter, não conhecer ou não saber.
Não compactuar com a felicidade dos outros pode não ser inveja em alguns casos, na maioria é.
Ser confiável.
Depois de certa idade observar o mundo é a melhor escola. 
Ver como as outras pessoas vivem, tentar melhorar sempre e se necessário for, nivelar o próprio comportamento por cima, nunca por baixo.
O crescimento que aperfeiçoa dá prazer a quem cresce e causa boa impressão e admiração naqueles com quem se convive.
Ser confiável é uma das maiores virtudes do homem.
Diretas já!
Indiretas são recados mal dados que quando chegam à pessoa certa já levam demonstração de que quem mandou não tem coragem suficiente para dizer alguma coisa na cara para não ter que discutir um assunto que na maioria das vezes é frágil e não comporta uma discussão séria e isso é uma forma confessa de covardia.
Covardes nunca devem ser levados a sério e o recado mal dado pode causar mais estrago quando outro tipo de indivíduo, tão desinformado quanto o missivista, acha, erroneamente, que a indireta foi para ele ou ela e é imerecida.
Recado mal dado e mal entendido além de não atingirem o objetivo podem alertar possíveis amigos, da possibilidade de serem as próximas vítimas. 
Indiretas para um grupo de pessoas só potencializam os efeitos acima descritos
Se a humanidade percebessem que estão sendo manipulados entrariam em guerra contra o sistema, e não contra eles mesmos.
Bali.
Sempre ouvi falar de Bali, tenho algumas esculturas e dois ou três Budas oriundos, que segundo me contaram podem atrair fortuna. Sou fã das estampas bem coloridas nas tradicionais cangas, para usar como fundo para as fotos da nossa loja.
Nunca pensei em visitar a Indonésia porque é bem longe e há lugares mais próximos onde ainda quero ir e voltar a Sydney era um projeto remoto, mas confesso que sempre pensei nisso. 
Foi preciso que a oportunidade juntasse muita coisa para que essa viagem me trouxesse a Bali como escala no Rhapsody of The Seas, nesse cruzeiro de quarenta e oito noites.
E que surpresa, ver coisas que eu nunca tinha visto e nem poderia imaginar, pois as fotos não fazem justiça a outras facetas do lugar, que não as praias paradisíacas.
Não saberia por onde começar, mas a ilha tem poucas ruas, uma dúzia de avenidas largas e milhões de habitantes que trafegam loucamente pela mão de direção inglesa o que deixa tudo ainda mais confuso. Os carros são de todos os tipos, mas essencialmente motos de pequena cilindrada, não raro com três passageiros. Existem no mínimo três ou mais motos para cada carro.
Por sorte pegamos um guia balinês que falava um inglês bem claro para turistas e pude entender tudo o que ele falou. E como falou esse senhor…. Foram quase cinco horas, com rápidas paradas para nos mostrar uma fábrica de roupas tradicionais de Bali, um mercado de “tudo quanto é coisa” e uma fábrica de joias.
Incrível a espiritualidade desse povo, onde em todas as casas existe um altar, com os deuses que recebem diariamente oferendas de frutas e outras comidas que não pude identificar, 
Os altares, todos visíveis da rua, são construções muito bonitas, grandes e altas, com imagens enormes, talhadas em pedras de vários tons, sendo algumas negras em pedras vulcânicas.
A balburdia no trânsito parece não ser grande problema para o povo acostumado, mas o guia contou que o número de acidentes é muito grande e faz mais vítimas graves e fatais do que em qualquer parte do mundo, o que não duvido.
Milagrosamente o ônibus não atropelou dezenas de motos e incrivelmente, ninguém xinga nem reclama, cada um continua impassível seu caminho.
Nem sei porque comecei esse texto pois já sabia que seria impossível explicar Bali desse jeito, mas recomendo, pois é longe, mas eu garanto que você nunca viu nem consegue imaginar quando é legal e que sensação gostosa é estar aqui.
Como eu disse, foi apenas uma escala de um dia, mas quem sabe um dia eu volto.
O destino não é imutável.
Há os que nasceram pobres e se tornaram ricos e alguns voltaram a ser pobres.
O homem bom pode se tornar mau, mas pode voltar a ser bom. 
Pode existir sucesso alcançado de maneira injusta e desonesta, mas haverá, certamente, um julgamento final, onde só os justos e os honestos terão sucesso.
´Destino é o lugar para onde a gente vai mas também como a gente vai.
A vida não é um caminho que a gente trilha, é uma estrada que a gente constrói.
Estradas podem ser estreitas ou largas, curtas ou compridas, seguras ou perigosas.
Todos percorremos essa estrada para chegarmos ao destino, pela qualidade da obra que fizermos. 
Não há atalhos, caronas ou manobras, no caminho que leva a Deus.
Corruptos e corruptores.
Saber quem começou esse crime que tem atrasado e destruído cidades, nações e civilizações é a mesma coisa que tentar descobrir quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha.
