E mais Facil Quebrar um Atomo que um Preconceito
Dejavu
Abri os olhos e me vi em um lugar cercado de pessoas que riam, um cachorro que não sei a raça, não lembro. Parecem tão conhecidos e estranhos ao mesmo tempo. Dei me conta que havia alguém me chamando um nome que deveria ser meu, então me virei fintando-os, este era o meu nome. Eles riam e eu fingia entender tudo direito. Me senti num dejavu, mas só depois percebi onde estava, e reconheci finalmente todas aquelas pessoas alegres. Eu tinha sido atendida, voltei ao tempo.
Mas porque voltei pra esse lugar e não para o momentos em que ficamos a sós pela primeira vez? Eu precisara concerta algo nesse momento, nesta hora em que estávamos cercados de pessoas que futuramente seriam meus amigos também. Não, não era isso que eu tinha que mudar. Era o quê então? Seus olhos pausavam em mim, nas minhas palavras, e eu caçava seus olhos como da primeira vez que estive nessa cena. Mas se eu voltei exatamente aqui, tinha que fazer algo diferente para você perpetuar. Não mexi em nada nesse instante. Riamos, um outro amigo tocava violão para nós, e você mexia nos seus pés, eu, no cãozinho que lá estara. Não era aqui que eu tinha que mudar algo, então deixei rolar. Não poderia perder uma oportunidade crucial que Deus, destino ou sei lá o quê tinha me dado. Fiquei quieta.
Depois estávamos em outro lugar, não me lembro a ordem das cenas. Mas ficávamos á sós, finalmente. E nossos olhos investigava o novo que a mim possua que a ti possua. Meus cabeços soltos pelo casaco que eu vestia, engraçado e você ria. Então percebi, era ali que eu tinha que ter entrado em ação. Seus olhos miravam os meus lábios, e eu parada, simulava não entender nada. Era nessa hora que eu devia ter chegado mais perto e ter lhe dado um beijo sem permissão. E então tu corresponderia porque era isso que querias também. Cega fui eu que não vi, não fiz, por medo de te perder pra sempre. Mas ao menos se eu te perdesse ali,a dor seria maus plausível ou não doeria do jeito que doeu depois dessa cena. Tentei mudar, reverter. Fui até você e quando o quase acontecia finalmente, acordei. Era um sonho e não uma surpresa da vida. Seria bom se pudéssemos mudar certas coisas né? Mas eu não podia.
Acordei e me posicionei na cama. Determinada a sair de mim. Ou pelo menos tomar meu café da manhã sem me arrepender de quando te perdi antes de ter.
nada é previsível
Encontros. É nisso que resume isso que eu e você temos e que não tem um nome. Nossos encontros cheios de conversas significativas, beijos calorosos e carinhos nos meus pés. Olha, eu não sei se sou alguém que seja bom para amar. Nunca me apaixonei, as vezes acho que não tenho essa capacidade bonita. O bom disso tudo é que você não liga pra isso, e nem eu. Não há o que ser evitado, e quando a gente ri fingindo que o mundo não existe do jeito que é, eu me animo porque existe alguém que pensa igualzinho a mim. A gente se conhece há tanto tempo, as vezes acho que não sei sobre você o que eu sempre quis saber, mas percebo que é você que não sabe nadinha de mim. E me sinto misteriosa, enquanto você me beija os olhos, os ombros a alma. Eu consigo ser eu por debaixo dos meus cabelos, dos meus medos e das minhas fantasias. Você desperta isso em mim, esse eufuísmo em querer ser eu mesma. Eu te mordo e você se comporta como se tivesse medo do que eu possa sentir, do que você possa sentir. Essa coisa de não querer ir além de onde podemos ir ainda vai nos levar longe, rapaz. Então por mais que eu mude conforme a estação de rádio, eu de vez em quando, vou pensar em você. Não dá pra arriscar muito com nós dois, mas é isso que eu gosto depois do seu cheiro de café com leite. Então fica até quando os nossos olharem continuarem se olhando com essa ternura e calma. Minha e tua, caetano
O amor existe.
