Egoísmo
A espécie humana é a que tem menos visão ao sofrimento alheio quando a sua própria necessidade ou egoismo fala mais alto, salvo os animais selvagens que comem uns aos outros para sobreviver!
O ego, cria o "Eu também" e acaba influenciando no ser "Bom ouvinte" porque além de ouvir, você pretende falar de si, antes de reagir sobre o que o ocorrido do outro.
Carta para você
Vou ser breve. Não vou gastar tempo com "olá” ou explicações. Você me conhece, ás vezes perco a paciência.
Não posso mais mudar. Se é que você me entende.
Essas roupas já não me cabem mais.
Eu já fui todas as pessoas que você queria que eu fosse, agora quero ser eu.
Cedi, cedi mais de mil vezes, e não é exagero.
Quero que me compreendas. A partir de agora, neste mesmo instante, eu vou voltar pro meu mundo. Vou colocar os meus pés de volta ao chão.
Ainda que te deseje perto de mim, cabe à você me aceitar incondicionalmente.
Ou soma ou some.
Vou gostar mais de mim sabe? Cansei do seu egoísmo. Cansei de agradar.
Que Deus me livre de me tornar uma pessoa egocêntrica, mas acho que o que eu peço é pouco. É o básico. Reciprocidade.
Então me despeço agora, deixando aqui o meu aviso. Sim, um aviso, não é uma pergunta, não é um pedido. E um grande beijo à você.
Todos nós nascemos dentro de um avião em queda livre, com poucos paraquedas e gritos dizendo que não somos merecedores. Vivemos o dilema entre ser digno de salvação, carregando a culpa, ou arriscar a própria vida para ajudar o próximo.
"Nesta vida aprendi que a amizade e o altruísmo são mais relevantes, e trará mais benefícios do que ser egoísta ".
Anderson Silva
Em certos momentos,
quero ter você só pra mim,
demonstrar meus sinceros sentimentos, que sou grato
pelo o seu existir,
quero usufruir de ocasiões agradáveis
ao seu lado,
pode até parecer egoísmo,
mas quero ser e que também
seja como um abrigo,
quero ter você em meus braços
e que seja um desejo recíproco,
caso contrário, não terá significado,
já que o amor deve ser fortalecido
sendo continuamente alimentado
pra continuar vivo
e, só assim, ser um fato.
O Fardo do Deslumbramento
Não há coisa mais chata, mais enfadonha,
Que quem se deslumbra com sua própria vergonha.
Com os filhos, as poses, a cafonice ao redor,
Acham-se estrelas, mas brilham sem calor.
Acreditam que o mundo a seus pés gira,
Que tudo lhes deve, que tudo conspira.
Adoram falar, o ego em combustão,
Mas nunca escutam outra voz, outra razão.
Dependem de todos, mas não querem notar
Que são as correntes que não deixam voar.
Acreditam que os outros são meros satélites,
Enquanto desfilam seus dramas patéticos.
A boca, um vulcão, mais barulho que verdade,
Cega os olhos, os ouvidos, a sensibilidade.
Não enxergam o simples, o belo, o discreto,
Pois o espelho é seu único dialeto.
Acham-se o centro, o sol, o universo,
Mas vivem confinadas no seu próprio verso.
Deuses de si mesmas, tão frágeis, tão sós,
Esquecem-se do mundo, do eco de outras vozes.
Ah, que pena, que peso, que sina cruel,
Ser prisioneiro do próprio papel.
E enquanto o mundo dança, vasto, diverso,
Perdem-se no labirinto do seu mundo inverso.
O Fardo do Deslumbramento
Não há coisa mais triste, mais cansativa,
Que quem só enxerga a si e à sua vida.
Com filhos em volta, poses sem calor,
Vestem a cafonice como um manto de valor.
Imaginam que tudo ao seu redor conspira,
Que o mundo inteiro ao seu ego respira.
Falam de si na primeira pessoa,
Mas o vazio por dentro é o que ecoa.
Dependem dos outros, sem sequer perceber,
E pensam que todos precisam os merecer.
Ouvem a si mesmas, em seu tom altivo,
Mas são cegas ao que é realmente vivo.
A boca fala mais do que os olhos veem,
Os sentidos menores, as palavras não têm.
Esquecem do mundo, da beleza que é real,
Prendem-se num ciclo de um brilho artificial.
