E Ponto final
Tudo é tão certo quanto...
Na verdade, nada é tão certo.
Certezas são pontos de vista.
Diferentes para cada pessoa.
O certo para um é a incerteza para outro.
Certezas são individuais
Astronauta Perdido
O universo do meu verso
São as estrelas sentinelas
Que revelam as minhas preces
E calam as minhas dores
Choque cósmico, é uma explosão
Meu coração em pedaços
Perdido sem deixar rastros
Pronto para partir em vão
Foguete, me tire desse pesadelo
Me leve para a terra dos sonhos
Onde não há flagelo, onde não há duelo
Escondido nesta poeira cósmica
Vejo apoiado neste raio solar
Este pálido ponto azul, nele a esperança de um novo lar
A chama do amor que possui pelo próximo pode apagar o desespero dos aflitos que clamam por sua ajuda. Descubra em seu interior onde se encontra esse ponto de calor e estará descobrindo o Deus vivo em você
Lapidava palavras tentando encontrar o prumo correto para afinar o que foi desafinado por uma vírgula. Atrevida, queria se meter, como uma faca que corta contextos. A vírgula colhia e recolhia pedaços de letras afim de emendá-las, como se faz com os tecidos desconexos de roupas juninas. Às vezes inventava textos inteiros só para conservar-se entre eles, queria permanecer ativa, já que a sua existência era pífia. Enfeitava o texto, jurava supremacia, quando em realidade, nada mais era que uma lombada no meio do nada. O que houve não se ouviu, mas haverá de ser visto quando a borracha encontrar aquele risco no dia do seu ponto final.
[Do ponto à vígula]
Orvalho da vida
Olhe , observe , delicie-se
O mundo acorda todos os dias
Um espetáculo a cada amanhecer
Veja os mínimos detalhes desse renascer
Sinta os presentes da natureza
Momentos felizes
são como gotas de orvalho em sua pureza
Brilhantes , delicadas e sutis
Logo secam,
mas logo ali adiante
Haverá milhares delas
Perceba que a felicidade
talvez não seja um porto distante,
mas sim um ponto bem visível
no seu horizonte....
Hoje no ônibus fui o único que reparou nas sombras
Não gosto do pôr do sol, já cansei da energia de suas cores
Outra lua sem saber se está surgindo ou sumindo
Vou desistindo
Um ponto dois pontos uma vírgula
Vou repetindo
Um ponto próximo ponto outro ônibus
Não recuo com a primeira vírgula
No meio do caminho
Não me assusto com exclamações
Nem desisto
Quando aparecem interrogações
Sou poeta
Para mim
Ponto final não significa fim
Dos pontos
O que melhor me representa
É a reticência…
Gilmar Chiapetti
Às vezes, avaliamos as coisa de uma
perspectiva muito limitada. Seja mente aberta, você pode ser parte de algo e não somente um expectador.
De qualquer história, você pode ser o vilão, o mocinho ou apenas um figurante; tudo depende de quem a conta.
Os pontos de vista são como lentes, você pode jogar o seu, cabendo ao outro colocar a lente e tentar visualizar da maneira dele como você vê, claro que não será da mesma forma, mas a beleza tá nessa diferença e nos detalhes.
Às vezes é preciso olhar para trás e ver que, assim como você está correndo atrás de alguém, pode ter alguém correndo atrás de você. reciprocidade pode ser uma questão de ponto de vista...
Ninguém neste mundo é melhor ou pior que ninguém. Tudo vai de acordo com os seus valores e o seu ponto de vista do que você faz do mundo e, de você mesma.
ᕈOṈΓO DE ҒUGΔ
A minha objetiva sobre o mundo...
É a do agora.
E agora sou tudo o que me rodeia.
Enquanto vejo o que me rodeia,
A minha consciência rasa,
Extravasa,
Rasga,
E a minha recompensa
Não me é mais recompensada!
A meia-vida não se atinge
E a dose mínima,
É SUB dosada!
- Porque te cinges resignada?
Enquanto não atinjo respostas,
A recompensa jamais será recompensada.
A forma fora de estado,
Transforma-se num gume fino,
Para aqueles que odeiam estar em nenhum lado.
O gume fino não se coíbe,
Do que lhe cabe,
Da pressão que sabe,
Nem do sabor que vive!
A voz não diz!
Vive muda nesse estado.
O gume fino,
Aproveita deste lado,
Para esventrar o ego e tudo o que o vicia.
Atravessa a dura-máter
E acontece algo que eu não queria!
Leva-me o escalpe para servir de assas
E faz voar a fantasia.
Perspetiva renascentista,
Na tábua rasa,
Sem locomotiva que lhe resista!
Sou o humano a olhar para mim.
Nádir chamado pelo zénite.
