Eles se Acham Santos
Você
Você era minha inspiração,
agora eu escrevo meu amor e paixão.
Mesmo você não estando aqui pra ver,
vou continuar fazendo isso enquanto eu viver.
A vida é feita de injustiça,
é cada coisa que ela me atiça.
Nem mesmo por isso desisti,
vou continuar a persisti.
Você era minha inspiração,
hoje estou aqui no chão.
Tentando fazer uma poesia,
mas não dá, me sinto vazia.
Você se foi e ainda me dói,
pensar em você ainda destrói.
Não sei porque me desconcerta,
mas sua saída foi a coisa certa.
Talvez algum dia você volta,
e para sua revolta
meu coração já não insiste em te amar
e aqui já não existe mais o seu lugar.
Um louco observa o mundo de uma janela pequena,e observa quer ele esta em processos de mudança, onde o que é banal acaba sendo normal o errado se torna certo, e que as pessoas dão mais valor para meios materiais do que para si mesmos.
E percebe que os loucos são eles, e que ele é normal, mas para não sofrer rejeição, ou discriminação ele finge ser louco, assim como eles vivendo, como eles, e escondendo sua verdadeira forma, sua verdadeira essência o sua identidade, assim se esquecendo de quem ele era afinal O SEU VERDADEIRO EU.
Já me viram louco como Nero
Nunca ateei fogo em Roma.
Mas a sociedade já me colocou em coma.
Assim como delirante Nero.
Sou um louco que não quero.
Parece até fantasia estre trecho singular.
Mas muitos vive uma loucura particular.
Pela coragem ou ousadia.
Vida febril todo dia.
Louco e apaixonado.
Sincero e acanhado.
Um violão que não toca.
Um poema arranhado.
É que o mundo me ofertou a glória.
O mundo desprezou meu dom.
Na verdade eu toquei sem o tom.
Não pude comemorar a vitória.
É sem sentido o fundamento da memória.
Minha loucura é sucumbida pela timidez.
Negligencio o anseio da partilha.
Talvez eu seja dono da cartilha.
Logo venho ser louco outro vez.
Na poesia procuro voz e vez, quem sabe talvez.
Giovane Silva Santos
Letras de um amador
Quando escrevo revelo minha arte oculta e ainda amador.
Se é que pode se chamar arte este cunho.
Sei que é a face do meu sentimento em punho.
Neste está o prazer e a sensação de liberdade.
Existe a ousadia crítica sem tom de maldade.
As vezes falo da razão, de política e ocasião.
Não dito regras, pelo cuidado do enganoso coração.
Bom mesmo é fortalecer os laços fraternos.
Incentivar e cultivar amigos eternos.
Sou de Macarani, gosto pelo verão e inverno.
Sou causa e efeito, sou nada e tudo a quem repara direito.
Mas talvez não tem importância quem eu sou.
Sou apenas um atrevido poeta amador.
Nesse universo rico de poesias sou um imperfeito.
As vezes chorando ou rindo vou tecendo meu jeito.
Giovane Silva Santos
No final
No final tudo se tornará pó.
No final você já terá me esquecido.
No final restará apenas rastros do que a gente foi.
No final você estará com uma família formada.
No final você nem se lembrará de mim.
No final só irá restar eu e meu amor.
No final sempre amei sozinha.
No final seu sentimento não era real.
No final eu só fui um brinquedo para você.
No final eu fui a que saiu quebrada...
No final de tudo, a prejudicada.
No final nem tudo é como a gente quer.
No final quebramos a cara por alguém que não nos quer.
Poderia existir algo que perdurasse o tempo? Poderia alguém conseguir escrever sobre o próprio tempo e não se inquietar com a desgraça que é perceber que cada palavra escrita dá a luz a uma página que nasce já no passado?
Eu fugi da mediocridade assim como quem foge de uma tempestade num campo aberto. Como que quem corre apenas pelo prazer de não se ver mais no passo de trás, de não ser o mesmo, de saber que o tempo corre depressa e entender que nem sempre somos rápidos o suficiente para alcança-lo.
Eu nunca neguei o amor e nunca neguei o meu coração.
Sempre me inclinei por inteiro à todas as coisas que fiz.
Eu tive medo. O senti me fazer parar um pouco para pensar melhor e me deixar ali parado e pensando melhor para sempre, até perceber que isso era tudo o que ele queria, que eu ficasse parado e pensando melhor para sempre.
Senti o ódio no olhar das pessoas que me julgavam todas as manhãs, incessantemente, sem saber de toda a história. Qualquer que fosse a história.
Eu nunca desejei o mal de ninguém.
Eu desejei mudar a vida da minha família como um todo, perdoei as vezes que meus pais não acreditaram em mim e relevei as vezes que meus irmãos não foram, verdadeiramente, irmãos. E principalmente, eu me perdoei todas as vezes em que não fui eu.
