Emmanuel Marinho Pao Velho
Algumas mulheres usam saias tão curtas, calcinhas tão pequenas e decotes tão grandes que a economia de pano daria para andar com uma fronha na bolsa para esconder a cara na hora H.
Castigo.
No dia a dia a gente encontra pessoas que se acham certas, mesmo que estejam erradas. Sabem tudo, discordam de tudo, sempre acham alguma coisa errada no que a gente fala ou faz.
Você nunca vai me encontrar numa discussão dessas.
Como num passe de mágica sumo deixando a pessoa falado sozinha.
Mas quando você escreve e publica é diferente, os chatos aparecem do nada, você escreve uma coisa e eles entendem outra, dão palpite onde não foram chamados, acham que você esqueceu de mencionar uma coisa ou não deveria ter escrito outra. Nesse caso é melhor não responder nem polemizar.
Há também leitores atentos e com opiniões válidas e esses são importantes pois a gente nunca sabe tudo e aprende com isso.
Sempre existe a possibilidade de apagar o que os chatos escrevem e bloquear os inconvenientes.
Um bom texto não impõem uma ideia, tenta mostrar que qualquer assunto pode ter uma ou mais abordagens e coloca a própria.
Você não precisa concordar com um texto, mas se acrescenta subsídios às suas ideias, permitindo que você reforce pontos fracos, corrija algo que não está muito bom, mude para melhor ou aprenda qualquer coisa, você aproveitou o texto e então ele é um ótimo texto.
Quanto aos chatos e inconvenientes, o castigo deles é serem como eles são.
Vinte e dois de maio de dois mil e quinze.
Os dias nunca são iguais e nós jamais seremos os mesmos.
Todo dia o mundo muda um pouco e todo dia a gente muda com ele.
Algumas vezes sentimos por uma fração de segundo, momentos de dúvida, de surpresa, de confusão ou de indecisão, algo que parece uma lembrança, uma coisa que já vimos, alguém que a gente já conheceu, um lugar que já estivemos, momentos que já vivemos.
Essa impressão pode vir com algumas sensações.
Pode ser boa, de que já resolvemos um problema ou de preocupação, porque teremos que viver novamente uma experiência ruim.
Tudo,quase sempre com muita ansiedade.
Os franceses têm uma palavra para isso: dèjà vu.
Vinte e três de maio de dois mil e quinze.
Os dias nunca são iguais e nós jamais seremos os mesmos.
Viver em sociedade.
Tenho sérias dúvidas para conviver em sociedade nos dias de hoje.
No Google você encontra mil e um conselhos.
Calma, educação e paciência ocupam sempre os primeiros lugares.
Levam em conta um padrão mínimo de comportamento, nível de educação e a obrigação de manter as aparências, custe o que custar.
Morar no mesmo prédio, frequentar o mesmo clube, estudar na mesma escola me parece padrão razoável.
Mas imagine você indo morar numa dessas favelas, ainda que de bairro chique, com paredes de lata, papelão e madeira, janelas que são simples aberturas com cortina de plástico, tendo como vizinha uma mulher com seis filhos menores que nunca frequentaram a escola e o marido na cadeia, preso por latrocínio, onde vai ficar por uns bons anos.
Ops!!! Fui longe demais e não era lá que eu queria chegar.
Há um ditado que diz que você tira o indivíduo da favela, mas não tira a favela do indivíduo.
Mas o que dizer do vizinho ao lado, profissional liberal famoso, um casal de filhos universitários, a mulher voluntária de três vezes por semana num dos maiores hospitais de São Paulo.
Vira e mexe esquecem tudo e partem para a agressão física e verbal e eu tenho que aguentar o barraco.
Se eu for reclamar é capaz de tomar uns tiros,como aconteceu recentemente em São Paulo.
Sugestões aqui mesmo ou para meu e-mail:
somefodo@nunguetomais.com.br
Vidente boa deveria ser rica, casada e feliz.
Elas prometem mostrar o caminho da fortuna, afastar as rivais, trazer de volta o amor perdido e o que mais você sonhar.
Só que não, diria Amanda Palma que nunca foi de frequentar ciganas e advinhas.
Também, com um marido sincero, fiel, rico, bonito e modesto como eu, pra quê?
Abandonar o navio!
