E mais Facil Mudar a Estrutura de um Atomo

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No interior de um litro não tem um gênio, mas os pensamentos vão longe....
Viajo em meus pensamentos e em minhas lembranças.

Inserida por IvensAbreu

REVAl II

CRÔNICA
Reval,por um tempo andou meio fraco da cabeça. Morava sozinho num quartinho de uma casa antiga, na Rua Sete de Setembro, anexo à alfaiataria de Corcino - seu parente -, um dos primeiros alfaiates de Campos Belos. - De vez enquando sumia; mas sempre voltava.
Trajava à mesma roupa ensebada de sempre.Sapatos às vezes,soltando a sola.
Moreno forte, de estatura mediana, usava cabelos quase aos ombros, que nunca viam pentes e água. Ostentava um bigode entrelaçado à longa barba.
Medo a gente não sentia de Reval: alguma sisma somente. Arriscava conversar com ele. Mas a prosa era pouca,só respondia aos arrancos,jeito desconfiado,olhar distante.
Nunca se soube de agressividade dele, às pessoas. Andava lentamente pelas ruas da cidade, com as mãos nos bolsos da calça, mastigando um possível alimento. Ficávamos curiosos para saber que iguaria degustava.
No percurso que fazia pelas ruas andava e parava, andava e parava...pondo sentido em tudo que seus olhos viam. E o de mais relevância, pra ele,observava mais ainda; imaginando coisas.
Em seus observatórios diários, nada passava despercebido do seu olhar. Olhava os mínimos detalhes daquilo que mais lhes chamasse a atenção. - Como se tivesse fazendo uma profunda análise.
Parecia discordar com mais contundência algumas irregularidades que via: ao coçar a cabeça acima da orelha e balançar a mesma num gesto negativo; sempre fazia isso quando o objeto da observação não atendesse suas expectativas de normalidade.
Belo dia...
Como há de ter acontecido... Reval saiu de casa e subiu à Rua BH Foreman, mais calado do que nunca. Triste, de cabeça baixa, olhos inquietos. Atravessou a Av. Desembargador Rivadávia e ganhou o calçadão, em frente à Prefeitura Municipal. Parou, e colocou a mão direita atrás da orelha, em forma de concha, para ouvir melhor o sino repicando à sua frente, na Igreja Matriz.
Era o sacristão chamando os fiéis, para a encomendação de um corpo. Ele não atendeu o apelo sonoro da paróquia naquele dia: adentrando-se ao santuário.
Nuvens cor de cinza se agarravam ao Morro da Cruz e das Almas; não demorou muito a cair pingos de chuva como lamentos, na grama verde da praça. - Quando uma pessoa boa morre a terra recebe o insumo e o céu sela com água, o fim deu ciclo.
Reval aproximou-se daquela casa de oração católica, e tomou a benção ao seu vigário, que estava posicionado à entrada principal, recebendo o povo, para a cerimônia fúnebre.
Riscou o dedo polegar direito na testa, repetida vezes, e inclinou-se levemente para frente, em sinal de respeito ao pároco, ao santuário e ao falecido. Beijou um enorme crucifixo metálico, preso num grosso cordão e olhava ao longe, o esquife num ataúde bonito...
Em rogos,de longe, desejava um bom lugar ao finado.
Missão cumprida...
Deu as costas ao Reverendo, sem se despedir, e desceu a Rua do Comércio, enxugando com a manga da camisa, algumas lágrimas sentidas.
Teve fome...
Com a barriga nas costas, entrou na padaria de Zé Padeiro. Pediu um lanche, sem dinheiro.
A atendente lhe deu um pão com manteiga, e um café com leite num copo descartável. - "Capricha que é pra dois tomar." Disse, à moça, que colocou mais um pouquinho. Ficando sem entender: pois, não o viu acompanhado de mais ninguém.
Ao retornar a sua casa, pelas mesmas pisadas, Reval parou diante de um caminhão de transporte de madeiras; quebrado e cheio de laxas de aroeira, na porta do Armazém de Seu Natã.O proprietário já havia pedido ao papai que olhasse o mesmo; pois, teria que se deslocar até a Capital Federal ou Goiânia, para comprar uma ponta de eixo. Pois não a encontrava na região, para a devida reposição.
O sol, queimando, e não havia mais uma nuvem sequer, nos céus, para atenuar a sua intensidade. Reval, por sua vez, continuava parado diante do veículo, dando andamento na prosa...
Depois de ter observado por muito tempo aquela situação; de todos os ângulos possíveis. Continuava olhando, olhando,olhando... E, balançando a cabeça de um lado para o outro. Como quem não concordando com aquela situação. - Conversava baixinho com o caminhão, de maneira que só os dois ouviam, mais ou menos assim:
- Isso que estão fazendo com você é um absurdo, é uma desumanidade muito grande! Como é que pode tanto descaso, com um ser tão indefeso[...] - Coitadinho, quanta judiação[...] Quanto tempo sem comer e sem beber; cheirando mal, e cheio de poeira; com esse calor que está fazendo, não pôde até agora, tomar um banho sequer, para refrescar um pouco; como tem sofrido você ...continuava:
- Não tenho mais tempo a perder: preciso fazer alguma coisa e continuar com essa caridade por mais um tempo...
Deu o lanche que trazia consigo para o caminhão comer...
Antes de despedir-se, daquele pobre necessitado, balbuciou quase imperceptivelmente mais algumas palavras:
- Tenha um bom apetite!... Voltarei amanhã para ti ver...
Foi-se embora balançando a cabeça, desaprovando aquele estado de coisas.
Possivelmente repetiu o gesto de alimentar ao caminhão por mais de quinze dias. - Período que esteve lá.
Toda vez que retornava ao local não havia nem vestígio de lanche.
Como se sabe: a “fome é negra”.
Reval tinha um bom coração. Aquela piedade demonstrada devia ser um reflexo da criação que recebera de seus pais. Que por sua vez, eram pessoas muito religiosas e bondosas.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

