E o Tempo da Travessia e se Nao Ousamos Faze-La

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Filho, nunca deixe que ninguém impeça você de sonhar, nem se essa pessoa for o seu pai.

Eu sempre sonhei com um grande amor, alguém para ficar ao meu lado, ser meu amigo e companheiro. O tempo passou, pensei que era você, mas isso só me fez sofrer porque tudo era apenas ilusão. Então eu resolvi acordar para a vida, eu não sou obrigada a me sacrificar por alguém que não me quer. Tenho que ser mais forte, tenho que ser mulher. Não vou dizer que não foi bom amar você, mas eu mereço mais, eu preciso de algo a mais que um simples carinho, eu quero ser amada.
Eu sei que há muito tempo que não te procuro mais, eu perdi os ciúmes que eu sentia quando alguma outra pessoa chegava perto de você. Eu sei que nós nunca fomos de fato namorados e tampouco amigos de verdade, nossa relação se restringiu a papel e caneta eu escrevia o que sentia e te entregava, sem medo, porque do amor eu não posso ter medo. Hoje parece que por falta de atitude talvez das duas partes posso, sim, dizer a verdade e que tudo aquilo que eu sentia antes por você não era verdadeiro, pois acabou, foi finito.
Já em você eu não sei o que se passa, só sei que você leu o que eu sentia e não me deu crédito e isso me fez cansar, sabe? Eu sempre pensei que quando a gente ama, a gente cuida do que é nosso, mas eu tentei cuidar de você e descobri que você nunca foi meu, assim como eu nunca fui sua. É triste admitir que a pessoa que a gente ama não nos corresponde. Por incrível que pareça, eu quero te agradecer por esse humilde desprezo, isso me fez crescer.
O interessante é que eu não guardo mágoa, muito menos estou triste por isso. Você me ensinou muito mais do que os conceitos da biologia, você me ensinou o que eu precisava aprender mesmo sem ter mencionado uma só palavra. É incrível, mas você me libertou daquilo que me prendia a você. É por isso que resolvi escrever essa carta hoje, para te agradecer e dizer que continuo gostando de você, mas agora de uma maneira diferente, agora eu não te amo mais!

Um ateu diria que Deus
fez esse mundo tão mal feito,
tão cheio de sofrimentos
que ficou envergonhado
e até hoje vive escondido.

Tenha muito cuidado com quem sempre discorda de você. E tenha mais cuidado ainda com quem sempre concorda com você.

Os melhores beijos acontecem quando a gente menos espera, mas quando acontece, a gente sente que queria te-lo há muito tempo, e percebe então que valeu a pena esperar.

Algum dia você vai cair e chorar.
E vai entender tudo. Todas as coisas.

Quem namora...

Quem namora agrada a Deus.
Namorar é uma forma bonita de viver um amor.
Namorados que se prezem gostam de beijos, suspiros, morderem o mesmo pastel, dividir a empada, beber no mesmo copo.
Namora quem sonha, quem teima, quem vive morrendo de amor e quem morre vivendo de amar.

Odeia-se aquele que é livre,
porque perturba o descanso
das pessoas rotineiras.

O louco é insuportável,
porque vive perdido
na liberdade total.

Quando se tem insônia você nunca dorme de verdade e você nunca acorda de verdade.

amor, amar e viver a cada dia buscando algo de diferente para ser feliz, sonhar saber que e com o hoje que conquistamos o amanhâ, e quando chega o amanhã fica uma linda história de vida, a nossa história o nosso passado:

Aparente inferioridade e provoque a arrogância do inimigo.

Aprenda a enxergar. Perceba que tudo se conecta a tudo o resto.

Apesar dos desencontros, o sol e a lua vivem em perfeita harmonia .
mesmo que demore centenas de anos,quando finalmente eles se encontram são responsáveis por um dos eventos mais lindos do universo .

(marcos aurelio da silva)

Saudade há que dura um corpo:
é chaga para toda a vida.
Sangra quando lembrada
e nunca mais cicatriza.

As batalhas que lutamos estão dentro de nós.

Retire seu lixo mental. Ele atrapalha o que realmente importa: o aqui e agora

Amor é enigma?

Optar é renunciar. Entregar-se, por exemplo, a um amor é abandonar outros. E, do que se renuncia e abandona, pode provir, depois arrependimento.

Afastar-se de um amor, ainda que, opção feita por lúcidas razões, pode gerar, adiante, a frustração pelo que se deixou de viver.

Os casos de amor vivem rondados por frustração ou arrependimento. Não o amor, que é íntegro, irrefutável, cristalino e indubitável: mas os amantes seus portadores. Quase sempre o tamanho do amor é maior que o dos amantes.