Foram quarenta e oito noites, doze países, vinte e cinco cidades e a alternância de incríveis sonhos com inimagináveis realidades.
Há quem ainda acredite que os navios balançam.
Não os modernos, o movimento deles embala, a incrível tecnologia de navegação estabiliza e os potentes motores levam os passageiros, enquanto se divertem, comem como se estivessem nos melhores restaurantes internacionais assistem shows que poderiam estar em qualquer teatro das mais famosas cidades do mundo e dormem plácidos, de um porto a outro.
Antes de embarcarmos a pergunta dos amigos eram sempre as mesmas:-quarenta e oito noites? Será que vocês vão aguentar? Não enjoa? Dentro de um navio?
Nenhuma resposta, que um só texto possa dar a pista será suficiente do que é embarcar em Sydney e desembarcar em Istambul com histórias que poderiam dar à Sherazaade subsídios para mais mil e uma noites.
O sonho não acabou!
Muito trabalho pela frente e novos projetos para outras viagens.
Afinal, somos dos muitos que já descobriram que:
- Navegar é preciso!
Não me olhe assim, por favor!
Não tenho resposta pra sua dor
Nem sei se sou vendaval ou paz
Mas, sei que não há rancor.
Apenas uma sombra que não se desfaz
Insiste esse sol em não se pôr...
Tivemos tudo, foi tudo bom demais
Mas, como tudo, também passou...
Para morrer basta estar vivo.
Há dias em que morrem mais notáveis do que em outros.
Essa semana foram vários nomes expressivos.
A notícia aparece primeiro na internet, depois na TV, nos jornais e logo depois nas revistas semanais e mensais.
Se forem artistas, suas pinturas e esculturas sobem de valor e se forem escritores, músicos e cantores seus livros e discos somem das prateleiras, logo aparecendo as edições especiais, comemorativas da vida, da obra e morte do famoso.
O assunto logo é esquecido pela mídia voraz que vive de assunto vivo e mortes recentes e se o famoso for muito famoso, poderá ser lembrado depois de um ano, depois de cinco, dez e algumas vezes tem sido comemorado o centenário da morte de alguns deles.
Há uns poucos pobres, incultos e miseráveis que quando morrem são assunto e manchete.
Moradores de rua esfaqueados e bandidos são manchete, mas para eles não há lembrança que dure mais do que a do jornal diário, num prova inequívoca que a igualdade entre os homens é pura balela e que nem todos são, nem nunca serão iguais, a não ser perante a Justiça Divina, que iguala na morte o que nunca foi igual em vida.
Pouco sabemos do prêmio ou do castigo que nos espera, mas há os que garantem que o inferno de uns é aqui e agora.
Eu e você, o Brasil e o Dunga.
Não vi ninguém criticando duramente a seleção nem o Dunga nesse curto período onde o Brasil ganhou onze vezes, de seleções tão medíocres quanto a própria.
Todo mundo sabia que mais dia menos dia a casa cairia, mas até aí a seleção e todos os envolvidos ganharam fortunas.
A casa caiu e o Brasil, que reclamou dos 7x1 contra a Alemanha, reclama agora do 1x0.
Nenhuma novidade.
Tido como celeiro do mundo, beneficiado pela natureza, pelos grandes rios e matas, livre de grandes catástrofes e acidentes meteorológicos e geológicos, o Brasil deveria ser o pulmão do mundo, o salvador da pátria, mas está morrendo de sede por desperdiçar a água, se afogando na fumaça da poluição e das queimadas, na indústria nordestina da seca.
E os políticos e banqueiros continuam ganhando fortunas.
Sou testemunha ocular que quase todos os países evoluíram muito mais que o Brasil nos últimos quarenta anos.
Por aqui, os corruptos ficaram milionários e você e eu, vamos ficar com os grandes problemas que estão batendo na porta.
Os culpados fomos nós por não termos conseguido mudar nem um pouco essas situações
Deveríamos abolir definitivamente o futebol, pelo menos acabaríamos com um grande número de ladrões e com o que restou do circo, já que nos faltará o pão.
Aliás, do circo o que restou fomos nós os palhaços.
Brasil
A liberdade e a igualidade e o princípio “erga omnes” não funcionarão sem termos antes as reformas necessárias para a correta aplicação da lei.
