Emmanuel Marinho Pao Velho
Se alguns pesadelos que a gente tem,que retratam os sonhos do passado, tivessem se tornado fatos da vida, hoje esses pesadelos poderiam ser tragédias reais, e poder-se-ia desejar, que certos amores não passassem de pura imaginação, tal qual certos romances de ficção.
Sucessos literários podem ter fim desastrosos, amores desastrosos nunca fizeram nem farão sucesso na vida real.
Guarujá.
O sonho se tornou pesadelo, os porcos engoliram as pérolas e os bandidos executaram os mocinhos.
Somos uma cidade feia, de gente pobre, inculta e doente.
Todos os políticos que administraram a cidade enriqueceram , se prostituíram, foram presos ou ainda poderão ser.
A maioria tem seu patrimônio espúrio bloqueado pela justiça e administram o butim como fizeram os gângsteres, à bala.
As praias continuam lindas, mas aos poucos alguns quiosques as transformam em favelas sem esgoto e em abrigos da ilegalidade.
Breve precisaremos medidas como Unidades de Polícia Pacificadora tais quais às dos morros do Rio de Janeiro.
A classe média se esconde, no que restou de dignidade.
Inexorável
Gosto da palavra inexorável.
Forte, definitiva, inflexível, ela é aquela, que contra ou a favor, nada se pode fazer.
Ela é inelutável, irrefutável, incontestável. Invencível.
Se for um indivíduo, ele pode ser alguém que não se comove, que não cede a pedidos nem a súplicas, mas também pode ser alguém que não se curva aos ditadores, aos detratores, nem contraria a lei, a ordem e a moral.
Se for o amor, ah... amor inexorável... aquele que poucos acham e que os não o conheceram até duvidam que ele exista.
Inexorável é o fim, que muitos acham que pode ser o começo. Nesse tribunal todos seremos levados.
Julgados, muitos sairão condenados para expiarem, por toda a eternidade, os males que perpetraram nessa vida curta e efêmera.
Viveram impunes às leis dos homens e não acreditaram na existência de Deus.
É inexorável. Não há volta.
Façamos todos uma boa caminhada.
A vida é uma viagem.
Dificilmente a maioria dos jovens pensa na vida como um todo.
No máximo, o conceito de morte começa a fazer parte da nossa vida com a perda de um parente mais próximo, muitas vezes, nossos avós.
Aí a morte se torna motivo de dor e ainda assim, demora muito para que a gente comece a pensar na razão da vida, na nossa passagem por ela e no inevitável fim de todos nós.
O tempo da constatação e essas reflexões são diferentes para cada indivíduo. Muitos ainda não atingiram essa hora e não tenho notícias de que pessoas normais não se conformem com isso e ainda assim, cada um é dono das suas ações para viver como desejar.
A exata compreensão do tempo pode ser uma maneira de vivermos melhor. Tomo como exemplo uma viagem de lazer, onde você sabe o dia que vai, os dias que vai ter para conhecer e aproveitar esse ou esses lugares e sabe, que há dia e hora certos para você voltar. Ciente desse tempo, cada um escolhe o que vai fazer, porque sabe que não dá para fazer tudo.
A vida é assim. Sabemos que ela começou, temos consciência de do estagio em que ela está para nós pela idade que temos e a consciência do tempo pode ser um marco definitivo para que a gente escolha como vai viver.
Algumas pessoas apesar da consciência dessa finitude, levam a vida como se a viagem nunca fosse terminar e não raro, no final, ficam com uma sensação de que faltou alguma coisa quando não dá mais tempo para ir a lugar nenhum, abraçar alguém ou terminar alguma tarefa.
Ninguém precisa pensar na morte para viver tão intensamente como deseja, mas é preciso programar bem a viagem para depois dela ainda ter tempo de saborear a sua lembrança.
Alguns dizem que a melhor parte de uma viagem é a sua programação e eu digo que você sempre pode fazer uma bela viagem, mas a vida é uma daquelas que você precisa programar bem para viver melhor, porque essa é a única viagem que você sabe com certeza de que não vai poder voltar para fazer qualquer coisa que tiver deixado passar.
A insônia como inspiração.
Para muitos a insônia pode parecer uma coisa ruim, que aparece sem que a gente procure. Para mim é tudo de bom como se diz modernamente.
Acordo, tomo um gole d´água, olho para o relógio e sempre é cedo para quem foi dormir tarde e sempre tarde para quem como eu dorme cedo.
O que importa de verdade é que as três, quatro ou cinco horas da madrugada não há absolutamente nada para fazer, restando a providencial oportunidade de ler e escrever, coisa que tem gente que já esqueceu quanto é bom, se é que um dia soube.
O computador sempre ligado, basta um toque e a tela acende, mostrando o mundo todo bem na frente do nosso nariz.