Não foi um livro que disse. Eu só vejo ele pairando no ar em meio a conversa de duas pessoas que estão sentadas com mãos entrelaçadas em um banco qualquer, numa praça qualquer, mas com o amor que só esses dedos entrelaçados e esses olhares focados e bobos sabem dizer. O amor existe. Ele não está só nos livros de Machado ou naqueles romances americanos que as livrarias se esgotam de vender,e é por isso que vendem tanto, por que as pessoas acreditam na sua existência, e querem acreditar, por que ele existe.O amor existe. Difícil topar com ele, óbvio. Mas acontece. Sem previsão de hora, data, mês, ano. As vezes quando menos se espera o amor invade qualquer sinal vital nosso e pronto. Somos refém do sentimento mais transformador do mundo. O amor existe mesmo sem existir ainda. O amor existe. Dolorido, nervoso,inquieto, bonito, avivado mas existe. Confuso, bruto, calmo,forte, quebradiço, mas existe. O amor é tudo isso que não vemos, é tudo isso tão grande que a nossa mão não consegue segurar, o amor é isso que existe e que um dia, sem motivo, começa habitar dentro da gente por alguém. O amor existe e é demodê.
“Não me venha com palavras tortas ou pela metade. Na minha vida nunca existiu meio termo, um espaço. Sou franco, me ame ou me odeie, nunca tive tempo pra dúvidas. “
O gosto agridoce da liberdade
A vida se passa e em um minuto tudo muda ao meu redor. Os acontecimentos devem fazer parte da vida de todos, e com que rapidez eles passam pela minha. Conheço e desconheço pessoas de todos os tipos que fazem coisas que eu jamais pensei que existissem, a não ser em ficção. Chego a me apaixonar, por mim e por outros. Chego a apenas observar e admirar... Alguns merecem. Chego a ter valores diferentes de amizade e a aprender lições que me tornam mais homem. Sou apenas um, aquele que chorava por um brinquedo, hoje chora por amores, amizades, alegrias... Por viver... Aquele que não saia sem a mãe, hoje conhece o gosto agridoce da liberdade.
Janela
Uma nuvem cinza surgiu em minha janela
Cinza de dor e sofrimento
Trazendo memórias de um tempo
Em que a vida não era tão bela
Uma fria gota de chuva respingou em minha janela
Esfriando, cessando as batidas do meu coração
Atenuando minha respiração
Agravando minha agridoce mazela*
Será que a tempestade irá passar?
Será que o tempo irá se abrir
Ou irá apenas me iludir
Não irei a ele me apegar
Como se não bastasse o temporal
O frio vem me visitar
E eu pelo calor a desejar
Padeço de forma imparcial
Um raio de sol bateu em minha janela
Porém tarde de mais era
Em vão foi minha espera
Quebrada está a janela
*mazela: chaga, ferida, doença
E então você conquista tudo que um homem deseja: família reunida, amizades verdadeiras, um bom emprego, distração.. Você tem tudo! Mas e o coração? Por que esse sentimento de falta? Cadê ela? Logo você percebe que na verdade, não tem nada!
" Um abraço ameniza, tranquiliza e ampara nos maus momentos. É um gesto que até dado num dia bom o transforma em ótimo.”
Tenho uma saudade incrível daquilo tudo que passei, um arrependimento enorme do que deixe de fazer, mas uma vontade enorme de fazer tudo diferente e realizar todos aqueles meus sonhos que estão aqui e ainda vão chegar!
Em meio à tantas tristezas, uma boa notícia chegou até mim. Eis que veio até um anjo e me falou: "Deixa a boa notícia ser um raiozinho de sol."
A vida me deve uma dança.
O grande mistério me deve uma chave...
De um segredo qualquer.
Se o tempo pensou que me vencia
Encontrou um inimigo formidável.
Renasci do sorriso empalhado de Deus
Venho embebido de sorrisos e olhares de moças,
Que com ares tristonhos e esperanças vazias
Rompem espaços ideais.
E em minha ignorância trôpega,
Tal qual pedra figuro sólido no absurdo.