Equinócio de outono enquanto o dia chega ao fim.
Sobrado plano sem louvor,
Derramado no ofuscante branco,
Sem vida nem amor.
Milmiun, onde um braço estendido e forte,
Aguarda pela minha sangrenta morte.
Explosão de plasma,
Luz que pasma,
Ao som da escuridão!
Lírico poético, quê cético,
De uma morte perpetrada sem razão.
Faço uma viagem ao contrário,
Vejo a granulometria da areia
E atravesso o ferro do pilar pra meu calvário!
A gravilha da estrada,
Outrora calcário sedimentado,
Mora agora no sobrado,
E nas fistulas do betão curado.
E eu só...
Sem que alguém tenha dó,
Sinto-me purgado.
Dos males de mim!
Dos bens de mim!
Tal como o malmequer depois de desfolhado.
Sou despido de tudo o que me rodeia.
Ser humano sem sentimento... desnudado.
Fotão de luz em busca do passado.
Vejo partir o que me rodeia.
Das pétalas sou afastado!
Livre do pecado e da maldade,
Sinto que a vizinha de cima,
Não me viu passar, ainda assim sei
Que lhe perturbei o fumo exalado.
Que lhe apaguei o cigarro,
Que ela ainda não tinha acabado!
Vou deixando este mundo,
Pra viver num mergulho profundo!
Agora que não sinto,
Nem o mundo é só o que me rodeia.
Já não são apenas as paredes do meu quarto,
Nem o enxergão de palha em que me deito farto!
Deixo de ver o segundo
E nesta vista altiva,
Sou a perspetiva estendida,
Sou o corpo de massa zero,
Mínimo, mero, não mais tenho o que quero.
Vejo tudo o que temi!
Vejo tudo o que um dia vivi!
Vejo o elefante morto!
Vejo o homem que o matou!
Vejo a indignação de quem o viu morrer!
Vejo quantos o julgaram!
Mas já não vejo maldade.
E quanto mais longe estou,
Menos vejo a desigualdade.
Não mais sinto o desejo,
De mudar a realidade.
Viajo na espiral do vácuo,
Sem que o meu sangue entre em ebulição.
Sei que ele ficou derramado no sobrado,
Onde já não estou, onde de tão longe nem vejo.
Mas não deixo de sentir a sensação,
Do cordão que me liga à Mãe,
Que dança em orbita com o gigante Pai...
Uma valsa equante!
Da qual eu sou cada vez mais longe...
Menos cavalgante…
Mais distante…
Mas não de pensar.
Ainda há existência em mim!
Ainda há um subconsciente no vácuo sem fim!
Só não sinto mais as fronteiras que nos protegem,
Nem sentimentos de ódio de quem mal me quer.
Não deixo de amar todos aqueles que nos regem,
Os iguais a eu...
Continuo a sentir o púlpito de vida!
A cultura!
Inflação!
A subida!
O bordão!
Porque não sei pra onde vou...
Porque não sei onde estou, nem o que diga!
Continuo a crer na menina escura.
Brilhantes iris sem deferente no oposto equante,
No Ser Humano sem agrura.
Continuo a crer!...
Que não há Humanidade sem transumância,
Que não há bom nem mal,
Nem mundos sem distância.
E daqui do longinco celestial,
Mais perto do zénite,
Do escuro do dia que chega ao fim,
Perto do ofuscante branco
E do braço forte que espera por mim,
Recordo as palavras do épico.
Pragmático poético também ele.
"quê cético"
Longe da jornada de onde eu vim
TU és o outro universo, verso do inverso
dentro do verso que há mim!
And I see the "Pale Blue Dot"
..."Não é a forma pragmática que nos tira o brilho das coisas e da vida. O que ofusca é a maneira como olhamos direto para as coisas que reluzem e refletem mas, que não tem luz própria."... Ricardo Fischer
Já não existem mais pontos.
Hoje,
Descobri minha alma...
E percebi que nela a inspiração se machucou...
Vejo também que existem mais pontos cobertos.
Pelo tempo ,se destruíram por várias situações.
Uma delas,
Um vento impiedoso que veio e marcou sua passagem agravadando minha existência.
Conduções vazias,ônibus sem condutores que me trouxeram muitas dores...
Busco emergências acompanhadas de urgências para me darem uma resposta coerente e as não encontro...
Ja passei por riscos salientes.
Dei tanta assistência poética imediata para quem tanto amei e fui derrubado com flechas super afiadas...
Fiz tantos versos de amor e ao léu com as folhas secas de decomporam..
Cruel etapa,
Fase periódica assídua e insana...
Feita como nó cego de gravata que degola,
e mata...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa...
Quando você menos espera. A natureza tem maneiras astutas para encontrar nossos pontos mais fracos, mas só quem luta é digno de vida.
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