O segredo da melhora consiste em deixar o seu eu antigo de lado e construir um novo eu.

Inserida por herculessouza

A Europa é a aquela criança prodigio e o Brasil é aquela que tinha todo o potencial e se tornou um viciado em crack.

Inserida por NicolauCopernicus

BEM-TE-VI (II)

Cantante, galante e saudável, em voos mirabolantes, vivia um bem-te-vi na cidade a coletar insetos no ar,na comunidade dos pássaros. Depois de degustar tais iguarias,pousava em galhos de árvores e fios de luz pelas ruas e cantava alegremente seus louvores, feliz da vida. - Batendo numa tecla só: bem-te-vi,bem-te-vi.... - Apesar de repetidos cânticos, o bem que me desejava não lhe cansava; eu também amava ouvir, sobre o bem que carecia e careço. Seu cantar, me transmitia uma mensagem de esperança e vida... - Parecia dizer, na letra da canção, que “bem me via”. E, em doce vivência me sentia. Pudera eu ainda ouvir por muito tempo, seu cantar em mesmo repertório melódico de sempre: - “bem-te-vi”, pois, o bem que preciso, ei de deseja-lo, ao próximo. Senti bastante pelo ocorrido que vitimou esse pássaro livre!...Provável que, na correria louca que se vive, ao trânsitar pelas vias, um condutor desatento, daquele veículo,não te viu, e ceifou tão de repente, sua vida, naquele acidente. Hoje,quando o vi caído, aderido ao asfalto quente, pelos muitos pneus a lhes esmagarem doeu em mim. Interroguei-me: pode haver poesia num pássaro morto,atropelado por várias vezes? Pode sim. - Foi a respota mais urgente e aceita, que me veio à mente, naquele instante. Poesia não morre como um ser vivente... A poesia vive eternizada em tudo. Não desintegra-se, nem se desgruda de nada. - Também não se limita. Vive explícita nas palavras que engenhamos, e expomos ao mundo.E na natureza viva ou morta. Dinâmica, vive saltitando, se mostrando. - Até num corpo desfalecido,dilacerado,moído... ama ser vista, sentida,amada; compreendida com os olhos da alma. - Compartilhada com a vida. Então,sendo esta, a percepção... Não devemos deixar de dizer, que está "tudo bem" conosco, - quando nos for perguntado. Graças a Deus, estamos bem,mesmo havendo perdas irreparáveis! e a dor das circunstâncias maltratem corpo e alma. O que mais me acalenta bem-ti-vi, é saber que teus remanescentes ainda viverão por ti, o representando na terra dos mortais; falando a tua língua e cantando suas canções de esperança. - Elevando o nosso ânimo,grandemente, ao repetir a letra melódica de teu cantar. Desejo a esse bem-te-vi, da eternidade das aves: um merecido descanso! Quanto a mim,nesta vida efêmera,bem-te-vi, continuarei ouvindo teu cântico animador. Pois, a letra, a poesia e a graça do teu cantar me faz bem!
(16.07.19)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

