Elogios Amor

O amor-próprio do tolo, quando se exalta, é sempre o mais escandaloso.

O amor que se acende e se apaga descontinuamente logo se queima.

Os camaleões alimentam-se de luz e de água: / O alimento dos poetas é o amor e a fama.

Os raciocínios do amor-próprio não gozam do crédito das melhores consequências.

O amor é tormento, a falta de amor é morte.

O amor é o mais agradável episódio do romance da vida, e o casamento o apagador do amor.

O amor, no seu estado social, talvez não tenha nada razoável senão a sua loucura.

Mors Amor

Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,

Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?

Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,

Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"

O amor não é um sentimento, é uma arte.

O amor cede diante dos negócios. Se queres sair / do amor, entra nos negócios: estarás seguro.

Não existe ódio implacável a não ser no amor.

O amor e o ódio são irmãos. Mas o ódio é um irmão bastardo.

Depois do céu, quem mais pasmosos milagres faz é o amor.

O amor é a única paixão que se paga com uma moeda que ela mesmo fabrica.

O amor não passa de um prazer. A honra é um dever.

No amor, mais vale a caça do que a presa.

Ao bom e sincero amor está sempre junto o temor.

As mulheres pedem ao homem o máximo e o mínimo. Amor.

Assim como o amor de Deus é raiz de todas as virtudes, assim o amor-próprio é a de todos os vícios.

Nunca um amante, por eloquente que seja, crê ter dito o bastante no interesse do seu amor.