Egoísmo
A Dialética Oculta da Salvação Seletiva: Egoísmo e a Perversão da Clemência…
Ao contemplar a conduta dos que se prendem à rigidez da letra religiosa, alheios à profundidade do espírito que anima os ensinamentos de Cristo, descortina-se um panorama de inquietantes dissonâncias na trama da moralidade humana. Há, nesse cenário, uma dualidade desconcertante: a voz que proclama indulgência e absolvição, com o timbre da virtude, contradiz-se nos recessos silenciosos onde se arquitetam, sob o véu da arcada dentária, julgamentos severos e irrevogáveis. O contraste entre a palavra e o pensamento revela uma tessitura ética paradoxal, onde a superfície luminosa da compaixão pode ocultar a sombra austera da censura.
Sob essa máscara de piedade, percebe-se um prazer velado na queda alheia, um deleite quase pérfido diante do espetáculo da expiação, como se a redenção do próximo fosse tributária de uma dívida imaginária, concebida para alimentar o orgulho de quem observa. É uma fé corrompida, onde o nome de Jesus, invocado com solenidade, serve mais à vaidade do que à virtude. Há, nesses espíritos, uma estranha satisfação em vislumbrar a condenação de outrem, pois a salvação do faltoso lhes parece um artifício que destitui de sentido sua própria pretensa superioridade. Em sua visão empobrecida, a graça divina não pode abarcar aqueles que desprezam, pois isso subverteria sua concepção de justiça, fundada não no amor, mas na exclusividade. Assim, empunham as escrituras para afirmar que "Deus é amor", mas em seus corações arde o desejo de um paraíso segregado, onde a alteridade seria um intruso a macular a santidade.
Essa postura, marcada por uma miopia espiritual, denuncia a fragilidade de um ethos que proclama unidade, mas teme a comunhão. O triunfo do outro, ao invés de ser celebrado, é recebido com inquietação; a prosperidade alheia, longe de inspirar alegria, acende a fagulha da inveja, disfarçada sob mantos de falsa serenidade. Surge, então, a questão primordial: seria a alegria diante do êxito do próximo um reflexo sincero de fé na providência divina, ou apenas uma máscara que oculta o azedume de uma vaidade ferida? É nesse confronto que a alma se desnuda, revelando sua verdadeira natureza.
Ao sondar os abismos do próprio espírito, descobre-se a linha tênue que separa a virtude genuína do vício dissimulado. A resposta à ventura alheia, seja ela uma exultação legítima ou um ressentimento velado, expõe as filigranas mais sutis do caráter humano. E assim se tece o drama da existência: uma luta constante entre a grandeza que se aspira e o egoísmo que nos ancora, entre o amor que liberta e o orgulho que aprisiona.
”Mesmo que as oportunidades não cheguem até você por egoísmo dos outros, não desista da sua capacidade."
O egoísmo é o reflexo de nossas atitudes, que só são aceitáveis por nós mesmos e quando nos agradam.
O ser humano é um animal racional, o problema é o seu egoismo associado à ganância que o faz destruir seu próprio hábitat.
✍️Onde predomina o egoísmo, o bem estar desaparece. No fundo há também um grande ateísmo.
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“Não há nenhum mal em ás vezes ser um pouco egoísta, mas seria muito egoísmo de sua parte não entender o egoísmo dos outros.“
“O egoísmo atinge seu ápice quando o homem deseja todos os bens terrenos e invoca o divino como fiador.”
Quando um bolo aparece no meio da rataria, o egoísmo prevalece, quase ninguém se conhece, todos querem uma fatia.
A maior parte de nossa energia é usada para sustentar o ego!
Sem egoísmo: Liberamos esta energia que causa a noção ilusória de realidade e temos energia sobrando para vislumbrar a realidade última.”