Acham-se o centro, o eixo, o tudo,
Mas vivem num sonho pequeno e miúdo.
E enquanto o universo respira e avança,
Ficam imóveis, perdendo a dança.
Ah, como é triste essa prisão de espelhos,
Onde o único reflexo é o próprio conselho.
O mundo é vasto, mas não podem ver,
Pois acreditam que giram sem nada a aprender.
Grand Circo da Vida...
No grande circo dos espetáculos diários, existe uma trupe de artistas renomados que se destacam em um show de talentos bem específico: o malabarismo de egos. Nesse picadeiro vibrante, onde o riso é constante e a sinceridade é um número raro, os integrantes não medem esforços para conquistar o aplauso máximo do iludido Grande Maestro.
Os palhaços, com suas máscaras de simpatia, são mestres na arte de equilibrar elogios exagerados e informações picantes. Afinal, nesse espetáculo, quem não participa do teatro das fofocas fica para trás. A ascensão ao estrelato é garantida para aqueles que dominam a habilidade de puxar o tapete enquanto distribuem sorrisos.
O Grande Maestro, sempre atento aos cochichos do camarim, adora uma boa história. Suas reuniões são momentos de pura magia, onde ele, com uma piscadela sutil, reconhece os melhores contadores de causos. É um show à parte, onde todos fingem não perceber que os truques já foram revelados.
E assim, nesse circo brilhante, o espetáculo continua. Os sem talento para o picadeiro autêntico, encontram seu lugar entre acrobacias de falsidade e piruetas de conveniência, garantindo que a lona do circo nunca caia.
O lema é "sorria e acene". Porque, no final das contas, quem precisa de autenticidade quando se tem uma promessa baseada na bajulação? Então, vista seu melhor sorriso falso e prepare-se para o show, porque neste palco, a falsidade é a estrela principal!
Bravo, bravíssimo!
"Quando as pessoas deixarem de olhar só os seus umbigos, os seus corações baterão na cadência da humanidade."
As pessoas julgam vitimismo e dramatização, mas tem uma faca jogada do outro lado da cama que eu joguei assustada quando me dei conta da besteira que estava fazendo.
As pessoas julgam vitimismo e dramatização, mas meus braços sangram e a minha cabeça lateja de dor depois de tanto debatê-la contra a parede.
A rotina do dia, o vôo do tempo, a luta pela perfeição e a rejeição do mundo me pressionam e é comigo que eu grito, é comigo que eu resolvo.
É o meu corpo que recebe.
É o meu corpo que sente.
É o meu corpo que sangra.
É no meu corpo que dói,
mas são eles julgam vitimismo e dramatização.
Não é o corpo deles que sangra.
Não é neles que dói.
E enquanto for assim, vai continuar sendo vitimismo e dramatização.
Essa doença tem causa e tem nome.
Mas enquanto seu egoísmo não tiver cura, minha depressão não vai ter solução.
Não confunda com amor a necessidade da presença de alguém por quem você anseia fervorosamentecom egoismo segundo a necessidade daquilo que lhe completa, lhe faz bem e lhe deixa feliz.
Não se engane para ter uma felicidade plena hoje em dia, precisa se de uma grande porção de loucura, uma pitada de idiotice e uma colher cheia de egoísmo.
O individualismo contemporâneo gera uma brutalidade que em muito me incomoda. Não existe idade para a boa educação, quem transita em sociedade deve manter a linha em todos os lugares e em qualquer situação. Como guardar os seus recalques e revoltas, para si mesmo.
Somos seres sociais. Ninguém nasceu para viver sozinho. Ensinar que a felicidade não se constrói na vida com o outro é o mesmo que afirmar que viver é uma ação solitária. Essa afirmação serve ao capital na medida em que torna a vida egoísta e autocentrada.
DOM QUIXOTE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
É mais fácil brigar contra seres de sombra,
inimigos gasosos que moram na mente,
massacrar a serpente na imaginação,
derrotar uma besta no campo dos sonhos...
Afinal, nossos sonhos nos dão armaduras;
neles temos a força que nos torna heróis,
damos voz de prisão, exilamos demônios
previamente vencidos; presentes do céu...
Só assim não teremos que vencer pessoas,
combater injustiças, desbravar caminhos,
assumir os espinhos cravados na carne...
Será sempre mais fácil ser o Dom Quixote
que abastece a coragem de puro festim
entre lendas do início; do fim; do infinito...