Antigamente para saber o que é uma coisa a gente tinha que ter uma enciclopédia atualizada com trocentos volumes. Nos dias de hoje ela estaria sempre desatualizada, porque a informação que sempre foi dinâmica hoje em dia tem velocidade astronômica.
Na internet a gente escolhe o assunto, compara as opiniões, manifesta a própria, esteja ela certa ou errada, ouve a opinião dos outros tenha ou não pedido, corrige, completa e deleta com alguns toques que parecem mágicas.
Não é preciso ser escritor para escrever de madrugada, nem é preciso ser acadêmico para contar para os outros o que se pensa.
Depois de algum tempo, o tempo certo, o texto aparece, o sono vem, a gente deseja boa noite a todos e nem desliga o computador, fica torcendo para dormir logo, acordar de novo e poder escrever alguma coisa que vai chegar aos outros, se perpetuando na internet ainda que a gente durma para sempre.
Salve insônia! Viva o Google! Fora Jorge!
Boa noite!
Por fora bela viola...
As reclamações a respeito dos buracos nas ruas, do lixo espalhado e mal recolhido que entope os bueiros e impede a vazão das águas pluviais, dos mendigos urinado e defecando em cada canto das calçadas têm sido algumas das muitas reclamações dos moradores do Guarujá e dos visitantes que fazem coro no desagrado com a política de baixo nível que deveria administrar a cidade mas só pensa em administrar as próprias vantagens.
Há alguns bastiões das sociedades de outras cidades, como as sociedades de servir, clubes e associações de comerciantes, que por aqui são ou foram dirigidas por incompetentes e conhecidos puxa sacos que governo após governo dão apoio a prefeitos que fazem da cidade quintal da própria casa.
Nanicas, algumas associações trocam seus presidentes e diretores que se contentam e ser fotografados e aparecer nas muitas “colunas sociais” da cidade. Algumas parecem, pela qualidade das fotos e pela feiura dos homenageados, verdadeiros terreiros onde se oferece o sacrifício de animais.
Salvo honrosas exceções, que não nomearei para não incorrer em erro, clubes e associações de servir fazem cortesia com chapéu alheio e fazem festas e churrascos onde o presidente é anfitrião e os comensais são conhecidos aproveitadores da pseudo benemerência.
Há clubes que nem por fora são “bela viola”. Quem olha a fachada mal cuidada com faixas velhas e sujas, ao arrepio da lei, pode imaginar que por dentro não vai encontrar nada melhor.
Há um clube na cidade que fez da área de embarque e desembarque dos passageiros de veículos que são deixadas à sua porta, estacionamento para motos e bicicletas.
O resultado é a parada em fila dupla que é ilegal,prejudica o trânsito, tira a segurança desse desembarque, arrisca a integridade física e subverte a finalidade do espaço.
Por fora, nem bela viola, lá dentro, churrasco semanal para a panela bolorenta.
O fato de fisicamente você não estar aqui, não diminui o que sinto, e sinto como se de fato estivesses aqui a meu lado, recostado em meu ombro e recebendo o meu carinho, esse que é todo seu... Sinto você tão próximo a mim, que a saudade não me incomoda mais, você está no sol que me desperta, na música que me embala e enche de alegria o meu dia cinza, você se faz presente nos mínimos detalhes do meu dia, simplesmente porque te apreendi em mim, sei teu sorriso, sei tua fala e sei teu silêncio, o teu andar, sei tua solidão e o medo da entrega que te afasta e te gasta... Decorei sem esforço teu ar de menino dormindo como um anjo enrolado em meu lençol enquanto eu velava teu sono e pedia para que o tempo parasse para que eu pudesse continuar ali, a te olhar... Vendo-o assim, nem parecia o homem que a pouco me fizera estremecer, vibrar...
Quem perde muito tempo procurando a resposta certa, acaba ficando sem tempo para achar um final feliz. E isso é o que importa.
Aê...o palhaço !!!
Certas pessoas crescem com as mentira que contam, engordam com elogios mentirosos e se tornam imbecis a ponto de não entender respostas sarcásticas, achando, isso sim, que é um prêmio para sua venal atuação.
Mas a vida é assim mesmo e eu não poderia jamais esquecer que isso vai se resolver ainda que alguns já houverem sido enganados por muito tempo e não der para enganar todos por todo tempo.
Aí virá o castigo e esse, nem será da Justiça Divina, será só um pouco da justiça dos homens.
Quando a imprensa é venal, a matéria é tendenciosa, a opinião é mentirosa e o apoio é imoral.
Nas grandes corporações da imprensa, existem divisões de tarefas. As redações e os departamentos comerciais devem ser bastante diferenciados, distantes até.
Algumas das maiores têm até um ombudsman que teoricamente tem o dever de criticar, duramente se necessário, deslizes que possam contaminar as notícias por conta do suporte que o patrocínio dá com os anúncios à receita subsidiária dos veículos de imprensa.