POESIA

Poesia não morre como um ser vivente qualquer... ela vive eternizada. Não desintegra-se, nem se limita a coisa alguma. Está intronizada em todos os lugares e coisas; não se desgruda da gente: expõe nossos sentimentos e nos ajuda a falar de tudo que desejamos; quando nos permitimos a isso,recorrendo aos seus encantos. Se põe em segredo, nas palavras que pensamos e guardamos. Explicita-se nas que proferimos e revelamos ao mundo, nos textos que tecemos; nos livros que editamos. A poesia está nas letras e melodias das canções que cantamos; na lua cheia,nas galáxias,no firmamento. Nos elementos da natureza, no sussurro aos ouvidos de quem amamos; nas conversas em volta da mesa. Dinâmica como uma criança a poesia é travessa: saltitando, faz artes; nos encantos terrestres e nos espaços celestes. Até num corpo de um pássaro ferido, já sem vida, no chão... sendo comido pelas formigas.A poesia está onde estiver Deus: nas coisas mais simples. Basta ter olhos pra ver. Adora ser amada, sentida,acarinhada, compreendida. Pela sensibilidade de um poeta. O que mais a poesia quer, é ser compartilhada com a vida. Assim e muito mais, é a poesia.
Devemos a ela todo o respeito e amor.

(08.08.19)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

No Brasil, os criminosos são tratados conforme o status social e a graduação profissional. Um político poderoso ou qualquer cidadão com canudo universitário — médico, advogado, jornalista…— mata ou rouba uma e vai para uma prisão especial.

Inserida por LEandRO_ALissON

Viver como se não houvesse amanhã é fazer do seu hoje um ontem exemplar. Deixe exemplos de vida que sobrevivam à sua própria morte.

Inserida por JonatasdeLara

JESUS É O CAMINHO RELIGIÃO É APENAS UM TRANSPORTE.

Inserida por herculessouza

A escola não é digna de bons mestres, basta um aluno ir contra um deles, alimentando seus caprichos e fanatismo, ela o discrimina. Sobram os que se adaptam, em nome do "ganha pão".

Inserida por Kllawdessy

Todas as opiniões, com efeito, nascem de alguma reação à experiência vivida, mas muitas delas são uma reação de fuga, o fechamento neurótico numa redoma de palavras. São expressões de almas frágeis e vacilantes, que se apegam a opiniões como se fossem amuletos, para escapar ao terror da incerteza, ao thambos aristotélico, portanto à possibilidade mesma de acesso à verdade.

Inserida por LEandRO_ALissON

A doença política do Brasil é a condensação de um handicap cultural crônico, a pequenez da alma e o estreitamento do imaginário ante a complexidade da existência. Os brasileiros vivem citando Fernando Pessoa, mas não tiram de um de seus versos a conclusão mais necessária e urgente: Nada vale a pena quando a alma é pequena.