Vastíssimo, o assunto sempre terá opiniões divergentes ou algo a acrescentar, mas o resultado é fácil ver que quanto menos corrupção, mais desenvolvimento e no Guarujá, no Brasil e em muitos outros países enquanto o povo se preocupa com os tostões, os políticos roubam os milhões.
Nunca houve governo sem corrupção, mas nas últimas administrações, não houve governo, só corrupção.
Primeiras impressões.
Ao conhecemos alguém, fazemos um primeiro julgamento pelas roupas que veste, pelas palavras que usa, o que ela nos pergunta e as respostas que nos dá. 
Dependendo das atitudes que toma, comparamos automaticamente em registros sensoriais, como agiríamos em seu lugar.
Essa primeira e rápida impressão pode ter grande margem de erro e depois de algum tempo, a gente pode ver que as aparências enganam, que nós nos enganamos e que muitas vezes as pessoas enganam a gente.
No papel e nos sonhos não há limites.
O papel aceita tudo e nos sonhos a gente pode ser quase tudo, de super herói a super bandido e não fosse um despertar assustado, poder-se-ia passar maus bocados.
Já saltei de paraquedas, já estive em tiroteio, já fui rei, rico que nem o Eike Batista e….bem, deixa pra lá, esse era um sonho que virou pesadelo.
Dizem que a gente sonha muito com coisas do dia a dia, pode sonhar com um ente querido que já está morto e isso quer dizer…. O que quer dizer mesmo? Não lembro, não sou de dar bola para crendices e até prova em contrário sonho é só sonho e torço para não ter os do tipo pesadelo.
Amanda Palma vive sonhando que está trabalhando, que vendeu milhares de biquínis, teve que embrulhar cada um e aí acorda cansada, mas de vez em quando sonha que ganhou na loteria e esse um sonho que eu espero que ela realize, rssss…
Como eu disse, não costumo lembrar dos sonhos, mas
vira e mexe Amanda me acorda e diz que eu estava chutando. Não sei qual era a encrenca da vez, mas nessas horas estou sempre ofegante e assustado e é um alívio ser acordado, pois já parei com essas disputas a socos e pontapés na vida real faz muito tempo.
O papel aceita tudo. Jornais e revistas continuam a publicar tudo que acontece no mundo. 
Pouca coisa de sonho, só desgraça, a vida vista pela maioria da imprensa parece pesadelo.
Graças a Deus!
As vezes eu acredito que há mais do que simples coincidência em alguns acontecimentos.
Hoje ou ontem, (confesso estou perdido com o calendário), estivemos e Phuket na Tailândia e dentre quase uma dezena de excursões promovidas pelo navio havia uma para conhecer O Grande Buda, um templo sob uma escultura gigante de cerca de sessenta metros de altura desse Deus que pouco conheço.
Foi esse passeio que Amanda escolheu e passou os dois dias anteriores falando nisso, ansiosa como poucas vezes a vi.
Eu não diria que Amanda é crédula nem mística, mas acredita piamente em Deus, seja lá a forma que ele possa ter e sua prática religiosa é ser boníssima. 
Às vezes até a chamo, por brincadeira, de Bispa Amanda, pois está sempre pronta a ajudar alguém da maneira que for, ouvindo problemas que nem sempre pode ajudar ou resolver.
Vou encurtar a história pois cada um deve acreditar e pesquisar por conta própria pois nesses assuntos religiosos, penso que cada um tem ou não a sua crença e será despertado ou não, para o que lhe estiver reservado.
Sob O Grande Buda há um altar e Amanda entrou só.
Momentos depois voltou radiante,ainda mais do que já é e me contou que sentiu “algo” muito forte. Perguntei se tinha sido bom e ela disse que sim, muito bom.
O passeio foi ótimo, e voltamos ao navio onde vi um recadinho no meu Facebook da minha sobrinha Priscilla Guzman alertando que nesse dia é comemorado a Lua cheia de Maio do Buda.
Faz uma hora, ainda de madrugada, acordei pensando naquilo e como faço costumeiramente, abri o Facebook onde vi um recado da minha amiga Lica que transcrevo:
– Exatamente em 04/05 é celebrada em todo o mundo a lua cheia de maio que nos dá a oportunidade de nos sintonizarmos com a luz amorosa do divino para podermos nos desenvolver cada dia mais em busca de iluminação! Este dia é comemorado o nascimento, iluminação e deixada de corpo de Buda, um dos grandes mestres que passou por este planeta! Plenamente Abençoados!!
Lica Eliana
Estou sinceramente impressionado e achando que essa é uma daquelas situações em que há mais do que simples coincidência
Para quem possa interessar, coloco link de uma de muitas publicações que falam da comemoração.
http://www.anjodeluz.com.br/wesakcelebracao.htm
Cingapura
Não há como explicar Cingapura com poucas palavras e pelo que andei lendo dessa cidade-Estado, nem livros podem mostrar claramente a alguém sua grandiosidade, sem que se conheça, ainda que pouco seu povo, suas edificações e as obras que construiu em cerca de cem anos.