São louváveis as tentativas de fazer com que a Justiça seja igual para todos, mas quando a tentativa esbarra na falta de pressupostos essenciais, ela vem a ser arremedo de justiça, onde os ricos e poderosos sofrem tão somente o constrangimento de serem presos, para logo depois serem libertados por leis ruins e bons advogados.
Não serão suficientes alguns bons juízes, precisamos de muitos políticos honestos e isso é como procurar uma agulha num palheiro.
Suposições precipitadas geram erros fenomenais.
Não suponha nada, você pode estar errado e causar problemas para você e para os outros.
Supor é convencer-se de alguma coisa sem confirmação e isso leva nosso raciocínio a agir como a suposição fosse uma verdade inquestionável, passando a associá-la com informações verdadeiras armazenadas no nosso cérebro, numa mistura que pode ser explosiva para a reputação alheia.
Frequentemente suposições acabam se transformando em boatos e depois em perigosas mentiras.
Infelizmente e inconscientemente, muitas das suposições que fazemos são negativas.Damos grande importância às notícias ruins, estamos predispostos a pensar mal de algumas pessoas.
Se você não tem certeza de alguma coisa, se não checou diretamente, pergunte-se se o assunto é realmente da sua conta e se não for é melhor calar e cuidar da própria vida.
Algumas vezes fazemos suposições que prejudicam a nós mesmos. Supomos que não gostamos de alguma coisa, de alguém ou de algum lugar, sem saber exatamente porque. Depois de algum tempo, até por acaso e para nossa surpresa, constatamos que foi um engano.
A preguiça de checar os fatos, de buscar a verdade, pode gerar grandes erros e se isso não for bom para a reputação de outras pessoas, pode levar os demais à suposição que você não é uma pessoa legal.
Tanto faz, de tanto que a gente já fez.
Antigamente eu andava com papel e caneta e corria escrever possíveis ideias boas.
Hoje acho que na hora de escrever, se a ideia era boa, estará mais na ponta dos dedos que no papelucho quase sempre perdido.
Parece que eu já vi tanto e já fiz tanto que será difícil vivenciar novidades, melhor mesmo é trazer da memória, do passado, umas ideias e adaptá-las ao presente, que daqui a pouco já será futuro.
Estava pensando na situação em que está Dilma Roussef, em quem foi Eike Batista e o que o destino reservou para Schumacher, sete vezes campeão mundial de Fórmula um, ele único, de uma lista que tem menos de cem pessoas vivas e nem o dobro disso em todos os tempos.
Graça e desgraça andam juntas e o sobe e desce faz parte da vida de todo mundo, com umas quedas vertiginosas e sem volta para muitos.
Ter feito muito só é vantagem para quem fez e não adianta exibir as próprias conquistas porque, para quem fez pouco ou nada, tanto faz.
Pirâmides, correntes e outras bobagens.
Você que como eu já chutou macumba, quebrou correntes e participou de, pelo menos, uma pirâmide está convidado(a) a provar que lê as bobagens que eu escrevo colocando qualquer palavra nos comentários.
Se você não fizer isso, pode ter dor de barriga, perder a chave do carro ou da sua casa, ou ter que assistir pelo menos quinze minutos de um programa do Datena.
Poste aqui um comentário, vou saber que você leu mais esse texto e vou ter ânimo para escrever qualquer coisa que preste um dia desses.
Seu amigo Marinho
você q sabe quais são os frutos que você vai colher futuramente.
Mas não adianta plantar as sementes de pimenta pensando que vai colher morango.
Ler livro de autoajuda é como ler um monte de bulas de remédios ao mesmo tempo.
Você vai saber mais dos problemas dos outros do que do seu, vai saber o que os outros fizeram, o que você deveria ter feito e o que você vai tentar mas nem sempre vai conseguir fazer.
Prefiro ser um pessimista que às vezes errando sai no lucro, do que um otimista que vive levando ferro.
O certo é que parece que está tudo errado.
Diametralmente opostos ou como duas paralelas, que nunca se encontram, o certo e o errado fazem parte da nossa vida.
Não dá para acertar todas, o importante é não errar todas.
Não é porque você ganha algumas vezes que você vai ganhar todas.
Na vida não há caminhos absolutamente certos e seguros, nem vitórias garantidas.
Mais importante que ganhar todas é não perder todas.