Inserida por LEandRO_ALissON

Antigamente — ainda ontem, quando eu tinha vinte anos —-, exigia-se muito de um escritor. Ele tinha de dominar os recursos da sua arte ao ponto de que toda a história dela, de algum modo, transparecesse no seu estilo. Tinha de possuir uma visão espiritualmente madura do universo e da vida e haver absorvido nela a cultura dos milênios. E essa visão devia estar tão bem integrada na personalidade dele que sua expressão escrita não comportasse o mínimo hiato entre idéia e palavra.

Hoje não é preciso nada disso. Basta uma afetação de sentimentos politicamente corretos na linguagem dos estereótipos mais sufocantes — e pronto: o pimpolho garantiu seu lugar nos suplementos de cultura e nas antologias escolares. Se escreve no estilo padronizado dos manuais de redação, é um primor de nitidez cartesiana. Se embrulha idéias sonsas em jargão lacaniano indigerível, é um assombro de profundidade. Se não articula sujeito e predicado, é um grande comunicador, sensível à linguagem do povo.

Inserida por LEandRO_ALissON

Pense bem na forma você que fala e trata a sua esposa, vocês são um, ela é o seu braço direito, não sua empregada.

Inserida por meuspensamentosBruno

UM ANJO

Um raio fulgura
um coração magoado
Acende, incendeia.
A cinza
se transforma em luz
Rutila e seduz
A alma retalhada
por uma navalha.

Vem a calmaria,
Amar sem pressa
Em inteira confiança
Não ser trocada
Repartida, corrompida !
A alma feliz descansa
A vida retoma cores …
O teu amor ilumina
De mulher me faz menina .
Tão seguro e tão atento
Um anjo … meu apego !

Inserida por ruth_dos_santos

Um homem de poucas palavras entende o poder que elas tem.
Pois aquele que se abdica de falar muito e observa sempre, terá conhecimento maior que os demais.

Inserida por Helvis21

Podemos ser muitas coisas,
Um bom exemplo disso sou eu mesmo.
Já fui esperança,pra quem precisou.
Alegria, pra quem me conheceu.
Frustração, pra quem decepcionei.
Fui prazer, pra quem me teve.
Saudad, pra quem não me vê mais e ainda queria estar perto.
Alívio, pra quem não quis me ver mais e está longe.
Amigo, pra quem buscou um.
Amor, pra quem quis e para quem não quis,
Porque eu escolho amar a todos
Amante, pra quem buscou apenas momentos.
Honesto, na grande parte da minha vida.
Desonesto, quando não pensei nas consequências.
Herói e vilão, Pra ver os dois lados da moeda.
Mais sempre fui EU, e espero que isso venha ser bom no fim da minha vida
Porque jamais quis ser alguém que não sou pra agradar quem quer que seja.

Inserida por Helvis21

Tudo, nada, somos aquilo que um dia sonhávamos ser.

Inserida por meuspensamentosBruno

Desde que o mundo é mundo, há um conflito insolúvel entre a busca do conhecimento e a busca do prestígio, da respeitabilidade, da aceitação na 'boa sociedade'. O saber avança contra todo bom-mocismo, contra todo convencionalismo, contra todo conformismo bem-pensante. Hoje em dia, porém, a ciência, especialmente sob a forma do 'consenso acadêmico', tornou-se um dos pilares do convencionalismo e o guardião do portal da 'boa sociedade'. Você pode matar sua mãe sem deixar de ser uma pessoa respeitável, mas conteste algum artigo-de-fé do consenso acadêmico e imediatamente fazem de você um réprobo, um monstro, um inimigo da humanidade.

Inserida por LEandRO_ALissON

Sou um lavrador a vegetar: minhas raízes estão no campo, o tronco em Guarulhos/SP, e a copa querendo ir para onde o vento levar. (Donizete de Castilho)

Inserida por donizetedecastilho