Dizer Adeus com Vontade de Ficar

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Não importa o que tenhamos a dizer, existe apenas uma palavra para exprimi-lo, um único verbo para animá-lo e um único adjetivo para qualificá-lo.

Guy Maupassant
Pierre e Jean (1888).

A língua, por assim dizer, é o espaço social das ideias.

Se é incerto que a verdade que vais dizer seja compreendida, cala-a.

Abençoado o homem que nada tem a dizer e se cala.

Faz apenas aquilo que puderes dizer.

Um escritor é alguém congenitamente incapaz de dizer a verdade. Por isso, o que ele escreve chama-se ficção.

Para que todos os homens possam ser ensinados a dizer a verdade, é necessário que todos aprendam igualmente a ouvi-la.

O que impede de dizer a verdade / rindo?

Se você tem de dizer aos outros quem é, você não é ninguém.

Não basta dizer que a história é o juízo histórico, mas é preciso acrescentar que todo o juízo é juízo histórico, ou história, com certeza.

Lembre-se não apenas de dizer a coisa certa no lugar certo, mas muito mais difícil ainda, de deixar não dito a coisa errada no momento tentador.

Uma imagem vale mais do que mil palavras. Vai dizer isto com uma imagem.

Qualquer fim moral, quer dizer, de interesse por parte do artista, mata todas as obras de arte.

Quero dizer que meu olhar não é para o PIB e para os juros, é para as pessoas.

Faz-me o favor...

Faz-me o favor de não dizer absolutamente nada!
Supor o que dirá
Tua boca velada
É ouvir-te já.

É ouvir-te melhor
Do que o dirias.
O que és nao vem à flor
Das caras e dos dias.

Tu és melhor -- muito melhor!--
Do que tu. Não digas nada. Sê
Alma do corpo nu
Que do espelho se vê.

A morte fala-nos com uma voz profunda para não dizer nada.

Por saúde, quero dizer a possibilidade de levar uma vida completa, adulta, viva, em que eu esteja em estado de respirar em comunhão com aquilo de que gosto.

É próprio de um herético, quer dizer, daquele que tem uma opinião particular, aferrar-se às suas próprias ideias.

A maior infelicidade dos que são bafejados pela felicidade, é não saberem dizer: basta!

Numa situação intensa não sabemos que dizer. Para isso é que há o formalismo do silêncio, traduzido num abraço de emoção ou nos «sentidos pêsames» sem emoção nenhuma.

Vergílio Ferreira
FERREIRA, V., Pensar, Bertrand, 1992