Eu enfrentei o mundo inteiro sozinho mais vezes do que eu posso contar. Eu desmoronei em banheiros aleatórios apenas por sentir que enfim estava em um lugar seguro e podia finalmente, chorar. Por muito tempo chorar foi tudo o que eu quis. Por muito tempo eu senti o frio do chão e não houve chama quente o suficiente capaz de acender meu coração.
Eu já estive no fundo do poço mais vezes do que posso contar, existem poemas meus nas paredes de lá. Existem trechos de amores perdidos, amigos esquecidos e promessas que eu decidi simplesmente não cumprir. Eu não me culpo por gostar do escuro. Não me culpo por me sentar ao sol e apreciar o café ruim que me é dado gratuitamente todas as manhãs. Eu aprecio a pressa da L2 Sul e vejo a ganancia dos que correm com bons olhos.
Me doei por completo a qualquer que fosse o pedinte de rua, o amigo necessitado ou a pessoa que me pedisse qualquer fosse a coisa. Eu conversei com sábios e tolos. Vi o futuro de alguns apenas por entender seu passado e me espelhei neles. Eu vivi.
Eu cresci em meio as guerras de outras pessoas e não houve um só momento em minha vida que não me senti numa trincheira.
Durante toda a minha vida estudei em escola pública e isso me ensinou para além da sala de aula.
A começar por nossa estrutura familiar, os de mais sorte (como eu) tinham pai, mãe, e um teto para morar. Outros, como inúmeros de nós, tinham que escolher um destes e não se engane,era corriqueiro que somente um fosse tudo o que pudessem ter pelo resto da vida.
Havia um ou outro professor formado na área de atuação. Quanto aos demais, quando existiam, eram estagiários de cursos completamente diferentes da matéria que lecionavam. Trocando em miúdos, a gente quase não tinha aula e quando tinha, era com pessoas que sabiam o mesmo ou o menos que a gente. Coitados, bravos guerreiros.
Muitos de nós, íamos para merendar e só. Outros, simplesmente desistíamos. Para trabalhar. É que em casa não havia comida em casa e doía ver mamãe desempregada e solteira sem ter o que dar o que comer a nossos irmãos.
A gente se sentia culpado por não ter o que comer. Não se engane em relação a cor da nossa pele. Somos negros.
Inúteis por não estar fazendo nada para ajudar, tínhamos o que? 12, 13 anos. Muitos de nós ainda estão por ai. Outros, não mais, em lugar algum.
Depois de outro tempo, nós, os outros que aguentavam até o final, percebíamos que não havia ali Educação, eles queriam mesmo eram os números, pouco os importava o quanto realmente aprendíamos, se conseguiríamos ou se algo ali naquele lugar realmente fizesse a diferença em nossa vida.
Que igualdade é essa? O que vocês esperam de nós? Como vocês querem que nos tornemos advogados, médicos, dentistas, escritores, professores ou qualquer outra coisa que seja?
Como vocês dizem que existe um ministério voltado à Educação? Como vocês tem coragem de vir em nossas casas e dizer que nosso futuro só depende da gente? Dizer a nossos pais, pobres e trabalhadores que eles têm que se matar um pouquinho por dia para nos ver como frutos de seu trabalho.
Dizer que o problema é educação financeira, que o pobre não sabe poupar dinheiro, meu amigo, o pobre não tem dinheiro para poupar, a gente precisa comer hoje, não em setembro do ano que vem.
Eu sou só um coração vazio, um amontoado de palavras soltas e um punhado de sonhos já realizados, meu amor. Não há nada aqui que já não tenha visto em poemas clássicos pintados em paredes sujas. Não existe uma só frase dita por mim que qualquer outro canalha já não a tenha dito para você. O meu beijo tem o mesmo gosto e sabor que os outros mil beijos que já tivera dado e minhas mãos não lhe esquentarão a alma. Eu não sou fogo, e não, eu não sou um filho do sol. Meus poemas não entrarão para a eternidade e a vida não marcará, quem sabe, nenhuma de minhas palavras. Não existirá quiçá nenhuma memória minha quando eu me for e não haverá feriados com meu nome, minha mediocridade é gritante e minha insignificância é presente. Não estou vivo, mas vivo, e isso é tudo o que você pode esperar de mim: nada. Fora isso, fora isso saiba que ainda assim eu a amarei do começo ao fim do dia e me esforçarei para ser melhor do que toda essa merda que eu sou, por você. É que existe esse peso, que apesar de ainda se pesado, vale a pena segurar apenas por saber que existe alguém com que posso dividir.