Vira e meche a população se revolta com o excesso de notícias que uma ou outra rede dá às mazelas das suas concorrentes.
A guerra santa que as emissoras dos bispos, bispas e milagreiros travam com outras parecem Guerras Santas e as outras revidam como se fora a Inquisição.
No caso dos jornais e revistas, as vendas despencaram de tal maneira depois do advento da internet, que em alguns casos o desprezível resultado mal paga a distribuição e o retorno do encalhe.
Por enquanto os anúncios estão pagando a conta e esse é um assunto tão longo e difícil que nem os envolvidos sabem como resolver.
Meu intuito é levar à consideração de leitores atenciosos qual o peso da opinião de certas publicações gratuitas que elogiam ou batem forte em quem não paga e elogiam quem paga anúncios.
O que tem se visto ultimamente é uma vergonhosa chantagem onde cada um bate nas autoridades com a força que acha que tem e quem apanha paga quanto e como acha que vale o silencio desses “veículos de imprensa” que nada mais são do que estelionatos.
Em alguns desses “veículos” o editor é o caixa e o caixa é quem faz a pauta.
Não são todos, mas a gente sabe quem e quais são.
O exibicionismo é uma arma.
E, como toda arma, ela pode fazer vítimas.
Cuidado, pois a vítima pode ser você...
Caxirola
O lançamento da caxirola, instrumento musical licenciado pela FIFA e que deve ser amplamente usado durante a Copa do Mundo de 2014, “inventado" por Carlinhos Brown e elogiado pela nossa Presidenta como se fora um instrumento musical tão importante como o piano, foi mais uma daquelas coisas que me faz lembrar o ex presidente francês Charles De Gaulle e a frase a ele atribuída “O Brasil não é um país sério.”
Trocar de assunto é coisa de político.
Mestres em responder às perguntas com outras, de mudar de assunto sem que a maioria perceba e de tentar convencer que os fins justificam os meios, temos visto os maus políticos levarem vantagem quase sempre.
São eleitos em voto de protesto, permanecem imerecidamente nos cargos por força do arcaico sistema judiciário e ressurgem das cinzas como fênix, porque os que vêm chegando são piores dos que não foram.
Guarujá perdeu a chance de manter a qualidade de vida e o glamour que havia conquistado faz mais de vinte anos.
Conta um amigo, corretor de imóveis de sucesso na cidade, que ao ser eleito Waldir Tamburus carregava a esperança dele e do pessoal mais esclarecido, que percebia a catástrofe que poderia ocorrer caso as invasões que geravam as favelas não fossem contidas.
A completa falta de ação gerada pelo erro naquela escolha desencadeou a decepção do empresariado e a ascensão de Maurici Mariano, segundo quem o conheceu nas origens, advogado pobre, sem brilho na profissão e um agudo conhecimento da arte de embromar.
Nem bom orador, nem alto e bonitão, nem bem quisto nem mal quisto, Maurici Mariano tomou fácil as rédeas da política local e permitiu que uma das muitas criações do prefeito Jaime Dayge, o bairro de Morrinhos fosse transformado em moeda política nos primeiros anos e força política depois de assentadas algumas das centenas de famílias oriundas das favelas. Milhares de outras foram preteridas na doação daqueles terrenos, privilegiando vereadores da época que os doaram a correligionários, inviabilizando o que na época poderia ser a solução para acabar com as favelas.
Tido por muitos como político que fazia política vinte e quatro horas por dia, Maurici Mariano incentivou de fato a grande e triste obra que vemos hoje. Milhares de favelados que precisam de quase tudo administrações sucessivas que fizeram quase nada.
Continuo, quando der, com as administrações de Maurici Mariano e histórias que andam na boca do povo.
No Dia das Mães eu gostaria de pedir desculpas a todas as mães a quem ofendi durante toda a minha vida, qualificando-as pelos exclusivos méritos de seus filhos.
Conselhos e textos de autoajuda são mais ou menos como comprimidos de placebo, funcionam para quem precisa e para quem não precisa, mas são absolutamente inócuos quando não se tem fé.
Escrever faz amigos
Quem escreve transforma os próprios pensamentos e sentimentos em palavras, que conseguem transmitir a outros, com sinais comuns, coisas únicas que sensibilizam toda a gente, cada um de uma maneira diferente, porém universal.
Todas as palavras em qualquer idioma já foram ditas e escritas e ainda assim, quem escreve consegue sensibilizar de tal forma, que quem lê, pode chegar a sentir que parece que essas palavras foram escritas só para si.
Eu amo escrever para quem gosta de ler. Isso nos aproxima, nos torna amigos, gente com quem nunca falei mas com quem certamente teria uma conversa das mais agradáveis.
Escrever faz amigos.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp
