Ela é...

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Talvez a pessoa não tenha te esquecido. Vai ver ela só finja tão bem quanto você.

Ela é intensa e tem mania de sentir por completo, de amar por completo e de ser por completo.

A felicidade está conosco o tempo todo: nós é que muitas vezes não damos a menor bola pra ela...

A vida veio e me levou com ela.

Sofia achava a filosofia excitante, pois ela podia seguir todas as reflexões com o seu próprio entendimento - sem ter de lembrar tudo o que aprendera na escola.
E concluiu que, na verdade, não se pode aprender filosofia, e sim aprender a “pensar” filosoficamente.

Não sei se ela entendeu. Isabel já não me entendia, nem eu a ela: era um mistério para mim. Eu não sabia se ela havia mudado, ou se eu é que ia me tornando outro homem.

É aquela história: eu tenho paranóia de não dizer para uma pessoa o que eu sinto por ela, e essa pessoa, por algum motivo, sair da minha vida. Então eu sempre falo. Quando eu gosto da pessoa, eu chego e falo assim: “Olha, eu gosto de você pra caramba”. Mas é muito difícil você falar isso. Às vezes, é muito difícil.

A cada manhã, exijo ao menos a expectativa de uma surpresa, quer ela aconteça ou não. Expectativa, por si só, já é um entusiasmo.

Ele gosta dela. Não tem mais como fugir. É, dá medo. Ela deve estar com medo também. Gostar é começar o inferno tudo de novo. Mas ela, quem diria, escreve lá no texto que topa. Topa começar tudo de novo.

Tudo o que mais valia exatamente ela não podia contar. Só falava tolices com as pessoas.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nunca ignore uma estrela. Amanhã ela pode te guiar quando tudo não se passar de uma escuridão.

Ela abaixou a fronte, como se o rosto na sombra pusesse na sombra o pensamento.

Ela: Eu queria ter te conhecido antes...
Ele: Não, você não quereria.
Ela: Como assim?
Ele: Eu era aquele cara que ficava ali no canto, quieto, sozinho, sem nunca chamar a atenção e, tal como todas as garotas de tua idade, você me desprezaria. O tempo de você me conhecer e valorizar um homem de verdade - e não um moleque qualquer - é exatamente agora.

Quando ela te faz perder o sono,
quando você adoece em sua ausência,
quando você não consegue concentrar-se
em mais absolutamente nada
só pensando nela,
você precisa tomar esta pessoa para si,
ou esquecê-la de uma vez.

E então ao perguntar dele, ela respirou fundo, estampou um sorriso falso e começou…
É uma pessoa que eu não conheço totalmente, alguém que não posso brigar quando eu tenho ciúmes, alguém que, aliás, nem me dá razões pra isso. Uma pessoa totalmente imprevisível, que me provoca e eu não sei negar, não sei achar ruim, não sei mandar, só sei pedir, alguém que me irrita, me machuca, me dói, me intriga… Quem, sem querer, me deixa com um eterno ponto de interrogação sobre a cabeça.
Mas alguém que quando quer, quando quer pra valer, sabe roubar dez, até mil, sorrisos se precisar. Alguém que quando esquece do mundo, sabe me fazer a pessoa mais feliz do mundo. Me faz bem. Mas só quando quer.
Um enigma. Algum tipo de labirinto que me apareceu…
E eu entrei.

Acostumada e fria, porque, depois de tantas lágrimas, ela finalmente parecia ter secado.

Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma.

Desconhecido

Nota: O pensamento costuma ser atribuída a Clarice Lispector, mas não há fontes que confirmem essa autoria.

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Se você não disser pra ela o que você sente, ela vai ouvir de outro cara o que ela gostaria de ouvir de você.

Sentou-se para descansar e em breve fazia de conta que ela era uma mulher azul porque o crepúsculo mais tarde talvez fosse azul, faz de conta que fiava com fios de ouro as sensações, faz de conta que a infância era hoje e prateada de brinquedos, faz de conta que uma veia não se abrira e faz de conta que dela não estava em silêncio alvíssimo escorrendo sangue escarlate, e que ela não estivesse pálida de morte mas isso fazia de conta que estava mesmo de verdade, precisava no meio do faz de conta falar a verdade de pedra opaca para que contrastasse com o faz de conta verde-cintilante, faz de conta que amava e era amada, faz de conta que não precisava morrer de saudade, faz de conta que estava deitada na palma transparente da mão de Deus, não Lóri mas o seu nome secreto que ela por enquanto ainda não podia usufruir, faz de conta que vivia e não que estivesse morrendo pois viver afinal não passava de se aproximar cada vez mais da morte, faz de conta que ela não ficava de braços caídos de perplexidade quando os fios de ouro que fiava se embaraçavam e ela não sabia desfazer o fino fio frio, faz de conta que ela era sábia bastante para desfazer os nós de corda de marinheiro que lhe atavam os pulsos, faz de conta que tinha um cesto de pérolas só para olhar a cor da lua pois ela era lunar, faz de conta que ela fechasse os olhos e seres amados surgissem quando abrisse os olhos úmidos de gratidão, faz de conta que tudo o que tinha não era faz de conta, faz de conta que se descontraía o peito e uma luz douradíssima e leve a guiava por uma floresta de açudes mudos e de tranquilas mortalidades, faz de conta que ela não era lunar, faz de conta que ela não estava chorando por dentro – pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado; ela saíra agora da voracidade de viver. Lembrou-se de escrever a Ulisses contando o que se passara, mas nada se passara dizível em palavras escritas ou faladas, era bom aquele sistema que Ulisses inventara: o que não soubesse ou não pudesse dizer, escreveria e lhe daria o papel mudamente – mas dessa vez não havia sequer o que contar.

Clarice Lispector
Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Na escola, era difícil se concentrar no que o professor dizia. Ela achou que ele só falava de coisas sem importância. Porque ele não falava do que é um ser humano? Ou do que é o mundo e como ele surgiu?