Talvez isso nem seja um texto de amor, mas, saiba que um dia alguém foi sincero de verdade com você. Que alguém olhou bem no fundo dos seus olhos azuis e te seguiu pelo corredor da faculdade. Que se sentou ao seu lado apenas por ser gostoso se sentar ao seu lado. E disse oi. Eu não aguento mais muita coisa que não amor. Estou fraco e estou te dizendo isso para provar que eu fui sublime e sincero enquanto estivemos um no outro. Jamais te prometeria uma história daquelas de cinema, e não, não haveria muita glória em nós.
Eu sou só isso e isso é tudo o que eu ainda consigo ser antes desistir te de tudo Te amo.
É e sempre será sua a imagem que me virá à cabeça quando escrevo sobre o amor. Quando decido escrever sobre a vida, é na nossa história em que eu me apoio, por mais breves que tenhamos sido.
Tentei encontra-la nos fundos. No fundo do poço, da garrafa, da fossa que era meu coração, do copo, mas já não havia ninguém ali a muito tempo. Bebi sozinho o resto da garrafa e dormi aqui mesmo, na calçada. Tolerado, como que um cão, apenas por ser inofensivo. Julgado por quem passava – olhem, o homem que amava de mais! – Eles diziam.
Seja lá quem for você, ou de quem seja o rosto em que estou pensado agora enquanto escrevo isso, saiba que eu te amei.
Seja pelos cinco primeiros minutos passamos juntos no balcão de um bar qualquer, pelas cinco horas que passamos na cama, abraçados, nos amando ou pelos cinco anos que passamos na vida um do outro, ainda que distantes quanto ao abraço.
Eu a amei desde o minuto em que a vi.
Amei cada detalhe do seu rosto, amei o jeito com que falava comigo, ou com a sua amiga, ou com o meu amigo, eu amei o formato dos seus olhos, suas curvas, suas bochechas. A amei por completo, não havia um espaço vazio em ti que eu já não houvesse preenchido com o meu amor. Eu faria de tudo por voce enquanto a tivesse amor ali o suficiente para nós dois.
Às vezes me esqueço que tenho apenas dezenove e que a vida é mais curta do que penso que é e que se encurta ainda mais quando penso no tamanho dela. Meu problema é querer tudo o que há no mundo porque sei que não tenho tempo de ter tudo e por isso, por isso, as amo todas, porque é a única coisa que eu posso ter sem medo de acabar e o único lugar em que eu posso morar sem medo de dormir na calçada, no amor. Ainda acho que o amor seja um lugar.
A opressão das gangues
Um cigarro de palha, o crime da navalha, o ciúme possesso, o homem perverso, um amontoado que se aloja, as lâminas cortantes, o meu caráter e a do semelhante, a arma branca, a espingarda de soca, a arapuca de taboca, o domínio mais uma vez do homem, e dentro desse processo, uma variante de câmera, prefeitura e congresso, o povo coitado, apanha do senado, somos reféns de nossas opiniões, pois é em nosso voto que a barganha se assanha e vaga nos porões, nos porões de nossos lares, o os escombros escancarados pela necessidade corriqueira, lamentação que não é passageira.
Na verdade criamos um tribunal, meu martelo, seu aval, libertando o crime, condenando o povo, o homem de novo, não entende que tem que subtrair o mal, ferir o carnaval, pois nas ruas e nos mangues, pela lamentação que vence é o sangue, dado pela opressão das gangues, não queria falar por que sou tímido, mas vou gritar como um faminto, és tu político corrupto, és tu fanfarrão desonesto, és tu manipulador, és tu a sombria dor.
Giovane Silva Santos
Não importa se é sucesso ou projeto falido
Uma expressão, uma voz escrita.
A timidez, o medo, a mente aflita.
São caracteres que poucos tem lido.
Não importa se é sucesso ou projeto falido.
È uma tentativa, uma exclamação.
Uma prerrogativa do coração.
O grito prezo nas cadeias sociais.
O gado que não produz nos currais.
Pois no terreiro adaptado.
Está um texto calado.
O povo que cala e se faz condenado.
Ora, meu pranto, minha angústia, que ironia.
Minha fala necessária se perde na ventania.
No vento da feroz covardia.
O elo do meu semblante emenda se ao elo adiante.
Pois a uma febre violenta em mim e no meu semelhante.
É verdade, a exceção, existe coração radiante.
A segurança do concursado, a garantia do grandalhão.
A moeda, mas também o valente por opção.
Bom faço um pouso veloz.
Oro por nós.
Que o covarde não seja algoz.
Que o valente não cale a voz.