O que cerca as pessoas que se amam é sempre uma teia de limitações que o leva à disjuntiva: frustração ou arrependimento. Ou quem ama se entrega ao sentimento e se atira nos braços do outro para, depois, se arrepender do que abandonou para entregar-se ao amor, ou se afasta, cheio de lucidez, para, adiante, sentir frustração pelo que deixou de viver.

Estes estão na categoria assim definida de modo cruel mas lúcido por Goethe: "no amor, ganha quem foge...Ou como disse o grande Orizon Carneiro Muniz: "no amor, é mais forte quem cede".

Na juventude tudo isso fica confuso porque esta é uma etapa da vida envolta em uma névoa amorosa que a torna radical na busca da felicidade.

O jovem ainda não se defrontou com as terríveis e dilacerantes divisões internas de que é feita a tarefa de viver e amar, aceitando as próprias limitações, confusões, os caminhos paralelos e contraditórios das escolhas, dentro de um todo que, para se harmonizar, precisa viver as divisões, os sofrimentos e os açoites das mentiras e enganos que conduzem as nossas verdades mais profundas.

Séculos de repressão do corpo e de identificação do prazer com o pecado ou o proibido fizeram uma espécie de cárie na alma.

É um buraco, um vazio, uma impossibilidade viver o que se quer, uma certeza antecipada de que o amor verdadeiro gera ou arrependimento ou frustração.

Viver implica, pois, aceitar essa dolorosa e desafiante tarefa: a de enfrentar o amor como a maior das maravilhas e que se nos apresenta sob a forma de enigma.

Tudo o que se move dentro do amor está carregado de enigmas. E com o enigma dá-se o seguinte: enfrentá-lo não é resolvê-lo. Mas quando não se o enfrenta, ele (enigma) nos devora.

Enfrentar o enigma mesmo sem o deslindar, é aquecer e encantar a vida, é aprender a viver; é amadurecer. Exige trabalho interior penoso, grandeza, equilíbrio e auto-conhecimento.

O contrário não é viver: é durar.

Nós somos uma geração sem peso nenhum na história.

"Raiva, odio, violencia.tudo isso é só medo."

NO CAMINHO, COM MAIAKÓVSKI

Assim como a criança
humildemente afaga
a imagem do herói,
assim me aproximo de ti, Maiakósvki.
Não importa o que me possa acontecer
por andar ombro a ombro
com um poeta soviético.
Lendo teus versos,
aprendi a ter coragem.

Tu sabes,
conheces melhor do que eu
a velha história.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho e nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Nos dias que correm
a ninguém é dado
repousar a cabeça
alheia ao terror.
Os humildes baixam a cerviz:
e nós, que não temos pacto algum
com os senhores do mundo,
por temor nos calamos.
No silêncio de meu quarto
a ousadia me afogueia as faces
e eu fantasio um levante;
mas amanhã,
diante do juiz,
talvez meus lábios
calem a verdade
como um foco de germes
capaz de me destruir.

Olho ao redor
e o que vejo
e acabo por repetir
são mentiras.
Mal sabe a criança dizer mãe
e a propaganda lhe destrói a consciência.
A mim, quase me arrastam
pela gola do paletó
à porta do templo
e me pedem que aguarde
até que a Democracia
se digne aparecer no balcão.
Mas eu sei,
porque não estou amedrontado
a ponto de cegar, que ela tem uma espada
a lhe espetar as costelas
e o riso que nos mostra
é uma tênue cortina
lançada sobre os arsenais.

Vamos ao campo
e não os vemos ao nosso lado,
no plantio.
Mas no tempo da colheita
lá estão
e acabam por nos roubar
até o último grão de trigo.
Dizem-nos que de nós emana o poder
mas sempre o temos contra nós.
Dizem-nos que é preciso
defender nossos lares,
mas se nos rebelamos contra a opressão
é sobre nós que marcham os soldados.

E por temor eu me calo.
Por temor, aceito a condição
de falso democrata
e rotulo meus gestos
com a palavra liberdade,
procurando, num sorriso,
esconder minha dor
diante de meus superiores.
Mas dentro de mim,
com a potência de um milhão de vozes,
o coração grita - MENTIRA!

Eduardo Alves da Costa
Os Cem Melhores Poetas Brasileiros do Século', organizado por José Nêumanne Pinto, pag. 218.

Nota: Niterói, RJ, 1936. A autoria do poema tem vindo a ser erroneamente atribuída a Vladimir Maiakóvski. O poeta Eduardo Alves da Costa garantiu que Maiakóvski nada tem a ver com o poema, na Folha de São Paulo, edição de 20.9.2003.

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