Doce
Nossas recordações são aquedutos que nos levam a passear em doces águas profundas, e a experienciar sempre que possível em alguns momentos, a tristeza das águas salgadas
Ao observar a escuridão tentei abocanhar as estrelas, vi que era um sonho, polvilhei com o branco açúcar das nuvens e recheei com o doce amargo do céu
No doce bailado do sentir,
Em cada sabor, em cada aroma,
Nas pontas dos dedos, no toque a fluir,
Na pele macia, sedosa, com a minha soma.
No perfume que emana, tão singular,
No prazer que nos guia, sem fim,
Seguir o contorno, sem hesitar,
Beijar a boca, em desatino e assim.
Afogar-me no mel que é seu,
Loucuras partilhadas, a dois,
Emaranhar cabelos, num doce breu,
Perder-me no olhar, em meus anseios.
Enlouquecer com a voz que sussurra,
O desejo no ar, palpável e quente,
Numa dança de almas, em loucura,
Sentir o amor, intensamente.
Doce Devaneio
Delírio doce,
Desejo desmedido,
Dança de dedos,
Do destino decidido.
Dom de delírio,
Dócil delícia,
Durmo desnorteado
De tua divindade fictícia.
Dama dos dias,
Donzela de dourado,
Desperto dizendo:
“De ti, estou dominado.”
Deitei dentro
Do drama do desejo,
Denso, dramático,
Dado ao teu beijo.
Dissolvo dores,
Deixo dúvidas,
Dou direção
Das delícias mútuas.
Dizer, decerto,
Demais:
Desde dezembro,
Dependo de ti, demais.
Perigo doce
A cada segundo, a magia que você lançou em mim se espalha como fogo lento, invadindo cada canto da minha mente.
A cada segundo, eu te desejo mais perto.
Perto o suficiente para sentir sua pele,
seu calor,
o ritmo da sua respiração misturando-se à minha.
Olhe nos meus olhos — de perto.
Perto o bastante para enxergarmos o universo que existe em cada detalhe.
Me permita te tocar.
Te sentir sem pressa,
sem barreiras,
sem medo.
Já não posso esperar.
Nunca imaginei desejar algo com tamanha urgência.
É insaciável, é desesperado,
é perigoso.
Você despertou em mim algo adormecido.
Você me libertou.
Mas também me expôs.
E agora…
eu estou em risco.
Mas não recuo.
Porque te querer assim me faz me sentir viva.
Doce e alcoólatra como vinho.
Nesse cenário,
asfalto molhado, noite fria.
Luzes acesas, prédios altos.
A cidade cheira a cigarros e vícios.
Essa fumaça exala promessas falsas
e cá estamos nós,
em meio a palavras explícitas
e situações formais.
Me disse que sou diferente,
apesar de nossa diferença de idade.
Esse é um mundo de artistas,
nós somos artistas consequentes.
Falando em arte,
seja minha musa?
A última não valorizou os traços que nela realcei.
Percorreria seu corpo a lápis ou pincel,
te deixo escolher.
Só promete sussurrar a sua resposta,
não como promessas falsas que nos têm.
Sussurra.
Minha mente tá barulhenta demais,
mas eu juro que, se for você,
eu vou conseguir escutar.
Tenho sido a poetisa
invisível nesta época
que não dão mais
valor ao romantismo,
Ainda sonho contigo
com os olhos abertos,
construí um exílio
que só os doidos de amor
são capazes de compreender;
Enquanto preparo
um gentil Doce de Pinhão,
escuto a embaladora canção,
e para as estrelas insisto
pedir a amorosa orientação
em nome da rota da aproximação.
Maria-mole
Quando você aparece
me adoça facilmente,
Você sabe que lhe tenho paixão
e assim com êxito converte
este coração de pedra
em um coração de Maria-mole
porque ao seu charme se rende
e com ele você sempre tudo pode.
Aguardando o ideal
tempo romântico
para te aconchegar
no divino refúgio
do meu amor divino,
Colhi uma Gila madura
para fazer doce poético
para mimar o paladar
porque temos um
ao outro para se aninhar,
Embora o amor
viva de emergência,
também faz escola ao esperar.
Doce de Figo verde
feito com carinho
para saborear com uma
fatia de queijo curado,
E quem sabe fazer
o seu coração apaixonado.
Um Doce de Abóbora
com ou sem Côco
sempre faz história
não importa a hora,
Para ficar ainda melhor
só falta você comigo agora.
Café e Pão doce
com tudo que tem direito
na mesa sempre
cumprem o papel perfeito
de ser poema
para quem se contenta.
Passar Doce de Leite
nos lábios para te beijar
e ser por ti beijada,
Não vou querer outra
coisa na vida que me distraia
de ser o tempo todo amada.
Doce de Bananinha
Quem nunca levou
seja na mochila
ou na bolsa o seu
Doce de Bananinha,
Não sabe o quanto
ter um para socorrer
no momentos nem
tão doces assim com alegria.
Figueira do Rio Doce
Santuário do amor perfeito,
Beleza rara e sem igual,
Refúgio de paz e encanto,
Na natureza triunfal.
O chilrear dos passarinhos
Encanta as almas nas manhãs,
Ecoa leve pelas trilhas,
Nas caminhadas cotidianas.
O calçadão, pleno de vida,
É cenário de contemplação,
Onde o ciclismo desenha trilhas
No verde aflorado em profusão.
Tua ternura transborda, altiva,
No doce leito de um rio aflito,
Que às margens clama, agonizante,
Diante de um mundo tão restrito.
Homens sedentos de ambição
Ferem sua mãe sem compaixão,
Num capitalismo torpe e frio,
Que desfigura a criação.
Meu coração, palpitante e forte,
Retorna às sombras do que sonhei,
Saudades vivas de outrora,
De um povo amigo, que abracei.
Deixo minh’alma em gratidão
À terra boa que tanto quero,
Sempre guardado e protegido
Pelo Ibituruna sincero.
Do Rio Doce líricas águas,
Rasgo as veias do meu peito,
Para jorrar, com brado intenso,
Liberdade e amor perfeito.
Ó, minha amada Valadares,
Terra de sonho e de esplendor,
Que um dia me acolheu com zelo,
Recebe sempre o meu louvor.
Assim ressoa a melodia,
No canto forte, tão gentil,
Altiva e meiga, sempre erguida,
Glória e orgulho do Brasil!
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