Giovane Silva Santos
A palavra do momento é uma repetição, uma petição e adoração, és tu altíssimo, poderoso santíssimo, ao amor da cruz e pelo nome de Jesus é que me atrevo, se atrevo, porque sei o quanto insano meu caráter carnal, pouco merecimento afinal, mas olho ao redor, quando rodeado de angústias e minha saída, alternativa é chamar pelo socorro, e este refúgio é o consolo de tuas promessas, és tu senhor que diz para bater a tua porta, o senhor nos diz para clamar e nos mostrará coisas ocultas, és tu que diz ter um julgo suave e fardo leve, eu, sozinho não consigo examinar e nem frear a mente maliciosa, mas é teu espírito que fortalece, fortifica o semblante e a emoção, é teu espírito que nos proporciona respirar a esperança pelo conserto dessa alma torta, então oh pai, endireita as veredas e encaminha esta alma ao teu entendimento, pela tua honra e pelo gracioso intercessor Jesus.
Giovane Silva Santos
O homem é uma pintura diluída entre sonhos e imperfeições
Tão poderoso e importante.
Foi a criação que gerou arrependimento.
Fizeste o criador um pouco menor que a tua semelhança.
Ora, o homem é uma pintura que gerou sequelas.
Um colorido geral, um teatro de aquarelas.
A cor do sonho diluída na loucura.
A cor da imperfeição diluída na realidade.
A cor da tentativa do êxito diluído na procura.
A cor da ilusão diluída na verdade.
A aquarela do pensador é diluída na esperança.
Pela pouca força do grito.
Pela tímida face que recua.
Pelo delírio que o imaginário tem dito.
Talvez na covarde teia carnal.
Sentado esperando a sorte esticada no varal.
A aquarela do pensador também soa forte.
Quando as letras se encontram formando palavras.
No encontro das palavras mais uma poesia.
Taí uma aquarela diluída na sinceridade.
Na força expressa pelo brio ansioso.
Em ver o grito do povo.
Toando uma só voz;
O homem é uma pintura diluída entre sonhos e imperfeições.
A natureza que fere o coração valente.
O mistério, o oculto é diligente.
De repente uma aquarela de Deus diluído e realizando o perfil de quem sente, o homem, o povo, a gente.
Giovane Silva Santos
Nutricionistas ditadores que ditam o cardápio para o povo brasileiro
Ser livre para voar, falar e comer.
Assim seria nesse pátria.
Da constituição e do saber.
É regrado do que se pode encher.
Pois recomendam bariátrica.
Alguns nutricionistas permitem abobrinhas.
Buchada a vontade.
Até na vida dos porcos e das porquinhas.
Lavagem com ração e sem razão.
Pode se empanturrar de farinha.
Uma viagem na maionese.
Catchupe para as menininhas
É liberado o fruto da árvore da sabedoria.
Para que o povo alimente do orgulho que o mataria.
É proibido manga.
Não pode experimentar mel.
Chá de pega pega.
Proibido leite materno.
Na verdade é proibido abrir a boca.
Eu é que diga se posso comer galinha desse poleiro, vem logo a espingarda e o tiro é certeiro, a constituição é lenta e o canhão ligeiro, nutricionista ditadores que ditam o cardápio do povo brasileiro.
Giovane Silva Santos
Contemplando
Oh amada minha onde repousas a tua mente.
Perdoe o desprezo de me ter ausente.
É angustiante tua distância.
O termômetro se aquece no meu corpo.
Não a culpo, pois fui esse sujeito torto.
Minha amada és assim que anseio chama la
Quero ser digno de tuas virtudes.
Vejo um rubi, uma árvore frondosa.
Serei eu rei dessa rainha maravilhosa.
O encanto humilde e doce.
Prudente e vigorosa.
Admiro cada foto, cada pose.
Um verdadeiro botão de rosa.
Uma mulher com suas imperfeições.
Todas elas chamadas de superações.
Quando vibra a tempestade silencia calmamente.
Reflexo que a brisa fluirá levemente.
Mulher, menina, moça, anciã.
Essa que hoje é sonho.
Realidade de amanhã.
Giovane Silva Santos
Senhor oh pai, perdoe me a pretensão, pois reconheço que não mereço, mas és tu o único onde guarda o refúgio dos que clamam, até entendo que parte depende do esforço e do ímpeto corajoso em manobrar a particular situação. Porém permita senhor que eu disponha de minha vida a que se revele teu poder em mim, pela tua misericórdia este que chama reconhece que nada consegue enxergar sem a sua luz e os passos são tropeços sem tua direção, e o entendimento é ignorante sem tua instrução, pois é teu espírito que move eficazmente a condição de restaurar e renovar, avivar e vigorar a mente, corpo e alma, oh altíssimo humilho me a ti, pois realmente o fracasso é companheiro desse elo orgulhoso que a carne permeia em minha vida, resplandece teu espírito e que estabeleça tua unção, oh santíssimo alimente perseverança e esperança neste que está lendo e oportuna nossas vidas saciar da tua bondade.
Giovane Silva Santos
“A mente aprisionada coleciona infinidades de gaiolas, truculência, arrogância, soberba, orgulho, ignorância e etc....”
Giovane Silva Santos