Como a gente vive de comparações, ainda que seja para concluir que uma coisa não tem nada a ver com outra, meu sentimento maior hoje foi de que eu não tenho vergonha de ser brasileiro, tenho pena de ser brasileiro pelas oportunidades que nos roubaram, pelas coisas que não temos, não fizemos e não vamos ter nem fazer, porque em Cingapura tudo foi criado sob a égide da lei, da ordem, da ética, do respeito ao próximo e da vontade de um povo, tão sofrido como o nosso, mas que tem brio e sabe se fazer respeitar.
Aves de penas raras II
Éramos um bando. 
Parecíamos voar nas motos velozes, usávamos as mesmas calças jeans, camisetas regatas, botas, jaquetas de couro e óculos Ray Ban modelo aviador. 
Capacete só para viajar, quase sempre com uma garota bonita e modernosa, daquelas que podiam dormir fora de casa, o que não era comum na época. 
Praia do Itararé, Campos do Jordão e Rio de Janeiro eram os destinos preferidos. 
Naquela época a gente ia e voltava com um pé nas costas, hoje, da minha parte, seria ida e volta com dor nas costas.
Nosso bando não tinha chefes, mas uns se destacavam mais do que os outros porque eram fortes e bonitões e esse era o caso do Vitinho. Por um tempo seu apelido foi James Dean. Rebelde, mas nem tanto, arrumadinho como poucos, novidadeiro, tinha um ótimo emprego no Banco do Brasil e era modelo fotográfico e de passarela nas horas vagas, pegava as melhores e mais lindas modeletes, as cobiçadas por todos e logo as tirava do mercado namorando quase sério.
Mas o forte do Vitinho era ser amigo de verdade e sei que continua igual pelas informações das aves remanescentes.
Quanto às garotas, tenho visto as fotos dele com mulheres lindas e mais velhas, deixou de lado as cocotas e continua adepto das famosas, mas casar que é bom nada, afinal, não é fácil colocar um astro e uma estrela no mesmo espaço.
Outro dia vi as fotos da casa nova do Vitinho e está um show, caprichada como seus carros, suas motos e suas namoradas.
Daqui para frente não vai ser fácil escapar do primeiro casamento, o que o torna um herói, pois a maioria das aves já está no segundo ou terceiro acasalamento.
Que boa lembrança eu tive hoje do Vitinho, grande amigo e companheiro
Estaremos viciados na internet?
Vivo pendurado num computador, no ultrabook ou iphone, ou com eles pendurados em mim.
Dizem que no futuro os bebês já nascerão com equipamento para acesso.
Será que estou viciado? Todos estamos? Ficaremos? Isso faz mal? Acaba com a comunicação familiar e amigos ou só muda e facilita?
Talvez seja tarde para discutir isso, porque os contra e os a favor, cada dia terão novos e fortes argumentos para concordar ou discordar. 
Sou dos que defendem o acesso irrestrito e meu argumento é de que qualquer equipamento desses substitui muitos outros.
Dicionário, telefone, carta, bilhete, recado, aviso, telegrama, sinal de fumaça, livro, jornal, revista, toca fitas, toca discos, toca CD, rádio, TV, diário, livro caixa, carro para ir ao banco, às compras de qualquer coisa, perto ou longe, em qualquer lugar do mundo e por aí afora.
Quem viajou na época em que só se reservava hotel nas agências de turismo ou pelo telefone deve estar rindo agora que a gente já nasce com tudo na mão, ou na ponta dos dedos. 
Quem teve que pegar um ônibus para ir a uma biblioteca fazer uma pesquisa está comigo e sabe porque.
O mundo está literalmente nas nossas mãos, nos nossos dedos e bem debaixo dos nos nossos olhos e sendo assim, dou por findo meu monólogo discursivo, não aceito nenhum argumento e vou já colocar meu telefone para despertar, com horário programado para o Siri Lanka onde estarei amanhã.
Conectado!
Reflexão.
Presenciar a revelação dos sentimentos humanos é sempre uma experiência grata.
A tristeza arrasadora ou alegria arrebatadora são explosões que o ser humano sente e proporciona, não havendo quem possa ficar apático, salvo se lhe faltar sensibilidade.
Alegria, tristeza, paixão, ódio, emoção e reverência andam junto nessas lembranças.
Fossemos esquecer ou criminalizar grandes nomes da história por causa de alguns dos seus pecados, certamente teríamos menos livros e eles menos páginas.
Melhor lembrar os homens pelos seus feitos do que condená-los por poucos mal feitos.
Esquecidos, por merecimento, são os que pouco ou nada fizeram.
Assim é a vida, assim são os homens, assim foi feita a história, pelos coadjuvantes da criação do Universo, obra prima de Deus.
A vida é curta e cercada de incógnitas.
Sem certezas absolutas, a gente vive com previsões não confirmáveis, futuro improvável e esperanças remotas.
Os realistas aguardam dias melhores, os otimistas se decepcionam e para os pessimistas o que vier é lucro.
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