E no meio de Tanta Gente Chata

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Se não estamos diante dos homens, estamos sempre diante de Deus e temos tanta necessidade de nossa própria estima quanto da do mundo.

É que de vez em quando dá uma saudade na gente dessas coisas. São todas coisas simples. Meio bobas muito bonitas. (...) Mas tudo bem.

No meio, a gente descobre que sofremos mais com as coisas que imaginamos que estejam acontecendo do que com as que acontecem de fato.

Às vezes, entre um homem e outro existe tanta diferença como entre um homem e um animal.

O escritor precisa de quase tanta coragem como o guerreiro; um não deve preocupar-se mais com os jornalistas do que o outro com o hospital.

Aquele pensa que sabe muito, mas não sabe de nada, e a sua ignorância é tanta que nem sequer está em condições de saber aquilo que lhe falta.

Vai tanta distância da compaixão à caridade como da intenção à justiça.

Tenho tanta necessidade de um amigo que o invento.

Se eu tivesse de escolher entre trair a minha pátria e trair um amigo, esperaria ter a coragem necessária para trair a minha pátria.

Pensar antes de falar é o lema do crítico. Falar antes de pensar é o lema do criador.

Veterano: alguém que consegue lembrar-se da época em que o presunto, os ovos e os raios solares nos faziam bem.

Tal como o espaço vazio numa pintura, o tempo em que nada acontece tem seu propósito.

Há muita gente que, assim como o eco, repete as palavras sem lhes compreender o sentido.

Neblina? ou vidraça
que o quente alento da gente,
que olha a rua, embaça?

Há muita gente boa e feliz, porque não tem suficiente liberdade para se fazer má e desgraçada.

As ideias novas são para muita gente como as frutas verdes que travam na boca.

Há muita gente para quem o receio dos males futuros é mais tormentoso que o sofrimento dos males presentes.

Não é a fortuna, mas juízo somente, o que falta a muita gente.

Eu aprendi que, para crescer como pessoa, preciso me cercar de gente mais inteligente do que eu.

H. Jackson Brown Jr
BROWN, H. J. The Complete Live and Learn and Pass It On. Nashville: Thomas Nelson Incorporated, 1998
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A DESPEDIDA DO AMOR

Existe duas dores de amor. A primeira é quando a relação termina e a gente, seguindo amando, tem que se acostumar com a ausência do outro, com a sensação de rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda estamos tão envolvidos que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.

Você deve achar que eu bebi. Se a luz está sendo vista, adeus dor, não seria assim? Mais ou menos. Há, como falei, duas dores. A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços, a dor de virar desimportante para o ser amado. Mas quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos. A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por ninguém. Dói também.

Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém. É que, sem se darem conta, não querem se desprender. Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um suvenir de uma época bonita que foi vivida, passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação com a qual a gente se apega. Faz parte de nós. Queremos, logicamente, voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente e que só com muito esforço é possível alforriar.

É uma dor mais amena, quase imperceptível. Talvez, por isso, costuma durar mais do que a dor-de-cotovelo propriamente dita. É uma dor que nos confunde. Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas: eu amo, logo existo.

Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo. É o arremate de uma história que terminou, externamente, sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente.

Martha Medeiros
Crônica "A Despedida do Amor", 2001

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas Gêmeas, a 6 de agosto de 2001.

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