Eu quero um abraço que não seja negociável. O pensador se parece em muito com o mendigo. Ele também abdica das coisas, às vezes de tudo, mas porque tem compromisso inegociável com a verdade, e se já não existe mais a ilusão da Verdade, ele tem compromisso com até o ultimo grau de verdade possível. E isso não quer dizer que não queira o abraço. Mas o pensador, principalmente o moderno, aprendeu que determinadas opiniões que ele tem lhe proíbem, automaticamente, o direito ao abraço. E inclusive ao amor, ao beijo, ao afago e à admiração nesses termos. Daí que o pensador e também o mendigo começam a achar que todo mundo é burro, no sentido de ninguém poder entender seu direito ao afeto. E será certo supor que ninguém irá compreender isso? É claro que generalizam os que pensam e os que mendigam. E, no entanto, a gente só busca o profundo das coisas para fazer o bem às pessoas, o que, aliás, é o único e absoluto critério para alguém fazer alguma coisa. Imagine Freud, estudando os casos mais bizarros das patologias mais diversas, tendo que lidar com coisas muito mal vistas pelas pessoas “normais”, e mesmo assim necessitando do afeto de pessoas que pensavam: - cara estranho, querendo descobrir nesses monstros (os doentes patológicos) o que nós sabemos que é obra do demônio. Freud amando os monstros, sem que alguém o ame monstro. Imagine Nietzsche, dando sua vida para denunciar o caráter ilusório das religiões, dizendo que projetava fazer a humanidade se livrar da crença em paraísos, etc., precisando do abraço, vez ou outra, das mesmas pessoas a quem queria, no fim, só fazer bem. Pessoas essas, como de sua família, que lhe condenavam à mais terrível solidão, a ponto de ele dizer: odeio quem me rouba a solidão sem me oferecer verdadeiramente companhia. Um amigo certa vez me disse: o que eu mais lamento é que as mulheres, as quais eu mais amei na vida, se assustaram todas com meu ateísmo. E mais, se assustaram com a minha inadequação social e loucura. Hoje tenho medo de me aproximar daquilo que mais admiro no mundo - uma bela mulher, pois vá que descubra o meu crime! Crime que é pensar, que é ser inadequado e louco como a vida é. Lembro-me bem de algumas entrevistas de médicos precursores das cirurgias de coração. Eles disseram que foram vítimas, no inicio do século, de agressões físicas e morais, uns tiveram casa e carro apedrejados, outros tiveram que pedir segurança especial para que suas famílias ficassem a salvo dos trogloditas morais que diziam: vocês vão para o inferno, vocês devem morrer, pois estão querendo mexer no órgão que Deus criou para ninguém tocar, o órgão sagrado do afeto. Do mesmo modo com todos os outros tipos de cirurgias médicas. E hoje os filhos desses mesmos justiceiros morais se beneficiam de todas as benfeitorias que a medicina nos proporciona – quantos deles não estão vivos por causa de um transplante de coração. Sem falar nos casos terríveis de homossexuais, que até bem pouco tempo eram, quando não linchados ou assassinados, execrados moralmente, perdendo o direito sagrado ao abraço. Espero, utopicamente, um mundo futuro onde o abraço seja inegociável, onde o abraço seja incondicional, onde o abraço seja sagrado.
Amor: ainda estruturalismo.
Terra molhada, barulho de chuva, tarde que calha,
Há um corpo invisível na incidência de cada.
Linguagem que calha, signo-chuva, sintaxe molhada.
Me sopra aos ouvidos o tal: foge da teia, foge da teia, foge da teia!
Injusta territorialidade, me furta a fuga a priori,
Nasço à tarde muito bem estruturado.
Esse monoteísmo, esse monofonismo, a unidade-mulher,
Espiritualidade semântica, desesperança quântica, labirinto lógico.
Quintal grande, balanço na arvore, avó, mãe, tio tocando violão,
Amor, grande amor, etc, etc, etc.
O que é fidelidade?
É dar valor a um vaso de barro, sujo e cheio de paixões carnais
cujo a falsa amnésia esconde a sua utilidade
que é conservar a essência do oleiro.
Eu sei que não nos falamos muito como antes, e às vezes até passamos um pelo outro sem dizer uma palavra. Mas há aqueles momentos em que nossos olhos se encontram e eu sei que, no fundo, você está sentindo minha falta tanto quanto eu sinto sua.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Poemas de aniversário: versos para iluminar um novo ciclo
- Frases de alegria para inspirar e tornar o seu dia mais feliz
- Frases de efeito que vão te fazer olhar para a vida de um novo jeito
- Frases de aniversário para dar os parabéns (e tornar o dia mais feliz)
- Frases de desprezo para quem não merece mais a sua atenção
- Frases para falsos amigos: palavras para se expressar e mandar um recado
- Perda de um Ente Querido